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O REINO DE DEUS ATRAVÉS DA IGREJA

     Lição 4 -

 

 ... Missão Integral da Igreja "Porque o Reino de Deus está entre vós | http://www.jornaldominical.j...texto Bíblico: "Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho" (Mt 11.5).

Leitura Bíblica em Classe: Lucas 17.20,21; Mateus 18.1-5; Marcos 10.42-45

 

O TRANSCEDENTAL REINO DE DEUS REVELADO POR CRISTO

 

1. AS CARACTERÍSTICAS DO REINO NO SENTIDO ESPIRITUAL

* O reino não vem com visível aparência, pois é formado em nosso interior - Lucas 17.20 - interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o Reino de DEUS, respondeu-lhes e disse: O Reino de DEUS não vem com aparência exterior. João 18.36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.

* O reino esteve entre os discípulos com Cristo agora Ele está dentro de nós - Lucas 17.21 - Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Porque eis que o Reino de DEUS está entre vós.  I Coríntios 6.19 Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?

2. AS CARACTERÍSTICAS DO REINO NO SENTIDO APLICATIVO

* É um reino que condena a presunção da ambição pessoal - Mateus 18.1 - Naquela mesma hora, chega­ram os discípulos ao pé de JESUS, dizendo: Quem é o maior no Reino dos céus?  Marcos 10.40 Mas, o assentar-se à minha direita, ou à minha esquerda, não me pertence a mim concedê-lo, mas isso é para aqueles a quem está reservado.

* É um reino que comporta os que não lhe opõe resistência - Mateus 18.2 - E JESUS, chamando uma crian­ça, a pôs no meio deles   João 3.3 Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.

* É um reino que exige uma mudança total de personalidade - Mateus 18.3 - e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus.  João 20.27 Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente.

* É um reino em que a grandeza pessoal está na humildade - Mateus 18.4 - Portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus.  Filipenses 2.3 Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.

* É um reino que se alicerça com a prática do amor cristão -  Mateus 18.5 - E qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta a mim me recebe.  Filipenses 4.8 Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.

3. AS CARACTERÍSTICAS DO REINO NO SENTIDO PRODUTIVO

* Esse reino não admite uma liderança que usa de tirania - Marcos 10.42 - Mas JESUS, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que Julgam ser príncipes das gentes delas se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade so­bre elas; I Pedro 5.2 Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;

* Esse reino não é para sermos servidos, mas para servirmos - Marcos 10,43 - mas entre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, qui­ser ser grande será vosso serviçal.  João '2.26 Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará.

* Esse reino é identificado pelo serviço prestado ao próximo - Marcos 10.44 - E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos. Lucas 22.26 Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve.

* Esse reino exige uma vida diária com a prática do altruísmo - Marcos 10.45 - Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. Mateus 5.16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.


 

O esboço é elaborado exclusivamente pelo texto bíblico da lição.  

 
Pr Adilson Guilhermel
 
fonte

A comissão cultural e a grande comissão

 
 
Altair  Germano
O texto publicado abaixo já foi foi postado em outras ocasiões, mas acho pertinente transcrevê-lo mais uma vez, visto que a Lição BíbliCa desta semana aborda o tema "Missão Integral da
Igreja",onde envolve a proclamação do Evangelho e a diaconia.
 
  MISSÕES URBANAS
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura." (Mc 16.15)
"[...] mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra." (At 1.8)
O principal objetivo do batismo com o Espírito Santo foi o de capacitar a Igreja para pregar o Evangelho de poder, com poder. Na Bíblia, temos a mensagem do Evangelho, que deve ser pregada em todos os lugares e a toda criatura. Mas, como pregar o Evangelho? Quais os métodos e estratégias? Um olhar sobre os evangelhos e sobre o livro de Atos, nos revela que várias foram as maneiras pelas quais o Evangelho foi anunciado, pregado, proclamado e testemunhado.
No que se refere a Assembleia de Deus no Brasil enquanto denominação pentecostal, dois métodos de evangelização foram bem marcantes ao longo dos seus 100 anos de existência: o evangelismo de abordagem pessoal e as cruzadas ou concentrações evangelísticas.
 
No caso do evangelismo pessoal, ele sempre foi realizado em praças, ruas, presídios, hospitais, etc. Já as cruzadas ou concentrações, foram e são marcadas em locais estratégicos, que comportam um número considerável de pessoas.
Não temos dúvidas de que estes métodos colaboraram, e ainda colaboram para o crescimento da igreja nos dias atuais. A questão é a seguinte: Estes métodos estão conseguindo manter os índices de crescimento e dando os resultados de outrora? Me parece que não.
É visível e notória a diminuição da presença de crentes no evangelismo pessoal da igreja (em alguns locais já não existe evangelismo). Por muitos anos, a tarde do domingo foi "sacralizada" como o momento para o evangelismo pessoal da comunidade cristã local. Alcancei o tempo em que crentes eram ameaçados com a possibilidade de "castigos divinos", "punições do alto" e outras mazelas, caso não evangelizassem no domingo à tarde. Alguns foram severamente estigmatizados, mesmo quando a falta no evangelismo era justificável. De uma forma tímida, algumas igrejas, percebendo os baixos resultados do evangelismo "tradicional", resolveram mudar (ou dar outras alternativas) o dia do evangelismo. Acontece que a questão do evangelismo pessoal não se limita ao dia ou ao horário, mas, e principalmente, ao método.
 
O tema "missões urbanas" está em voga nos centros acadêmicos teológicos, em palestras e na literatura evangélica. Qual a razão? A nova realidade brasileira. Aquele "saudoso" tempo de pessoas nas calçadas e ruas, sem pressa, disponíveis para ouvir, já é quase parte apenas de nossa memória e lembranças. As grandes massas estão concentradas nas cidades, e vivenciando novas realidades. Condomínios fechados, prédios de luxo inacessíveis, pressa, indisponibilidade para ouvir, estresse, trabalho exaustivo e outras questões, mudaram a rotina e o comportamento das pessoas. As igrejas que mais crescem na atualidade são aquelas que percebendo a realidade e os desafios dos novos tempos, procuram adequar seus métodos de evangelismo, sem abrir mãos dos princípios bíblicos. Hoje, tem dado muito certo a evangelização através de reuniões e estudos bíblicos nos lares. Alguns líderes olham com desconfiança esta prática, associando-a equivocadamente ao G12 e às igrejas em células. A igreja primitiva usou o método de reuniões domésticas com sucesso (At 2.46; 20.20; 1 Co 16.19 etc.).
Deus tem uma direção para cada época, basta que oremos e analisemos a situação, dependendo em tudo da direção e orientação do Espírito. Alguns parecem estar tão ocupados, que em vez da oração, análise e discussão de ideias, preferem comprar livros com "fórmulas de crescimento", tipo receita pronta, para aplicar e "funcionar".
Em relação às cruzadas ou concentrações evangelísticas, que em boa parte dos casos são concentrações apenas de crentes, onde a pipoca, o refrigerante, o cachorro quente e o espetinho chamam mais a atenção do que a pregação da Palavra, os baixos resultados são alarmantes. Neste caso, penso que em alguns lugares falta um planejamento estratégico, do tipo que víamos nas cruzadas do saudoso pastor e missionário Bernhard Johnson. Outro grande problema é a falta de acompanhamento e discipulado dos novos convertidos. Observem a discrepância do número daqueles que atendem ao apelo nas cruzadas, em relação ao número daqueles descem às águas batismais.
É tempo de repensar os nossos métodos de evangelização, sem necessariamente descartar os "tradicionais".
 
DIACONIA (SERVIÇO)
"Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta." (Tg 2.14-17)
Sempre que o tema "Ajuda aos Necessitados" é abordado, observamos algumas reações e atentamos para alguns fatos no meio assembleiano. Observemos alguns deles:
 
1. Um Grande número de alunos, professores, dirigentes e superintendentes de ED questionam as poucas ações concretas nesta área (chamada de "social");
2. Líderes de igrejas, aproveitando o tema da lição bíblica, resolvem fazer campanhas de doações e socorro aos necessitados, mas logo após o estudo da lição abandonam a prática;
3. Se percebe que muitas igrejas nunca vão além da simples distribuição aleatória e desorganizada de cestas básicas, sem nenhum levantamento das reais necessidades dos beneficiários;
4. Uma ênfase num certo socialismo ou comunismo cristão, fruto de uma interpretação equivocada do tema "Comunidade dos Bens". Interessante é que os que defendem teoricamente esta ideia não a colocam em prática, partilhando todos os seus bens com os necessitados;
5. Irmãos, individualmente ou em "grupos", diante do descaso da "instituição" ou da "comunidade cristã" com a ajuda aos necessitados, acabam se achando no direito de administrarem os próprios dízimos e ofertas, não levando em consideração as recomendações (determinações) da liderança;
6. Igrejas se mobilizam para prestar socorro às vítimas de grandes catástrofes naturais em outras regiões, mas no seu cotidiano esquecem de socorrer os seus necessitados (Gl 6.10), e os que vivem em situação de miséria na localidade onde está estabelecida;
7. Para dizer que socorrem os necessitados, algumas igrejas afirmam manter hospitais, escolas, creches, orfanatos, abrigos de idosos funcionando, casas de recuperação etc. Acontece que em alguns casos, as condições de atendimento e assistência são muito precárias. As pessoas lá atendidas sofrem de um grande descaso e desumanização;
8. É afirmado ainda, que a igreja faz o trabalho social muito bem, mas sofre por não divulgá-lo. Entendo que pelo menos os membros deveriam tomar conhecimento das ações em favor dos necessitados;
9. A calamidade dos necessitados se acentuam diante da ostentação e da vida regalada de algumas lideranças, através da aquisição e exibição dos símbolos capitalistas de "poder" e "status ministerial". Na versão e lógica "espirituosa" deste capitalismo selvagem (Teologia da Prosperidade), quanto mais o pastor ou líder ficar rico (ou pelo menos parecer), mas demonstrará o quanto o seu ministério é abençoado por Deus. Obviamente esta lógica acaba trazendo problemas para alguns líderes de igrejas na atualidade. Por exemplo, podemos citar a necessidade de um pastor precisar de "seguranças". Tal necessidade é resultado direto da ostentação já citada. Citamos ainda o receio que alguns possuem de terem seus filhos ou parentes sequestrados. Não consigo imaginar Jesus, Pedro, Paulo, João, Tomás de Aquino, Agostinho, Lutero, Calvino e outros ícones da fé precisando de seguranças particulares. Alguma (ou muita) coisa está errada. Viver dignamente do evangelho foi trocado por viver explendorosamente, ou regaladamente do evangelho;
10. É interessante também afirmar, que diante do exposto no ponto acima, dentro de um mesmo ministério, há líderes que abusam das regalias enquanto outros passam extrema necessidade. A ideia, volto a deixar claro, não é a de um socialismo ou comunismo ministerial cristão, falo sim (pois há uma série de fatores e variantes aqui envolvidos) da necessidade de diminuir a distância "econômica", promovendo um viver digno para todos.
Se a sua igreja mantém instituições sociais, faça visitas periódicas ao local, e verifique se as condições oferecidas são humanizadoras. Suas doações, ofertas e dízimos devem ser administrados com responsabilidade.
***
 
Quando o assunto é a Grande Comissão – A Igreja proclama o Evangelho no mundo, algumas questões relacionadas com a nossa (Assembleia de Deus brasileira) prática missionária precisam ser levantadas.
Durante a Convenção Geral de 1930, realizada na cidade de Natal-RN, os obreiros nacionais apresentaram a proposta de que os missionários suecos deveriam lhes passar a direção e a responsabilidade do trabalho no Norte e no Nordeste do Brasil. A posição dos suecos, contada pelo pastor Lewi Petrus foi a seguinte:
"Antes de este assunto ser tratado, os missionários já haviam falado sobre ele e tinham uma proposta preparada para apresentar à Conferência [naquele tempo era comum tanto os obreiros nacionais quanto os suecos se referirem às convenções como conferências]. Haviam chegado à conclusão de que o trabalho nos Estados do Amazonas, Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, onde já haviam cerca de 1000 membros e 160 igrejas, deveria ser entregue inteiramente aos obreiros nacionais. Também foi apresentado pelos missionários que todos os templos e locais de reuniões que pertenciam à Missão deveriam ser entregues, sem nenhum custo, às respectivas igrejas locais brasileiras. Se isto não fora feito, teria de fazer-se e estar terminado até o dia 1º de julho de 1931." (História da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, CPAD, 2004, p. 29)
Algumas perguntas cabem aqui, com o fim de reflexão e discussão (e quem sabe, respostas):
Após 19 anos de trabalho no Brasil, os missionários suecos passaram a direção da obra do Norte e Nordeste aos obreiros nacionais (inclusive o patrimônio), para posteriormente entregarem a direção de todas as regiões do país. Nos dias atuais, por quais razões algumas igrejas locais insistem em não dar autonomia a alguns trabalhos missionários dentro e fora do Brasil (transculturais e transnacionais), quando em boa parte dos casos, esses trabalhos possuem uma maior estrutura e tempo de atividade em relação aos fatos aqui apresentados?
a) Falta de confiança na capacidade de liderança dos obreiros estrangeiros (neste caso os nativos ou nacionais da missão)?
b) Resistência em abrir mão do patrimônio construído mediante investimentos financeiros realizados?
c) Vaidade e vanglória em ter o trabalho missionário agregado à igreja local?
d) Dificuldade em abrir mão do poder e do controle sobre o trabalho missionário?
e) Manutenção dos privilégios de alguns missionários?
f) Falta de visão bíblica da obra missionária?
Até que ponto se justifica o "controle" de uma obra missionária que tem condições de caminhar com sua liderança nativa ou nacional, e que já possui autonomia financeira para se manter, inclusive sendo já capaz de promover treinamento e de enviar os seus próprios missionários?
Será que as desculpas que alguns dão, de que os obreiros locais (nativos ou nacionais) das obras missionárias abertas não estão ainda preparados para assumir o trabalho, não é fruto do nosso descaso em lhes oferecer treinamento para isso, criando dessa forma uma constante e eterna dependência? Estamos fazendo discípulos ou dependentes?
Não se poderia criar um plano de ação para a passagem progressiva de alguns trabalhos aos obreiros nativos ou nacionais?
O dinheiro que a igreja local envia para o sustento de obras missionárias já bem estruturadas, não poderia ser canalizado para novos trabalhos entre povos e culturas mais carentes e necessitadas do Evangelho integral?
Por que não seguimos o exemplo dos suecos?
Entendo que esta lição nos oferece uma boa oportunidade para discutir tais questões na EBD. Só não sei se haverá vontade, disposição e coragem para isto
Não vai adiantar muita coisa (ou nada) estudarmos mais uma vez esses temas sem refletirmos sobre a nossa atual condição (cada um deve assumir a sua responsabilidade), sem discussão, sem propostas de mudanças, sem planos e ações concretas.
 
fonte

A COMISSÃO CULTURAL E A GRANDE COMISSÃO ( 1 )

A COMISSÃO CULTURAL E A GRANDE COMISSÃO
Texto Áureo: Mt. 28.19 – Leitura Bíblica: Gn. 1.26-30; Mc. 16.15-18,20

Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsdioEBD

 
 
TRIMESTRE/2011 A Lição Bíblica da CPAD do 3º Trimestre/2011 ... | http://www.jornaldominical.jex.com...Objetivo: Refletir sobre o caráter integral da evangelização, envolvendo tanto a Grande Comissão quanto a Comissão Cultural.

INTRODUÇÃO
A igreja de Jesus Cristo, por sua própria constituição, é evangelizadora. Nesse particular, não podemos adotar uma atitude "politicamente correta", ainda que o mundo queira que "cada um fique na sua". Em obediência à Palavra do Senhor, devemos cumprir a tarefa missionária, pregar o evangelho, difundir as doutrinas do Reino. Na aula de hoje, estudaremos a respeito das duas comissões com as quais a Igreja deva estar envolvida, a Grande Comissão e a Comissão Cultural.

1. AS DUAS COMISSÕES
A palavra "comissão", de acordo com o Dicionário Aurélio, significa "encargo, incumbência, tarefa e missão". Cabe à Igreja do Senhor a tarefa de cumprir sua comissão, com um detalhe especial para o prefixo "co" na composição do vocábulo. Não podemos desempenhar essa missão sozinhos, precisamos depender dEle, sem Ele nada podemos fazer (Jo. 15.5), por essa razão Ele orientou aos seus discípulos para que aguardassem o poder do alto (Lc. 24.49), e para que recebesse o poder do Espírito Santo a fim de testemunhar dEle em Jerusalém, Judéia e Samaria e até os confins da terra (At. 1.8). No sentido de tarefa ou ordenança existem várias comissões dadas à Igreja, mas, em relação à obra de evangelização, destacamos as duas principais: a Grande Comissão e a Comissão Cultural. A primeira diz respeito à tarefa de levar a mensagem de salvação para todo o mundo, cumprindo a ordenança missionária. A segunda alude à tarefa dada por Deus ao homem a fim de difundir os valores do Reino na cultura, de modo a refletir o projeto original de Deus, em todos, na família, na ciência, nas artes, na política, na economia etc. Atentemos, a princípio, para o conceito de cultura a partir de uma abordagem antropológica, distinta daquele que as pessoas utilizam no cotidiano, quanto afirmam que alguém tem ou não tem cultura. A cultura é um padrão nos comportamentos humanos e as práticas dele decorrentes, refletidos nos modos de pensar e viver de uma sociedade. A cultura, nesse contexto, é uma produção humana, são os valores que a comunidade atribui às suas crenças, e as vivências a partir delas. Por isso, alguns estudiosos costumam associar a cultura à ideologia, isto é, ao modo de ver a realidade. O cristão, por sua vez, se posiciona diante dessa realidade a partir de um prisma diferenciado, já que tem a mente de Cristo (I Co. 2.16), por conseguinte, leva todo entendimento cativo à obediência a Cristo (II Co. 10.5).

2. A GRANDE COMISSÃO
A igreja de Jesus não pode ficar circunscrita às quatro paredes, ela precisa ir adiante, levar a mensagem do evangelho de Cristo. A análise dos textos finais dos evangelhos segundo Mateus, Marcos, Lucas e João, e do início de Atos, revela a teologia bíblica da Grande Comissão. Tais textos não se encontram em oposição, antes se complementam, a partir deles a Igreja aprende a obedecer ao imperativo missionário. Em Mt. 28.19, diz Jesus, "indo", na verdade o ide, poreoumai em grego não está no imperativo, mas no particípio. O Senhor sabia que a Igreja iria, já que essa é a condição de ser Igreja, ela não pode ficar estagnada, acomodada em um mesmo lugar. O imperativo está no "fazei discípulos", que está atrelado à instrução de Cristo, haja vista que compete à Igreja ensinar aos discípulos a "guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado". Nos dias atuais, em que a preocupação de muitas igrejas é tão somente aumentar o número de membros, a orientação de Jesus é para façamos discípulos, que neguem a si mesmos, tomem a sua cruz e sigam após Ele (Mt. 16.24). De acordo com o registro de Marcos, o alcance da Igreja, ao fazer missões, deva ser "toda criatura" (Mc. 16.15), ou melhor, a qualquer pessoa, em qualquer lugar, não existem fronteiras demarcadas, onde estiver um pecador, ali estará um necessitado da graça de Deus, lá deva chegar a boa nova da Palavra de Deus, certos de que "quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado" (Mc. 16.16). Lucas, em sua narrativa, ressalta o conteúdo a ser propagado, "o arrependimento e a remissão dos pecados" (Lc 24.47). Essas verdades não podem ser abolidas, nem mesmo minimizadas, o pecado é uma realidade constatável no cotidiano, e, por causa dele, o ser humano se encontra alienando de Deus (Rm. 3.23), por outro lado, o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo (Rm. 6.23), o arrependimento dos pecados é uma condição necessária (Mt. 3.2; At. 2.38). O exemplo a ser seguido, na execução da Grande Comissão, é o do próprio Cristo, que tinha convicção do Seu chamado, a certeza de estar no centro da vontade do Pai, e que havia sido por Ele enviado (Jo. 20.21), para essa tarefa, que, pela sua natureza espiritual, deva ser desenvolvida pelo poder do Espírito Santo (At. 1.8) que resultará em autoridade para fazer proezas para o Reino de Deus.

3. A COMISSÃO CULTURAL
A Grande Comissão e a Comissão Cultural estão interligadas, já que Cristo nos enviou para "fazer discípulos" (Mt. 28.19). Na medida em que fazemos discípulos para Cristo, levamos adiante Seus ensinamentos, difundimos valores que provêem de Deus. No princípio, conforme registrado no livro do Gênesis, o projeto inicial de Deus era estabelecer o Seu governo sobre os homens. No capítulo 3, versículo 28, diz o Senhor a Adão: "Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra". Essa é uma comissão cultural, Deus chamou a humanidade para a mordomia da terra, talvez os termos traduzidos para o português não reflitam a especificidade dessa ordenança. Para "sujeitar" e "dominar" a terra, o ser humano não precisa destruí-la, como tem acontecido ao longo desses últimos anos. A relação da humanidade com a terra precisa ser responsável, a natureza geme, e sofre, desde a Queda (Gn. 3), ela passa por dores de parto até agora (Rm. 8.22), essa talvez seja uma das razões de tantas catástrofes mundiais que testemunhamos atualmente. Como súditos do Reino de Deus, fazemos parte do processo de redenção da natureza, por isso, devemos atentar para o cuidado com o meio-ambiente. Essa é apenas uma das dimensões da Comissão Cultural, em Gn. 1.28, o pronome "todo" ressalta uma dimensão mais ampla. Como cidadãos do Reino do Senhor Jesus, devemos atuar nas diversas esferas da sociedade, sejam elas, educacionais, artísticas, médicas, jurídicas, políticas, sociais e econômicas, ensinado a obedecer todas as coisas que Cristo ordenou (Mt. 28.19). Essa comissão dessa tarefa não será bem sucedida a menos que os imbuídos de tal responsabilidade conheçam a mensagem do Reino. Caso contrário, a Igreja poderá assumir padrões culturais que nadam têm de cristão, que, muitas vezes, são normas mundanas travestidas de supostos fundamentos bíblicos. O ponto de partida para a obediência da Comissão Cultural é a desconstrução de um paradigma vigente no contexto cristão, a diferenciação equivocada e antibíblica entre o "sagrado" e o "secular". A Palavra de Deus nos orienta a fazer distinção entre o "sagrado" e o "profano", não entre o "sagrado" e o "secular", pois todas as coisas, quer sejam feitas na igreja, em casa, na escola, no trabalho, ou em qualquer lugar, em obediência à Palavra, são sagradas e glorificam a Deus (I Co. 10.31).

CONCLUSÃO
A sociedade mundana vai de mal a pior, distante dos valores do Reino de Deus. Como súditos do Senhor, devemos levar adiante a Sua mensagem. Não podemos deixar de atentar para a evangelização, o cumprimento da ordenança de "fazer discípulos". Mas não podemos restringir a mensagem apenas a Grande Comissão, essa precisa ser ampliada na dimensão da Comissão Cultural, propagando valores que percebam o ser humano em sua integralidade, "corpo, alma e espírito" (I Ts. 5.23). Em um contexto relativista, a Igreja deva ser a coluna e a firmeza da Verdade (I Tm. 3.15) em todas as esferas da sociedade, considerando a Soberania de Cristo, já que "nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele" (Cl. 1.26).

BIBLIGRAFIA
CHARLES, C., PEARCEY, N. E agora, como viveremos? Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
CHARLES, C., PEARCEY, N. O cristão na cultura de hoje. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

A VIDA DO NOVO CONVERTIDO

  

Primeiro templo da Assembleia de Deus no Brasil, em Belém do Pará ... | http://www.adcaldasnovas.com... Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE

                                Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais

                                           Pastor Presidente: Aílton José Alves

      Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

                                   LIÇÃO 03 – A VIDA DO NOVO CONVERTIDO

 

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - 3° TRIMESTRE/2011 :: Assembéia de Deus | http://assembleiaiead.webnode.com.br...INTRODUÇÃO

Depois de estudarmos sobre o Projeto Original do Reino de Deus e a Mensagem do Reino de Deus,

estudaremos sobre a Vida do Novo Convertido, ou seja, sobre o verdadeiro significado do novo nascimento e da

nova vida em Cristo Jesus. Apesar de ser um assunto já conhecido pela Igreja, faz-se necessário estudá-lo nesta ocasião, tendo em vista que alguns cristãos, por desconhecerem essas doutrinas bíblicas, caminham para

extremos perigosos: ou buscando uma vida ascética, isolando-se da sociedade ou vivendo nas mesmas práticas

de outrora, não demonstrando nenhum sinal de arrependimento e mudança de vida.

 

Por isso, nesta lição,

estudaremos o que é o novo nascimento, os resultados do novo nascimento e o verdadeiro significado de tornar-se

uma nova criatura em Cristo.

 

I – O SIGNIFICADO DO NOVO NASCIMENTO

 

1.1 Definição. É o milagre operado no espírito do homem, através do qual ele é recriado em conformidade com a

natureza divina. O novo nascimento significa a entrada do homem no Reino de Deus (Jo 3.1-6. Assim como

ninguém pode ser contado como cidadão antes do seu nascimento, semelhantemente, ninguém pode pertencer ao

Reino de Deus antes de nascer de novo. Esta experiência aparece na Bíblia sob diferentes nomes: Nascer da

água e do Espirito (Jo 3.6); Criado em Jesus Cristo (Ef 4.24; Cl 3.10); Tornar-se Nova Criatura (2 Co 5.17); Ser

gerado novamente (1 Pe 1.3); e Nascido de Deus (1 Jo 2.29; 3.9; 5.18; 4.7).

 

1.2. O Novo Nascimento é um Milagre. No diálogo de Jesus com Nicodemos, podemos observar que aquele

príncipe dos judeus, mesmo sendo um mestre em Israel, não compreendeu o verdadeiro significado dessa

experiência. Por isso, ele perguntou a Jesus: "Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e

nascer?" (Jo 3.4,5). E por que ele não compreendeu? Porque milagre não se explica! E é por meio desse milagre

que o homem, através da regeneração, passa de um pecador condenado (Rm 3.23; 6.23); morto em ofensas e

pecados (Ef 2.1-4; Cl 2.13; 1 Tm 5.6); separado de Deus pela ignorância e pela dureza de coração (Ef 4.19); e,

pela fé em Cristo, torna-se uma nova criatura (2 Co 5.17); concidadão dos santos e família de Deus (Ef 2.19);

ressuscita juntamente com Cristo para uma nova vida (Ef 2.5,6); e já está assentado nos lugares celestiais em

Cristo (Ef 2.6).

 

1.3. O Novo Nascimento Não é Operado Pela Vontade Humana. O apóstolo João diz que aqueles que

receberam a Cristo "...não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão...". Isto

nos ensina que o novo nascimento não ocorre por meio de esforços humanos, ou seja, é inútil alguém obter esta

experiência sem um autêntico encontro com Cristo. Por isso, ele diz "... mas de Deus" (Jo 1.13). É Deus quem

realiza a regeneração, através do Espírito Santo.

 

1.4. O Novo Nascimento é Operado Pelo Espírito Santo. O Espírito Santo é o agente que leva o homem ao

novo nascimento. Ele convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8,9), abre-lhe o entendimento

para compreender a vontade de Deus (2 Co 4.6; 1 Tm 2.4), despertando-lhe o desejo de ser salvo. O mesmo

Espírito leva o homem a decisão de receber a Jesus, que, pela sua morte e ressurreição ganhou salvação para

todos (1 Pe 1.3). Quando o homem recebe a Jesus, lhe é dado o poder de ser feito filho de Deus (Jo 1.12,13).

 

II – RESULTADOS DO NOVO NASCIMENTO

Por meio dessa operação sobrenatural, Deus restaura a Sua imagem e semelhança no homem, que por

causa do pecado foi afetada, e o crente torna-se participante da natureza divina (2 Pe 1.4), e também participa da

santidade de Deus (Hb 12.10). Além disso, o cristão recebe, pela regeneração, tanto uma nova direção para a sua

vida, como poder de Deus para seguir essa direção. Vejamos:

 

Seu pensamento mudou; ele pensa diferentemente, de conformidade com a vontade de Deus (Cl 3.10; Fp4.7);

 

Seu entendimento se abriu para as coisas de Deus, pois antes não as entendia (1 Co 2.15; 2 Co 4.6) e

Deus o renova para o conhecimento (Cl 3.10);

 

Seu sentimento registra o gozo pela presença de Deus (Sl 16.11); agora ele ama a Deus (1 Jo 4.19) e aos

irmãos (1 Jo 3.14);

 

Sua vontade, que antes era escravizada pela carne (Ef 2.2,3; Is 53.6), conforma-se com a vontade de Deus

(Mt 6.10; 1 Pe 1.22; 4.2; At 13,22);

 
Sua consciência, agora purificada (Hb 9.14), torna-se sensível a direção de Deus (Rm 2.15);
 

Ele não está mais debaixo da carne, mas do Espírito (Rm 8.9). A sua velha natureza, não foi aniquilada,

mas está dominada pela nova natureza (G1 5.16,17; Rm 8.12,13).

III – QUE SIGNIFICA "TUDO SE FEZ NOVO"?

Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo diz: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é;

as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (II Co 5.17). Vejamos, então, o que significa esta

expressão:

 

3.1. Novo ambiente. O ambiente de outrora, onde prevalecia o pecado e a iniquidade (Lc 15.13,30) é substituído

por outro, onde tudo é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17). E o crente passa, então, a ter prazer em

estar na casa de Deus (Sl 84.1-4,10; 122.1; At 5.42).

 

3.2. Novos amigos. Os amigos do passado, que contribuíam para a vida de pecado (II Sm 13.3-5) são

substituídos por outros que o ajudam a caminhar para o céu (Sl 1.1,2; Pv 18.24). Não significa, entretanto, tornarse

inimigo, e sim, deixar de compartilhar de suas práticas pecaminosas.

 

3.3. Nova Visão. A visão, que era para baixo e sem nenhuma perspectiva (Ef 2.12), agora faz jus ao termo grego

para a palavra "homem", que é "anthropos", e significa "aquele que olha Para cima". Veja o que diz (Hb 12.2).

 

3.4. Novo Senhor. No passado, o senhor era fraudulento, enganador, traiçoeiro e vingativo (Jo 10.10; I Pe 5.8).

Agora, o Senhor é misericordioso, compassivo, amoroso, justo e pronto para perdoar (Sl 103.8; Jl 2.13; I Jo 4.8).

 

3.5. Novo destino. O homem, que outrora era filho da ira e caminhava para o inferno (Jo 3.36; Ef 2.3) caminha

agora para a vida eterna (Jo 3.16; I Jo 2.25).

 

IV – OS REFLEXOS DA NOVA VIDA NA SOCIEDADE

A nova vida em Cristo irá refletir não apenas na vida pessoal do cristão, mas também no seu lar, ambiente

de trabalho e na sociedade. Isto porque, a partir de então, o crente passa a ser guiado pelo Espírito (Rm 8.14; Gl5.18) e faz da Bíblia a sua regra de fé normativa (2 Tm 3.14-17). Vejamos alguns exemplos:

 

4.1. Os reflexos da nova vida no lar. É no ambiente familiar onde o novo crente manifesta a transformação

espiritual, bem como os primeiros frutos. A vida que outrora era caracterizada pelas obras infrutuosas da carne,

tais como: prostituição, adultério, iras, pelejas, dissenções e coisas semelhantes a estas (Gl 5.19-21), passa agora

a valorizar o matrimônio e a fidelidade conjugal (Ef 5.22-31; Hb 13.4). Essa mudança também deve refletir no

relacionamento entre pais e filhos, onde os filhos passam a honrar os pais (Ef 6.1-3; Cl 3.20), e os pais,

consequentemente passam a criar os filhos no temor do Senhor, não lhes provocando a ira (Ef 6.4; Cl 3.21).

 

4.2. Os reflexos da nova vida no trabalho. Os efeitos da nova vida em Cristo também irá refletir no ambiente de

trabalho. O patrão não mais explorará seus empregados (Tg 5.1-6; Cl 4.1), nem sonegará impostos (Lc 20.21-25;

Mt 17.24-27; Rm 13.7) nem fará ameaças a seus trabalhadores (Ef 6.9). O trabalhador, por sua vez, não

negligenciará suas responsabilidades, (Ef 6.5; I Tm 6.1;Tt 2.9) e realizará suas atividades, como se estivesse

fazendo ao Senhor (Ef 6.6; Cl 3.23 ).

 

4.3. Os reflexos da nova vida na sociedade. Como sal da terra e luz do mundo o novo crente passa a produzir

frutos dignos de arrependimento e a resplandecer no mundo de trevas (Mt 5.13-15).

V- COMO DEVEM ANDAR AS NOVAS CRIATURAS

Em suas epístolas, o apóstolo Paulo ensina como devem andar as novas criaturas. Vejamos:

 

Andar em novidade de vida (Rm 6.4); Andar em amor (Ef 5.2);

 

Andar honestamente (Rm 13.13); Andar com prudência (Ef 5.15);

 

Andar em Espírito (Gl 5.16); Andar com sabedoria (Cl 4.5).

 

CONCLUSÃO

Quando uma vara é enxertada na árvore, ela se torna participante, não só da raiz e da seiva (Rm 11.17),

mas também da natureza da árvore, o que se verifica na qualidade do fruto que essa vara agora produz (Jo 15.1-

 

5). Assim também acontece com aqueles em cujas vidas, pelo novo nascimento, operou a influencia divina. Ele,

antes estava escravizado pela própria carne; agora, pelo novo nascimento, tornou-se filho de Deus (Jo 1.12) e um

súdito do Seu reino (Jo 3.5; Ef 2.19).

 

REFERÊNCIAS

Bíblia de Estudo Pentecostal. Donald C. Stamps. C.P.A.D.

Teologia Sistemática. Eurico Bergstén. C.P.A.D.

Lições Bíblicas Jovens e Adultos. 1º Trimestre 1996. C.P.A.D.
 
http://www.redebrasildecomunicacao.com.br/licoes-biblicas/index/
 
 
A VIDA DO NOVO CONVERTIDO

Lição 3
- 17 de julho de 2011

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - 3° TRIMESTRE/2011 :: Assembéia de Deus | http://assembleiaiead.webnode.com.br...

Texto Bíblico: 2 Coríntios 5.17 E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.

Leitura Bíblica em Classe: 2 Coríntios 5.17; Tito 2.11-13; 3.3-8

2 Coríntios 5.17 E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.

Tito 2.11 Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens,

Tito 2.12 educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente,

Tito 2.13 aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus,

Tito 3.3 Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros.

Tito 3.4 Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos,

Tito 3.5 não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,

Tito 3.6 que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador,

Tito 3.7 a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.

Tito 3.8 Fiel é esta palavra, e quero que, no tocante a estas coisas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens.
 
O esboço é elaborado exclusivamente pelo texto bíblico da lição. Publicação será no transcorrer da semana.
 
Pr Adilson Guilhermel
 
http://www.pastorguilhermel.com.br/
 
 

 

“A VIDA DO NOVO CONVERTIDO”

 

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 03 - DATA: 17/07/2011
TÍTULO: "A VIDA DO NOVO CONVERTIDO"
TEXTO ÁUREO – II Cor 5:17
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Cor 5:17; Tt 2:11-13; 3:3-8
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br



I – INTRODUÇÃO:





Aceitar a Jesus Cristo como Salvador e Senhor é, sem dúvida, o mais fascinante projeto de vida de uma pessoa. Na verdade, esta decisão é muito mais significativa, porquanto há de alterar nossa vida no tempo e na eternidade. Ainda mais: A decisão de seguir a Jesus, constitui-se em motivo de alegria para a Igreja a qual passamos a pertencer, bem como para os anjos de Deus, pois foi em decorrencia dessa nossa importante decisão que eles se alegraram no céu – Lc 15:7



II - CINCO COISAS QUE O NOVO CONVERTIDO DEVE SABER:





No início de caminhada com Jesus Cristo, há, pelo menos, cinco coisas importantes que você,  Novo Convertido, deve saber. São elas:

(1) - OS SEUS PECADOS FORAM PERDOADOS - A Bíblia apresenta a sua vida de outrora, como uma vida de escravidão ao pecado, mas diz também que você, agora, é servo da justiça divina – Rm 6:17-18.


(2) - AGORA VOCÊ É UMA NOVA CRIATURA EM CRISTO – II Cor 5:17 - O "velho" e o "antigo" têm a ver com a vida de outrora, ou seja, a vida que você tinha até o instante em que se decidiu por aceitar a Jesus como seu Salvador único e pessoal. "Nova criatura" ou aquilo que se fez "novo", diz respeito à vida que você passou a viver desde aí – I Pe 1:3, 23.


(3) - DEUS AMA VOCÊ – Jo 3:16; Rm 5:8 - A maior prova do amor de Deus para com você e para com todo o mundo, é ter Ele permitido que o seu Filho Jesus Cristo padecesse e morresse para salvar-nos e reconciliar-nos com Ele – Rm 5:9 - Descanse no amor de Deus. Ele sempre faz o melhor em benefício de seus amados.


(4) - VOCÊ É FILHO DE DEUS – Rm 8:14-17 - O seu relacionamento com Deus mudou a partir de agora. A sua relação anterior com Deus era à base de criatura e Criador, réu e Juiz. Agora é diferente: Você é filho de Deus, é herdeiro dEle e co-herdeiro de Jesus Cristo. Nesta condição o seu vínculo familiar com Deus vem torná-lo infinitamente mais digno e mais honrado que o principal dos herdeiros da maior fortuna deste mundo. Repouse no privilégio de ser filho amado de Deus.


(5) - VOCÊ PODE VIVER VITORIOSAMENTE – I Cor 15:57 - A sua vida de outrora era uma vida de fracassos e de derrotas espirituais. Agora, porém, liberto do pecado e salvo por Jesus Cristo, você tem pela frente uma deslumbrante vida de triunfos. Apesar de a partir de agora você passar a possuir três terríveis inimigos, Deus lhe oferece provisão que o habilita a vencê-los. Esses três inimigos são: a carne, o mundo e Satanás. Você pode vencer a carne (Rm 13:13-14); você pode vencer o mundo (I Jo 5:4); você pode vencer a Satanás (I Jo 5:18). Não se assuste diante da perda de algumas das suas batalhas. Perder uma batalha, não significa perder a guerra. Certamente que você perderá algumas das suas batalhas, mas o triunfo final será seu. Segundo a Bíblia, ao apagar as luzes desta vida, bem como ao brilhar as da eternidade, você será levado a dizer de forma triunfal: "Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" – I Cor 15:54-55.



III – CINCO COISAS QUE O NOVO CONVERTIDO DEVE FAZER:





O nascer espiritual para Deus é muito parecido com o nascimento físico. Assim como um bebê precisa de exercícios para crescer sadio e forte, da mesma forma, você, como um bebê espiritual, precisa exercitar-se, a fim de que seja espiritualmente sadio e forte. Com o propósito de ajudar no seu crescimento espiritual, é importante que você, Novo Convertido, faça o seguinte:

(1) - ESTUDE A SUA BÍBLIA DIARIAMENTE – Mt 4:4; Sl 1:2 - O que o alimento (carne, arroz, feijão, massas, legumes, frutas e verduras) é para o corpo, o estudo piedoso da Bíblia Sagrada é para a sua alma. Além de enriquecê-lo espiritualmente através dum melhor conhecimento de Deus, o estudo diário da Bíblia lhe dará os meios de responder convincentemente àqueles que hão de indagar-lhe quanto à nova vida que agora você tem em Jesus Cristo.


(2) - ORE CONSTANTEMENTE – I Tm 2:1-2, 8 - A oração é como uma ponte ou uma grande avenida através da qual a terra se liga ao céu. Através dessa grande via, você pode ir ao trono da graça divina, bem como receber os grandes "carregamentos" de bênçãos prometidas por Deus. A oração é o mais eloquente e o mais humilde discurso da alma a Deus. Quando você ora, Deus intervém alargando as fronteiras de suas possibilidades. Quando você ora, você está dizendo a Deus que não pode lutar e vencer sem o auxílio dEle. A oração é como o cálcio necessário ao crescimento e fortalecimento dos ossos. Para que você cresça e se desenvolva espiritualmente sadio e forte, exercite-se na oração. Deus está disponível, pronto a atendê-lo.


(3) - VIVA FIELMENTE - Vivendo num mundo em que os valores morais e espirituais são tidos em pouca conta, mesmo assim Deus espera que você viva fielmente diante dEle e diante dos homens. Certamente que algumas vezes você será tentado a abandonar o ideal duma vida fiel a Deus e aos princípios do Evangelho, e a abraçar os princípios morais do mundo sem Deus. O que fazer no momento em que isto venha a acontecer? Resista. Não abra mão da sua fidelidade – Sl 101:6 - Aos que porventura indaguem até onde e quando devem ser fiéis diante de Deus, Jesus Cristo responde: "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida" (Apc 2:10). Isto é: ainda que a sua decisão de seguir a Jesus Cristo, nalgum momento, exija como paga a sua morte física, não importa, seja fiel até aí, na esperança da vida da ressurreição ("a coroa da vida").


(4) - TENHA COMUNHÃO COM OS SEUS IRMÃOS - Como uma nova criatura em Cristo, você foi feito membro dum corpo: a Igreja. Assim como todos os membros dum corpo funcionam conjuntamente para o bem-estar de todo o corpo, assim também você deve contribuir com a edificação e progresso dos demais irmãos, membros da comunidade, da igreja à qual você passa a pertencer a partir de agora. De acordo com o apóstolo João, a comunhão com os irmãos, além de identificar o seu caráter com o de Deus, assegura-lhe o perdão de pecados (I Jo 1:7). Portanto, nunca permita que o Diabo ou qualquer outro ser, levante entre você e seu irmão, qualquer coisa que venha a ser razão de contenda, inimizade e consequente afastamento um do outro – Rm 12:10.


(5) - TESTEMUNHE DE JESUS CRISTO - Testemunhar é dizer aos outros o que Jesus fez por você e o quanto Ele teve misericórdia de você. A Bíblia registra muitos milagres operados por Jesus Cristo. Dentre esses, consta o de um endemoninhado que foi miraculosamente liberto do demônio que o atormentava. Agradecido a Jesus pelo que Ele lhe havia feito, aquele homem pediu que Jesus lhe permitisse acompanhá-Lo a partir daí - Mc 5.18-20 - Note que aquele homem foi mandado por Jesus no sentido de testemunhar primeiro para os seus próprios parentes. É isto o que Jesus espera de você também. Possivelmente os seus parentes não vão aceitar o seu testemunho da primeira vez. Não tem problema. Mais cedo ou mais tarde eles hão de descobrir que o Cristo que fez de você uma nova criatura, tem o poder de fazer o mesmo por eles. Você deve testemunhar de Jesus, seja por mandamento (Mc 16:15); seja por questão de gratidão (Sl 116:12-13).



IV - CINCO COISAS QUE O NOVO CONVERTIDO PODE TER:





Além de tudo quanto o Novo Convertido pode saber e fazer decorrente da sua nova vida em Cristo, existem ainda cinco coisas que Deus está interessado que você, Novo Convertido, tenha; são elas:

(1) - A PAZ VERDADEIRA - Na condição de pecador não remido, o homem está em conflito com Deus, com o próximo e consigo mesmo. Isto é: o pecador que não conhece a Jesus Cristo como Salvador pessoal, vive em conflito, não conhece a paz verdadeira. Essa era a sua situação antes que aceitasse a Jesus e nascesse de novo (Ef 2:13-16). Agora você tem paz com Deus (Rm 5:1-2); paz com o seu semelhante (Ef 2:13-17); e paz com você mesmo (Jo 14:27). Tudo isso resulta da sua aceitação a Jesus Cristo, o "Príncipe da paz" (Is 9:6).


(2) - O BATISMO COM O ESPIRITO SANTO - Quando você aceitou a Jesus como seu suficiente Salvador, foi trazido a Ele pelo Espírito Santo. Ele lhe convenceu do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:18). Agora, que você é um crente em Jesus, precisa ser batizado e cheio do Espírito Santo. No momento em que for batizado com o Espírito Santo, você será cheio do poder divino para, com autoridade, testemunhar de Jesus para o maior número de pessoas possível (At 1:8). Procure saber mais sobre o batismo com o Espírito Santo. Busque-o. Ele é para você.


(3) - UMA VIDA MELHOR - Antes que qualquer outra coisa, a nova vida que você agora tem em Cristo traduz-se numa vida melhor, à medida em que ela procede de Deus através de Jesus Cristo (Jo 10:10). Vida abundante em Cristo, é vida plena, melhor em todos os sentidos. Em primeiro lugar, Deus quer que você desfrute de bênçãos espirituais (Ef 1:3); segundo: Deus quer que você goze de bênçãos físicas, isto é, Ele quer que você prospere (Sl 103:3-5). Finalmente, Deus quer que você seja abençoado materialmente (Mt 6:31-32). Todas estas bênçãos somadas hão de contribuir no sentido de que você tenha uma vida cada vez melhor.


(4) - UMA VIDA DE CONFIANÇA EM DEUS - Na sua caminhada com Cristo, você há de aprender que o melhor e mais duradouro para a sua vida, não é precisamente aquilo que você mesmo seja capaz de fazer e de adquirir. O melhor para a sua vida é aquilo que Deus tem prometido e que fará por você. Evidentemente Deus espera que você seja capaz de confiar na fidelidade dEle e de esperar no cumprimento cabal das Suas promessas – Sl 37:1-8 - "Confia", "deleita-te", "entrega" e "descansa" no Senhor, são termos que na prática indicam a confiança que você precisa ter em Deus. O que Deus lhe tem prometido, Ele fará (Nm 23:14).


(5) - O CÉU - O ponto mais elevado de Sua experiência de seguir a Jesus será o privilégio de estar para sempre na Sua augusta presença, bem como desfrutar das riquezas e tesouros do Seu reino vindouro, o céu. A Bíblia designa o céu como a cidade dos crentes (Fp 3:20-21). Na sua revelação registrada no Apocalipse, o apóstolo João descreve o céu como a habitação domiciliar de Deus com os homens redimidos de toda a terra (Apc 21:3-4). Há quase dois mil anos, Jesus o inclui na sua oração feita ao Pai, desejando ter você junto a Ele, para sempre (Jo 17:24).


V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:





Novo Convertido, agora que você tomou conhecimento de todas estas coisas que Deus quer que você saiba, faça e tenha, decida-se por jamais abandonar a decisão de seguir a Jesus. Jamais dê as costas a Deus – Hb 10:38-39.


"... QUANDO ANDAR EM TREVAS E NÃO TIVER LUZ NENHUMA, CONFIE NO NOME DO SENHOR E FIRME-SE SOBRE O SEU DEUS" - Is 50:10 b.

Fonte de consulta:

SUA NOVA VIDA EM CRISTO – OS PRIMEIROS PASSOS NA FÉ CRISTÃ – Raimundo de Oliveira - CPAD

É pecado beber vinho?

 

É pecado beber vinho?





Sou abstêmio convicto, motivado especialmente por caso de alcoolismo na família e por compreender o dano social causado pelo consumo de bebidas alcoólicas. Portanto, este texto não pretende ser uma apologia a nada, exceto talvez ao equilíbrio bíblico, tendo em conta a advertência: "Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que eu vos mando" (Dt 4:2). A obediência aos mandamentos começa por não ficar aquém nem ir além de onde a própria Bíblia vai.

Fiz uma busca rápida por vinho no Novo Testamento e a encontrei em cerca de 30 versículos. Algumas palavras importantes são estudadas a seguir.

Oinos

Esta palavra aparece 33 vezes em 25 versículos (em alguns versículos ocorre repetidamente), e é traduzida "vinho" em todas as ocorrências pela Revista e Atualizada. Que vinho [oinos] contém álcool fica claro na seguinte passagem: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito" (Ef 5:18). A Septuaginta usa oinos para traduzir os hebraicos yayin, chemer, ieqev, sove, asis, shekar, shemer e tirosh, indistintamente.

Quanto ao vinho usado na última ceia, não é dito de que tipo era, visto que a palavra vinho não ocorre nesse contexto. De qualquer forma, as igrejas apostólicas celebravam a ceia com vinho inebriante, pois é dito que "ao comerdes, cada um toma, antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há também quem se embriague" 1Co 11:21. Note que em suas repreensões à forma desordenada na qual a igreja corintiana celebrava a ceia do Senhor, Paulo não inclui o tipo de vinho utilizado.

Interessante notar, também, que Jesus foi acusado de bebedor de vinhos [oinopotes]: "Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!" (Lc 7:34). Em uma passagem da primeira epístola de Pedro, bebedices é tradução de um termo derivado de oinos [oinophlugia]: "Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias" 1Pe 4:3

A conclusão é de que o termo mais comumente traduzido vinho no Novo Testamento refere-se a uma bebida capaz de causar embriaguez se consumida em grande quantidade. É possível que o vinho feito por Jesus em Caná e o utilizado na última ceia fossem do mesmo tipo consumido comumente pelos judeus de seus dias, que bebido puro e em grande quantidade era embriagante. No caso da ceia em Corinto, é-nos permitido concluir que a mesmo continha álcool, pois ninguém se embriaga com suco de uva.

Gleukos

Em Atos 2:13 a Revista e Corrigida traduz gleukos como mosto, um suco doce de uva espremida: "Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados!" (At 2:13.) Tecnicamente, mosto é o vinho ainda não totalmente fermentado. De qualquer forma, deveria ser embriagante, visto que a Revista e Atualizada traduz "cheios de mosto" como "embriagados". A própria expressão dos ouvintes requeria que eles estivessem alterados.

Oxos

Outra palavra traduzida por vinho é oxos: "deram-lhe a beber vinho com fel; mas ele, provando-o, não o quis beber" (Mt 27:34). Era uma mistura de vinho azedo ou vinagre e água que os soldados romanos estavam acostumados a beber. De fato, a palavra só ocorre nos Evangelhos e somente no episódio da crucificação de Jesus (Mt 27:34, 48; Mc 15:36; Lc 23:36; Jo 19:29-30), sendo traduzida mais comumente como vinagre. Logo, este seguramente não era o vinho utilizado na última ceia, na ceia do Senhor da igreja primitiva e nem mesmo o vinho consumido normalmente pelos judeus nos dias de Jesus.

Sikera

É uma palavra traduzida como bebida forte na única vez que ocorre: "Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno" (Lc 1:15). Não era vinho, mas uma bebida forte e intoxicante. Era um produto artificial, feito de uma mistura de ingredientes doces, derivados de grãos ou legumes, ou do suco de frutas (tâmara), ou de uma decocção do mel.

Methe

A palavra beberrão, bêbado, bebedices, etc. deriva de methe que significa embriaguez bebedeira, intoxicação: "Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais" (1Co 5:11. Ver ainda 1Co 6:10). Methe e seus derivados estão associados ao consumo excessivo de bebidas. E este excesso é claramente proibido nas Escrituras, como por exemplo Ef 5:18 onde a proibição não é quanto ao consumo de vinho [oinos], mas à embriaguez [methusko], pois como demonstrado acima, Jesus bebia vinho (Lc 7:34, citado acima), mas o irmão beberrão deveria ser evitado (1Co 5:11, citado acima). Não há uma proibição do tipo "não beberás vinho". Parece que o ensino bíblico é mais no sentido da moderação. Por exemplo, nas descrições dos requisitos para os oficiais da igreja, a proibição é quanto ao excesso: "É necessário, portanto, que o bispo seja... não dado ao vinho" (1Tm 3:2-3), "semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam... não inclinados a muito vinho" (1Tm 3:8) e "quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam... não escravizadas a muito vinho" (Tt 2:3).

A proibição geral é quanto ao embriagar-se, não quanto ao consumo em si, feito com moderação. É neste sentido que temos advertências do tipo "não vos embriagueis com vinho" (Ef 5:18), "acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da... embriaguez" (Lc 21:34), "Andemos dignamente... não em orgias e bebedices" (Rm 13:13), pois "não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam" (Gl 5:21).

Ao lado disso, há a recomendação do experiente Paulo ao jovem Timóteo para que este bebesse um pouco de vinho, devido a seus problemas de saúde. "Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades" (1Tm 5:23) É interessante aqui observar duas coisas, a quantidade e a finalidade. Era para tomar "um pouco" de vinho e "por causa" de seus problemas gástricos, ou seja, com finalidade terapêutica.

Concluindo, se alguém me perguntar o que eu acho sobre o crente beber com moderação, direi que o mesmo deve evitar, pelas razões que expressei na introdução. Mas se alguém me perguntar se a Bíblia proíbe ao crente beber de forma moderada, para ficar em paz com minha consciência, direi que não. Pois de fato ela não o faz. Ela proíbe a embriaguez, mas não o consumo moderado.

Soli Deo Gloria

Márcio Melânia
http://lattes.cnpq.br/5648348525008521

"Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados,
sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco."
 (2 Coríntios 13 : 11)

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