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“QUEM É O ESPÍRITO SANTO”

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 01 - DATA: 03/04/2011
TÍTULO: "QUEM É O ESPÍRITO SANTO"
TEXTO ÁUREO – Jo 14:16
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: - Jo 14:16-17, 26; 16:13-15
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br


I – INTRODUÇÃO:

• Muito erro e confusão existem em nossos dias no tocante à personalidade, às operações e às manifestações do Espírito Santo. Eruditos conscientes, mas equivocados, tem sustentado pontos de vista errôneos a respeito dessa doutrina. É vital para a fé de todo servo de Deus que o ensino bíblico a respeito do Espírito Santo seja visto em sua verdadeira luz e mantido em suas corretas proporções.

II - O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA:

- Muitos acreditam ser Ele uma "Força Impessoal", "Uma Influência" ou "Um Sentimento Avivado". Porém, o Espírito Santo é uma Pessoa, a Terceira Pessoa da Santa Trindade. Vejamos:

- (1) - A BÍBLIA USA O PRONOME PESSOAL "ELE" EM RELAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO - Jo 16:8, 13-14.

- (2) - O ESPÍRITO SANTO FALA DE SI NA PRIMEIRA PESSOA, EMPREGANDO OS PRONOMES "EU" e "ME" - At 10:19-20; 13:2.

- (3) - A BÍBLIA CONFERE AO ESPÍRITO SANTO ATRIBUTOS HUMANOS:

• (A) - Ele tem vontade - I Cor 12:11;

• (B) - Ele conhece - I Cor 2:10-11; Rm 8:27 – O Espírito Santo não é mero poder ou influcencia iluminadora, e, sim, uma Pessoa dotada de intelecto, que conhece as profundezas de Deus e no-las revela.

• (C) - Ele tem sentimento - Ef 4:30 – Ninguém pode entristecer a lei da gravidade, ou fazer com que se lamente o vento oriental. Portanto, a não ser que o Espírito Santo seja uma Pessoa, a exortação de Paulo aqui seria sem significado e supérflua.

• (D) - Ele ama - Rm 15:30.

- (4) - A BÍBLIA ATRIBUI AO ESPÍRITO SANTO ATITUDES DE UM SER HUMANO:

• (A) - Ele fala - At 13:2; Apc 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22

• (B) - Ele testifica - Jo 15:23;

• (C) - Ele intercede - Rm 8:26-27;

• (D) - Ele guia e conduz - Rm 8:14 cf At 16:6-7;

• (E) - Ele é bom - Ne 9:20;

• (F) - Ele ensina - Jo 14:26; 16:12-14; Ne 9:20

• (G) – Ele clama - Gl 4:6;

• (H) – Ele dá testemunho – Jo 15:26

• (I) – Ele chama homens e os comissiona – At 13:2; 20:28


- (5) - A BÍBLIA DESCREVE ATITUDES HUMANAS COM AS DO ESPÍRITO SANTO:

• (A) - Pode-se mentir ao Espírito Santo - At 5:3;

• (B) - Pode-se falar (blasfemar) contra  o Espírito Santo - Mt 12:31-32;

• (C) - Pode-se entristecer o Espírito Santo - Sl 10:33; Is 63:10-11; Ef 4:30;

• (D) - Pode-se resistir ao Espírito Santo - At 7:51;

• (E) - Pode-se extinguir o Espírito Santo - I Ts 5:19.

III - O ESPÍRITO SANTO É DEUS:

- (1) - Ele é chamado Deus - At 5:3-4;

- (2) - Seu nome está ligado ao de Deus e ao de Cristo - Mt 10:20; At 16:7; Rm 8:9;

- (3) - Ele faz parte da Santa Trindade - Mt 28:19; II Cor 13:13; I Jo 5:7 cf Ef 4:4-6;

- (4) - Ele é chamado Senhor – II Cor 3:18

- (5) - No Antigo Testamento há afirmações referentes a Jeová que, no Novo Testamento, são atribuídas ao Espírito Santo:

- (A) - Is 6:8-10 comparar com At 28:25-27;

- (B) - Ex 16:7 comparar com Hb 3:7-10

IV - O ESPÍRITO SANTO TEM ATRIBUTOS ESSENCIAIS À DIVINDADE:

- (1) - Ele é eterno - Hb 9:14;

- (2) - Ele é onipresente - Sl 139:7-10;

- (3) - Ele é onisciente - Jo 14:26; 16:12-13; I Cor 2:10-11;

- (4) - Ele é onipotente - Lc 1:35-37; I Cor 12:11.

V - AO ESPÍRITO SANTO SÃO ATRIBUÍDAS OBRAS EXCLUSIVAS DA DIVINDADE:

- (1) - O Espírito Santo estava ativamente atuando na obra da criação do mundo - Jó 33:4; Sl 104:30;

- (2) - O Espírito Santo operou na restauração do mundo - Gn 1:2;

- (3) - O Espírito Santo operou na encarnação de Jesus - Lc 1:35; Mt 1:18-20;

- (4) - O Espírito Santo é transmissor ou autor das vidas física e espiritual – Rm 8:11; Jo 6:63; Gn 2:7; Jo 3:5-8; Tt 3:5; Tg 1:18;

- (5) - O Espírito Santo é o Autor da profecia divina, ou seja, Ele é O Inspirador da Bíblia – II Pe 1:21; II Sm 23:1-3.

VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• É absolutamente necessário conhecer o que a Bíblia ensina sobre o Espírito Santo. A falta de conhecimento desta doutrina tem causado prejuízo espiritual na vida de muitos, que ainda nos dias atuais continuam dizendo: "... NÓS NEM AINDA OUVIMOS QUE HAJA ESPÍRITO SANTO" – At 19:2c

• Devemos seguir uma das exortações do apóstolo Paulo, que escreveu: "... NÃO QUERO, IRMÃOS, QUE SEJAIS IGNORANTES" – I Cor 12:1b

• Logo, é extremamente necessário conhecermos o Espírito Santo por três motivos, pelo menos:

• (1º) – PORQUE É A VONTADE DE DEUS – Os 6:3

• (2º) – PORQUE VIVEMOS NA DISPENSAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO – II Cor 3:6-8; e

• (3º) – PORQUE DEUS PROMETEU DERRAMÁ-LO NOS ÚLTIMOS DIAS – At 2:17

FONTES DE CONSULTA:

1) Bancroft, E. H., Teologia Elementar - Imprensa Batista Regular

2) Bergstén, Eurito - A Santa Trindade - CPAD

3) Olson, Lawrence - A Verdade Sobre a Trindade e o Batismo em Nome de Jesus - CPAD

TÍTULO: “PAULO TESTIFICA DE CRISTO EM ROMA”

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 27 - DATA: 27/02/2011
TÍTULO: “PAULO TESTIFICA DE CRISTO EM ROMA”
TEXTO ÁUREO – At 23:11
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 27:18-25
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO

e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/

I – INTRODUÇÃO:


- At 23:11 – “Na noite seguinte, apresentou-se-lhe o Senhor e disse: Tem bom ânimo: porque, como deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa que o dês também em Roma”.

- At 27:23-25 – “Porque esta noite me apareceu um anjo do Deus de quem eu sou e a quem sirvo, dizendo: Não temas, Paulo, importa que compareças perante César, e eis que Deus te deu todos os que navegam contigo. Portanto, senhores, tende bom ânimo; pois creio em Deus que há de suceder assim como me foi dito”.


- Deus dera ao apóstolo Paulo a certeza dele proclamar a mensagem em Roma, o maior centro do mundo de então. Essa certeza servia como grande farol nas horas do mais negro desespero para seus companheiros descrentes. Afinal, A TEMPESTADE, A ESCURIDÃO, O MAR BRAVIO, A FORÇA E O SOM DO VENTO NÃO PUDERAM ATRAPALHAR AS COMUNICAÇÕES DIRETAS DOS CÉUS COM PAULO, O PRISIONEIRO DE CRISTO.

II – PAULO EM MALTA:

- Não há razão para dizer que o fato de Paulo sofrer tão pavoroso naufrágio prova que não fazia toda a vontade do Senhor. Deus não nos promete uma vida isenta de sofrimentos. É quando andamos mais perto de Cristo que sofremos as maiores tormentas.

- At 28:1-6 - Paulo acabara de escapar de um “euro-aquilão”; estava molhado e com frio. Agora, enfrenta a mordedura de uma víbora.


- Aqueles que se esforçam em querer servir a Deus e ao próximo devem esperar que do calor do trabalho saia uma “víbora” dormente, para morder a mão daquele que está na seara do Senhor.


- At 28:4, 6 - “CERTAMENTE ESTE HOMEM É HOMICIDA...”; “... MUDANDO DE PARECER, DIZIAM QUE ERA UM DEUS” – A princípio, os moradores da Ilha de Malta julgaram que Paulo fosse um criminoso. Logo depois, diziam que era um deus.


- Fato quase que idêntico ocorreu em Listra – At 14:8-19 – A princípio, julgaram que Paulo fosse um deus e, depois, o apedrejaram como um malfeitor.


- É assim que acontece: Os que levam a mensagem de Cristo enfrentam a “víbora” da calúnia, da censura, da perseguição. Vemos que a multidão que é movida a ovacionar o pregador vitorioso, muda, em um só dia, para acreditar na venenosa “víbora”.

- Porém, tenhamos fogo no altar! A “víbora” fugirá do calor! Sacudamos a “víbora” no fogo e não padeceremos mal algum! – At 28:3-4.

III – DA ILHA DE MALTA PARA ROMA:

- At 28:15 – “OS IRMÃOS... NOS SAÍRAM AO ENCONTRO” – O apóstolo Paulo viu um grupo de pessoas aproximando-se dele. Eram os irmãos em Cristo que, com toda pureza da fé e do amor, saíram para receber o servo do Senhor.

- Sem dúvida, o apóstolo dos gentios já conhecia pessoalmente alguns daqueles irmãos que saíram da cidade para recebê-lo – Rm 16:5-16 – Isto porque três anos antes, Paulo escrevera a maravilhosa epístola àqueles crentes romanos – Rm 1:7.

- At 28:15 - “E PAULO, VENDO-OS, DEU GAÇAS A DEUS E TOMOU ÂNIMO” – Paulo levantou seu coração e a sua voz em ações de graças Àquele que respondera as suas súplicas – Rm 15:30-32.

- Mesmo os mais experimentados e mais desenvolvidos mensageiros de Deus precisam da inspiração e edificação que recebem da convivência entre seus irmãos.

- At 28:16-24 – Quantos grandes homens entraram em Roma coroados e triunfantes, mas que eram verdadeiras pragas para a sua geração?

- Paulo, porém, que era uma das maiores bênçãos para sua geração, entrou desprezado, pobre e cativo.

- Naquela época, Nero era o Imperador de Roma. Apesar de ele não ter mais de vinte e cinco anos de idade, as suas mãos haviam sido manchadas com sangue da sua própria mãe, Agripina, e, talvez, com o da sua esposa, Otávia.

- Paulo nunca se referiu a si mesmo como o prisioneiro de César ou de Nero, mas sempre de Cristo – Ef 3:1; Fp 1:12-14. Era embaixador em cadeias – Ef 6:20.

- Em Roma, Paulo era embaixador de Deus:

- (1) – Aos judeus – At 28:17-29;

- (2) – Aos soldados e à casa de César – Fp 1:12-14; 4:22

- (3) – Aos gentios – At 28:28-31

- (4) – Aos cristãos – Rm 1:9-15

- At 28:23 – “... DESDE A MANHÃ ATÉ À NOITE” – Para o apóstolo Paulo, o negócio do Rei era urgente! Como de costume, aquele apóstolo remia o tempo! Pregou o dia inteiro! – I Sm 21:8; Cl 4:5.

- A boca fala do que o coração está cheio: O comerciante não cansa de falar em comprar e vender; o jogador de falar sobre jogos; o literato de falar na literatura; o músico de falar na música; o crente salvo, de falar da salvação em Cristo Jesus.

IV - COMO PAULO ANUNCIOU O EVANGELHO:

- At 26:18:

- (1) - Abriu os olhos dos ouvintes

- (2) - Mostrou-lhes a libertação dos laços de Satanás

- (3) - Ofereceu-lhes o perdão dos pecados

- (4) - Indicou-os para a salvação pela fé; Para santificação pela fé; e para herança celestial

V - AS QUATRO DIMENSÕES DO EVANGELHO:

- Ef 3:18:

- A oração de Paulo é que nós possamos compreender as seguintes dimensões do Evangelho:

- (1) - A “LARGURA” DO EVANGELHO - (Apc 5:9, 13; 7:9-10; 14:6) - O Evangelho é tão largo que não se pode excluir nenhuma entidade, nenhuma comunidade humana.

- (2) - O “COMPRIMENTO” DO EVANGELHO - (I Cor 15:24) - No tempo, começando no Éden, logo após a queda do homem, até o fim, quando o Reino for entregue ao Pai, durante todo esse espaço de tempo (o comprimento), Deus estará operando para produzir o seu propósito. Desde Adão e Eva até o último cristão a se converter no instante em que Cristo voltar, este é o “comprimento”. Nunca houve, nem haverá, até Cristo voltar, um intervalo na operação poderosa e salvadora do evangelho!

(3) - A “ALTURA” DO EVANGELHO - (Fp 2:9-11) - Vem do mais alto céu e desce até ao mais baixo inferno. O Evangelho, ou seja, o propósito de Deus, influirá em todo o Universo, em toda existência.

- (4) - A “PROFUNDIDADE” DO EVANGELHO - (Ef 2:1-3) - Não há algum pecador ou rebelde que não possa ser incluído em tão grande salvação.

VI - COMO DEVEMOS ANUNCIAR O EVANGELHO:

- (1) - Conforme fez Jesus, anunciando a Escritura - Lc 4:16-21; Jo 3:14-18

- (2) - Conforme fez Paulo em Atenas, com seriedade - At 17:16 e ss

- (3) - Conforme João, glorificando o amor - I Jo 4:9-
- (4) - Como Felipe, dando o exemplo de Cristo - At 8:35-40

- (5) - Como a mulher samaritana, com eficiência - Jo 4:28-30, 39-42

- (6) - Dando o exemplo e praticando - I Ts 1:7-10

- (7) - No Espírito Santo - I Pe 1:12

VII - COMO DEVEMOS PREGAR:

- (1) - Apresentando fielmente todos os desígnios de Deus – At 20:27

- (2) - Não a nós mesmos – II Cor 4:5

- (3) - Obedecendo e com grande alegria – At 4:20

- (4) - Em cada oportunidade – II Tm 4:2

- (5) - Através do próprio bom exemplo – I Pe 5:3

- (6) - A partir de nossa experiência – I Jo 1:1-3

- (7) - Anunciando a palavra sabiamente e ganhando almas – Pv 11:30


VIII - DIVERSOS LUGARES ONDE O EVANGELHO FOI ANUNCIADO:

- (1) - Nas ruas de Jerusalém - Mt 22:9; At 2:14

- (2) - Diante da porta do Templo - At 3:2, 1-12

- (3) - No Sinédrio - At 5:27...

- (4) - Na viagem - At 8:30...

- (5) - Nas sinagogas - At 9:20; 13:14-15; 19:9

- (6) - Em diversas moradias - At 10:24; 16:32; 28:30

- (7) - Ao ar livre - At 16:13

- (8) - Nas prisões - At 16:28, 31

- (9) - Na própria casa - At 28:30-31

- (10) - Em praça pública - At 17:22

- (11) - De casa em casa - At 20:20

- (12) - Diante de juízes e reis - At 24:24; 26:1

IX – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

- É evidente que o Espírito Santo não findou a história gloriosa de Atos. O livro de ação é sem epílogo; não tem fecho porque até hoje os servos de Deus, cheios do Espírito Santo, estão acrescentando outros capítulos preciosos e ainda não escritos.

- Aqui nas considerações finais, passamos a notar o grande contraste entre a experiência de Paulo e a de Jonas:

- (1) – Jonas fugia de Deus; Paulo seguia a direção divina.

- (2) – Jonas mostrou-se remisso, dormindo na tempestade; Paulo se esforçava animadamente, socorrendo os passageiros;

- (3) – Levantou-se um grande temporal para destruir o navio, por causa de Jonas; se o centurião e o mestre do navio seguissem o conselho de Paulo, não se teria perdido o navio – At 27:9-10

- (4) – Jonas foi obrigado a testificar de Deus; Paulo o fez de livre vontade.

- (5) – A presença de Jonas no navio era ameaça de vida dos gentios; a presença de Paulo era uma garantia para a vida de todos os gentios.

- (6) – Todos os passageiros do navio salvaram-se, jogando Jonas ao mar; todos os presentes no navio foram salvos porque Paulo permaneceu na embarcação.

- Paulo, andando segundo o querer de Deus e em comunhão com Ele, tornou-se bênção para todos quantos atravessavam perigo ao seu lado. Daí, grande é o contraste entre aqueles que sofrem grandes tribulações ao lado de Jesus e aqueles que passam grandes tribulações porque andam longe dEle.

FONTES DE CONSULTA:

1) Neves, Mário - Atos dos Apóstolos Comentário Prático - Casa Editora Presbiteriana
2) Boyer, Orlando – A Espada Cortante – Vol 2 - CPAD

5) Hurtado, Larry W, Novo Comentário Bíblico Contemporâneo (Marcos) - Editora Vida
6) Carta aos Romanos - Edições CPAD - Autor: Elienai Cabral
7) Tão Grande Salvação - ABU Editora - Autor: Russell Shedd
8) Brinke, Georg - Mil Esboços Bíblicos de Gênesis a Apocalipse - Editora Evangélica Esperança

Deus continue vos abençoando - GERALDO CARNEIRO FILHO Fonte

AS VIAGENS MISSIONÁRIAS

1º TRIMESTRE DE 2011 - LIÇÃO Nº 12 - 20/03/2011 - "AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DE PAULO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 12 - DATA: 20/03/2011
TÍTULO: "AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DE PAULO"
TEXTO ÁUREO – At 13:2
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 13:1-5; 46-49
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/

I – INTRODUÇÃO:

• Paulo é considerado o maior missionário do Cristianismo, pelo muito que realizou em pouco tempo. Por falar as principais línguas da época e possuir uma cultura invejável, tinha o livre acesso à sociedade gentílica de qualquer nação. Por isso, pregou no Areópago, em Atenas, lugar sagrado dos filósofos gregos. 

Ele não possuía os recursos de que dispomos na atualidade e fez muito mais do que todos nós juntos. Na maioria das vezes, andava a pé, ou em velhas embarcações, ocasião em que enfrentou diversos perigos, tanto dos salteadores (nas estradas), como nos mares, por causa das tempestades e dos piratas.
 
• Em todas as viagens que empreendeu, Paulo defrontou-se com muitas perseguições: Uma vez, foi apedrejado até considerá-lo morto; em Filipos, apesar de ser um cidadão romano, foi despido e apanhou publicamente. No entanto, em vez de reclamar, na prisão daquela localidade, glorificou a Deus e ganhou o carcereiro para Jesus.
• Vejamos, pois, cada viagem missionária do apóstolo dos gentios, separadamente.
Turma do Primeiro Ano STBNET: Primeira Viagem Missionária de Paulo | http://stbnet.blogspot.com/2010...II - PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA:
• Texto bíblico: At 13:4 – 14:28
• Missionários: Paulo e Barnabé
• Ajudante: João Marcos
• Não podemos determinar a data do início. Pode ter sido entre 45 e 50, ou 46 e 48 d.C.. Também não sabemos quanto tempo durou. Há quem calcule o tempo gasto de cinco anos (considerando a data de 45 a 50 d. C.) e incluindo o tempo que ficaram em Antioquia da Síria, depois do relatório referido em At 14:28

II.1 - ITINERÁRIO DE IDA:

• (1) - De Antioquia da Síria ao Porto de Selêucida (At 13:2-4);
• (2) - Do Porto de Selêucida, por navio, para Salamina, na Ilha de Chipre (At 13:5);
• (3) - De Salamina a Pafos (At 13:5-6)
• (4) - De Pafos, em Chipre, foi para Perge, na Panfília (At 13:13)
• (5) - De Perge para a Antioquia da Psídia (At 13:14)
• (6) - De Antioquia da Psídia para Icônio, em Licaônia (At 13:50-51);
• (7) - De Icônio a Listra (At 14:5-6);
• (8) - De Listra a Derbe (At 14:20)

II.2 - ITINERÁRIO DE VOLTA:
 
• (1) - Derbe, Listra, Icônio, Antioquia da Psídia (At 14:21); Perge (At 14:25)
• (2) - De Perge a Atália - Porto Marítimo da Panfília - (At 14:25)
• (3) - De Atália a Antioquia da Síria, ponto de partida (At 14:26-28)


II.3 - OS ACONTECIMENTOS DURANTE A PRIMEIRA VIAGEM:

• (1) - A vocação à missão (At 13:1-3)
• (2) - A evangelização em Chipre (At 13:4-12) - O nome de Saulo é mudado para Paulo (At 13:9) e Elimas é atacado com cegueira (At 13:6-12);
• (3) - João Marcos volta a Jerusalém - Início da Evangelização da Ásia Menor;
• (4) - Paulo pregou seu grande sermão (At 13:16-41);
• (5) - A evangelização na sinagoga de Antioquia da Psídia (At 13:13-52)
• (6) - O conflito em Icônio (At 14:1-7)
• (7) - Paulo é apedrejado após uma tentativa de adorá-lo (At 14:8-9)
• (8) - A evangelização dos pagãos em Listra (At 14:8-20)
• (9) - A viagem de volta à Antioquia (At 14:21-28) – Foram estabelecidas Igrejas nessas localidades (At 14:21-23)


III - SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA:

• Texto bíblico: At 15:36 - 18:22
• Missionários: Paulo e Silas (At 15:40)
• Ajudantes: Timóteo (At 16:1); Lucas (At 16:10); Áquila e Priscila (At 18:1-3)
• Tempo gasto: Mais ou menos quatro anos (51-54 d. C.)
 ... de Paulo 2ª Viagem missionária de Paulo 3ª Viagem missionária de | http://www.rodrigopessoa.net...

III.1 - ITINERÁRIO:
• (1) - Síria, Cilícia (At 15:41); Derbe, Listra (At 16:1);
• (2) - De Listra a Trôade (At 16:6-8);
• (3) - De Trôade a Filipos e Macedônia - via Samotrácia e Neápolis - (At 16:11-12);
• (4) - De Filipos a Tessalônica - via Anfípolis e Apolônia (At 16:40-17:1);
• (5) - De Tessalônica a Beréia (At 17:10)
• (6) - De Beréia a Atenas (At 17:14-15);
• (7) - De Atenas a Corinto (At 18:1) - ficando em Corinto por quase dois anos;
• (8) - De Corinto a Éfeso e Antioquia da Síria - via Cesaréia e Jerusalém - (At 18:19, 22);
• (9) - De Éfeso a Jerusalém, via Cesaréia (At 18:19-22);
• (10) - De Jerusalém a Antioquia, via Tiro e Sidom (At 18:22)


III.2 - ACONTECIMENTOS DURANTE A SEGUNDA VIAGEM:

• (1) - Paulo e Silas deixam Antioquia (At 15:40)
• (2) - Timóteo junta-se a Paulo e Silas em Listra (At 16:1-3)
• (3) - A volta de Paulo a Derbe e Listra (At 16:1-5)
• (4) - A chamada à Macedônia ou visão de Paulo em Trôade (At 16:6-10)
• (5) - Filipos: A primeira Igreja em Macedônia (At 16:11-40); conversão de Lídia em Filipos (At 16:24)
• (6) - Tessalônica e Beréia (At 17:1-15); a turba assalta a casa Jasom em Tessalônica (At 17:5)
• (7) - Atenas: O discurso no Areópago (At 17:16-34)
• (8) - Corinto (At 18:1-17); Sóstenes espancado (At 18:17)
• (9) - Paulo parte de Corinto (At 18:18-22); Paulo prega em Éfeso (18:19)


IV - TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA:

• Texto bíblico: At 18:23 – 21:17
• Missionário: Paulo
• Ajudantes: Timóteo e outros
• Tempo gasto: Quatro anos (54-58 d. C.)
terceira viagem missionária de Paulo | http://lucianemaria.blogspot.com/2010/06/paulo.html

IV.1 - ITINERÁRIO:
• (1) - De Antioquia da Síria, passando por Cilícia, Galácia
• (2) - Da Galácia, através da Frígia, foi a Éfeso, na Ásia (At 19:1);
• (3) - De Éfeso, via Macedônia, foi a Corinto, na Grécia, também chamada de Acaia (At 20:1-2);
• (4) - De Corinto, através da Macedônia, foi a Trôade (At 20:3-6);
• (5) - De Trôade, por mar, foi a Mileto (At 20:13-15);
• (6) - De Mileto, através de Rodes e Pátara, foi a Tiro (At 21:1-3)
• (7) - De Tiro, através de Cesaréia, foi a Jerusalém (At 21:7-15)


IV.2 - ACONTECIMENTOS DURANTE A TERCEIRA VIAGEM:

• (1) - Paulo viaja a Cesaréia e a Antioquia (At 18:22-23)
• (2) - A chegada de Apolo (At 18:24-28)
• (3) - Os doze discípulos em Éfeso (At 19:1-7)
• (4) - A obra de Paulo em Éfeso: Os convertidos queimas livros (At 19:8-22)
• (5) - A reação do paganismo em Éfeso: O Templo de Diana (At 19:23-41)
• (6) - Em Corinto, judeus conspiram contra Paulo (At 20:3)
• (7) - Em Trôade, Êutico cai da janela e é socorrido por Paulo (At 20:9-12)
• (8) - Em Mileto, Paulo despede-se dos presbíteros de Éfeso (At 20:17-38)
• (9) - Paulo deixa os amigos em Tiro (At 21:3-6)
• (10) - Em Cesaréia, Ágabo liga suas próprias mãos com o cinto de Paulo (At 21:10-11)
• (11) - A viagem de Paulo para Jerusalém (At 21:12-17)


V - VIAGEM A ROMA:

• Com Lucas, Aristarco e outros (At 27:1 - 28:16)
• Alguns teólogos consideram que, ao todo, Paulo realizou quatro viagens missionárias, levando-se em conta que, ao ser enviado preso para Roma, aproveitou a oportunidade, em todos os lugares em que o navio aportava, para pregar o Evangelho. A prova disso está na grande obra realizada na Ilha de Malta, onde ganhou todos os seus moradores para Jesus.
• Assim, como podemos observar, o apóstolo Paulo realizou todas as viagens sob a égide do Espírito Santo, pois quando viajava para Bitínia, a Terceira Pessoa da Trindade o constrangeu a seguir para a Macedônia, momento em que se iniciou a evangelização da Europa. Como resultado disso, o Evangelho chegou até nós.


VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• At 13:1-3 – Um dos maiores empreendimentos do mundo são as missões estrangeiras e, aqui, temos o início dessa grande obra. A ideia originou-se exatamente como devia: Numa reunião de oração.
• Paulo, por tudo o que sofreu durante o exercício do seu ministério como apóstolo dos gentios, tornou-se o modelo para todos nós. Agora, basta descruzarmos os braços, orarmos, buscarmos a direção divina e realizarmos a obra que o Senhor Jesus nos confiou, desde o momento em que O aceitamos como nosso Salvador.


FONTES DE CONSULTA:

1) Neves, Mário - Atos dos Apóstolos Comentário Prático - Casa Editora Presbiteriana

2) Enciclopédia da Bíblia – Editora Cultura Cristã

3) Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre de 1996 – Comentarista: Esequias Soares

4) Davis, John D., Dicionário da Bíblia - JUERP


O PRIMEIRO CONCÍLIO DA IGREJA

1º TRIMESTRE DE 2011 - LIÇÃO Nº 11 - 13/03/2011 - "O PRIMEIRO CONCÍLIO DA IGREJA DE CRISTO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 11 - DATA: 13/03/2011
TÍTULO: "O PRIMEIRO CONCÍLIO DA IGREJA DE CRISTO"
TEXTO ÁUREO – At 15:28-29
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 15:6-12
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

• Ao retornar da primeira viagem, Paulo deparou com um problema sério no meio dos judeus cristãos. Ele havia descoberto a fórmula da transculturação, ou seja, evangelizar os gentios sem os judaizar. Os radicais que permeavam a Igreja (os judaizantes) queriam que esses novos crentes seguissem o modus vivendi deles. Essa discussão deu origem ao Concílio de Jerusalém.
File:Concilio Trento Museo Buonconsiglio.jpg - Wikimedia Commons | http://commons.wikimedia.org/wiki...
• Este Concílio foi necessário, pois os cristãos judaizantes desejavam impor uma carga muito pesada aos gentios, a qual nem os seus prórpios pais suportaram. Por isso, o Espírito Santo atuou naquelas decisões em prol dos novos conversos e nós, até hoje, somos também beneficiados por elas.


II - CAUSA DA DISCUSSÃO:

• (1) – OS PERTURBADORES JUDAIZANTES - Deus abriu a porta da fé aos gentios. Isso era ponto pacífico (At 11:18; 14.27).
 
• Outro problema surgiu sobre a situação deles: deviam ser judaizados?

• Essa questão era séria e podia ameaçar as bases do Cristianismo. Alguns dentre os de Jerusalém foram a Antioquia, dizendo que os gentios deviam se tornar judeus para serem salvos.

• Diziam que os gentios deviam viver o modus vivendi judaico, prescrito na lei (At 15.1, 5).

• Isso era proveniente dos fariseus que se haviam convertido. Eles se apresentaram como vindos da parte de Tiago (Gl 2.12), que jamais os autorizou, como ele mesmo declara - At 15.24.

• Saíram da Igreja em Jerusalém, realmente, mas não foram autorizados a falar em nome dos apóstolos.

• (2) – LIBERDADE CRISTÃ AMEAÇADA - Em Antioquia da Síria, eles fizeram um estrago muito grande. Até Pedro e Barnabé se deixaram levar por essa "dissimulação", fazendo "vista grossa" (Gl 2.11-13).

• Paulo entendeu com clareza meridiana o que isso representava e com justiça ficou revoltado. Repreendeu publicamente um dos principais líderes da Igreja (Gl 2.14).


III - OS DISCURSOS DO CONCÍLIO:

• (1) – PEDRO - Havia grande discussão, quando Pedro se levantou, chamando a atenção dos ouvintes.

• Ele evocou a revelação que recebeu, antes de ir à casa de Cornélio.

• Lembrou ainda que Deus o escolheu para falar aos gentios, uma alusão à experiência na residência do centurião (At 10).

• A declaração de Pedro no versículo 11 revela que ele concordou com Paulo na discussão da Antioquia da Síria. São as mesmas palavras que o apóstolo dos gentios usou em Gl 2.16.

• (2) – PAULO E BARNABÉ - (v. 12) - A experiência de Paulo e Barnabé, na primeira viagem, é um testemunho vivo. Como Deus tratou com os gentios de maneira extraordinária, sem o ritualismo judaico e nem os seus encargos. Isso era a prova de que essas práticas não serviam para a salvação.

• Esse testemunho esmagador de Paulo e Barnabé, somado ao discurso de Pedro, testificava contra os judaizantes.


IV - PALAVRA DO PRESIDENTE:

• (1) – VALOR DAS DECISÕES CONVENCIONAIS - Tiago esperou que Pedro, Paulo e Barnabé apresentassem o seu parecer sobre o assunto, para depois tomar a palavra.

• A citação de Amós 9.11-12 é apenas uma das muitas passagens do Antigo Testamento que prevê a salvação dos gentios (Gn 22.18; Sl 22.27; Is 9.2; 42.4; 45.22; 49.6; 60.3; 66.23; Dn 7.14, etc.).

• Jesus determinou que se pregasse a todas as nações (Mt 28.19; Lc 24.47; At 1.8).

• A expressão "povo para o seu nome" era usada com referência a Israel (II Cr 7.14). No entanto, Tiago reconhecia que a Igreja era um povo com essa dignidade, constituído de judeus e gentios convertidos ao Senhor.

• (2) – COMO CONDUZIR UMA REUNIÃO - O que os demais participantes do evento acabavam.de ouvir de Pedro, Paulo e Barnabé era o cumprimento das promessas de Deus e profecias do Antigo Testamento. Por isso, Tiago dirigiu-se, respeitosamente, aos presentes, chamando-os de "irmãos". Não tinha intenção de atacar nem os legalistas e muito menos os "liberais", mas o seu compromisso era com a Palavra de Deus.

• (3) – UM POVO E NÃO UMA SEITA - Ele chamou Pedro pelo seu nome hebraico "Simão".

• Isso mostra que Tiago não o reconhecia como a pedra, como reivindica a Igreja Católica.

• A citação parafraseada que Tiago faz nas palavras de Pedro se reveste de suma importância, porque descarta a possibilidade de o Cristianismo ser uma seita judaica: "Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome" (v. 14). Assim como Israel era uma nação, da mesma maneira seria a Igreja.

• As três características de Israel, Pedro aplica também à Igreja: "Mas vós sois geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido" (I Pe 2.9).

• Esse mistério da vocação dos gentios é assunto que Paulo se aprofundou em Efésios, capítulo 3.

• No entanto, Tiago, nesse Concílio, já havia apresentado este tema.


V - DECISÃO DO CONCÍLIO:

• (1) - "QUE VOS ABSTENHAIS DAS COISAS SACRIFICADAS AOS ÍDOLOS" - Esse preceito diz respeito às restrições que se referem aos alimentos sacrificados aos ídolos.

• Essa matéria foi aprofundada posteriormente por Paulo (Rm 14.13-16; l Co 8. 7-15; 10.23-33).

• (2) – PROIBIÇÃO DO SANGUE - A proibição de se alimentar de sangue está prevista na lei de Moisés (Lv 3.17). No entanto, ele era usado como alimento ou bebida pelos gentios.

• Interpretar tal passagem como proibição para a transfusão de sangue, sustentada pelas testemunhas-de-Jeová, é uma "camisa-de-força" e não resiste a exegese bíblica.

• Primeiro, porque o sangue dessa passagem é o dos animais, e não o humano. Pois elas seriam obrigadas a admitir que a "carne sufocada" seja uma referência à carne humana.

• Em segundo lugar, porque nenhum preceito bíblico é nocivo à vida. Essa crença das testemunhas-de-Jeová é condenada por Jesus (Mt 12.3-7).

• (3) – ABSTENÇÃO DA CARNE SUFOCADA - Esse preceito está na lei de Moisés (Gn 9:5; 17.10-16; Dt 12.16, 23-25). Era muito comum entre os gentios, e ainda hoje, abater animais sem o derramamento de seu sangue.

• (4) – ABSTENÇÃO DA PROSTITUIÇÃO - O padrão moral deles estava muito aquém do judaico-cristão. Era grande o risco de os gentios convertidos naufragarem nessas práticas licenciosas. Havia nos templos a chamada "prostituição sagrada".

• (5) – CARÁTER DESSAS REGRAS - A expressão "destas coisas fazeis bem se vos guardardes" (v. 29) parece mais uma recomendação.

• Tiago acrescenta ainda: "Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue e, cada sábado, é lido nas sinagogas" (v. 21).

• Isso significa que os judeus têm o alto padrão de conduta e um modus vivendi exemplar, porque estudam sobre isso nas sinagogas todos os sábados.

• Os gentios não aprenderam os bons costumes, porque nunca tiveram quem os ensinasse. Por essa razão, o modus vivendi deles era precário. Aplicar essa conduta judaica aos gentios era o mesmo que afirmar que a graça do Senhor não era suficiente. A lei de Moisés seria o complemento para a salvação. Isso reduziria o Cristianismo a uma mera seita do judaísmo e, além disso, confundiria com a identidade judaica. Nesse caso, era como se os cristãos de hoje usassem o talit (manto usado pelos judeus religiosos) e o kippar (solidéo que eles usam sobre a cabeça), alimentando-se apenas de khasher, como os judeus; além de outros ritos, como condição para a salvação.

• (6) – UMA QUESTÃO DE CONSCIÊNCIA - Essas regras eram o mínimo que se pedia dos gentios, para não escandalizarem os judeus cristãos. Porém, mais por amor a eles, do que um meio de salvação.

• Uns acham que se trata de injunções e não ordenanças obrigatórias, usando como base Romanos 14.13-16; l Cor 8.7-13 e 10.27-29.

• Os contrários dizem que o assunto tratado por Paulo nas citações acima é outro.


VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Vivemos os bons costumes, porque somos salvos e não para sermos santificados. Tudo o que a consciência acusa, ou corrompe os bons costumes, ou viola a santidade e causa escândalo, é pecado.
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O Princípio Puritano da Adoração


 

O Princípio Puritano da Adoração

.


Por Dr. W Young

Dito mais precisamente, o objeto do presente estudo pode ser formulado como "O Princípio Regulador do Culto Reformado nos Escritores Puritanos e a Sua Aplicação ao Cântico de Louvor na Adoração".

A importância do princípio regulador do culto, para a origem e o caráter essencial do movimento Puritano, vê-se na definição de Puritanismo dada pelo Professor Horton Davies em sua obra clássica sobre "O Culto dos Puritanos Ingleses" (The Worship of the English Puritans - Capítulo 1, página 1), "O Puritanismo é definido, mais precisamente, como o modo de ver que caracterizou o partido Protestante radical dos dias da Rainha Elizabeth, que considerava a Reforma como incompleta e desejava moldar o culto e o governo da igreja inglesa de acordo com a Palavra de Deus".

Pode-se dizer que a aplicação deste princípio goza de uma certa primazia quanto ao culto mais do que sobre o governo da igreja. Apesar disso, na concepção Reformada, ambos são, em estrutura essencial e procedimento, prescritos inteiramente na Sagrada Escritura conforme o princípio regulador, como entendido pelos teólogos Reformados, e especialmente pelos Puritanos. O Puritanismo, na verdade, começou como fato histórico com a aplicação deste princípio ao culto e mais tarde tornou-se crescentemente preocupado com a sua aplicação ao governo da igreja e às relações entre Igreja e Estado. Conquanto, com relação a este último, os Puritanos se dividissem em diversos campos todos tinham um único pensamento quanto a aplicação do princípio regulador ao culto eclesiástico, e é necessário ter um entendimento adequado disso para se compreender apropriadamente o sentido do movimento Puritano no passado e qual a sua relevância para os nossos problemas presentes.

O princípio Puritano do culto não foi invenção dos Puritanos, mas foi formulado por Calvino e adotado por todas as Igrejas Reformadas. Ele se opõe à visão Luterana que, em contraste, defendia que aquilo que não está proibido na Palavra de Deus pode ser permitido no Culto a Deus, e considerava as cerimônias na adoração, em grande parte, como coisas indiferentes (adiaforia), isto é, coisas não ordenadas nem proibidas nas Escrituras. O trigésimo quarto dos trinta e nove Artigos da Igreja da Inglaterra segue a linha Luterana em sua declaração de que "não é necessário que tradições e cerimônias sejam únicas em todas as partes, ou exatamente iguais; pois sempre têm sido diferentes e podem ser modificadas conforme a diversidade de países, os tempos e os modos dos homens, desde que nada seja ordenado contra a Palavra de Deus".

Em oposição ao Luteranismo a visão Reformada tem sido, por unanimidade, a de que somente aquilo que está prescrito na Palavra de Deus pode ser introduzido no culto a Deus. Calvino afirmou claramente este princípio regulador e aplicou-o consistentemente na Reforma em Genebra. Ele está implícito na sua consagrada definição de religião pura e genuína como a "fé em Deus associada ao verdadeiro temor — temor que traz em si mesmo tanto a reverência voluntária, quanto uma adoração tão legítima como prescrita pela lei" (Institutas I, ii, 3). A corrupção da pura religião com a introdução de formas de culto inventadas pelo homem era, para Calvino, a marca da futilidade e cegueira da natureza humana decaída. Ao argumentar contra a idolatria e o culto a imagens e ao distinguir a verdadeira religião da superstição ele apelava igualmente para este princípio regulador, do mesmo modo que a sua discussão da legislação eclesiástica demonstra como este princípio havia permeado totalmente a sua opinião como a base principal para rejeitar-se as tradições dos homens.

Calvino encontrou o princípio regulador do culto estabelecido no segundo mandamento do decálogo, o qual expôs do seguinte modo:

"Assim como no primeiro mandamento o Senhor declara que é o único Deus, e que além dEle não se deve adorar ou imaginar outros deuses, do mesmo modo Ele aqui explica mais claramente qual é a Sua natureza e por qual tipo de adoração deve ser honrado, para que não nos atrevamos a imaginá-Lo como algo carnal. O teor do mandamento é, portanto, que Ele não permite que o Seu culto legítimo seja profanado com ritos supersticiosos. Por isso, pode-se afirmar resumidamente que Ele quer que nos apartemos totalmente das frívolas observâncias carnais que as nossas mentes néscias têm o hábito de inventar depois de formar uma grotesca idéia da natureza divina; e, conseqüentemente, Ele quer nos manter dentro do culto legítimo que Lhe é devido" (Institutas II, viii, 17).

Fonte: [ Blog dos Eleitos ]
.
Márcio Melânia

"Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados,
sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco."
 (2 Coríntios 13 : 11)

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