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NAUM - O LIMITE DA TOLERÂNCIA DIVI



BLOG DO PR. ALTAIR GERMANO




Peso de Nínive. Livro da visão de Naum, o elcosita. O SENHOR é um Deus zeloso e que toma vingança; o SENHOR toma vingança e é cheio de furor; o SENHOR toma vingança contra os seus adversários e guarda a ira contra os seus inimigos. O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés. Ele repreende o mar, e o faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e Carmelo, e a flor do Líbano se murcha. Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem; e a terra se levanta na sua presença, sim, o mundo e todos os que nele habitam. Quem parará diante do seu furor? E quem subsistirá diante do ardor da sua ira? A sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por ele derribadas. (Na 1.1-6)

Diferente daquilo que alguns ensinam, no versículo terceiro, geralmente utilizado como palavra de conforto e consolo, Deus não tem "um" caminho na tormenta, mas tem "o" seu caminho na tormenta. O comentário de Baker (Naum: Introdução e Comentário, Vida Nova, 2001, p. 305) é bastante pertinente:

O poder de Deus na ordem criada é visto na íntima associação que ele tem com algumas manifestações poderosas da criação, como o "turbilhão" (IBB) e a tempestade (cf. Sl 83.15; Is 29.6), em que ele percorre seu caminho levantando nuvens com os pés, tal como os israelitas levantavam pó em suas viagens. Seu poder também é visto em sua capacidade de reverter a criação, secando o mar e os rios (cf. Is 42.15; 50.2; Jr 51.36; Ap 21.1) e fazendo murchar (Is 16.8; 24.4; 33.9; Jl 1.10, 12) regiões de produtividade proverbial (Basã, na Transjordânia; Carmelo, no norte de Israel e Líbano; cf. Is 33.9). Os fundamentos da própria terra reagem com terremoto (Sl 46.3; Jr 4.24) e derretimento (Sl 46.6; Am 9.5; cf. Am 9.13 quanto ao uso do verbo "derreter" com sentido positivo) diante da presença poderosa de Deus.

Dessa forma, o texto não fala do conforto e do consolo de Deus para o seu povo, mas de sua ira e de seu furor contra os seus inimigos (1.8). Um texto fora do contexto é sempre um pretexto. Uma má leitura e interpretação comprometerão a exposição bíblica.

O LIMITE DA TOLERÂNCIA DIVINA

Nínive teve a sua oportunidade dada por Deus, onde num momento aproveitou (Jn 3-4), para depois voltar a pecar e tornar-se objeto da vingança divina (v. 2). Os termos hebraicos traduzido por "tomar vingança" e "vingança" são hemah, que significa ira, furor, calor, cólera, indignação, e naqam, que significa a tomada de vingança.

O senhor é tardio em irar-se (hb. 'arekh, de ânimo longo, longânimo, de temperamento brando, paciente), mas sua tolerância tem limites (v. 3).

A graça, a bondade, o perdão, o amor e a longanimidade de Deus não devem ser abusados. Deus é Deus de oportunidades, mas a próxima (ou a que passou) poderá ser a última.

Quando se abusa da tolerância divina é possível ser rejeitado pelo Senhor:

Porém Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; porquanto rejeitaste a palavra do SENHOR, já te rejeitou o SENHOR, para que não sejas rei sobre Israel. (1 Sm 15.26)

Quando se abusa da tolerância divina é possível ser entregue às próprias concupiscências, ser abandonado pelo Senhor, ser entregue a um sentimento perverso:

Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;  porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém! Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém; estando cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem. (Rm 1.16-32)

Quando se abusa da tolerância divina é possível ser vomitado pelo Senhor:

Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. (Ap 3.16)

Quando se abusa da tolerância divina é possível se privar de seu perdão:

Portanto, eu vos digo: todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro. (Mt 12.31-32)

O livro do profeta Naum nos serve de alerta quanto aos perigos de se "brincar" com Deus, de não levá-lo a sério.

MIQUEIAS - A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA


Palavra do Senhor que veio a Miqueias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria e Jerusalém (Mq 1.1)

Miqueias, assim como outros profetas já estudados, se enquadra no perfil daqueles que a sua origem humilde não impediu que fossem vocacionados por Deus para uma grande obra. O Senhor não faz acepção de pessoas.

Grandes profetas nem sempre surgem de grandes cidades, dos grandes centros religiosos, políticos, econômicos e sociais. Assim como Elias, o tisbita, e Jesus, o nazareno, Miqueias, o morastita, é portador de uma mensagem que veio da parte de Deus.

O livro de Miqueias é um chamado para se ouvir a voz do Senhor.

TODOS OS POVOS DEVEM OUVIR A VOZ DO SENHOR

Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, em tua plenitude, e seja o Senhor Jeová testemunha sobre vós, o Senhor, desde o templo da sua santidade.(1.2)

Os habitantes da terra, em toda a sua plenitude devem considerar, ouvir cuidadosamente, obedecer (hb. quasabh) a voz do Deus santo.

O juízo de Deus sobre a prevaricação (hb. pesa', rebelião, transgressão) e o pecado (hb. hatta'ah, ofensa, iniquidade) de Samaria e Jerusalém é anunciado, e deve servir de alerta para todas as nações. O Senhor que edifica, é o mesmo Senhor que transforma tudo em um montão de pedras, ao ponto de expor os fundamentos (1.6). O pecado da idolatria (prostituição espiritual) é denunciado (1.7). Outros pecados são citados ao longo do livro, tais como a injustiça social, a violência, a mentira, a corrupção e a formalidade do culto.

Longe de ser insensível, um profeta de Deus não se alegra com os erros do seu povo, antes, chora e lamenta pela situação (1.8).

OS CHEFES (REIS, PRINCÍPES, SACERDOTES E PROFETAS) DEVEM OUVIR A VOZ DO SENHOR

Mais disse eu: Ouvi agora vós, chefes de Jacó, e vós, príncipes da casa de Israel: não é a voz que pertence saber o direito? (3.1)

Os chefes (hb. ro's, governantes, líderes), que deveriam trabalhar para o bem do povo, maquinavam e praticavam o mal (2.1), cobiçavam os campos e as casas dos menos afortunados, e na condição de opressores e exploradores, tomavam dos mais pobres os seus bens e a sua herança, e isso usando de violência (2.2-3). Aqueles que deveriam ser promotores da justiça pervertiam o direito (3.1). A injustiça social era tanta que a metáfora utilizada para descrevê-la é muito forte:

A vós que aborreceis o bem e amais o mal, que arrancais a pele de cima deles e a sua carne de cima dos seus ossos, e que comeis a carne do meu povo, e lhes arrancais a pele, e lhes esmiuçais os ossos, e os repartis como para a panela e como carne do meio do caldeirão. (3.2-3)

Não muito diferente dos dias de Miqueias, boa parte da liderança política no Brasil vive da miséria alheia, e como recompensa são recebidos em nossas tribunas e púlpitos, e apoiados em períodos eletivos. O pior é que algumas lideranças evangélicas sabem da situação, mas se fazem de desinformadas. Quantos "fichas sujas" não foram apoiados por pastores na última eleição? Com quantos corruptos, ladrões e bandidos não foram feitos alianças e acertos imorais e ilegais?

Ouvi agora isto, vós, chefes da casa de Jacó, e vós maiorais da casa de Israel, que abominais o juízo e perverteis tudo que é direito, edificando Sião com sangue e a Jerusalém com injustiça. (3.9-10)

O grave nisso tudo é a conivência dos sacerdotes (autoridade religiosa), que deveriam confrontar o rei e os príncipes com a Lei do Senhor. As sentenças são dadas em troca de presentes, enquanto os ensinos dos sacerdotes buscam os seus interesses pessoais, ou seja, ensinavam por conveniência (3.11a). Não nos parece tal postura com a de alguns ensinadores e pregadores, que em busca de seus próprios interesses (agendas, ofertas, permanência no cargo, presentes, etc.) ensinam e pregam por conveniência?

E o que falar dos profetas? Deixemos que o próprio texto nos fale:

Não profetizeis; os que profetizam, não profetizem deste modo, que se não apartará a vergonha (2.6)

Se houver algum que siga o seu espírito de falsidade, mentindo e dizendo: Eu te profetizarei acerca do vinho e da bebida forte; será esse tal o profeta deste povo. (2.11)

[...] e os seus profetas adivinham por dinheiro, e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá. (3.11b)

Mais uma vez a semelhança com os dias atuais é muito grande. O número de mercenários e mercadores da pregação e do ensino se multiplica na igreja. O pior é que tem quem pague pelos altos cachês dos "astros e estrelas da fé". Pelos profissionais do púlpito.

Um pastor amigo meu, presidente de uma campo eclesiástico num dos estados do Brasil, me falou que um destes lhe procurou em seu gabinete, e  lhe confessou que apesar de uma agenda muito concorrida, e de pregar em grandes eventos, na realidade não era crente de verdade. O pregador disse que tudo que fazia era mera repetição do que aprendeu observando. Quantos não existem na mesma condição? Há um livro que pretendo publicar no próximo ano, onde mais uma vez falarei da crise na pregação e no ensino dentro das igrejas evangélicas brasileiras.

Para os chefes de seu povo o Senhor diz:

Portanto, por causa de vós, Sião será lavrado como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedra, e o monte desta casa, em lugares altos de um bosque. (3.12)

Os líderes podem cooperar para o crescimento e desenvolvimento de um povo, de uma nação, de uma igreja, ou para a destruição destes. Podem ser canais de bênçãos, ou podem atrair juízo.

Denunciar o pecado da liderança e de um povo nunca foi tarefa fácil. A liderança é detentora do poder de matar e deixar viver, incluir ou excluir, abrir portas ou fechar portas (isso tudo dentro de uma vontade permissiva de Deus). É por isso que Miqueias afirma:

Mas, decerto, eu sou cheio da força do Espírito do Senhor e cheio de juízo e de ânimo, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado. (3.8)

Somente cheio do Espírito é que um homem ou uma mulher de Deus pode convocar seus pares ao arrependimento e à conversão ao Senhor, e isso sem temer as consequências, sem se preocupar com o martírio.

CONCLUSÃO

Apesar dos juízos de Deus, o livro de Miqueias nos apresenta também uma mensagem de esperança e de restauração (2.12-13; 4.1-13; 5.2- 4, 9; 9.7-9).
Uma belíssima exortação encontra-se em Miqueias, que manifesta a vontade de Deus em nossa relação com o próximo e com Ele:

Ele te declarou ó homem o que é bom; e que é que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus? (6.8)

O livro termina com uma oração onde os atributos comunicáveis de Deus são destacados e exaltados:

Quem, ó Deus é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade. Tornará a apiedar-se de nós, subjugará as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar. Darás a Jacó a fidelidade e a Abraão, a benignidade que juraste a nossos pais desde os dias antigos. (7.18-20)

Amém!


PORÇÃO DOBRADA (JOSÉ GONÇALVES)



"A história da chamada de Eliseu e como se deu o seu discipulado deveria servir de padrão para os ministros hodiernos! Infelizmente a qualidade dos ministros evangélicos da atualidade tem caído muito e a fragmentação das Convenções e Concílios tem uma boa parcela de contribuição nesse processo. Geralmente o processo acontece pela disputa de domínio de determinado espaço ou território entre as lideranças, que não chegando a um consenso sobre as suas esferas de atuação, resolvem dividir de forma litigiosa determinado campo pastoral. Feito isso, a parte menor passa a consagrar ministros para que uma nova Convenção ou Concílio seja formado. É exatamente aí que as qualificações exigidas para a apresentação de um Ministro da Palavra costumam ser esquecidas. O alvo agora não é mais a qualidade, mas a quantidade, visto que se procura quórum para a nova Convenção formada! Já vi e ouvi por esse Brasil afora de Convenções consagrando ao ministério: sodomitas, pedófilos, estelionatários, etc., para oficiarem como ministros do Senhor! A consequência de tudo isso é refletida nas igrejas, que passam a atuar simplesmente como meros clubes sociais e não como o verdadeiro Corpo de Cristo." (p. 98)

O texto acima foi retirado do novo livro do pastor José Gonçalves, Porção Dobrada: Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu, lançado pela CPAD para dar subsídio às Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013. Não tenho dúvida alguma do valor desta publicação, e de sua contribuição para o atual momento da igreja evangélica no Brasil.

Tive o privilégio de prefaciar a obra, e recomendo o livro por tratar sem rodeios de alguns problemas vivenciados pela igreja na atualidade, fazendo um paralelo com os dias dos profetas Elias e Eliseu, onde uma crise espiritual sem precedentes se instaurou na nação de Israel (1 Rs 16.30). 

Quero aproveitar a oportunidade e desejar que as bênçãos de Deus acompanhe o pastor Alexandre Coelho, novo Gerente de Publicações da CPAD, desejando também ao pastor Claudionor de Andrade que o Senhor continue lhe orientando na nova missão de Consultor Teológico, ao lado do pastor Antonio Gilberto.

Procuradoria pede exclusão da frase “Deus seja louvado” das cédulas de reais e causa reações de pastores evangélicos

Procuradoria pede exclusão da frase A Justiça Federal recebeu um pedido para que a expressão "Deus seja louvado" seja excluída das cédulas de reais. O pedido foi feito pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) em São Paulo que, em caráter liminar, pede que seja concedido à União o prazo de 120 dias para que as cédulas comecem a ser impressas sem a frase.

Como argumento principal da ação, a procuradoria argumenta que o Estado brasileiro é laico e, por isso, deve estar completamente desvinculado de qualquer manifestação religiosa. O pedido usa também o argumento de que a frase fere princípios como o da igualdade e o da não exclusão das minorias, ao ressaltar que a frase "Deus seja louvado" privilegiaria uma religião em detrimento das outras.

- O Estado brasileiro é laico e, portanto, deve estar completamente desvinculado de qualquer manifestação religiosa – cita a procuradoria, como um dos principais argumentos da ação, que pede ainda que a Justiça Federal que estipule multa diária de R$ 1,00 caso a União não cumpra a decisão.

Segundo informações do G1, o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, apesar de reconhecer que a maioria da população segue religiões de origem cristã (católicos e evangélicos), se fundamenta no argumento de que o país é um Estado laico para justificar o pedido.

- Imaginemos a cédula de real com as seguintes expressões: "Alá seja louvado", "Buda seja louvado", "Salve Oxóssi", "Salve Lord Ganesha", "Deus Não existe" – argumenta o procurador.

A ação causou reações entre líderes evangélicos, como o pastor e Deputado Federal Marco Feliciano, que afirmou que Dias é um ativista, lembrando processo movido pelo procurador contra o pastor Silas Malafaia.

- E só para lembrar, este Promotor foi o Mesmo q processou o Pr Malafaia acusando-o de homofóbico. É um Ativista. – declarou Feliciano pelo Twitter.

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Jonas – A misericórdia divina

Texto Áureo: Jn. 3.10 – Leitura Bíblica: Jn. 1.1-3,15,17; 3.8-10; 4.1,2
Prof. José Roberto A. Barbosa
INTRODUÇÃO

A misericórdia de Deus incomoda a muita gente, os religiosos não admitem que um Deus condescendente com o pecador. Há até cristãos que não conseguem conviver com a graça – o favor imerecido de Deus – aos pecadores. Na aula de hoje, a partir de Jonas, aprenderemos a aceitar o princípio da misericórdia. A princípio trataremos a respeito de alguns aspectos do livro, em seguida, sua mensagem, e por último, sua aplicação para hoje.

1. ASPECTOS CONTEXTUAIS
Jonas, o filho de Amitai, o "profeta patriota", residente em Jerusalém, um dos profetas de Deus em Israel, chamado para profetizar contra Nínive, a capital do império Assírio. O propósito do seu livro é mostrar a extensão da misericórdia (Deus nãotrata o pecador como merece) e da graça divina (Deus oferece ao pecador o que não merece). A data provável do livro é 785 – 760 a. C., no tempo de Jeroboão II (II Rs. 14.25), época em que a Assíria era o maior inimigo de Israel e conquistou a nação em 722 a.C. O versículo-chave se encontra em Jn. 4.11 "E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?". Esse livro apresente uma característica especial em relação aos outros profetas, ele traz apenas uma mensagem profética, que se encontra em Jn. 3.4. Trata-se, portanto, de um gênero narrativo, mas que não deixa de ter um caráter profético, pois revela a mensagem de Deus em relação aos pecadores, independentemente da nação. Alguns teólogos argumentam que a narrativa de Jonas seria apenas uma parábola, por conseguinte, não conteria fatos históricos. Mas não existem evidências que comprovem tal afirmação. O testemunho de Cristo a respeito da história de Jonas mostra que se trata de uma história verídica (Mt. 12.38-42). O livro apresenta a seguinte estrutura: Deus comissiona Jonas para ir a Nínive, e este O desobedece, sendo engolido por um grande peixe (Jonas 1,2); Deus reenvia Jonas para Nínive, a cidade se arrepende dos pecados, por isso o profeta fica amargurado (Jn. 3,4).

2. A MENSAGEM DE JONAS
Jonas recebeu a missão de Deus para pregar em Nínive, mas foge e segue para Tarsis (Jn. 1.1-4). Por causa da fuga, o navio no qual o profeta se encontra é ameaçado por terrível tempestade. Diante de tal ameaça, Jonas testemunha da sua relação com o Deus de Israel e sugere que seja lançado ao mar (Jn. 1.5-16). Eles obedecem a orientação do profeta, mas depois que está na água, Jonas é engolido por um grande peixe, este preparado por Deus (Jn. 1.17). Do interior do animal, denominado por ele de "ventre do abismo" (Jn. 2.2), Jonas ora a Deus e se rende, reconhecendo sua desobediência, e lembrando-se do Senhor (Jn. 2.7), e propondo-se a obedecê-lo (Jn. 2.9). Após sua oração de rendição, por ordem soberana de Deus, o peixe lança Jonas em terra seca (Jn. 2.10). Em obediência a Deus, mesmo contra a vontade própria, Jonas segue para Nínive, por onde caminha anunciando a destruição iminente da cidade (Jn. 3.1). O profeta não desejava que as pessoas se arrependessem, pois se tratavam de inimigos de Israel. Mas o povo, atemorizado com a mensagem, se volta para Deus, o próprio rei decreta jejum (Jn. 3.3.5-9). Acontece justamente o que Jonas temia, o povo deu ouvido à palavra de Deus, o profeta patriota ficou amargurado, pois por causa do arrependimento dos ninivitas Deus exerceu misericórdia (Jn. 4.1-4). Enquanto Jonas se encontra fora da cidade, Deus ordena a uma vinha que cresça para dar sombra ao profeta (Jn. 4.5,6). Mas no outro dia um verme consome a planta, fazendo com que o profeta fique deprimido, desejoso de morrer (Jn. 4.7,8). Deus dá uma lição a Jonas, revelando Sua misericórdia aos pecadores (Jn. 4.9-11).

3. PARA HOJE
Os cristãos receberam do Senhor uma missão, na verdade, uma Grande Comissão, da qual não podem fugir, a de fazer discípulos de todas as nações (Mt. 28.19-20). Uma igreja genuinamente cristã não foge da responsabilidade de testemunhar do evangelho de Jesus Cristo até aos confins da terra (At. 1.8). O evangelho de Cristo é a verdade de que a salvação vem do Senhor, pois Jesus é a salvação dos pecados (Mt. 1.9,21). Ciente dessa missão, devemos levar adiante a palavra de Deus, que é mais afiada que espada de dois gumes, que penetra nas divisões da alma e do espírito, juntas e medulas, e que julga os pensamentos e atitudes do coração (Hb. 4.12). Não poucas vezes queremos colocar Deus dentro do nosso escopo, queremos que Ele julgue de acordo com nossas vontades. Jesus se deparou com esse problema na religiosidade da sua época. Os fariseus não admitiam que Ele estivesse entre os pecadores (Lc. 5.30-32). Aqueles religiosos achavam que apenas eles eram dignos de Deus, mas Jesus os surpreende afirmando que publicanos e prostitutas o precederiam no Reino dos céus (Mt. 21.32). Esse é o principal entrave da religião humana, ela está fundamentada na autojustiça, não atenta para a verdade evangélica de que todos são pecadores, necessitados salvação pela graça divina (Rm. 3.23; Ef. 2.8,9). As pessoas que pensam que são boas perante Deus, e que por isso não precisam de arrependimento, tendem à hipocrisia (Lc. 18.11; 23.27-28). E esta, por sua vez, pode fazer com que as pessoas não se apercebam dos seus pecados, convivam com eles como se tudo estivesse normal, mesmo dentro das igrejas (Ap. 3.17,18).

CONCLUSÃO
A mensagem do evangelho de Jesus Cristo é de salvação, devemos levá-la a todos, indistintamente, arrebatando-os do fogo (Jd. 23). Deus, em sua misericórdia, não tem em conta o tempo da ignorância, antes anuncia a todos, em todo lugar, que se arrependam (At. 17.30). Mas devemos também lembrar que não há nenhum justo, nenhum sequer, portanto, todos se fizeram inúteis perante Deus (Rm. 3.10-12). Por isso, tenhamos cuidados para não agir como os fariseus, e deixarmos de exercitar a misericórdia (Mt. 23.23), pois graças a esta podemos nos aproximar de Deus (Ef. 2.3-5; I Tm. 1.13-16; Hb. 4.16).

BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. The minor prophets. Grand Rapids: Bakerbooks, 2006.
BAKER, D. W., ALEXANDER, T. D. STURZ, R. J. Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e Sofonias: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2001.

Pastor Franklin Graham afirma que vitória de Obama levará Estados Unidos ao “caminho da destruição”

Pastor Franklin Graham afirma que vitória de Obama levará Estados Unidos ao A reeleição de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos causou revolta em pastores ligados a instituições conservadoras no país, historicamente mais próximas do Partido Republicano, atualmente opositor do governo.

O pastor Franklin Graham, filho do evangelista Billy Graham, afirmou que Obama pretende levar o país por um "caminho de destruição", durante uma entrevista à rede de TV CNN. Franklin lamentou que Obama tenha sido reeleito e alarmou os telespectadores a respeito do futuro: "Se estamos autorizando este presidente a nos conduzir pelo caminho por onde ele deseja que a gente vá, para baixo, acho que vai ser algo perigoso e poderá significar a destruição desta nação", disse, segundo o Christian Post.

Porém, Graham foi criticado em relação às suas posturas por outro pastor conhecido nos Estados Unidos. William J. Barber II, presidente da NAACP, uma associação cristã que luta pelos direitos civis dos negros, afirmou, numa carta assinada por ele e por diversos outros pastores, que os motivos das críticas de Franklin Graham a Obama são pessoais: "Nós acreditamos Franklin, que você se desviou, seduzido pelos encantos do dinheiro e do poder. Novamente, com amor cristão, renovamos o nosso desafio para que você reveja suas posições".

O fundador do site LivePrayer.com, pastor Bill Keller, afirmou diversas vezes durante os últimos meses que nenhum cristão consciente deveria votar no presidente Obama, por suas posturas pró-aborto e união homossexual. Os ataques de Keller não se contiveram ao presidente, e foram realizados também contra seu adversário político, Mitt Romney. Segundo o Christian News Wire, o pastor afirmou que os cristãos poderiam votar no candidato que vem de uma família que há cinco gerações contribui para levar almas para o inferno através do mormonismo.

Para Keller, a eleição presidencial de 2012 era como uma moeda de duas caras lançada por satanás: qualquer escolha seria ruim.

Porém, o site Huffington Post publicou uma matéria em que líderes religiosos apontavam para as principais causas que devem ser trabalhadas no próximo governo do presidente Barack Obama. Os assuntos mais comentados foram diminuição da pobreza, erradicação da fome, oferta de saúde pública e emprego, além da valorização da família e defesa da liberdade religiosa em países muçulmanos.

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Jesus vai voltar entre 2018 e 2028, afirma presidente mundial das Sociedades Bíblicas

Jesus vai voltar entre 2018 e 2028, afirma presidente mundial das Sociedades BíblicasEm meio às especulações de que o fim do mundo ocorrerá no dia 21/12/2012, segundo o calendário maia, o presidente mundial da Sociedade Bíblica resolveu refutar as previsões e estabelecer um período em que Jesus arrebataria os fiéis e retornaria ao mundo.

Aos 86 anos de idade, o doutor F. Kenton Beshore afirmou que acredita que Jesus retornará à Terra entre 2018 e 2028, baseado em estudos feitos durante toda a sua vida.

Segundo Kenton Beshore, a fase atual, com crises econômicas em diversos países do mundo, está desenhando o cenário ideal para a propagação do evangelho: "Haverá 144 mil judeus durante a Tribulação que voltarão para o Senhor. Agora, todos nós estamos indo embora (após o Arrebatamento). Mas se levarmos as Escrituras judaicas em suas mãos agora, o Espírito Santo vai revelar-se a eles no momento certo. Eles podem ter colocado as Escrituras de lado, mas eles vão lê-las, voltar para o Senhor e conduzir bilhões e bilhões para Jesus", afirmou num comunicado.

Beshore começou seu ministério aos 19 anos de idade e alcançou cinco graus de doutoramento em teologia, sendo atualmente o líder mundial das organizações de Sociedades Bíblicas em todo o mundo.

Anteriormente o pós doutor em teologia já havia lançado um livro sobre o tema, intitulado "Quando ocorrerá o Arrebatamento", onde afirma que é importante que ocorra um despertar espiritual em massa, e de acordo com o Christian Post, cita passagens do livro de Apocalipse como fonte de cálculo para se aproximar da data em que o arrebatamento e a volta de Cristo ocorra.

O doutor Beshore aponta ainda citações do livro de Mateus como fonte de seus estudos: "A parábola da figueira é uma profecia do renascimento da nação de Israel. A frase grega 'panta tauta' que é traduzida como 'todas essas coisas' refere-se ao princípio das dores (Mateus 24:8). Jesus estava dizendo, com efeito, que quando você vê as dores de parto – Primeira e Segundas Guerras Mundiais, fomes, pestes e terremotos – você vai saber que seu retorno se aproxima. A genea, palavra grega que é traduzida como 'geração', significa literalmente, 'aquele que nasceu'. Jesus disse que este 'nascido' (nação de Israel) vai estar em existência quando Ele voltar", teoriza, fazendo alusão à época do estabelecimento do Estado de Israel, em 1948, pela Organização das Nações Unidas.

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