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A ação do Espírito Santo através da igreja

A ação do Espírito Santo através da igreja – 


Pb. José Roberto A. Barbosa
www.subsidioebd.blogspot.com

Objetivo: Mostrar aos alunos que a igreja, apesar de suas limitações locais, quando direcionada pelo poder do Espírito Santo, testemunha, com ousadia, sobre a ressurreição de Cristo.

INTRODUÇÃO
Neste trimestre estudaremos o livro de Atos dos Apóstolos, que, na verdade, pode ser referido como Atos do Espírito Santo através dos Apóstolos, ou se, preferir, através da Igreja. A série de treze lições abordará os seguintes temas: 1) Atos – a ação do Espírito Santo através da igreja; 2) A ascensão de Cristo e a promessa de Sua vinda; 3) O derramento do Espírito Santo no Pentecostes; 4) O poder irresistível da comunhão na igreja; 5) sinais e maravilhas na igreja; 6) A importância da disciplina na igreja; 7) Assistência social, um importante negócio; 8) Quando a igreja de Cristo é perseguida; 9) a conversão de Paulo; 10) o evangelho propaga-se entre os gentios; 11) o primeiro concílio da igreja de Cristo; 12) as viagens missionárias de Paulo; e 13) Paulo testifica de Cristo em Roma. Na lição de hoje, a primeira, trataremos a respeito dos aspectos gerais do livro: autoria, local, data, tema, contexto, conteúdo, propósito e valor.

1. AUTORIA, LOCAL, DATA E TEMA
Atos não menciona o seu autor em lugar algum do livro, mas o autor se apresenta em algumas situações da narrativa na primeira pessoa do plural "nós" (At. 16.10-17; 20.5-15; 21.1-18; 27.1-28.16). Tradicionalmente, a autoria do livro é atribuída a Lucas, a pessoa conhecida por esse nome no Novo Testamento, o médico, amigo e companheiro de Paulo (Cl. 4.14. Fm. 24; II Tm. 4.11). Os escritores do Séc. I da igreja, dentre eles Irineu (180 d. C), cita Lucas como o autor do terceiro evangelho, que leva o seu nome, e de Atos. Essa relação é identificada nos textos bíblicos, pois Lucas, está relacionado tanto à escrita do evangelho (Lc. 1.1-4; At. 1.1,2). Não podemos precisar com exatidão o local no qual Atos dos Apóstolos foi escrito. A tradição associa Lucas a Antioquia, e há algumas possibilidades desse livro ter sido escrito naquele lugar, ainda que alguns estudiosos considerem Roma e Éfeso como lugares prováveis onde Atos teria sido composto. Pela natureza dinâmica da composição, os estudiosos defendem que Atos não teria sido escrito em ano específico, esse livro seria o resultado de um diário contínuo, terminado, ainda que não concluído, antes de 70 d. C. O tema central de Atos pode ser explicitado a partir de At. 1.8: o poder do Espírito Santo sobre a Igreja a fim de que essa possa dar testemunho do evangelho de Cristo em toda terra.

2. CONTEXTO, CONTEÚDO E PROPÓSITO
O título do livro, em grego, é praxei apostolon, e em latim, acta apostolorum, podemos, então, concluir que se trata de um documento histórico, com ênfase na igreja, e mais especificamente, nos atos e vida dos apóstolos. A ênfase do livro repousa no ministério de Paulo, que, por aquele tempo, era acusado pelos judaizantes de não ser um apóstolo legítimo (I Co. 15.8-11; Gl. 1.11). Há quem defenda que o relato de Atos, com ênfase no ministério paulino, poderia ser um documento em defesa do seu apostolado, algo que ele faz com maestria em sua Segunda Epístola aos Coríntios. O objetivo primordial de Atos, no entanto, não é retratar a vida de Paulo, o apóstolo dos gentios, mas revelar a mensagem de Jesus Cristo, a boa notícia para todas as nações, é a partir dessa perspectiva que Lucas faz seu registro histórico (Lc. 24.26). A primeira parte de Atos narra como o evangelho foi aceito inicialmente em Jerusalém, como nasceu a Igreja e como ela vivia. A segunda parte descreve o avanço do evangelho em direção a Samaria e Antioquia na Síria. Em seguida, registra as viagens missionárias de Paulo, mostrando como o evangelho de Jesus penetrou o império romano. No meio do livro, exatamente no capítulo 15, é registrada a disputa em torno da questão judaica, isto é, se os cristãos podem fazer parte do povo de Deus sem que antes se tornem judeus. Mesmo diante da adversidade no qual o livro é encerrado, Paulo preso em Roma, as palavras são esperançosas: "Pregando o reino de Deus, e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum" (At. 28.31).

3. O VALOR ATUAL DE ATOS
O livro de Atos é fundamental para igreja contemporânea, graças a ele podemos reconstituir, com detalhes, o desenvolvimento da carreira missionária de Paulo e saber como o evangelho se espalhou pelas cidades do império romano. Na verdade, a partir desse livro é possível estabelecer o fundamento histórico sobre os qual a igreja cristã primitiva estava alicerçada: o derramamento do Espírito Santo no dia de pentecoste, a oposição sofrida pela igreja perante as autoridades judaicas, as bases da missão entre os gentios, o martírio de Estevão e a evangelização de Filipe, as conversações de Saulo e Cornélio, a fundação da primeira igreja grega em Antioquia. Esse livro também nos serve de inspiração, pois tem sido, ao longo dos séculos, um desafio para a igreja de todos os tempos refletir a respeito dos seus primórdios, a fim de que imitar o que houve de melhor naquele tempo. É preciso, porém, certa dose de realismo ao ler Atos dos Apóstolos, não podemos fechar os olhos às falhas da igreja primitiva: rivalidades, hipocrisias, imoralidades e heresias. Mesmo assim, tais fragilidades servem também de instrução para a igreja atual a fim de que essa não se deixe conduzir por carnalidades e secularismos. Apesar da sua falhas e defeitos, a igreja de Jesus Cristo, cheia do Espírito Santo, foi capaz de testemunhar de Cristo até aos confins da terra.

CONCLUSÃO
Neste ano do Centenário da Assembléia de Deus no Brasil, teremos a grata satisfação de iniciar o ano estudando o livro de Atos dos Apóstolos. Que a igreja do Senhor tenha humildade para se deixar avaliar pelo crivo da Sagrada Escritura. Como Calvino, admitamos que Atos é um "enorme tesouro", ou conforme afirmou o médico, pastor e pregador Martin Lloyd Jones sobre Atos: "vivei neste livro, eu vos exorto, ele é um tônico, o maior tônico que conheço no domínio do Espírito". Que todos nós, alegres por sermos assembleianos, neste ano de comemoração, não esqueçamos de tomar o tônico do Espírito Santo.

BIBLIOGRAFIA
MARSHAL, I. H. Atos: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.
STOTT, J. A mensagem de Atos. São Paulo: ABU, 2008.

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Plano de aula

Plano de aula

 



por Marcos Tuler

Alguém já disse que "Prever é a melhor garantia para bem governar o curso futuro dos acontecimentos"; "O plano de ação é o instrumento mais eficaz para o sucesso de um empreendimento." "Prever é agir". É o primeiro passo obrigatório de toda ação construtiva e inteligente. Pelo planejamento, o homem evita ser vencido pelas circunstâncias, e aprende a aproveitar as novas oportunidades. O planejamento é imprescindível em qualquer atividade humana, especialmente no que diz respeito à educação. Nesta área, ele se concretiza num programa de ação que constitui um roteiro seguro para conduzir progressivamente os alunos aos resultados desejados. A responsabilidade do mestre é imensa. Grande parte da eficácia de seu ensino depende da organicidade, coerência e flexibilidade de seu planejamento.

PALAVRAS-CHAVE: PLANO, ORGANIZAÇÃO, COERÊNCIA
INTRODUÇÃO

"Os dois grandes males que debilitam o ensino e restringem seu rendimento são: a rotina, sem inspiração nem objetivo e a improvisação dispersiva, confusa e sem ordem. O melhor remédio contra esses dois grandes males é o planejamento".
(Luiz Alves de Mattos)

Em relação ao ensino, planejar significa prever de modo inteligente e bem calculado todas as etapas do trabalho escolar e programar racionalmente todas as atividades, de modo seguro, econômico e eficiente. Em outras palavras, planejamento é a aplicação da investigação científica à realidade educacional a fim de melhorar a eficiência do trabalho de ensino.

I. CARACTERÍSTICAS DE UM BOM PLANEJAMENTO DE ENSINO

1. Unidade. No planejamento, é fundamental fazer convergir todas as atividades para a conquista dos objetivos visados; eles são a garantia de unidade da operação docente.
2. Continuidade. Sem planejar o professor corre o risco de perder o fio da meada , dispersando-se e valorizando pontos secundários em detrimento de pontos prioritários da matéria. O professor precisa prever todas as etapas do trabalho em pauta, desde a inicial até a final.
3. Flexibilidade. Se durante a execução do planejamento, o professor perceber a impossibilidade de cumpri-lo em razão de um imprevisto qualquer, poderá alterá-lo sem problema, desde que não se distancie dos principais objetivos. O plano, mesmo em marcha, pode ser modificado ou reajustado sem quebra de sua unidade e continuidade.
4. Objetividade e realismo. O plano deve ser objetivo e estar baseado nas condições reais e imediatas de local, tempo, recursos, capacidade e preparo de seus alunos. De que adianta planejar a utilização de recursos didáticos de alta tecnologia se na sua Escola Dominical não há possibilidade sequer de ter um quadro-de-giz? Se esse for o caso, o planejamento, baseado na irrealidade, só causará frustração.

5. Precisão e clareza. É preciso caprichar nos enunciados do planejamento. O estilo deve ser sóbrio, claro, preciso, com indicações bem exatas e sugestões bem concretas para o trabalho a ser realizado. Um planejamento com enunciados mal elaborados, poderá dificultar a tomada de decisão.

II. ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO

1. Conhecimento da realidade. Para planejar adequadamente a tarefa de ensino e atender às necessidades do aluno, é preciso, antes de mais nada, saber para quem se vai planejar. Por isso, conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa do processo de planejamento. É preciso saber quais são suas aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades. Este trabalho é conhecido como sondagem, isto é, uma coleta de dados importantes para um perfeito diagnóstico. Uma vez realizada a sondagem e o diagnóstico, deve o professor estudar cuidadosamente todos as informações reunidas a fim de elaborar com segurança sua estratégia de trabalho.
Sem a sondagem e o diagnóstico corre-se o risco de propor o que é impossível, ou o que não interessa ou, ainda, o que já foi alcançado. Eis algumas perguntas úteis ao planejamento de um curso para novos convertidos: Onde você mora? Com quem vive? Como você se relaciona com a comunidade? Qual era a sua religião antes de aceitar a Cristo como Salvador? É a primeira vez que você se decide ao lado do Senhor? Você já foi membro de alguma igreja evangélica antes? Muitas outras informações poderão ainda ser coletadas: histórico familiar, nível sócio-econômico, cultura, valores étnicos, aptidões, necessidades pessoais, limitações físicas etc. Observe o esquema abaixo.

Sondagem + Dados coletados + Diagnóstico = Conhecimento da realidade = Estratégia de Trabalho

2. Elaboração do plano.

A partir dos dados fornecidos pela sondagem e interpretados pelo diagnóstico, temos condições de estabelecer o que é possível alcançar, como fazer para alcançar o que julgamos possível e como avaliar os resultados. O planejamento poderá ser elaborado a partir dos seguintes passos:
a) Determinação dos objetivos.
b) Seleção e organização dos conteúdos.
c) Seleção e organização dos procedimentos de ensino.
d) Seleção de recursos.
e) Seleção de procedimentos de avaliação.
f) Estruturação do plano de ensino.

3. Execução do plano.

Ao elaborarmos um planejamento, antecipamos, de forma organizada, todas as etapas do trabalho de ensino. A execução do plano consiste no desenvolvimento das atividades previstas. Na execução, sempre haverá o elemento não plenamente previsto. Às vezes, a reação dos alunos ou as circunstâncias do ambiente exigirão adaptações e alterações no plano. Isto é normal e não invalida o planejamento, pois, como já dissemos, uma das características de um bom planejamento é a flexibilidade.

4. Avaliação e aperfeiçoamento do plano.

Ao executar o que foi planejado, necessita o professor avaliar o próprio plano com vistas ao replanejamento. Nesta fase, a avaliação adquire um sentido diferente da verificação do ensino-aprendizagem e um significado mais amplo. Isso porque, além de medir os resultados do ensino-aprendizagem, procuramos avaliar a qualidade do nosso plano, nossa eficiência como professores e, a eficiência do currículo.

Há vários tipos de Planejamento: o educacional, mais amplo, faz parte das incumbências do Governo; o curricular é de responsabilidade das instituições de ensino; os de ensino, unidade e aula, são da alçada de cada professor. Para o fim que desejamos, abordaremos apenas, e de forma sucinta, o planejamento de aula.

III. COMO ELABORAR UM PLANO DE AULA

1. O que é um plano de aula? O plano de aula é um instrumento de trabalho que especifica os comportamentos esperados do aluno, os conteúdos, os recursos didáticos e os procedimentos que serão utilizados para sua realização. O plano de aula busca sistematizar todas as atividades que se desenvolvem no período de tempo em que o professor e aluno interagem, numa dinâmica de ensino-aprendizagem.

2. A importância do plano de aula. É de estarrecer o que ouvimos nos "bastidores" da Educação Cristã quando o assunto é planejamento: "O que? Planejar aulas? Que nada! É só ler a lição e reproduzir o comentário com outras palavras." Este é o retrato do famigerado e nocivo comodismo. Para alguns professores, o plano de aula consiste em observar três etapas: introdução, desenvolvimento e conclusão. Infelizmente, para outros, sequer isto tem importância. Como se costuma dizer, suas aulas são "sem pé nem cabeça". Estes, quase sempre são surpreendidos com o aviso do superintendente às classes: "Faltam 5 minutos para o término da lição". Só lhes resta queixarem-se com ar de grandeza: "agora que eu estava terminando a introdução!" Isto geralmente acontece em razão de muitos professores ignorarem a relevância e a finalidade do plano de aula. Um bom plano de aula promove a eficiência do ensino, economiza tempo e energia, contribui para a realização dos objetivos visados e, acima de tudo, evita a corroedora rotina e a improvisação.

3. Antes de planejar sua aula, o professor deve refletir sobre as seguintes questões:

a) O que pretendo alcançar? Quais são meus objetivos para esta aula específica? Que tipo de comportamento espero observar em meus alunos após esta aula? Será que após a aula terão eles capacidade para escrever, dissertar, responder, debater?
b) Como alcançar? Qual estratégia de trabalho usarei para alcançar meus objetivos? Quais os métodos mais apropriados?
c) Em quanto tempo? Em que prazo executarei as diversas fases do trabalho letivo? Quanto tempo gastarei na introdução da aula? E no desenvolvimento? E na conclusão?
d) O que fazer e como fazer? Qual a melhor maneira de introduzir esta aula? Como posso transmitir o conteúdo desta lição de maneira atraente e interessante? Que tipo de aplicação seria mais eficiente nesta aula? Como concluir essa lição eficazmente a ponto de suscitar no meu aluno o desejo de retornar à classe no Domingo seguinte? Quais procedimentos deverei usar?

Quais recursos deverei dispor?

e) Como avaliar o que foi alcançado? Quais instrumentos de avaliação utilizarei? Em que período do processo de ensino deverei avaliar? No início? No meio? No final? Ou em todos?

4. Após refletir sobre as questões acima, precisa o professor executar os seguintes passos:

a) Identificar o tema da aula. O primeiro passo é indicar o tema central da aula. Exemplo: Tema da aula: "A Biblioteca Divina" – Textos-chaves: Sl 119.103,105; 1 Pe 2.2.

b) Estabelecer os objetivos. Enfatizando o que dissemos anteriormente, ao planejar, o professor deve ter em mente os objetivos do seu trabalho, isto é, saber para que está planejando.

Exemplo: Ao final da aula o aluno será capaz de:

· Identificar as principais divisões da Bíblia.
· Distinguir os livros do Antigo e Novo Testamentos.
· Classificar os livros do Antigo e Novo Testamentos.

c) Indicar o conteúdo da matéria de ensino.

Indique os conteúdos que serão objeto de estudo. O que representa este conteúdo? A matéria de ensino basicamente envolve um conjunto estruturado de conhecimentos dispostos com o objetivo de dar ao aluno oportunidade de adquirir um cabedal de informações, e de saber usar funcionalmente o conhecimento desenvolvendo adequados modos de pensá-lo e de aplicá-lo em situações novas. Segundo o educador Horbert Wiener, não é a quantidade de informação emitida que é importante para a ação, "mas antes a qualidade e quantidade de informação capaz de penetrar o suficiente num dispositivo de armazenamento e comunicação, de modo a servir de gatilho para ação."
Em relação ao ensino na Escola Dominical, os conteúdos didáticos são partes integrantes dos comentários das revistas de cada faixa etária.

omo o conteúdo deve ser apresentado no plano? O conteúdo deve ser apresentado em forma de esquemas que facilitem o seu desenvolvimento, pois o plano não deve ter textos extensos a serem lidos pelo professor durante a aula. O professor não deve contentar-se com os esquemas apresentados nas revistas-didáticas, mas, a partir deles, elaborar outro mais rico e mais completo, baseado em suas próprias pesquisas.

Os dados essenciais do conteúdo deverá ser distribuído no plano de forma ordenada, ressaltando sua concatenação e subordinação.
Na elaboração de um plano de aula deve o professor buscar a melhor maneira de comunicar o conhecimento ao aluno, pois o conteúdo da matéria de ensino e o processo de aprendizagem estão intimamente relacionados.

Exemplo de conteúdo de uma lição bíblica:

I. As divisões da Bíblia
1. Os dois Testamentos
2. Os livros divididos em seções
II. Os livros do Antigo Testamento
1. Como está dividido o Antigo Testamento
a) O Pentateuco
b) Livros históricos
c) Livros poéticos
d) Livros proféticos
III. Os livros do Novo Testamento
1. Como está dividido o Novo Testamento
a) Biografia
b) História
c) Doutrinas
d) Profecia

d) Estabelecer os procedimentos de ensino. É preciso estabelecer as formas de utilizar o conteúdo selecionado para atingir os objetivos propostos. Sua aula será somente expositiva ou você precisa utilizar outros métodos?
e) Escolher os recursos didáticos. De que forma seus alunos serão estimulados à aprendizagem? Utilizará recursos humanos ou materiais? Quais recursos dispõe sua Escola Dominical? Quadro-de-giz? Retroprojetor? Álbum seriado? Flanelógrafo? Gráficos? Mapas? Reálias? Em que momento da aula pretende utilizar cada recurso previsto?
f) Escolher o instrumento de avaliação. Finalmente, o planejamento da aula deve prever como será feita a avaliação. Não é conveniente propor ao aluno apenas questões que avaliem se ele memorizou ou não alguns conceitos ou definições. Por exemplo: "Quais são os livros históricos da Bíblia?" O ideal é que os alunos manifestem comportamentos que demonstrem claramente sua aprendizagem. Exemplo:
· Peça ao aluno para localizar em sua Bíblia um dos livros históricos.
· Relacione no quadro-de-giz vários livros da Bíblia e peça ao aluno que identifique os que pertencem ao Pentateuco.

CONCLUSÃO

Como podemos observar, ao elaborar o plano de aula, deverá o professor programar todas as suas atividades, isto é, ordená-las e dispô-las em fases sucessivas e bem calculadas.
O plano de aula racionaliza as atividades do professor e do aluno, possibilitando melhores resultados e maior produtividade do ensino.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORDENAVE, Juan Díaz & PEREIRA, Adair Martins, Estratégias de Ensino-Aprendizagem. 17. ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
CARVALHO, Irene Mello, O Processo Didático. 1. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1972.
GANGEL, Kenneth O. 24 ideas para mejorar su enseñanza. 1.ed. México, Ediciones Américas, A.C., 1992.
GREGORY, John Milton, As Sete Leis do Ensino. 3. ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1977.
TULER, Marcos. Manual do Professor de Escola Dominical. 12. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
TURRA, Clódia Maria Godoy. Planejamento de Ensino e Avaliação. 9.ed. Porto Alegre: PUC, 1999.

Por Marcos Tuler (http://prmarcostuler.blogspot.com)
Contato para convites: (21) 9991-9952 ou prof.marcostuler@faecad.com.br

A Falsa Religião do "Livre-Arbítrio"

 

A Falsa Religião do "Livre-Arbítrio"


Por Scott Price

1) O adepto da teoria do "livre-arbítrio" crê que o homem NÃO é totalmente depravado e que ele possui plena capacidade para ir a Cristo ao usar seu livre-arbítrio, e que Deus aceitará essa pessoa por causa do exercício dessas habilidades. Note: Dizer que o homem NÃO é totalmente depravado significa afirmar que ele possui certa justiça própria digna de merecer algo da parte de Deus.

2) O adepto da teoria do "livre-arbítrio" crê que Deus o escolhe baseado na observação futura do uso do livre-arbítrio — caso o homem escolha crer —, portanto , Deus elege um homem para a salvação sob a condição de que o livre-arbítrio previsto dessa pessoa escolha a Deus. Note: Dizer que a eleição é condicionada de alguma forma pelo homem é promover a salvação pelas obras, que é uma coisa má e autojustificadora.

3) O adepto da teoria do "livre-arbítrio" crê que Cristo morreu universalmente por toda humanidade, sem exceção, e que depende do livre-arbítrio do homem tornar a morte de Cristo eficaz. Note: Dizer que a morte de Cristo NÃO é o diferencial entre céu e inferno é competir com o estabelecimento e a obra da justiça que Cristo obteve mediante sua vida e morte .

4) O adepto da teoria do "livre-arbítrio" crê que o homem pode resistir à vontade de Deus a qualquer hora mediante vontade própria. Note: Dizer que o pecador pode resistir ao chamado eficaz, interno e atrativo do Espírito Santo de Deus — o mesmo poder que levantou Cristo dos mortos — é dizer que o homem possui mais poder que o próprio Deus .

5) O adepto da teoria do "livre-arbítrio" crê ser capaz, mediante seu livre-arbítrio, voltar as costas para Deus e, como resultado disso, perder a salvação. Note: O problema com o adepto da teoria do "livre-arbítrio" é que, antes de tudo, ele não entende como a pessoa é salva, muito menos o tópico da preservação ou perseverança. Ele imagina ser alvo da salvação condicional, orientada por obras do princípio ao fim.

Esses cinco pontos — aos quais o adepto da teoria do "livre-arbítrio" da falsa religião se apega — são mentiras de Satanás, opostas à verdade divina. Deus diz que somos justificados pelo sangue e pela justiça imputada de Jesus Cristo, o Senhor. O falso evangelho parece existir em excesso no mundo hoje. Paulo disse em Gálatas 1:9: "Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema". Se Deus é absolutamente soberano e o autor da salvação eterna, então o livre-arbítrio é um mito. A Palavra de Deus declara dessa forma.

Se o adepto da teoria do "livre-arbítrio" está tão impressionado com seu livre-arbítrio, por que ele não o usa para parar de pecar? Ele não pode fazê-lo, pois não o possui! "Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece" (Romanos 9:16). Toda a glória irá para Deus na salvação de uma pessoa ou não haverá salvação. Deus é zeloso de sua glória e não a partilhará com nenhum adepto da teoria do "livre-arbítrio". JAMAIS!


Márcio Melânia

"Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados,
sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco."
 (2 Coríntios 13 : 11)

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Quando o crente não ora

 
Quando o crente não ora
 


Pb. José Roberto A. Barbosa
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Objetivo: Despertar os alunos para os riscos da falta de oração na vida dos crentes e os resultados que essa ausência pode resultar.

INTRODUÇÃO
Orar é um mandamento bíblico, mas é também uma necessidade. Como disse certo pensador, a apostasia começa pelos joelhos. A oração é para a alma o que o oxigênio é para o corpo. A partir de tais assertivas, estudaremos, na lição de hoje, sobre o perigo de deixar de orar. A princípio, meditaremos na situação de Jonas, que, ao invés de orar, resolveu agir, sem a direção de Deus. Em seguida, mostraremos quais são alguns empecilhos à oração. Ao final, meditaremos sobre alguns motivos pelos quais o crente não pode deixar de orar.

1. A FALTA DE ORAÇÃO DE JONAS
A história bíblica de Jonas é um caso sui generis de experiência com Deus. Jonas, ao contrário do que se possa pensar, não orou ao Senhor porque sabia que Ele poderia responder. E, conforme sabemos, Deus o havia enviado a profetizar a necessidade de arrependimento aos ninivitas. Ao invés de cumprir a vontade do Senhor, o profeta resolveu tomar uma decisão precipitada, fugiu para não entregar a mensagem recebida de Deus. O temor de Jonas era que a população de Nínive, que oprimia os israelitas, se arrependesse, e o Senhor os poupasse, algo o profeta não desejava. Enquanto fugia, o navio no qual Jonas se encontrava foi acometido por uma violenta tempestade. Os pagãos que acompanhavam o profeta oraram ao Deus de Israel, reconhecendo o pecado de Jonas e poder de livramento do Senhor (Jn. 1.14). Enquanto isso, o profeta fujão se escondia da responsabilidade, ocultando-se em suas credenciais religiosas (Jn. 1.9). Por fim, Jonas percebe que a forma da tempestade passar é que ele, a causa de toda calamidade, seja lançado ao mar e engolido por um grande peixe (Jn. 1.12). Naquele ambiente inóspito, Jonas finalmente resolve orar ao Senhor (Jn. 2.1-9). A oração do profeta é resultante da sua necessidade, ele sabe que não pode esperar em outro que não seja o Senhor, por isso, naquele lugar solitário, pede a Deus, com fé, que o livre daquela situação (Jn. 2.4,7). Deus responde a oração de Jonas, revelando que não importa em que situação estejamos, ainda que haja indisposição para orar, Ele, mesmo assim, está apto a nos ouvir (Jn. 2.7).

2. ALGUNS EMPECILHOS À ORAÇÃO
Existem vários empecilhos à oração, isso porque o homem moderno, diante do modernismo, passou a confiar menos em Deus. Para alguns, a oração é algo desnecessário, uma atitude sem eficácia, praticada por pessoas que não têm coragem de agir. Paulo, no entanto, exorta a Timóteo que "usa a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graça em favor de todos os homens" (I Tm. 2.1). Podemos destacar alguns empecilhos à oração: 1) comodismo – orar é uma atitude de renúncia, significa dizer não a si mesmo, e assumir a posição de dar glória a Deus. Muitos se cansam facilmente da oração, ficam inquietos somente em pensar em orar. Para esse, aplica-se Is. 40.29-31: "Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças. Faz forte ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor"; 2) distração – existe tanto entretenimento nos dias atuais que os crentes simplesmente não conseguem se concentrar na oração. Há uma justificação considerava plausível para muitos, a de que não têm mais tempo para orar. Como o salmista, precisamos estabelecer prioridades: "eu, porém, invocarei a Deus, e o Senhor me salvará. À tarde, pela manhã e ao meio-dia farei as minhas queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz" (Sl. 55.16,17); 3) preocupações – Jesus nos instrui a não vivermos perturbados com as vicissitudes do cotidiano, mas nós, em meio a tanta ansiedade, não conseguimos para parar para orar. Ao invés de vivermos preocupados, devemos seguir os conselhos do salmista: "confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te susterá: jamais permitirá que o justo seja abalado (Sl. 55.22); 4) desânimo – diante de tantas descalabros e injustiças, somos tentados a pensar que Deus não mais responde as orações. Devemos aprender com Paulo, que diz: "Em tudo somos atribulados, porém, não angustiados; perplexos, porém não desanimados" (II Co. 4.8) e com Isaias: "Dizei aos desalentados de coração: sede fortes, não temais. Eis o vosso Deus. A vingança vem, a retribuição de Deus; ele vem e vos salvará" (Is. 35.3-5).

3. MOTIVOS PARA O CRENTE ORAR
Quando o crente não ora, é possível que esteja enfrentando algum obstáculo: falta de comunhão com os irmãos da igreja (I Jo. 3.15), uma língua que profere maldade (Is. 59.3) e desobediência premeditada (Pv. 28.9). Mas Deus trabalha nas situações a fim de que o crente tenha motivos para orar. Às vezes passamos pela escola da aflição, e, por meio dela, somos levados a buscar ao Senhor (Sl. 102.2). Há momentos em que Ele nos deixa sem saída, e quando beiramos ao desespero, e oramos, Ele atente nossas orações (Sl. 102.17). Apesar de tudo, temos motivos para orar, pois recebemos dEle a promessa de que fará o que disse (Nm. 23.19), em Jesus Cristo (Jô. 14.13,14). Portanto, devemos nos achegar com confiança e sinceridade diante do Senhor (Hb. 10.22). Temos razões sobejas para orar, por isso, não devamos seguir o modelo daqueles que, ainda que por um momento, deixaram de orar, e optaram por agir por conta própria, ou buscarem auxílio em pessoas ou lugares inapropriados: Sara (Gn. 15.4), Josué (Js. 9.14), Saul (I Sm. 28.7,8) Davi (II Sm. 21.10), Roboão (I Rs. 12.8), Acazias (II Rs. 1.2,6), Jonas (Jn. 1.12). A oração não descarta a ação, mas essas precisam estar entrelaçadas. Há crentes que somente oram, e nada fazem, outros muito fazem, mas não oram. Lutero costumava dizer que devemos orar como se todo trabalho dependesse exclusivamente de Deus e trabalhar como se tudo dependesse somente de nós. Aqueles que muito oraram não deixaram de fazer o que deveria, o próprio Lutero é um bom exemplo.

CONCLUSÃO
Somos tentados, todos os dias e a todos os momentos, a deixar de orar. A sensação de auto-suficiência humana nos quer fazer acreditar que podemos resolver tudo sozinhos, como fez Moisés ao ferir o egípcio, a confiar no próprio braço, mas bendito é o homem e a mulher que confia no Senhor (Jr. 17.5-7). Deixar de orar é uma atitude muito arriscada, pois o crente que assim procede não cresce espiritualmente (Os. 6.3), deixa de dar prioridade a atuação de Deus (Mt. 6.33), vive a partir do senso de auto-suficiência (Rm. 8.28), não dá glória a Deus em seus projetos (Pv. 3.6) e não aprende a confiar na providência divina (Sl. 118.8).

BIBLIOGRAFIA
BRANDT, R. L; BICKET, Z. J. Teologia bíblica da oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
SOUZA, E. A. Guia básico de oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

 
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A oração que conduz ao perdão

A oração que conduz ao perdão –

 



Texto Áureo: Sl. 51.10 – Leitura Bíblica: Sl. 51.1-13

Pb. José Roberto A. Barbosa
www.subsidioebd.blogspot.com

Objetivo: Ensinar os alunos a terem um espírito quebrantado em oração que é um poderoso instrumento para restaurar a comunhão com Deus.

INTRODUÇÃO
O pecado é uma realidade, ainda que alguns supostos especialistas tentem negá-lo. A Bíblia está repleta de exemplos de pecadores. Os noticiários impressos e televisivos também constatam essa verdade. Mesmo assim, sabemos que Deus não é contra os pecadores, Ele é gracioso e está disposto a perdoar aqueles que se arrependem. Na aula hoje, estudaremos a respeito do pecado e do perdão na Bíblia, atentaremos especificamente para o Salmo 51, e ao final, veremos como Deus lida com os pecadores que oram em arrependimento.

1. PECADO E PERDÃO NA BÍBLIA
Alguns estudiosos modernos tentam negar a realidade do pecado, extraem a responsabilidade do indivíduo, levando-a a condição social. A Bíblia, no entanto, revela o pecado tanto como uma tendência (Rm. 5.12) quando uma condição (I Jo. 1.10). Existem várias passagens na Bíblia que tratam a respeito do pecado. No Antigo Testamento, as palavras para pecado são: hatã – que significa "estar em falta perante Deus" (Gn. 20.6; Js. 7.11); e pesa – cujo significado principal é o de transgressão ou rebelião (Ex. 22.9; I Rs. 12.19; Is. 1.2; Am. 2.4-6). No Novo Testamento, pecado é hamartano, que dá idéia de "perder o foco" (Rm. 3.23). O pecado é uma condição perante Deus e que traz conseqüências (Jô. 5.14; I Co. 15.34). A Escritura revela a universalidade do pecado, isto é, todos pecaram, por isso foram distanciados de Deus, e o salário do pecado é a morte espiritual (Rm. 6.23). Perdão é aphesis em grego que, em Ef. 1.7; Cl. 1.14, está relacionado à redenção dos pecados, bem como no contexto de Mt. 26.28, por ocasião da celebração da Ceia do Senhor. Em prosseguimento a essa mensagem, os apóstolos pregaram que Jesus morreu e ressuscitou para o perdão dos pecados (At. 2.38; 5.31; 10.43; 13.38; 26.18).

2. SALMO 51, A ORAÇÃO DE UM PECADOR
O Salmo 51 foi escrito por Davi, por ocasião do seu pecado contra Deus, registrado em II Sm. 11.12. Nesse cântico, o salmista reconhece seu pecado e o apresenta perante Deus (Sl. 51.1-3). Em seguida, suplica ao Senhor que o perdoe dos seus pecados (Sl. 51. 1-2,7,9). Ele sabe que o pecado traz fardo à consciência, por isso, suplica ao Senhor que o livro daquele peso (Sl. 51. 8,12). O salmista não deseja mais pecar, por isso, pede ao Senhor que o dê graça para prosseguir (Sl. 51.10-11, 14). O pecado distancia o pecador da presença de Deus, por essa razão, Davi pede ao Senhor que permita que ele possa novamente se aproximar de Deus (Sl. 51.15). O salmista toma a decisão resoluta de mudar sua prática de vida, e isso será realizado melhorando a vida das pessoas que estão ao seu redor (Sl. 51.13) e glorificando a Deus (Sl. 51.16,17,19). Esse é um salmo de arrependimento, nele Davi abri sua alma perante Deus, reconhecendo sua condição pecaminosa. Ele implora não pela justiça de Deus, pois sabe que se essa vier não será possível escapar. Os pecados do salmista trouxeram implicações terríveis, ele destruiu a vida de um homem íntegro e da sua esposa. Davi, inicialmente, pensou que pudesse fugir dos olhos de Deus, foi assim desde o princípio, com Adão e Eva, mas a voz profética de Deus foi manifestada nas palavras de Natã. Davi chorou diante de Deus, suplicando pelo seu perdão, implorando por graça e misericórdia.

3. DEUS PERDOA OS PECADORES
Deus não se agrada do pecado, pois sendo Ele santo, pode haver conivência com o pecado. Mas o próprio Deus proveu uma saída para o pecado, pois Ele amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho, para que todo Aquele que nEle acredita, isto é, em Seu sacrifício vicário, não pereça em seus pecados, mas tenha a vida eterna (Jo. 3.16). Em sua Epístola aos Romanos, Paulo diz que Deus demonstra Seu amor para conosco pelo fato de ter nos amado, sendo nós ainda pecadores (Rm. 5.8). Todos pecaram, o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Jesus Cristo (Rm. 6.23). A partir do momento em que recebemos a Cristo, passamos assumir a condição de filhos, e recebemos, de Deus, o espírito de adoção, por meio do qual clamamos Aba, Pai (Rm. 8.15; Gl. 4.5). Por esse motivo, o cristão não tem mais prazer em pecar, onde abundou o pecado passa a superabundar a graça de Deus (Rm. 5.20). Isso não quer dizer que o cristão esteja isento do pecado, pois não há quem não peque, aquele que diz não pecar, faz Deus mentiroso (I Jo. 1.10), por outro lado, há algo de errado quando o cristão começa a ter prazer em pecar, pois o que é nascido de Deus não vive na prática do pecado (I Jo. 3.4-9). É nesse contexto que "se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" (I Jo. 1.9).

CONCLUSÃO
Não adianta o ser humano fugir da verdade evidente do pecado. Essa é uma realidade bíblica, atestada pela história, motivo de matérias nos jornais e vivida na experiência humana. Todos pecaram, pois não há quem não peque (I Rs. 8.46), ainda assim, há esperança para o pecador que ora em arrependimento. Como Davi, podemos orar com o coração quebrantado, apresentarmos diante do Senhor nossos pecados, e obter perdão. Pois conforme nos lembra o sábio, "o que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia" (Pv. 28.13).

BIBLIOGRAFIA
BRANDT, R. L; BICKET, Z. J. Teologia bíblica da oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
GEORGE, J. Orações notáveis da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

Uma breve reflexão sobre a perseguição aos evangélicos no Brasil


 
  A perseguição aos evangélicos no Brasil

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Por Renato Vargens


As primeiras informações que retratam de forma efetiva a perseguição religiosa no Brasil se remota a 1557, quando os huguenotes (calvinistas franceses) chegaram ao Rio de Janeiro com o propósito de ajudar a estabelecer um refúgio para os calvinistas perseguidos na França.

Em 10 de março de 1557, os protestantes franceses celebraram o primeiro culto evangélico do Brasil e no dia 21 de março celebraram a primeira Santa Ceia. Todavia, pouco tempo depois Villegaignon entrou em conflito com as calvinistas acerca dos sacramentos e os expulsou da pequena ilha em que se encontravam. Alguns meses depois, os colonos reformados embarcaram de volta para a França. Quando o navio ameaçou naufragar por excesso de passageiros e por ter pouca comida, cinco deles resolveram regressar. Esses cinco se sacrificaram em favor dos seus irmãos na fé. Assim que chegaram em terra foram presos: Jean du Bordel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André Lafon e Jacques le Balleur. Pressionados por Villegaignon, foram obrigados a professar por escrito sua fé, no prazo de doze horas, respondendo uma série de perguntas que lhes foram entregues. Eles assim o fizeram, e escreveram a primeira confissão de fé na América, sabendo que com ela estavam assinando a própria sentença de morte. Essa maravilhosa declaração de fé é conhecida como a
"Confissão de Fé da Guanabara" (1558). Em seguida, os três primeiros foram mortos e Lafon, o único alfaiate da colônia, teve a vida poupada. Os mártires do evangelho foram enforcados e seus corpos atirados de um despenhadeiro. Balleur fugiu para São Vicente, SP, foi preso e levado para Salvador (1559-67), sendo mais tarde enforcado no Rio de Janeiro, quando os últimos franceses foram expulsos.

Quase 100 anos depois, os
holandeses criaram a Companhia das Índias Ocidentais com o objetivo de conquistar e colonizar territórios da Espanha nas Américas, especialmente uma rica região açucareira: o nordeste do Brasil. Em 1624, os holandeses tomaram Salvador, a capital do Brasil, mas foram expulsos no ano seguinte. Finalmente, em 1630 eles tomaram Recife e Olinda e depois boa parte do Nordeste. Neste periodo João Maurício de Nassau-Siegen, que governou esta região entre 1637 a 1644, concedeu uma boa medida de liberdade religiosa aos residentes católicos e judeus. Sob os holandeses, a Igreja Reformada era oficial. Foram criadas vinte e duas igrejas locais e congregações, dois presbitérios (Pernambuco e Paraíba) e até mesmo um sínodo, o Sínodo do Brasil (1642-1646). Mais de cinquenta pastores ou "predicantes" serviram essas comunidades. A Igreja Reformada realizou uma admirável obra missionária junto aos indígenas. Além de pregação, ensino e beneficência, foi preparado um catecismo na língua nativa. Outros projetos incluíam a tradução da Bíblia e a futura ordenação de pastores indígenas. Em 1654, após quase dez anos de luta, os holandeses foram expulsos, transferindo-se para o Caribe. Os judeus que os acompanhavam foram para Nova Amsterdã, a futura Nova York.

Desde então, não se sabe de relatos de cultos protestantes no Brasil. No entanto, com a chegada da família real a terras tupiniquins e com a abertura dos portos as nações amigas, as confissões protestantes começaram paulatinamente a chegar ao país. Os Anglicanos chegaram em 1811, os luteranos em 1824, os Congregacionais em 1855, os presbiterianos em 1859, e os batistas em 1871. Todavia, em virtude da constituição de 1824 outorgada por D. Pedro I, que afirmava ser o catolicismo romano a religião oficial do Brasil, os protestantes não possuiam direito a cultos públicos em lingua portuguêsa, além é claro de não terem permitidos a construção de templos com aparência religiosa.

Já no governo de Dom Pedro II , (mesmo o imperador possuindo uma grande simpatia pelos protestantes), não era nada fácil afirmar publicamente a fé nos pressupostos cristãos, mesmo porque, a religião oficial do Estado imprimia forte perseguição religiosa aos evangélicos.

Com a Proclamação da República, o Estado Brasileiro deixou oficialmente de ser Católico Romano permitindo assim com que os protestantes tivessem direito a culto. Todavia, como não poderia deixar de ser, a maioria da população ainda desenvolvia um significativo preconceito para com aqueles que se diziam cristãos protestantes. A consequência direta disso foi a aniquilação de inúmeras templos evangélicos, que de forma covarde foram destruidos pelo fogo. Dentre estes, encontra-se a 1ª Igreja Batista de Niterói, que em 14 de abril de 1901, teve seus móveis, púlpito, pertences e diversos utensílios queimados em plena rua, além de sua sede destruída.

Durante a primeira metade do século XX, os crentes em Jesus foram estigmatizados e denominados pelo clero romano como hereges sofrendo por conseguinte ofensas morais, onde atributos pejorativos lhes eram destinados. Junta-se a isso, o fato de que muitos por causa da sua crença sofreram no corpo agressões físicas por não professarem a fé dos sacerdotes romanos. Na segunda metade do século XX a perseguição se deu de forma velada mediante os meios de comunicação que a todo custo vendiam a sociedade brasileira a imagem de uma igreja burra, ignorante e manipuladora da fé alheia.

Caro leitor, a constituição de 1988 nos garante liberdade de fé e religião. O artigo 5º da Carta Magna diz que ´"É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias." Todavia, os cristãos evangélicos correm o risco de sofrerem novas perseguições substanciais em virtude do projeto de lei 122 que tramita na Congresso Nacional que se aprovado irá criminalizar àqueles que manifestam suas opiniões religiosas contrárias ao casamento gay.

Vale a pena ressaltar que a fé protestante não defende a homofobia. Na verdade, nós cristãos-evangélicos somos contrários a todo tipo de violência física condenando veementemente aqueles que atentam contra a vida de quem quer que seja. Todavia, acreditamos também que possuímos o direito irrevogável e constitucional de expor publicamente nossa fé conforme claramente afirma a nossa carta magna.

Isto posto, oro ao Senhor nosso Deus que estenda a mão sobre o Brasil livrando a sociedade brasileira de uma lei que sem sombra de dúvida promoverá mais uma severa perseguição religiosa no Brasil.

Soli Deo Gloria!

Fonte: [ Púlpito Cristão ]
.
Márcio Melânia

"Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados,
sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco."
 (2 Coríntios 13 : 11)

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- Escola Bíblica Dominical


 
A oração e a vontade de Deus

 



Texto Áureo: Jo. 15.7 – Jo. 14.13-17; 15.7; I Jo. 5.14,15

Pb. José Roberto A. Barbosa

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Objetivo: Ensinar os alunos a orarem de acordo com a vontade boa, perfeita e agradável de Deus e aceitar a soberania de Deus em relação às respostas das orações.

                                          INTRODUÇÃO

A Bíblia nos instrui a orar, mas não do jeito que queremos, pois, conforme destaca Tiago em sua Epístola, "Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites" (Tg. 4.3). A fim de orar com sabedoria, estudaremos, na lição de hoje, sobre a oração de acordo com a vontade de Deus. Inicialmente, analisaremos a vontade de Deus na Bíblia, em seguida, refletiremos a respeito de oração que foram ou não respondidas pelo Senhor.

 

1. A VONTADE DE DEUS NA BÍBLIA
Em Rm. 12.1,2, Paulo admoesta aos cristãos de Roma a não se conformarem com o mundo, antes a experimentarem a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. A vontade de Deus, na Bíblia, não é apenas um capricho, mas o interesse do Senhor no crescimento espiritual do crente. Por isso, Jesus ensinou a seus discípulos que Deus responderia a oração daqueles que guardassem e praticassem a Sua palavra (Jo. 15.7; I Jo. 3.22). A princípio, precisamos compreender a vontade geral de Deus, pois, de acordo com o Apóstolo, a vontade de Deus, desde a criação, foi enviar Seu Filho, Jesus Cristo, ao mundo a fim de trazer a humanidade perdida de volta a Ele (Ef. 1.4-5,9-11;2.15-16; 3.3-12). Portanto, em oração, devemos nos coadunar aos desígnios de Deus, nossa vontade, conforme revelou Jesus no Pai-Nosso, deva estar submissa à vontade de Deus (Mt. 6.10). Na verdade, Jesus é o crivo da vontade de Deus, pois Ele mesmo afirmou em Jo. 7.17 "Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo". Precisamos também reconhecer que há uma propensão humana para fugir da vontade de Deus (Rm. 8.5-8). Por outro lado, depois de recebemos a Cristo, passamos a ter uma nova natureza, direcionada à vontade de Deus, e que sabe que Ele sempre deseja o que há de melhor para nós, ainda que essa seja contrária a nossa vontade.

 

 

2. QUANDO DEUS NÃO RESPONDE
Em Sua soberania, Deus pode dizer "não" as nossas orações. As razões podem ser: orações egoístas, que buscam não a vontade de Deus, mas interesses meramente pessoais (Tg. 4.3). Deus também não responde orações que visam apenas honrarias humanas, posições sociais (Mt. 20.17-28). O Senhor também não responde orações hipócritas, de pessoas fingidas, que não têm compromisso genuíno com o reino de Deus (Mt. 6.5,6). Mas nem sempre a resposta de Deus às orações é negativa, algumas vezes Ele apenas silencia, e nos induz a esperar pela resposta, por isso, o Salmista nos orienta a esperar com paciência no Senhor (Sl. 40.1). Quando não esperamos, e nos adiantamos, as conseqüências podem ser drásticas, tal como ocorreu com Abraão e Sara (Gn. 16.1,2). Mas nem sempre a resposta negativa de Deus é decorrente dos nossos erros, na verdade, serve como um corretivo, a fim de que não nos gloriemos em nós mesmos, mas no Senhor, por isso, como aconteceu com Paulo, é bem possível que precisemos nos conformar à graça de Deus, e saber que o Seu poder se aperfeiçoa na fraqueza (I Co. 12.7-9). Deus é soberano, Ele sabe o que faz, algumas vezes seu "não" é definitivo, tal como fez com Moisés (Dt. 3.26), mas a menos que a vontade de Deus esteja expressa na Bíblia, podemos, como nos ensinou o Senhor, continuar insistindo em oração (Lc. 11.5-10).

 

 

3. QUANDO DEUS RESPONDE
A resposta de Deus às orações, consoante ao que expusemos anteriormente, pode ser não ou espere, mas Deus também responde afirmativamente as orações dos crentes. Para tanto, é preciso que as nossas orações estejam em conformidade com a vontade dEle (I Jô. 5.14,15). Na Bíblia temos vários exemplos a esse respeito, destacamos, entre eles: a oração de Salomão (II Cr. 1.7-10), Elias (I Rs. 18.36-39) e Davi (Sl. 51.1-17). A maneira mais segura do cristão conhecer a vontade de Deus é meditando na Sua palavra. Se quisermos orar com sabedoria, devemos orar a partir dos propósitos de Deus revelados na Escritura. O cristão que não busca conhecer a Palavra de Deus está propenso a orar fora da Sua vontade. Sabemos inclusive que mesmo o "tudo" de Jo. 14.6 é relativo, e não absoluto. Devemos pedir, buscar, bater, orar sempre em nome de Jesus, mas Deus não será coagido pelos argumentos humanos, nem mesmo pela utilização indevida do nome de Seu Filho. A oração em nome de Jesus é aquela que tem a Sua autoridade, o Seu crivo, Sua assinatura. Se quisermos orar de fato em nome de Jesus, precisamos conhecer a vontade dEle, não apenas usar seu nome como um amuleto. Orar em nome de Jesus é mais do que colocar a expressão "em nome de Jesus" ao final da oração, é estar em consonância com seus interesses (Mt. 7.21; Mt. 21.31; Mc. 3.35).

 

 

CONCLUSÃO
O cristão deva orar sempre, nunca desistir, e sobretudo, acreditar que Deus responde as orações (Hb. 11.6). Por outro lado, deva buscar conhecer a vontade de Deus a fim de orar com sabedoria, sem fugir dos desígnios do Senhor (I Jo. 5.14,15). Devemos também estar preparados para ouvir o "não" de Deus e também a esperar quando a resposta demorar a chegar. Em tudo, estejamos debaixo da soberania de Deus, saibamos que nem sempre nossos pensamentos são iguais aos pensamentos dEle (Is. 55.8,9) e que Ele é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo que pedimos ou pensamos (Ef. 3.20,21).

BIBLIOGRAFIA
BRANDT, R. L; BICKET, Z. J. Teologia bíblica da oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
SOUZA, E. A. Guia básico da oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

A oração sacerdotal de Jesus

A oração sacerdotal de Jesus

 



TEXTO ÀUREO = " E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus" (Lc 6:12)

VERDADE PRÁTICA = A vida de oração de Jesus é um exemplo para todo crente que deseja cultivar um relacionamento íntimo com o Pai e agradá-Lo em tudo.

INTRODUÇÃO

Na lição do dia de hoje será abordado uma das mais importantes e enriquecedoras orações da bíblia sagrada que será descrita abaixo:

"Depois de assim falar, Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o Filho te glorifique; assim como lhe deste autoridade sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos aqueles que lhe tens dado. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste. Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer. Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus, e tu mos deste; e guardaram a tua palavra. Agora sabem que tudo quanto me deste provém de ti; porque eu lhes dei as palavras que tu me deste, e eles as receberam, e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste. Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me tens dado, porque são teus; todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e neles sou glorificado. Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assim como nós.

Enquanto eu estava com eles, eu os guardava no teu nome que me deste; e os conservei, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. Mas agora vou para ti; e isto falo no mundo, para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmos. Eu lhes dei a tua palavra; e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Eles não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviarei ao mundo. E por eles eu me santifico, para que também eles sejam santificados na verdade. E rogo não somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um; eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste a eles, assim como me amaste a mim." (Jo 17:1-23)

Essa oração já foi chamada de Oração Sacerdotal – título adequado pois nessa oração o sacerdote (Jesus) consagra-se ele mesmo como a vitima (o cordeiro para o sacrifício). A palavra "sacerdote" significa: "um que traz para perto". Lendo sua oração sacerdotal estamos sendo trazidos para muito perto, à presença do Pai, pois esta oração é a oração perfeita. Abrange tudo.
Será abordado o mesmo esquema de nosso comentarista Pr Eliezer de Lira e Silva para aprofundamento e subsidiar melhor cada tópico.

DESENVOLVIMENTO

I. ORAÇÃO POR UMA VIDA DE COMUNHÃO COM O PAI:

1. Relacionamento com Deus:

"Assim como lhe deste autoridade sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos aqueles que lhe tens dado. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste" (Jo 17:2-3)
Observa-se que Deus gosta de relacionar-se com o homem, isto é observado desde os primórdios quando em Gênesis o Senhor ia falar com Adão até este cair em pecado. Mas através do sangue de carmesim de Cristo, esse relacionamento quebrado foi refeito por um novo e vivo caminha a saber Cristo.

O profeta Oséias também nos chamou a atenção quando disse conheçamos e prossigamos em conhecer, esse relacionamento não é estático requer uma busca contínua através da oração, jejum e uma vida de adoração.

2. Meditação e prática da palavra de Deus:

"Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus, e tu mos deste; e guardaram a tua palavra".(Jo 17:6)
Jesus em suas palavras disse que o homem que ouve as suas palavras e não as pratica é semelhante ao homem que constrói a sua casa sobre a areia e vem o vento e a chuva e a destrói, mas aquele que ouve suas palavras e a pratica é semelhante aquele que constrói sobre uma rocha e vem o vento e a tempestade mas ela permanece firme.
Nós somos esta casa se ouvirmos as palavras de Jesus e as praticarmos passaremos por percalços mas estaremos firme na rocha que é Cristo.
Jesus sabe o quanto é importante a Palavra, o estudo, a meditação e a pregação. Será que nós também estamos dando esta importância? Será que em nossos culto o tempo para a Palavra é suficiente e respeitado?

A oração de Cristo pela proteção, pela alegria, pela santificação, pelo amor e pela união, refere-se somente aqueles que pertencem a Deus, que creram em Cristo, que se separaram do mundo e que guardam a Palavraa de Cristo e crêem em seus ensinos.
A palavra nos limpa:
"Vós estais limpos pela palavra que vos tenho falado"(Jo 15:3)
A palavra nos conduz a vida eterna:
"Examinais as escrituras, porque vós cuidais de ter nela a vida eterna, e são elas que de mim testificam" (Jo 5:39)

3. Uma vida que glorifique a Deus:

"Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer" (Jo 17:4)
A palavra Cristão aponta para a idéia de que aquela pessoas segue Cristo. Será que estamos tendo uma vida que glorifique a Ele assim como Ele glorificou o pai. Antigamente quando um crente ia abrir uma conta no mercadinho da esquina o dono ficava até feliz pois sabia que ali estava um cliente que ele poderia contar, mas hoje a situação se reverteu devido a inúmeros pseudocrístão que fizeram muitas tolices e não cumpriram suas palavras com certeza a resposta do dono do mercadinho será assim:
- Me desculpe mas tanto crente me deu prejuízo.
Ë tempo de renovarmos de termos uma vida que glorifique a Deus em tudo. Em todos os lugares e aconteça em nossas vidas assim como aconteceu na vida de Daniel que até o rei testemunhou dele "tomara que o Deus a quem tu serves continuamente". Vamos servir ao Único e Verdadeiro Deus de maneira que Ele seja glorificado em nossas vidas.
A "glória" de Cristo foi sua vida de serviço e abnegação e sua morte na cruz a fim de redimir a raça humana. Semelhantemente a "glória"do crente é o caminho do serviço humilde e de carregar a sua cruz (lc 9:23). A humildade, a abnegação, o serviço e a disposição de sofrer por Cristo, garantirão a verdadeira unidade dos crentes que levará a glória verdadeira.

II. ORAÇÃO POR PERSEVERANÇA, ALEGRIA E LIVRAMENTO:

1. Perseverança:

"Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assim como nós. Enquanto eu estava com eles, eu os guardava no teu nome que me deste; e os conservei, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura." ( Jo 17:11-12)
A perseverança é a preocupação de Jesus o fato de Ele orar por perseverança sugere que não é algo automático para os crentes depende deles continuarem crendo em Jesus e guardando sua palavra, e sobre tudo e em última instância do poder de Deus.

2. Alegria:

"Mas agora vou para ti; e isto falo no mundo, para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmos." (Jo 17:13)
O mal que tem afligindo século é a depressão, pessoas sentem vontade de morrer e perdem a alegria da vida. O Cristão é diferente pois tem uma alegria deixada pelo Senhor dos senhores a alegria da salvação que faz com que nos lembremos que nosso Mestre veio e triunfou sobre o inferno e a morte e nos deu livre acesso ao pai nos salvando da segunda morte, fazendo com que desfrutemos da vida eterna na cidade santa ao lado dEle..

3. Livramento:

"Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno"(Jo 17:15)
Só encontramos refúgio no Senhor. O homem sem Deus não consegue derrotar o mundo, mas em Cristo triunfaremos pois Ele triunfa conosco.
Não orou para que seus discípulos fossem tirados do mundo, mas para que pudessem escapar da ira dos homens, porque tinham uma grande obra a fazer para a glória de Deus e para benefício da humanidade. Ele orou para que o pai os guardasse do mal, de serem corrompidos pelo mundo, dos remanescentes do pecado em seus corações, e do poder e da astucia de satanás. Assim, pois eles passariam pelo mundo como alguém que cruza território inimigo, como Ele havia feito. Eles não são deixados aqui para que procurem alcançar os mesmos objetivos que os outros homens que os rodeiam e almejam alcançar, mas glorificarem á Deus e servirem ä sua geração. O Espírito de Deus nos verdadeiros cristãos opõe-se ao espírito do mundo.

III. ORAÇÃO POR SANTIDADE, UNIDADE E FRUTOS ESPIRITUAIS:

1.Santidade:

"Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade"
"E por eles eu me santifico, para que também eles sejam santificados na verdade" ( Jo 17:17,19)
Cristo orou em seguida a favor dos discípulos, para que não somente fossem guardados do mal, mas para que se tornassem bons. A oração de Jesus por todos os seus é que sejam santificados. Até os discípulos devem orar pedindo a graça santificadora.
O meio de conceder esta graça é "na verdade, a tua palavra é a verdade". Santifica-os, apartando-os para ti mesmo e para te servirem. Recebe-os na obra; que a tua mão esteja com eles.
Jesus consagrou-se completamente à sua tarefa e a todas as partes dela, especialmente ao oferecer-se sem nenhuma mácula, pelo Espírito eterno. A verdadeira santidade de todos os verdadeiros cristãos é o fruto da morte e ressurreição de Cristo, pela qual o dom do Espírito Santo foi adquirido.
Ele ofereceu-se a si mesmo por sua Igreja para santificá-la. Se os nossos pontos de vista não têm este efeito em nós, não correspondem a verdade divina, ou não o recebemos por meio de uma fé ativa e viva.
Santificar significa tornar santo, separar. Jesus ora na noite da véspera da sua crucificação, para que seus discípulos sejam um povo santo, separados do mundo e do pecado, para adora a Deus e servi-lo. Devem separar-se para estarem perto de Deus, para viverem para Ele e para serem semelhantes a Ele. Essa santificação vem pela dedicação à Verdade revelada pelo Espírito da Verdade.(Jo 14:17;16:13)

A verdade é tanto a palavra viva de Deus (Jo 1:1), como revelação da palavra escrita de Deus.
Jesus "se santifica"separando-se para cumprir a vontade de Deus, morrer na cruz. Jesus sofreu no calvário afim de que seus seguidores pudessem separar-se do mundo e dedicar-se a Deus.
"E, por isso, também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta" (Hb 13:12)
Jesus sofreu na cruz fora da porta da cidade de Jerusalém para que sejamos santificados, separados da antiga vida pecaminosa e dedicados a servir a Deus.

2. Unidade:

"para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. 22 E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um;" (Jo 21-22)
A Igreja é um corpo não pode viver em desunião. E Jesus clamou por esta união. No Salmo 133 vemos isto claramente, no original a união que se refere o salmista é uma união como se andássemos de mão dada, ou seja, a alegria do irmão é minha alegria, a tristeza dele também é a minha precisamos andar desta forma
A união em favor da qual Jesus orou não era a união de igrejas e organizações, mas a espiritual, baseada na permanência em Cristo (Jo 17:23). Amor a Cristo (Jo 17:26) separação do mundo (Jo 17:14-16): Santificação na verdade (Jo 17:17-19), receber a verdade da Palavra e crer nela (Jo17: 6, 8, 17). Obediência a Palavra (Jo 17:6) e o desejo de levar a salvação aos perdidos (Jo 17: 21,23). Faltando algum destes fatores, não pode haver a verdadeira unidade que Jesus pediu em oração.
Jesus não ora para que seus seguidores "se tornem um", mas para que "sejam um". Trata-se do subjuntivo presente e significa "continuamente ser um". União essa que se baseia no relacionamento que todos eles têm com o Pai e o Filho, e na mesma atitude basilar que têm para o mundo, a palavra e a necessidade de alcançar os perdidos (IJo1: 7).
Intentar criar uma união artificial por meio de reuniões, conferências ou organização centralizada pode resultar num simulacro da própria união em prol da qual Jesus orou. Ele tinha em mente algo muito mais do que "reuniões de unificação". De união artificial. É uma união espiritual de coração, propósito, mente e vontade dos que estão totalmente dedicados a Cristo, à Palavra e à santidade. (Ef 4:3).

3 Frutificação espiritual:

"Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviarei ao mundo." (Jo 17:18)
Fomos chamados para dar frutos. Oração consagrada, perfeita, oração igual à oração de Jesus, urge para fora, irrompe para anunciar com santa paixão a todo mundo: "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste". Ninguém pode ser um homem de oração, cheio do Espírito, sem tornar-se também um missionário.

III. CONCLUSÃO

Que possamos nos espelhar na oração de Cristo e termos uma vida:
- De relacionamento com Deus;
- Meditação e prática da Palavra de Deus;
- De glorificação a Deus;
- De Perseverança;
- De Alegria;
- De Livramento;
- De Santidade;
- De Unidade; e
- Frutificação Espiritual.

Que possamos cantar, como no hino da harpa 296:
"Com Jesus a minh'alma deseja estar no jardim, em
constante oração; quando a noite chegar,
e o mal me cercar, quero estar em constante oração."

REFERÊNCIAS:
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, Rio de Janeiro.
- Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD. Rio de Janeiro;
- SILVA, Eliezer de Lira e. Lições Bíblicas O poder da Oração. CPAD. Rio de Janeiro;
- HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. CPAD. Rio de Janeiro.

sites:
- http://www.ibmorumbi.org.br/intercessao/view.asp?CID=1&ID=369
- http://www.missaoaupe.com.br/sermoes/7%20aoracaosacerdotaldejesus.php
- http://www.bibliaonline.net/estudos/colecao.cgi?estudo=3&tema=11
Elaboração:- Pb. Miguel Fiuza Neto

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FW: NewsLetter - Escola Bíblica Dominical

 
A oração em o Novo Testamento


por Isaías de Jesus

Texto Áureo:- "Regozijai-vos sempre, Orai sem cessar" I Ts 5: 16-17

Verdade Pratica:- A Oração em o Novo Testamento tem como padrão a fé, a intensidade e a perseverança

A Oração na Igreja de Jerusalém

O livro de Atos dos Apóstolos é mais que o registro inspirado das ações de um grupo especial de crentes. Nele estão incluídos os atos da Igreja levantada no Pentecostes, os atos do Espírito Santo nessa Igreja e por meio dela e os atos das forças contrárias, tanto humanas quanto demoníacas, que buscavam impedir e destruir a Igreja desde o seu nascimento. As orações da Igreja Primitiva foram cruciais para os eventos sobrenaturais que marcaram os primeiros dias desse novo movimento cio Espírito. Se há alguma lição nessa história cheia de fascínio e deslumbre, é que a oração tem sido o fator que faz a diferença. Sem ela, não haveria o registro de atos que nos causam tamanha admiração. A Igreja Primitiva foi estabelecida numa reunião de oração, que durou de sete a dez dias (At 1.13,14); ela continuou em oração (At 2.42); e a oração sempre foi o seu sustentáculo. O livro de Atos não estabelece qualquer doutrina ou teologia sobre a oração. No entanto, mediante um fluxo incessante de exemplos, ensina sobre o assunto. Gerações de crentes têm recebido inspiração e encorajamento através do exemplo daqueles apóstolos dedicados à oração, que plantaram a semente e a regaram com lágrimas. Nós, igualmente, podemos ter um aumento em nosso labor pelo Reino, à medida que juntamos aos nossos esforços a oração de intercessão. As lições práticas dessas orações e seus resultados são vários.

A Primeira Reunião de Oração da Igreja Primitiva

A ocasião da primeira reunião de oração dos discípulos, após a ascensão de Jesus, é inequivocamente clara (At 1.13,14). A motivação para essa primeira reunião veio diretamente de Jesus, o Cabeça da Igreja. Embora Ele não lhes ordenasse especificamente que orassem, os discípulos sabiam muito bem que o tempo de ficar em Jerusalém (Lc 24.49) e esperar (At 1.4) deveria ser preenchido com oração. "Ficar" é tradução do verbo grego katbizo, que significa "sentar-se", "estabelecer-se", "permanecer". E entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos (At 1.13,14).

O dom prometido (Lc 24.49; At 1.5) era algo pelo qual valia a pena esperar. A intensidade com que desejavam o poder do Espírito Santo está claramente demonstrada pelo modo como se dedicaram à oração: "Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas" (At 1.14).

Aquilo sobre o que oravam não ficou registrado no livro de Atos, exceto o pedido posterior por orientação na escolha do sucessor de Judas Iscariotes. Mas suas orações, enquanto esperavam, deviam estar relacionadas ao propósito da espera — a vinda do Espírito Santo, como prometera o Senhor.

O resultado daquela primeira reunião de oração da Igreja Primitiva haveria de afetar o mundo para sempre. O Espírito Santo estava agora disponível para a Igreja como nunca antes. Que Ele estava presente no mundo antes daquele dia, é um fato que não pode ser negado. Mas que Ele viesse de uma só Vez sobre tantos crentes, revestindo-os de poder para serem suas testemunhas, até então era algo desconhecido. Os acontecimentos do dia de pentecostes, preparados pelas orações que os precederam, revestiram-se de tremendas conseqüências: "E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados" (At 2.2). O vento, símbolo do Espírito Santo para qualquer judeu conhecedor dos fatos, despertou grande alvoroço entre aqueles que estavam se dedicando à oração.

E logo, nos calcanhares do vento, veio o fogo: "E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles" (At 2.3). Outro símbolo prontamente reconhecido da presença divina na comunidade judaica (Êx 3.1-6; 1 Rs 18.38,39), o fogo deve tê-los feito lembrar as palavras de João Batista: "Esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Lc 3.16). Mas João, ao que tudo indica, usou a palavra "fogo" no sentido de julgamento, ao passo que as "línguas repartidas, como que de fogo" aqui relatadas parecem ser um símbolo da aceitação divina (consulte a discussão de Stanley M. Horton, em O que a Bíblia Diz Sobre o Espírito Santo, Rio de Janeiro: CPAD, 1993).

Todas essas notáveis manifestações devem ter tocado fundo no coração dos 120, que tinham acabado de receber o Espírito Santo, pois "todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem" (At 2.4). Tudo isso relacionava-se à promessa de Deus, em função da qual se realizara aquela longa reunião de oração, cujos efeitos se manifestaram no dia de Pentecostes.

As lições que aqui aprendemos são importantes:

(1) a oração é a principal chave para o derramamento do Espírito Santo;
(2) orações longas podem ser necessárias para produzir união entre os membros do corpo de Cristo; e
(3) a oração sempre será o prelúdio de poderosas manifestações do poder de Deus.
Foi durante a primeira longa reunião de oração da Igreja que houve a substituição de Judas, tarefa que representou uma grave questão de liderança (At 1.15-26). Parece que os apóstolos estavam seguindo o desejo do próprio Senhor Jesus, quando concluíram que seu número deveria ser 12.
Judas Iscariotes, um dos que faziam parte do grupo original, havia posto um fim à própria vida e ao seu apostolado, suicidando-se. Portanto, tinha de ser substituído. Dois homens, dentre os muitos presentes, foram inicialmente escolhidos, O motivo dessa escolha é algo sobre o qual não somos informados.

Oração ante a Perseguição

Pedro e João foram instrumentos usados por Deus para levar a cura, de forma extraordinária, a um homem que desde o nascimento era aleijado e incapaz de andar (At 3). Indignados diante do que os dois ensinavam e faziam, os sacerdotes e o capitão da guarda do Templo, juntamente com os saduceus, ordenaram que eles fossem lançados na prisão (At 4.1-3). Mas, no dia seguinte, Pedro, renovado pelo Espírito Santo (At 4.8), pregou destemidamente a todos os seus opositores. Finalmente, após serem ameaçados pelas autoridades, Pedro e João tiveram permissão para ir embora. Retornando à companhia dos irmãos, deram-lhes notícias da proibição feita pelos principais sacerdotes e anciãos, isto é, de que não deveriam mais nem falar e nem ensinar no nome de Jesus. Esse edito pôs a Igreja Primitiva de joelhos, em oração. (At 4.24-31).

Sua oração iniciou-se com o devido reconhecimento do Deus ao qual se dirigiam: "Senhor, tu és o que fizeste o céu, e a terra, e o mar, e tudo o que neles há" (At 4.24). A palavra aqui traduzida por "Senhor" é diferente das outras palavras dirigidas a Deus. Essa palavra tem um sentido óbvio: "mestre", "soberano" ou "autoridade suprema". Esse tipo de reconhecimento não apenas honra a Deus como o Criador do Universo, como também gera fé nos corações daqueles que oram a um Deus tão grande.

Na oração da Igreja perseguida, os crentes também reconheceram a onisciência de Deus e a sua predeterminação em tudo quanto acontecera ao Senhor Jesus (At 4.25-28). Os sofrimentos e a morte de Jesus continuavam bem vivos na mente deles. O conhecimento da onisciência de Deus e seu completo controle sobre tudo que acontece é igualmente vital para os crentes hoje em dia. Isso nos assegura que Deus está consciente de todas as vicissitudes da vida e jamais é pego de surpresa. Ele continua sendo a Majestade suprema o Soberano que prevê e predetermina tudo quanto sucede no universo. É Ele quem nos dá o livre-arbítrio e nos permite saber que podemos confiar tudo inteiramente aos seus cuidados.

"Concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra; enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus" (At 4.29,30). Tinham absoluta certeza de que as manifestações miraculosas seriam um amém divino aos seus esforços concentrados, testificando que Deus, de fato, estava trabalhando com eles e através deles. Ainda hoje a resposta a um testemunho insípido, de pouco poder e muitas palavras, continua sendo o poder de Deus, manifesto em ações poderosas do Espírito Santo e por meio de curas, sinais e maravilhas concedidos por Deus. Devemos nos encher de coragem e implorar a Deus por um testemunho eficaz, nunca permitindo que as evidências pentecostais sejam relegadas ao passado.

Nem precisamos indagar se a oração daquele grupo primitivo de cristãos foi ouvida. A resposta foi dinâmica:
(1) o lugar onde estavam reunidos foi sacudido;
(2) todos foram cheios do Espírito Santo; e
(3) anunciaram a Palavra de Deus com ousadia (At 4.31).

A resposta de Deus foi dada por meio do Espírito Santo, tal como Jesus antes indicara: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós" (At 1.8). Aqueles discípulos haviam recebido o Espírito Santo no dia de Pentecostes. Não obstante, aquela outorga especial de poder não excluía a necessidade de "novos enchimentos, de novas unções, de novos movimentos do Espírito, de novas manifestações do poder e dos dons do Espírito e de uma perpétua dependência da ajuda do Espírito" (Horton, O que a Bíblia Diz Sobre o Espírito Santo).

As lições que devemos aprender dessa excepcional passagem sobre a oração e suas conseqüências são diversas:
(1) ao surgirem perseguições e ameaças, devemos nos reunir com o povo de Deus e orar;
(2) quando estivermos orando, fortaleçamos nossa fé, confessando a grandeza do Deus a quem oramos;
(3) oremos com base na Palavra de Deus, naquilo em que ela se aplica à nossa situação;
(4) não oremos meramente por nossa autopreservação e escape, quando surgirem perseguições e formos ameaçados, mas oremos para que tenhamos um ministério eficaz, a despeito dessas mesmas perseguições e ameaças; e
(5) oremos para que Deus aumente a nossa capacidade de sermos cheios do Espírito Santo e que Ele confirme a sua Palavra com sinais miraculosos.

A Oração na Igreja em Expansão

A severa perseguição que se seguiu ao martírio de Estevão espalhou os crentes em todas as direções. Lucas nos dá exemplos do que deve ter acontecido em muitos lugares, quando descreve o ministério de Filipe, em Samaria, e o de Pedro, na Judéia. Visto que os crentes enfrentavam a perseguição com incessantes orações (por exemplo, At 12.5), podemos estar seguros de que, mediante a oração e orientação do Espírito, a Grande Comissão foi coroada de êxito em lugares acerca dos quais Lucas nada menciona. Atos, entretanto, deixa transparecer alguns indícios (At 9.31; 12.24; 15.3; 21.4; 28.14), incidindo a última parte do livro sobre a missão efetuada pelo apóstolo Paulo entre os povos gentílicos.

A oração de Estêvão exprime duas preocupações:

(1) o destino de seu espírito; e
(2) o bem-estar de seus inimigos.
Dificilmente, ele poderia ter seguido mais de perto o exemplo deixado por seu Senhor. Poucos meses antes, quando Jesus morria às mãos de homens malignos, estas palavras haviam sido ouvidas na cruz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lc 23.46). Agora era a vez de Estêvão clamar: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito!" (At 7.59). Ele já havia recebido um vislumbre do outro mundo (veja o contexto, em At 7.55-59), cuja glória pareceu aliviar as dores do momento. Também tinha consciência de que deixar o corpo é "habitar com o Senhor" (2 Co 5.8).

Havendo cuidado de seu próprio espírito, Estêvão dirigiu seus sinceros pensamentos àqueles violentos compatriotas, que estavam pecando. Ajoelhou-se, sem dúvida com o rosto voltado na direção do céu, dando a entender com isso não só a sua grande humildade, como também a sua maneira de se aproximar em oração ao Deus do céu. A oração de Estêvão "Senhor, não lhes imputes este pecado" (At 7.60) é um eco da oração feita pelo Senhor quando crucificado: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23.34) – (Mt 5.44,45).

Qual foi o resultado dessa oração incomum e dessa maneira exemplar de morrer? Naquela multidão sedenta de sangue, havia pelo menos um homem inclinado de corpo e alma não só a destruir o destemido Estêvão, mas também a Igreja inteira. Era o rude Saulo de Tarso (At 7.58). Se Estêvão não tivesse orado daquela maneira, talvez a Igreja de Jesus Cristo não contasse com Paulo, o apóstolo dos gentios, entre seus heróis. Estêvão, pois, foi o "grão de trigo" que, caindo no solo e morrendo, pôde produzir "muito fruto" ( Jo 12.24). A semente do martírio realmente produziu muito fruto: primeiramente Paulo, como parece dar a entender a menção repetida do seu nome em Atos 7.58 a 8.1, e depois a vasta multidão, tanto de judeus como de gentios, que vieram a Cristo pelo ministério do próprio Paulo.

Uma Notável Resposta à Oração

As pessoas são recompensadas, quando obedecem à luz que têm e oram anelantemente a Deus. Cornélio, centurião romano, era uma pessoa desse tipo. Provavelmente, ele era o que os judeus da época considerariam como um "simpático incircunciso" forasteiro, ou quase um prosélito. Os rabinos do período medieval às vezes chamavam esses estrangeiros devotos de "prosélitos de portão", pois postavam-se no portão do Judaísmo, mas não entravam definitivamente para se tornar prosélitos ou convertidos plenos.

Cornélio era homem que tinha "bom testemunho de toda a nação dos judeus" (At 10.22), apesar de ser gentio.

Também é evidente que já ouvira falar de Jesus e de sua morte, ressurreição e ascensão, bem como do batismo no Espírito Santo (At 10.36-38). Isso, por certo, inspirou-o em sua determinação de buscar a Deus. Os judeus pensavam que os gentios dificilmente teriam o mesmo acesso que eles a Deus. Mas com Deus não há favoritismos (At 10.34), como Pedro em breve descobriria. (At 10:1-6).

As credenciais desse gentio eram impressionantes
(1) era um homem devoto piedoso e temente a Deus;
(2) não somente tinha fé no verdadeiro Deus, mas também queria agradá-lo e receber a salvação;
(3) zelava por sua casa e compartilhava o que sabia de Deus com seus familiares; (4) era generoso com os pobres; e
(5) orava regularmente a Deus.

Não possuímos qualquer indicação, no texto sagrado, do que Cornélio dizia em suas orações. Mas podemos deduzir seu conteúdo pelos resultados. As palavras do anjo que o visitou podem nos fornecer um indício: "Manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro" (At 10.5). Não é difícil supor que Cornélio tenha orado, de todo o coração, para que alguém viesse ajudá-lo quanto ao que deveria fazer. É possível ainda, pelo fato de todos os crentes batizados no Espírito Santo serem judeus que Cornélio tenha realmente orado a fim de se tornar um prosélito pleno do Judaísmo (ou seja, converter-se ao Judaísmo esperançoso de receber a salvação e o prometido dom do Espírito Santo.

Cornélio, pois, recebeu sua resposta de uma maneira extraordinária, envolvendo tanto um anjo (At 10.3) quanto um homem, Pedro (At 10.5,6). O ministério dos anjos, trazendo respostas às nossas orações, será considerado no capítulo 14, mas fica registrado aqui que Deus usa quaisquer meios necessários para dar uma resposta adequada a quem se mostra sinceramente interessado. Não há como medir o quanto as coisas estão na dependência de nossas orações. Mas se Cornélio não tivesse orado, a porta do evangelho para os gentios teria permanecido fechada por mais algum tempo, embora não de forma permanente, pois Deus prometera abençoar todos os povos da Terra (Gn 12.3; 18.18; 22.18; 26.4; 28.14; Gl 3.8).

Livramento por meio da Oração Conjunta

O progresso da Igreja depende, em grande escala, de sua liderança, mais ou menos como uma conquista militar depende dos oficiais do exército. Satanás não se esquece nem por um momento dessa realidade, pelo que procura atingir pontos estratégicos onde possa causar estragos mais profundos. Da mesma forma que Deus prefere agir através de pessoas na realização de seus propósitos, assim também Satanás emprega emissários humanos para alcançar seus objetivos.

Herodes Agripa 1 foi cúmplice de Satanás na detenção e aprisionamento de Pedro. Herodes supôs que Tiago e Pedro eram as duas colunas sobre as quais repousava a Igreja Primitiva. Pensou que, se eles fossem eliminados, a estrutura inteira da Igreja entraria em colapso. Por isso, deteve e executou Tiago. Como isso agradou os judeus, mandou prender também Pedro, colocando-o sob forte segurança, com guardas à porta. "Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus" (At 12.5).

Essa oração também foi específica. Orar de modo específico, dentro da vontade de Deus, resulta em respostas específicas. Isso aprimora nossas petições, eliminando aqueles pedidos genéricos acerca dos quais nunca sabemos se recebemos uma resposta ou não, A oração específica prova a fé do suplicante, levando-o a descobrir a vontade de Deus antes de pedir alguma coisa, ou, no mínimo, faz com que ele se disponha a aceitar a vontade de Deus, quando há alguma dúvida de qual seja ela. (At 12.15).

Recebendo Orientação para Enviar Obreiros

Desde o início da Igreja, as missões têm sido sua maior prioridade. É por elas que pulsa o próprio coração de Deus ( Jo 3.16; Lc 19.10). Quanto mais a Igreja se aproxima do coração de Deus, mais profundamente calam as missões dentro de si mesma: "E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram" (At 13.2,3). O verbo aqui traduzido por "servindo" vem do grego leitourgeo, de onde deriva a palavra "liturgia". Seu uso, no capítulo 13 de Atos, parece sugerir uma mistura de louvor e oração. Adicione-se a isso o jejum e você terá uma intensa e unida devoção ao Senhor. Nesse tipo de ambiente, a visão se expande e as pessoas encontram orientação divina para suas vidas.

Não somos informados da maneira exata como o Espírito Santo falou ao grupo que se reunira para orar. Mas o simples fato de alguém obter a orientação necessária tem mais significado que os meios utilizados para a sua obtenção. Temos a incrível tendência de dar excessivo valor aos meios pelos quais obtemos a orientação divina, mais que à própria orientação em si, sendo que este é o fator mais importante. Isso não significa que devemos ser displicentes acerca dos meios pelos quais Deus nos revela sua vontade, pois mais tarde isso facilmente poderia nos impedir de reconhecer e receber a orientação divina. Só depois que o jovem Samuel foi instruído sobre como atender à orientação divina, é que ele foi capaz de reconhecer e recebê-la (1 Sm 3.1-14).

A passagem de Atos 13.2 diz apenas: "Disse o Espírito Santo". Há várias possibilidades quanto ao modo como essa palavra foi transmitida:
(1) por meio de uma forte impressão no coração de um ou mais líderes (At 8.29; 9.15,16);
(2) através de uma visão (At 9.10; 10.3,10-16; 16.9); ou
(3) mediante o dom da profecia (At 15.13,28,32; 21.11).

Quanto à terceira possibilidade, deve-se ser extremamente cauteloso, pois a evidência do uso desse meio na Bíblia é, num certo sentido, um tanto restrita, O britânico Donald Gee, erudito da Bíblia, altamente respeitado no mundo inteiro, escreve: "Pode-se afirmar que não há uma única instância no Novo Testamento em que o dom da profecia tenha sido deliberadamente utilizado para dar orientações" (Donald Gee, Concerning Spiritual Gifis, Springfield, Missourj:
Gospel Publishing House, 1949, p. 44).

Enfrentando os Poderes de Satanás

Não é o momento certo para começarmos a levar a sério a oração na hora em que as forças satânicas estão nos confrontando diretamente. Devemos nos preparar com antecedência, pois, apesar das confrontações visíveis serem ocasionais, a batalha ruge constantemente. Cada vez que um crente se predispõe a orar, deve fazê-lo ciente de que está tomando parte num grande conflito espiritual:

"Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" (Ef 6.12). Paulo era uma pessoa dedicada à oração, que participava com outros crentes de reuniões de oração. Foi somente por haver-se preparado que ele pôde ser usado por Deus para fazer frente aos poderes satânicos em Filipos. (At 16.13,16-18).

Os versos 13 e 16 do capítulo 16 de Atos são os dois únicos do Novo Testamento em que o termo grego proseuche ("oração") significa "um lugar de oração". Filipos não tinha sinagoga, porque o número de judeus adultos do sexo masculino era muito pequeno — menos que dez (Horton, Tbe Book ofActs, p. 193). Havia apenas um "lugar de oração", perto do rio Gangites. Assim, Paulo e seu grupo se encaminharam para o local onde as pessoas buscavam a Deus com regularidade. E o mesmo deveríamos fazer hoje em dia. Devemos manter um lugar de oração, não importando se na casa de Deus ou num quarto de nossa casa, onde possamos orar. A oração e a adoração não somente obtêm a atenção do Céu, mas, de alguma maneira inexplicável, também atraem e despertam a dimensão dos espíritos imundos. A presença de Jesus com freqüência provocava os espíritos malignos (Mt 8.28-32; Mc 1.23,24; 3.11; Lc 4.41). Portanto, não deve ser visto com estranheza que, ao fazermos orações fervorosas, as forças das trevas se reúnam para nos fazer oposição (veja o apêndice 2, "Batalha Espiritual na Oração"). É nessa, mais que em qualquer outra ocasião, que as trevas são confrontadas, desmascaradas e derrotadas (Ef 6.12-18).

Finalmente Paulo, equipado e armado pelo Espírito Santo, além de fortalecido com poder da oração, ordenou que o demônio saísse da jovem, o que atraiu a ira dos proprietários da escrava, inclusive contra Silas, companheiro dele nas missões.

Satanás não é menos real hoje do que naquele tempo — como não demoram a descobrir aqueles que se ocupam em orar intensamente. Contudo, a pessoa que ora nada tem a temer: "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus, para destruição das fortalezas" (2 Co 10.4).

Recebendo uma Revelação

Sempre é apropriado orar em todas as circunstâncias da vida, mas a oração nunca é mais urgente que em momentos de crise. Velejando para Roma como prisioneiro, sob a custódia do centurião Júlio, Paulo estava em perigo de vida, juntamente com a tripulação, os passageiros e os demais prisioneiros (At 27.1-20). Esta foi sua quarta experiência de naufrágio (além daquelas narradas em 2 Co 11.25).

Duas coisas foram alcançadas mediante a oração de Paulo:
(1) revelação e
(2) preservação. Por meio de uma revelação especial de Deus feita através de um dos seus anjos, Paulo pôde ver o futuro além das circunstâncias adversas do momento. E tanto ele quanto seus companheiros de viagem foram preservados de uma terrível destruição, porque Deus interveio na situação.
A experiência de Paulo, a caminho de Roma, ensina-nos várias lições. Em meio às tempestades da vida, devemos manter a comunhão com Deus, rejeitando o desespero da incredulidade. Aquilo que Deus nos revela durante o dia não deve ser posto em dúvida ao anoitecer. Quando a mensagem que recebermos for verdadeiramente da parte de Deus, poderemos declarar com confiança o que Ele está prestes a fazer.

Paulo na Oração – Um Intercessor em Favor dos Crentes

Quase sem exceção, aqueles que oram adquirem uma incrível consciência de suas próprias fraquezas e imperfeições, especialmente os que buscam orar de acordo com a vontade de Deus. Somente aos tolos e presunçosos faltam essa consciência. No entanto, Paulo tem revigorantes palavras de encorajamento para todos nós: (Rm. 8.26,27).

Um filho de Deus jamais está sozinho quando ora. Há Alguém nomeado por Deus para ajudá-lo — o Espírito Santo. Nunca uma pessoa se mostra mais eficaz e segura do que quando ora conforme o Espírito ora através dela. Como é que o Espírito nos socorre quando oramos? A palavra "ajuda" é a tradução do verbo grego sunantilambano, que significa "tomar parte com", "sair em socorro de". O Espírito junta-se a nós em intercessão para moldar a oração que não pode ser compreendida pelo entendimento humano. As orações impulsionadas pelo Espírito são manifestações carismáticas, nas quais o Espírito Santo intercede com gemidos expressos pelo crente desde o mais profundo recesso do seu coração.

Da mesma maneira que Cristo intercede no Céu pelo filho de Deus (Rm. 8.34), assim também o Espírito Santo intercede dentro do crente aqui na Terra. Os fardos e anelos que não podem ser expressos por meio de palavras comuns têm sua fonte no próprio Espírito de Deus.

As orações do apóstolo Paulo nasciam de suas próprias experiências. Aquilo que ele havia aprendido tão bem em sua busca pessoal de Deus, tornara-se a paixão de suas orações pelas igrejas. "Aquele que realmente ora tem uma visão mais aguda, forma um julgamento mais sadio, elabora planos mais inteligentes, obtém um domínio maior das circunstâncias, mantém relações mais criativas com as pessoas, do que jamais poderia sem a oração" (Albert Edward Ayd, em R. L. Brandt, Praying with Pau4 Grand Rapids: Baker Book House, 1966, p. 7). Paulo era eficaz em seu testemunho e pregação, porque a sua vida de oração era eficaz.

Poderíamos indagar por que Paulo incluiu suas orações em suas cartas. Por certo não foi para impressionar seus leitores com sua devoção e espiritualidade pessoais, nem tampouco foi feito para meramente preencher espaço em epístolas literárias. Mas devido ao fato de Paulo estar escrevendo aos seus leitores e não se dirigindo a eles em pessoa, naturalmente seus hábitos regulares de oração deveriam acompanhar suas admoestações e encorajamentos.

Também devemos lembrar que Paulo escreveu suas epístolas sob a inspiração do Espírito Santo, O Espírito dirigiu-o a incluir essas orações como parte das instruções pelas quais Deus queria que todos os crentes tivessem. Através do exemplo de Paulo, podemos aprender como chegar à verdadeira presença de Deus, com ousadia. As orações de Paulo também nos ajudam a receber as revelações da vontade de Deus em favor do seu povo, apresentando um padrão de oração digno de ser seguido. Quando entramos no espírito das orações de Paulo, ao estudá-las, é possível orar de modo significativo, juntamente com Paulo.

Orando para Conhecer Melhor a Deus

A oração de Paulo pelos crentes efésios (Ef 1.15-21) expressa a mais sublime vontade de Deus para cada um de seus filhos. Tanto aqui como mais adiante na epístola, Paulo orou com grande unção, a fim de que os crentes efésios crescessem espiritualmente e se tornassem mais fortes, através da ajuda do Espírito Santo (Ef 3.16).

A frase "me ponho de joelhos" (Ef 3.14) pode ser entendida de duas maneiras diferentes:
(1) Paulo estava falando sobre a sua postura física enquanto orava; e
(2) ele estava descrevendo a atitude do seu coração na presença de Deus.
Em algumas culturas, as pessoas mostram respeito por aqueles que estão em posição de superioridade ficando de pé na presença deles, em vez de permanecerem sentadas. Em outras culturas, prostrar-se ou ajoelhar-se é a posição corporal apropriada na presença de pessoas de grau mais elevado.

Oração para qualquer Ocasião

A maioria dos crentes acha mais fácil orar quando está atravessando períodos de sofrimento e tribulação. Mas orar em momentos de crise, sem uma comunhão constante com Deus, é como agarrar-se a uma bóia salva-vidas cuja corda de ligação não foi devidamente cuidada. Paulo mostra o propósito divino para os nossos hábitos de oração, quando encoraja os crentes efésios a orar com regularidade, intensidade e perseverança. (Ef 6.18,19).

Deixando de lado a metáfora da armadura do soldado cristão (Ef 6.10-17), Paulo continua, nos versículos 18 e 19, com o tema da luta espiritual do crente, enfocando agora o elemento mais vital para o sucesso na batalha: a oração. Ainda que, sem dúvida, a oração esteja implícita nas instruções sobre a colocação da armadura espiritual, Paulo advoga especificamente uma grande variedade de abordagens à oração.

Visto que são maus os poderes deste mundo tenebroso e as forças espirituais do mal estejam sempre voltadas contra nós, é importante que oremos sempre. A expressão grega enpanti kairo significa "em todo o tempo", "em toda a ocasião" Esta não é uma injunção casual. Mas é uma questão de tão vastas proporções e conseqüências que deve ser levada a sério com toda a firmeza. Acreditar que podemos contender com sucesso nessa guerra, contando apenas com o poder de nossos minúsculos intelectos ou com a força de nossa natureza adâmica, é descobrir, para prejuízo nosso, que não somos adversários à altura para aquele que "anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (1 Pe 5.8).

As palavras dia pases proseuches significam, literalmente, "através de toda a espécie de oração". Efésios 6.18 começa com essa frase, sem qualquer separação da passagem anterior, que trata da armadura cristã. Na realidade, Paulo estava dizendo: "Revesti-vos de toda a armadura de Deus [6.11]… estai pois firmes [contra Satanás] [6.141 e tomai.., a espada do Espírito [6.17] com toda a oração e súplica [6.18]". É inútil ficar discutindo se, através da oração, nos revestimos de todas as peças da armadura ou apenas tomamos a espada do Espírito (a Palavra de Deus). A oração é o instrumento de guerra espiritual que torna eficaz a armadura defensiva e as armas ofensivas.

"Com toda a oração e súplica" inclui tanto a oração pública quanto a particular, tanto a informal quanto a formal, tanto a silenciosa quanto a em voz alta, tanto a de louvor quanto as petições, tanto a oração planejada quanto a espontânea e tanto a oração no Espírito quanto aquela feita com a mente.

Os Ensinamentos de Jesus sobre a Oração

Não há instruções sobre a oração mais significativas e esclarecedoras que as feitas por aquEle que orava com tanta eficácia e com uma certeza tal, que podia dizer: "Pai… eu bem sei que sempre me ouves" (Jo 11.41,42). Contudo, é muito mais importante aprender a orar do que aprender sobre esse assunto. Aprender sobre a oração só terá sentido se nos permitir orar melhor.

Em seus ensinamentos sobre o Céu, Jesus disse aos seus discípulos que eles sabiam como chegar aonde Ele estava indo. Tomé, entretanto, disse que não sabia para onde Jesus estava indo, quanto menos o caminho para chegar lá. Então Jesus lhe respondeu: "Eu sou o caminho… Ninguém vem ao Pai, senão por mim" ( Jo 14.6). Nos ensinos de Jesus, não há declaração mais direta sobre o acesso a Deus. Isso aplica-se não só à salvação, mas também à oração, visto que Jesus é o "novo e vivo caminho" por meio do qual entramos no Santo dos Santos (Hb 10.19,20). Essa verdade é absoluta. Ninguém pode aproximar-se de Deus através de outro nome ou por qualquer outro meio. "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (1 Tm 2.5). Os teólogos liberais (que não acreditam no sobrenatural) e os filósofos do nosso mundo gostariam de nos fazer crer que tal ponto de vista é por demais estreito e beato. Mas devemos curvar-nos diante do tribunal de apelação de última instância — a Bíblia.

Quando oramos no nome de Jesus, devemos fazer mais do que simplesmente acrescentar ao final da oração, de maneira formal e rotineira, a frase "em nome de Jesus". Quando Jesus falou em pedirmos qualquer coisa em seu nome (Jo 14.13) queria dizer mais do que o mero uso de palavras. Visto que, na Bíblia, o nome representa o caráter e a natureza da pessoa, por isso mesmo quando oramos no nome de Jesus, devemos orar em consonância com a sua pessoa, natureza e vontade.Também devemos reconhecer quem Ele é, submeter-nos à sua autoridade e depositar nossa fé inteiramente nEle. Então, o nosso desejo será sempre trazer glória tanto a Jesus quanto ao Pai (At 3.16; 4.30; Rm 15.6).

Além disso, ao orarmos no nome de Jesus, reconhecemos que Ele é a nossa única esperança de acesso a Deus. Pessoas pecaminosas não podem ter acesso, por si mesmas, a um Deus santo. Se ousassem aproximar-se diretamente de Deus, seriam consumidas, "porque o nosso Deus é um fogo consumidor" (Hb 12.29). Por essa razão, as pessoas do Antigo Testamento nunca entravam no Santo dos Santos. Seu único acesso era pela intermediação do sumo sacerdote, cuja entrada era permitida uma única vez por ano e somente por meio de sangue (Hb 9.7,8).

Sob o Novo Pacto, Jesus é o eterno Sumo Sacerdote que nos confere constante e permanente acesso ao trono da graça, com base no oferecimento do seu próprio sangue (Hb 9.11,12). Só temos acesso a Deus por causa de Jesus.

Recebendo o que Pedimos

Jesus deu instruções específicas sobre como podemos receber aquilo que pedimos em oração: "Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito" ( Jo 15.7). O que significa "estar" em Cristo? De que maneira as palavras de Jesus poderão estar em nós? Devemos responder essas perguntas se realmente quisermos ver o cumprimento das palavras de Jesus, quando prometeu nos dar aquilo que pedimos. Na passagem de João 15.1-11 encontra-se, talvez, a promessa mais abrangente para quem almeja alcançar respostas às suas orações: "Pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito". Mas há condições. Há uma chave que deve ser usada para obtermos a certeza de que alcançaremos as petições que fazemos: "Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós".

"Estar" é a palavra de maior efeito em João 15.7. Esse verbo deriva-se do grego meno e significa "permanecer" (num determinado lugar, estado ou relacionamento). O uso do verbo aqui fala do relacionamento que deve existir entre o crente e o próprio Jesus — uma união, unidade, koinonia (amizade, comunhão, sociedade) ou estar entrelaçados um no outro — numa comunhão ou sociedade mística, mas no entanto real e empírica. Isso é necessário para o crente poder experimentar essa condição ilimitada de pedir e receber.

Aumentando a Fé para Receber Respostas

Quando Jesus falava sobre a oração, fazia freqüentemente referência à fé. Portanto, a fé está no âmago de toda oração eficaz. É o pré-requisito para que a oração seja respondida, visto que a oração é a linguagem da fé. "Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam" (Hb 11.6). Nada é mais fútil que uma oração destituída de fé. Por outro lado, não há nada que um crente possa fazer que seja mais produtivo e cheio de significado que orar com fé. (Mc 11.22-24).

A fé é a força motriz que move a mão de Deus. Todavia, existe muita incompreensão acerca do modo como deve ser exercida a fé que remove montanhas. Alguns ensinam que a fé surge automaticamente quando alguém fala, isto é, quando confessa aquilo pelo que ora, crendo "que se fará aquilo que diz" (Mc 11.23). Muito mais está relacionada com a posse e o exercício da fé que com a mera vocalização. "Dizer" não significa necessariamente praticar a fé, em absoluto! Visto que a expressão da língua pode ser tão somente a manifestação do espírito do homem no modo de exprimir um desejo puramente humano, o "dizer" deve ser sempre um subproduto da oração. Declarar a bênção, ou a vitória, sem uma atitude reverente de oração é como tentar fazer um automóvel andar sem motor. Outrossim, a "declaração" deve ser compatível com a vontade revelada de Deus.

E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos (1 Jo 5.14,15).

O trecho de Marcos 11.22-24 contém três lições sobre a fé. A primeira está contida na exortação de Jesus: "Tende fé em Deus". Esta sentença soa como se fosse uma ordem. Entretanto, "tende", no grego, está no tempo presente e não no imperativo. Alguns manuscritos antigos dizem: "Se tiverdes fé em Deus". Sem dúvida, os crentes quase sempre estão a lutar arduamente para cumprir essa condição. Eles testificam sobre a fé, anunciam sua fé, empregam uma variedade de fórmulas humanas para conseguirem ter fé, e, no entanto, o tempo todo se esquecem da simples fórmula bíblica para se obter fé: a própria Palavra de Deus. "De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus" (Rm 10.17). O maior estímulo à fé está no ouvirmos a Palavra de Deus, vivificada pelo Espírito Santo.

É deveras significativo que Jesus não tenha dito simplesmente: "Tende fé". Não era sua intenção dizer: "Tende fé na fé". Essa é uma atitude tola e perigosa. O que Ele disse, claramente, foi: "Tende fé em Deus". A fé não pode permanecer sozinha. Ela precisa de alguma coisa sobre a qual possa ser edificada. De acordo com as instruções de Jesus, o poderoso Deus do universo deve ser o objetivo da nossa fé. E que maior objetivo além dEle a nossa fé poderia desejar? O Deus em quem a fé é depositada e sobre quem ela faz suas reivindicações é o Deus que, segundo Paulo, é capaz de "fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera" (Ef 3.20). Sim, é o mesmo Deus cujo grande poder Ele "manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos, e pondo-o à sua direita nos céus" (Ef 1.20).

A segunda lição a ser aprendida de Marcos 11.22-24 é a explicação de Jesus sobre o admirável poder da fé em Deus e como ela opera. A fé (pistis, no grego) poderia ser traduzida por "fé-obediência". Não existe fé em Deus sem uma confiança absoluta nEle e deliberada obediência à sua vontade. A fé não fingida, não diluída, não enfrenta obstáculo grande demais, visto que apresenta contra esse obstáculo o poder sem limites e sem igual do Deus para quem nada é impossível (Gn 18.11-14; Jr 32.17; Lc 1.37; 18.27).

Em Marcos 11.22-24, encontramos a terceira lição nas instruções de Jesus sobre os meios que nos permitem ter uma fé que remova montanhas. O versículo 24 começa com um significativo "por isso", vinculando-o ao pensamento dos versículos anteriores e identificando a única maneira pela qual esse tipo de fé pode ser encontrada: "Tudo o que pedirdes, orando". Noutras palavras, antes de falar às montanhas com autoridade divina, devemos falar com Deus. E antes de falarmos com Deus sobre os nossos desejos, devemos fazer com que esses desejos se harmonizem à vontade divina revelada nas Escrituras.

Uma vez alcançada a convicção de que o pedido está em conformidade à vontade divina, aqueles que pedem têm apenas de acreditar que receberão aquilo que o Senhor deseja. Então Jesus promete: "E tê-lo-eis". A fé não precisa estar sujeita a restrições de tempo. Uma vez que a fé tenha surgido no coração, a demora da resposta concreta não deveria ser problema. A fé não dita os termos da resposta. Meramente assegura a resposta dentro do arcabouço da vontade e do propósito de Deus.

Seguindo a Oração Modelo

Jesus também abordou a questão do perdão mútuo em suas instruções aos discípulos, quando respondeu ao pedido que lhe fizeram: "Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos" (Lc 11.1). Muitos pedem a mesma coisa atualmente, esperando encontrar alguma fórmula com respostas rápidas e previsíveis às suas orações. Mas será que nossas petições estão sendo realmente sinceras, se não dedicamos tempo para descobrir o que a Palavra de Deus diz sobre a oração, nem nos dispomos a pôr em prática as instruções bíblicas?

Devemos dar atenção a cada detalhe da oração modelo, que Jesus prefaciou com estas palavras: "Portanto, vós orareis assim" (Mt 6.9). Embora seja sempre recomendável repetir a oração do Pai Nosso, é muito mais importante que, quando orarmos, nos deixemos guiar pelos princípios providos por nosso Senhor nessa e em outras orações. A palavra "assim" é tradução do vocábulo grego houtos, e deveria ser entendido como "desta maneira". Jesus estava dizendo:
"Deixem-se guiar por estes princípios gerais quando forem orar". (Mt 6.9-15).

O fato de nos dirigirmos a Deus como "Pai nosso" (Mt 6.9) deveria nos fazer lembrar da benevolência daquEle de quem nos aproximamos. Quanta bênção nos é conferida quando, ao orarmos, nossos corações se conscientizam de que é um amoroso Pai celeste que está dirigindo sua atenção para nós, tal como estamos dirigindo a nossa para Ele. Deus é o nosso Pai, "o Pai das misericórdias" (2 Co 1.3) e nós somos seus filhos. "Como um pai se compadece de seus filhos, assim o senhor se compadece daqueles que o temem" (Sl 103.13). Identificar Deus como o nosso Pai que está "nos céus" (Mt 6.9), implica no reconhecimento de sua superioridade ao melhor dos pais terrenos. A oração, assim posta em prática, deve ser dirigida àquEle que está acima de todas as coisas, sendo Ele próprio superior a qualquer pessoa ou ser que se nomeie.

"Santificado seja o teu nome" (Mt 6.9) não é apenas uma declaração ou mero desejo expresso em oração. Antes, trata-se de um pedido genuíno, o primeiro de uma lista de petições: "Que o teu nome [ou a tua Pessoal seja mantido santo [ou com reverencial entre toda a humanidade". Essa petição será finalmente respondida quando o próprio Deus santificar o seu nome sobre todos os habitantes da Terra, no seu Reino vindouro (Ez 36.22,23).

Hoje, a nossa parte consiste em equilibrar a familiaridade que temos com o compassivo Pai celeste, mostrando-lhe completa reverência e respeito. O termo grego correspondente, hagiazo, significa "tornar santo", "tratar como santo", "conservar em reverência", "honrar altamente".
Infelizmente, o ato de santificar o nome de Deus tem recebido atenção que as outras petições contidas nessa oração. Muitas pessoas têm clamado ansiosamente: "Dá-me hoje o pão diário"; ou então: "Livra-me do mal". Ora, agindo assim, o interesse de que o nome de Deus seja reverenciado e honrado fica em segundo plano, substituído pelas preocupações com o nosso próprio bem-estar.

Como poderíamos santificar o nome de Deus? Certamente o terceiro mandamento deve ser obedecido: "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão" (Êx 20.7). Mas também podemos santificá-lo através de nossa vida e conduta diárias. A obediência a Deus e um testemunho coerente dão honra ao nome dEle: "Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver" (1 Pe 1.14,15; veja também Hb 12.14).

Quando falamos em "Reino de Deus" estamos nos referindo ao governo direto do próprio Deus. Hoje, o Reino de Deus opera através da Igreja (isto é, dos crentes), em meio a um mundo em rebeldia contra Ele. Contudo, a Igreja não é o Reino de Deus no sentido concreto da palavra.

Portanto, todas as vezes que oramos: "Venha o teu reino" (Mt 6.10), estamos orando por aquela consumação final dos eventos temporais, quando, conforme se lê em Apocalipse 11.15, "os remos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre".

Clamar para que "seja feita a tua vontade" (Mt 6.10) requer completa submissão. Como já mencionamos, para que Jesus pudesse cumprir sua missão, Ele teve de submeter-se à vontade do Pai (Hb 5.7-9). A submissão é o elemento básico da oração, pois onde houver submissão sem reservas, não haverá impedimentos à resposta de Deus. Assim, torna-se imperativo que oremos: "Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu". Isso expressa também nossa confiança na fidelidade de Deus, bem como demonstra que sabemos que Ele está agindo em nosso favor e que cumprirá todas as suas promessas.

"O pão nosso de cada dia nos dá hoje" (Mt 6.11) significa "supre nossas necessidades diárias". A petição, por si mesma, é um reconhecimento de nossa dependência de Deus. Mas orar dessa maneira não invalida ou suprime a necessidade do esforço humano (Gn 3.19; 1 Tm 5.8). Antes, reconhece que Deus é a fonte que nos supre das coisas materiais, não importando quão duramente tenhamos trabalhado para alcançá-las.

As realidades temporais pelas quais oramos não são finalidades em si mesmas. São apenas meios para chegarmos a cumprir o propósito para o qual Deus nos pôs na Terra, sem a nutrição para o corpo e as provisões básicas para a vida física, não poderíamos fazer a vontade de Deus na Terra. O suprimento das necessidades ordinárias da vida são apenas um meio de se trabalhar mais intensamente pelo cumprimento de todas as petições, inclusive as nitidamente espirituais, contida nessa oração modelo.

"Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus" (Mt 4.4). Viver somente em função do pão natural torna a vida um fardo e tira dela o sentido. Quando oramos pelo pão nosso de cada dia, também deveríamos entender que precisamos do pão da vida. Os israelitas comeram o maná no deserto e mesmo assim morreram. Deus, em sua misericórdia, prometeu nos dar o pão da vida, ainda que o nosso corpo físico morra. Nosso Criador nos constituiu com uma natureza tanto física quanto espiritual, provendo-nos de alimento não só físico como também espiritual. Cristo é o Pão que satisfaz e nos alimenta o espírito. Declarou Ele: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede" ( Jo 6.35). Que o senhor nos dê, a cada dia, o pão espiritual que nos é necessário.

"Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores" (Mt 6.12). Lucas usa a palavra "pecados" (Lc 11.4) em lugar de "dívidas". Nossos pecados são dívidas. Portanto, quando oramos, devemos sempre ter em mente que necessitamos da misericórdia e do perdão divinos, valendo-nos dos meios providos por Deus para esse fim: a confissão (1 Jo 1.9). A confissão penitente humilha os orgulhosos e os conduz ao arrependimento. Quando nos arrependemos e oramos pelo cancelamento de nossas dívidas, é como se estivéssemos preenchendo uma requisição para que elas sejam apagadas dos anais divinos.

À semelhança de Isaias, clamamos: "Ai de mim, que VOU perecendo! Porque eu SOU U homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos!" (Is 6.5). Pedimos O perdão de Deus, "assim como nós perdoamos aos nossos devedores" (Mt 6.12). A expressão "assim como" não indica grau, visto que jamais poderemos perdoar com perfeição — somente Deus pode perdoar o pecado — mas podemos e devemos perdoar erros reais e imaginários cometidos contra nós. Não obstante, há urna ornparaçã0 implícita nessa passagem. Quando estamos prontos a perdoar a despeito de nossa ondiçã0 de fraqueza e pecamino5ade Deus está pronto em sua santidade perfeita a nos perdoar igualmente Receber o perdão divino segue de mãos dadas com o ato de perdoar os outros. Só podemos receber o perdão, quando entendermos O principio que o rege, e isto implica em não levar a mal o desinteresse que os outros demonstram pelo nosso insignificante ego (Mt 18,21-35)

"perdoa-nos as nossas dívidas" refere-se aos pecados cometidos no passado; "Não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal" (Mt 6.13) aplica-se ao futuro imediato. Uma pessoa arrependida de fato preocupa-se não somente em ter um passado limpo, mas também em permanecer justa após o perdão e a purificação recebidos O crente precisa libertar-se da penalidade do pecado como também do poder do pecado.

A outra palavra chave nessa petição é "tentação" (gr. peiraSm0) Seu uso nas Escrituras pode significar "prova" (teste) ou "incitação para praticar o erro". Se a frase seguinte ("mas livra-nos do mal") for urna petição distinta, o significado pode ser qualquer um dos dois. Se, como é mais provável "não nos induzas à tentação" e "livra-nos do mal" formarem uma única petição, então o sentido de incitação é o mais cabível. Implícitos na palavra "tentação" estão não só os violentos assaltos satânicos, como também aquelas severas tribulações em meio às quais nos sentimos despreparados.

Nosso Senhor nos instruiu acerca de como a oração deve começar e também nos ensinou como ela deve terminar. A expressão de louvor a Deus é uma breve doxologia. Trata-se de uma homenagem e de um reconhecimento àquEle a quem as nossas orações são dirigidas. Nessa explosão de louvor, a alma obtém a certeza de que Deus atenderá às petições feitas. Nas orações coletivas, a doxologia é uma conclusão apropriada a ser expressa por toda a congregação. "Porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém" (Mt 6.13). Tudo pertence a Deus! Todas as nossas petições devem ser expressas nessa consciência, se é que pretendemos obter alguma resposta. Cada pedido deve ser feito na confiança de que a resposta, uma vez dispensada a nós, trará glória a Deus e somente a Deus.

Oração para a Propagação do Evangelho

O sucesso do evangelho depende das orações dos crentes além do que a maioria de nós percebe. É um mal de proporções gigantescas negligenciar a intercessão pela propagação rápida e eficaz do evangelho: "Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara" (Mt 9.38).

No que se relacionam à oração, as instruções finais do apóstolo Paulo aos crentes tessalonicenses visavam esta finalidade: 'No demais, irmãos, rogai por nós, para que a palavra do Senhor tenha livre curso e seja glorificada, como também o é entre vós; e para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos" (2 Ts 3.1,2).

"Tenha livre curso" é uma alusão às corridas que se realizam nos estádios. Paulo retrata a Palavra do Senhor como se ela estivesse numa corrida, e deseja que ela corra eficazmente até alcançar a coroa estabelecida ou "seja glorificada, como também o é entre vós [os crentes de Tessalônica]".

Paulo percebeu que a oração é o propulsor capacitador, que impele a Palavra do Senhor na direção do seu alvo pretendido: a conversão dos não-regenerados. Sem a oração, a corrida está perdida. A segunda parte da petição relaciona-se com a primeira. Homens ímpios e maus obstruem, ou pelo menos busca obstruir, o avanço do evangelho. "Dissolutos" (tradução do grego atopos) significam, literalmente, "inconveniente", "injurioso", "moralmente nocivo". Indivíduos assim sem fé e perniciosos estão sempre presentes para se opor à Palavra de Deus, seja mediante o ridículo ou através de qualquer outro meio que impeça a manifestação do mensageiro de Deus. Paulo percebeu, e nós somos sábios para crer, que a resposta para esse problema sempre será a mesma: liberdade através das orações do povo de Deus.

Você sempre pode oferecer uma semente de oração… uma semente de perdão… uma semente de amor e alegria. Tiago 5.15-16

Você costuma sentir que não tem nada a oferecer a Deus? Bem, você sempre pode plantar em outra pessoa uma semente de oração motivada pela caridade e feita com fá! O que esse tipo de oração faz? Ela salva os doentes. Agora, "salvar" e "curar" são virtualmente palavras intercambiáveis na língua grega; e "doença" pode referir-se amplamente a qualquer fraqueza ou incapacidade, moléstia ou pecado qualquer coisa que haja de "errado" na vida.

Em outras palavras, a oração de fé opera para fazer o bem em qualquer área que tenha havido algum problema. E quando as pessoas fazem esse tipo de oração, elas são curadas Jesus também disse que somos perdoados a medida que somos perdoados (ver Mt 6.14-15).

Experimentamos a caridade quando damos caridade. Somos abençoados a medida que abençoamos os outros. Deus dá para nós à medida que damos para os outros. Sempre podemos plantar uma oração feita com fé na vida de outra pessoa. Faça-o com amor.,, com alegria.., com espírito de perdão… e espere que Deus multiplique essa semente em sua própria vida! ( 2 Co 9.8-10//Jo 3.16 )

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Bibliografia
Teologia Bíblica da Oração – Robert L. Brand e Zenas J. Bicket
Bíblia de Estudo Plenitude
Bíblia de Estudo Pentescostal