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O USO DOS DONS ESPIRITUAIS EXIGE ENTENDIMENTO

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 05 - DATA: 01/05/2010
TÍTULO: "A IMPORTÂNCIA DOS DONS ESPIRITUAIS"
TEXTO ÁUREO – I Cor 12:1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cor 12:1-11
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br



I – INTRODUÇÃO:

• Dentre as insondáveis riquezas espirituais que Deus coloca à disposição da Sua Igreja na terra, destacam-se os dons do Espírito Santo, apresentados pelo apóstolo Paulo como agentes de poder e de vitória que habilitam a Igreja para o cumprimento da sua missão no mundo.


II - FALSOS CONCEITOS QUANTO AOS DONS ESPIRITUAIS:

• Desde o início do Movimento Pentecostal, aqueles que procuram combatê-lo têm inventado as mais variadas e absurdas teorias quanto aos dons do Espírito Santo. Dentre essas teorias se destacam as seguintes:

• (1) – OS DONS ERAM RESTRITOS À ERA APOSTÓLICA - Os que defendem esta teoria afirmam que os sinais sobrenaturais e os dons do Espírito Santo foram enviados com o propósito exclusivo de confirmar a divindade de Jesus Cristo e autenticar os primeiros pregadores do Evangelho e sua mensagem. Argumentam também que a necessidade de tais manifestações sobrenaturais cessou depois de completado o Novo Testamento.

• (2) – OS DONS HOJE SÃO HABILIDADES NATURAIS - Isto é, Deus premia algumas pessoas privilegiadas, dando-lhes dotes especiais. Por exemplo: pessoas com a habilidade fora do comum para linguística, como Ruy Barbosa, têm o dom de línguas e de interpretação; quem tem mãos habilidosas e grandes capacidade como cirurgião, tem o dom de curar; quem mostra erudição na pregação, tem o dom da profecia; e assim por diante.

• (3) – OS DONS SÃO INALCANÇÁVEIS - Os que advogam esta interpretação dizem que os dons são tão grandiosos e santos na sua essência, que ninguém está suficientemente preparado para merecê-los; portanto ninguém os possui.


III - A ATUALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS:

• Não há nenhuma evidência no Novo Testamento de que os dons espirituais foram restritos à era apostólica, nem que eles sejam habilidades naturais aos mais inteligentes, ou mesmo que sejam tão santos em si a ponto de ninguém se achar em condição de recebê-los. Noutras palavras: os dons do Espírito Santo são habilidades divinas destinadas a todos os crentes e em todas as épocas, até se consumar o arrebatamento da Igreja.

• A compreensão da atualidade dos dons do Espírito Santo, deverá nos conduzir a uma série de assunto na primeira carta de Paulo aos coríntios, considerando os seguintes pontos:

• (1) – OS CRENTES NÃO DEVEM IGNORAR OS DONS ESPIRITUAIS - (I Cor 12:l) - Se queremos ser sinceros e realistas, temos de admitir a ignorância que a grande maioria dos membros das Igrejas pentecostais tem quanto a este assunto. Na verdade temos visto com tristeza muitos ministros ditos "pentecostais" combatendo, mais do que promovendo, o conhecimento dos dons espirituais.

• É certo que existem exageros. Mas é devido a ausência de ensino sistemático sobre o assunto. Todos os membros de nossas Igrejas merecem e precisam o que de melhor existe em termos de ensinamentos acerca dos dons espirituais.


• (2) – OS DONS SÃO UMA CONCESSÃO DO ESPÍRITO SANTO – I Cor 12:7 - A torneira não pode dizer de si mesma: - "Eu produzo água", pois seria uma inverdade. Quem produz água é a fonte. A torneira é apenas o canal através do qual flui a água.

• Os dons são do Espírito Santo, e, através deles, o Espírito opera em quem quer, como quer, quando quer e onde quer, com a finalidade precípua de edificar a Igreja, o corpo vivo de Cristo.


• (3) – OS DONS ESPIRITUAIS VISAM A UNIDADE DA IGREJA – I Cor 12:25-26 - No corpo de Cristo, nenhum de seus membros tem o seu valor resultante dalgum padrão de comparação. Uma vez que cada membro tem sua função específica, todos têm valor próprio dentro da escala de valores divinos. Deste modo ninguém tem maior valor do que o outro só porque tem um dom a mais ou um dom diferente. Para que haja operação na edificação da Igreja, os dons espirituais comunicam primeiramente a ideia de unidade. Não é assim que funciona um corpo humano saudável?


• (4) – OS DONS ESPIRITUAIS DEVEM SER BUSCADOS COM ZELO – I Cor 12:31 - Parte do valor daquilo que desejamos e buscamos é proporcional a quanto em dinheiro e em esforços estamos prontos a dar para conquistá-lo. De igual modo acontece com respeito à busca dos dons espirituais. Se eles têm algum valor para nós, devemos buscá-los com zelo, com empenho através duma vida de constante comunhão com Deus e de submissão total ao senhorio de Jesus Cristo – I Pe 3:15.


• (5) – OS DONS ESPIRITUAIS DEVEM SER EXERCITADOS COM AMOR – I Cor 13 - O elemento aferidor da espiritualidade do crente é o amor e não quantas vezes ele fala em línguas por dia ou quantas profecias ele tem por semana. Se faltasse o amor tudo isto "seria como o metal que soa ou como o sino que tine... nada seria... nada disso me aproveitaria" – I Cor 13:1-3.

• Para muitos pentecostais os dons espirituais são tudo; o amor não passaria dum adereço, um enfeite na sua roupa de festa. Mas, qual não será a surpresa daqueles que no dia do ajuste de contas final, ao dizerem a Jesus: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?" - Hão de ouvir da parte do Senhor: "Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade" (Mt 7.22,23).


IV – REGULAMENTO DOS DONS:

• A faísca que fende as árvores, queima casas e mata gente, é da mesma natureza da eletricidade gerada na usina que tão eficientemente ilumina as casas e aciona as fábricas. A diferença está apenas em que a da usina é controlada.

• Em I Cor 12, Paulo revelou os grandiosos recursos espirituais de poder disponível para a Igreja.

• No cap. 14, Paulo mostra como esse poder deve ser regulado, de modo que edifique, em lugar de destruir a Igreja.

• A instrução era necessária, pois uma leitura de I Cor 14 demonstrará que a desordem havia reinado em algumas reuniões, devido à falta de conhecimento das manifestações espirituais. Nesse capítulo, Paulo expõe os seguintes princípios para esse regulamento:

• (A) – VALOR PROPORCIONAL – I Cor 14:5-10 - Os coríntios haviam-se inclinado demasiadamente para o dom de línguas, indubitavelmente por causa de sua natureza espetacular. Paulo lembra-lhes que a interpretação e a profecia eram necessárias para que o povo pudesse ter conhecimento inteligente do que se estava dizendo.

• (B) – EDIFICAÇÃO - O propósito dos dons é a edificação da Igreja, para encorajar os crentes e converter os descrentes. Mas, diz Paulo: - "se um de fora entra na Igreja e tudo que ouve é falar em línguas sem interpretação, bem concluirá: esse povo é demente (louco)" - I Cor 14:12, 23.

• (C) – SABEDORIA – I Cor 14:20 - "Irmãos, não sejais meninos no entendimento." Em outras palavras: "Usai o senso comum."

• (D) – AUTODOMÍNIO – I Cor 14:32 - Alguns coríntios poderiam protestar assim: - "Não podemos silenciar! Quando o Espírito Santo vem sobre nós, somos obrigados a falar". Mas Paulo responderia: - "Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas." Isto é, aquele que possui o dom de línguas pode dominar sua expansão e falar unicamente a Deus, quando tal domínio seja necessário.

• (E) - ORDEM – I Cor 14:40 - O Espírito Santo, o grande Arquiteto do universo com toda sua beleza, não inspirará aquilo que seja desordenado e vergonhoso. Quando o Espírito Santo está operando com poder, haverá uma comoção e um movimento, e aqueles que aprenderam a render-se a Ele não criarão cenas que não edifiquem.

• (F) – SUSCETÍVEL DE ENSINO – I Cor 14:36-37 - Infere-se aqui que alguns dos coríntios haviam ficado ofendidos pela crítica construtiva de seus dirigentes.


V – REQUISITOS PARA O RECEBIMENTO DOS DONS:

• Deus é soberano na questão de outorgar os dons; é Ele quem decide quanto à classe de dom a ser outorgado. Ele pode conceder um dom sem nenhuma intervenção humana, e mesmo sem a pessoa o pedir. Mas, geralmente, Deus age em cooperação com o homem, e há alguma coisa que o homem pode fazer nesse caso. Que se requer daqueles que desejam os dons?

• (A) – SUBMISSÃO À VONTADE DIVINA - A atitude deve ser, não o que eu quero, mas o que Ele quer. Às vezes queremos um dom extraordinário e Deus pode decidir por outra coisa.

• (B) – AMBIÇÃO SANTA – I Cor 12:31; 14:1 - Muitas vezes a ambição tem conduzido as pessoas à ruina e ao prejuízo, mas isso não é razão de não a consagrarmos ao serviço de Deus.

• (C) – DESEJO ARDENTE - Naturalmente isso resultará em oração e sempre em submissão a Deus - l Reis 3:5-10; 2 Reis 2:9-10.

• (D) – FÉ - Alguns têm perguntado o seguinte: - "Devemos esperar pelos dons?" Posto que os dons espirituais são instrumentos para a edificação da Igreja, parece mais razoável começar a trabalhar para Deus e confiar nEle, a fim de que conceda o dom necessário para a tarefa particular. Desse modo o professor da Escola Dominical confiará em Deus para a operação dos dons necessários a um mestre; da mesma maneira o pastor, o evangelista e os leigos.

• Uma boa maneira de conseguir um emprego é ir preparado para trabalhar. Uma boa maneira de receber os dons espirituais é estar "na obra" de Deus, em vez de estar sentado, de braços cruzados, esperando que o dom caia do céu.

• (E) – AQUISCÊNCIA - O fogo da insipação pode ser extinguido pela negligência; daí a necessidade de despertar (literalmente "acender") o dom que está em nós (2 Tim. 1:6; l Tim. 4:14).


VI – A PROVA DOS DONS:

• As Escrituras admitem a possibilidade da inspiração demoníaca como também das supostas mensagens proféticas que se originam no próprio espírito da pessoa. Apresentamos as seguintes provas pelas quais podemos distinguir entre a inspiração verdadeira e a falsa.

• (A) – LEALDADE A CRISTO - Quando estava em Éfeso, Paulo recebeu uma carta da Igreja em Corinto contendo certas preguntas, uma das quais era "concernente aos dons espirituais" (I Cor 12:3 - Isso sugere uma provável razão para a pergunta).

• Durante uma reunião, estando o dom de profecia em operação, ouvia-se uma voz que gritava: "Jesus é maldito."

• É possível que algum advinho ou devoto do templo pagão houvesse assistido à reunião, e quando o poder de Deus desceu sobre os cristãos, esses pagãos se entregaram ao poder do demônio e se opuseram à confissão: "Jesus é Senhor", com a negação diabólica: "Jesus é maldito!" A história das missões modernas na China e em outros países oferece casos semelhantes.

• Paulo imediatamente explica aos coríntios, desanimados e perplexos, que há duas classes de inspiração: a divina e a demoníaca, e explica a diferença entre ambas.

• Ele lembrou-lhes os impulsos e êxtases demoníacos que haviam experimentado ou presenciado em algum templo pagão, e assinala que essa inspiração conduz à adoração dos ídolos (l Cor 10:20). De outra parte, o Espírito de Deus inspira as pessoas a confessarem a Jesus como Senhor - l Cor 12:3; Apc 19:10; Mat 16:16-17; l Jo 4:1-2.

• Naturalmente isso não significa que a pessoa não pode dizer, como um papagaio, que Jesus é Senhor. O sentido verdadeiro é que ninguém pode expressar a sincera convicção sobre a divindade de Jesus sem a iluminação do Espírito Santo – Rm 10:9

• (B) - A PROVA PRÁTICA - Os coríntios eram espirituais no sentido de que mostravam um vivo interesse nos dons espirituais (l Cor 12:1; 14:12). Entretanto, embora gloriando-se no poder vivificante do Espírito, parecia haver falta do Seu poder santificador: Estavam divididos em facções; a Igreja tolerava um caso de imoralidade indescritível; os irmãos processavam uns aos outros nos tribunais; alguns estavam retrocedendo para os costumes pagãos; outros participavam da ceia do Senhor em estado de embriaguez.

• Podemos estar seguros de que o apóstolo não julgou asperamente esses convertidos, lembrando-se da vileza pagã da qual recentemente haviam sido resgatados e das tentações de que estavam rodeados. Porém ele sentiu que os coríntios deviam ficar impressionados com a verdade de que por muito importantes que fossem os dons espirituais, o alvo supremo de seus esforços devia ser: o caráter cristão e a vida reta.

• Depois de encorajá-los a que "procurassem os melhores dons" (l Cor 12.31), ele acrescenta o seguinte: "Eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente." A seguir vem seu sublime discurso sobre o amor divino, a coroa do caráter cristão.

• Mas aqui devemos ter cuidado de distinguir as coisas que diferem entre si. Aqueles que se opõem ao falar em línguas (que são antibíblicos em sua atitude, l Cor. 14:39), afirmam que se faria melhor buscar o amor, que é o dom supremo. Eles são culpados de confundir os pensamentos. O amor não é um dom, mas um fruto do Espírito.

• O fruto do Espírito é o desenvolvimento progressivo da vida de Cristo enxertada pela regeneração; ao passo que os dons podem ser outorgados repentinamente a qualquer crente cheio do Espírito, em qualquer ponto de sua experiência. O primeiro representa o poder santificador do Espírito, enquanto o segundo implica seu poder vivificante.

• Não obstante, ninguém erra em insistir pela supremacia do caráter cristão. Por muito estranho que pareça, é um fato comprovado que possoas deficientes na santidade podem exibir manifestações dos dons. Devemos considerar os seguintes fatos:

• (1º) - O batismo no Espírito Santo não faz a pessoa perfeita de uma vez. A dotação de poder é uma coisa; a madureza nas graças critãs é outra. Tanto o novo nascimento como o batismo no Espírito Santo são dons da graça de Deus e revelam Sua graça para conosco. Todavia, pode haver a necessidade duma santificação pessoal que se obtenha por meio da operação do Espírito Santo, revelando pouco a pouco a graça de Deus em nós.

• (2º) - A operação dos dons não tem um poder santificador: Balaão experimentou o dom profético, embora no coração desejasse trair o povo de Deus por dinheiro.

• (3º) - Paulo nos diz claramente da possibilidade de possuir os dons sem possuir o amor.

• Sérias consequências podem sobrevir àquele que exercita os dons à parte do amor. Primeiro, será uma pedra de tropeço constante para aqueles que conhecem seu verdadeiro caráter; segundo, os dons não lhe são de nenhum proveito. Nenhuma quantidade de manifestações espirituais, nenhum zelo no ministério, nenhum resultado alcançado, podem tomar o lugar da santidade pessoal - Hb 12:14.

• (C) – A PROVA DOUTRINÁRIA - O Espírito Santo veio para operar na esfera da verdade com relação à deidade de Cristo e Sua obra expiatória. É inconcebível que Ele contradissesse o que já foi revelado por Cristo e Seus apóstolos. Portanto, qualquer profeta, por exemplo, que negue a encarnação de Cristo, não está falando pelo Espírito de Deus - l Jo 4:2-3.


VII - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Nestas considerações finais, apresentaremos duas "notas" que, entendemos, trará maior equilíbrio concernente ao tema da presente lição:

NOTA 1:

• Inferimos, pela leitura de I Cor 14, que existe poder para ser governado. Portanto, o capítulo seria sem nenhum significado para uma Igreja que não experimenta as manifestações do Espírito.

• É muito certo que os coríntios haviam descarrilado quanto aos dons espirituais. Entretanto, ao menos tinham os trilhos e uma estrada! Se Paulo tivesse agido como alguns críticos modernos, teria removido até a estrada e os trilhos! Em lugar disso, ele sabiamente os colocou de novo sobre os trilhos para prosseguirem viagem!

• Quando a Igreja do segundo e terceiro séculos reagiu contra certas extravagâncias, ela inclinou-se para o outro extremo e deixou muito pouco lugar para as operações do Espírito. Mas essa é apenas uma parte da explicação do arrefecimento do entusiasmo da Igreja e a cessação geral das manifestações espirituais. Cedo na história da Igreja começou um processo centralizador de sua organização e a formação de credos dogmáticos e inflexíves. Ainda que isso fosse necessário como defesa contra as falsas seitas, tinha a tendência de impedir o livre movimento do Espírito e fazer do Cristianismo uma questão de ortodoxia mais do que vitalidade espiritual.

• Assim escreve o Dr. T. Rees: No primeiro século, o Espírito era conhecido por suas manifestações, mas do segundo século em diante era conhecido pela regra da Igreja, e qualquer fenômeno espiritual que não estivesse em conformidade com essa regra era atribuído a espíritos maus.

• As mesmas causas, nos tempos modernos, têm resultado em descuido da doutrina e da obra do Espírito Santo, descuido reconhecido e lamentado por muitos dirigentes religiosos.

• Apesar desses fatos, o poder do Espírito Santo nunca deixou de romper todos os impedimentos do indiferentismo e formalismo, e operar com força vivificadora.


NOTA 2:

• Devemos diferenciar entre manifestações e reações.

• Tomemos a seguinte ilustração: a luz da lâmpada elétrica é uma manifestação da eletricidade; é da natureza da eletricidade manifestar-se na forma de luz. Mas quando alguém toma um choque elétrico e solta um grito ensurdecedor, não podemos dizer que o grito seja manifetação da eletricidade, porque não está na natureza da eletricidade manifestar-se em voz audível. O que aconteceu foi a reação da pessoa à corrente elétrica! Naturalmente a reação dependerá do caráter e temperamento da pessoa. Algumas pessoas calmas e de "sangue frio" apenas suspirariam, ofegantes, sem dizer nada.

• Apliquemos essa regra ao poder espiritual:

• As operações dos dons em l Cor. 12:7-10 são biblicamente descritas como manifestações do Espírito. Muitas ações (em geral chamadas "manifestações"), realmente são reações da pessoa ao movimento do Espírito. Referimo-nos a tais ações como gritar, chorar, levantar as mãos e outras cenas.

• Que valor prático há no conhecimento dessa distinção?

(1º) - Ajudar-nos-á a honrar e reconhecer a obra do Espírito sem atribuir a Ele tudo o que se passa nas reuniões. Os críticos, ignorando a referida distinção, incorretamente concluem que a falta de elegância ou estética na manifestação de certa pessoa prova que ela não está inspirada pelo Espírito Santo. Tais críticos poderiam ser comparados ao inivíduo que, ao ver os movimentos grotescos de quem estivesse tomando forte choque elétrico, exclamasse: "A eletricidade não se manifesta assim"! O impacto direto do Espírito Santo é de tal forma comovente, que bem podemos desculpar a frágil natureza humana por não se comportar como se fosse sob uma influência mais gentil.

• (2º) - O conhecimento dessa distinção, naturalmente, estimulará a reagir ao movimento do Espírito duma maneira que sempre glorifique a Deus. Certamente é tão injusto criticar as extravagâncias dum novo convertido como criticar as quedas e tropeços da criancinha que aprende a andar. Mas ao mesmo tempo, orientado por l Cor 14, é claro que Deus quer que Seu povo reaja ao Espírito, duma maneira inteligente, edificante e disciplinada. "Procurai abundar neles, para edificação da Igreja" (l Cor 14:12).



FONTES DE CONSULTA:

1. Oliveira, Raimundo de – As Grandes Doutrinas da Bíblia – CPAD
2. Pearlman, Myer – Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Editora Vida

28 DE ABRIL O DIA DA SOGRA VEJA HISTORIA DE RUTE E NOEMI. A SOGRA E AS NORAS

HISTORIA DE RUTE

História

Havia fome em Israel. Elimeleque, Noemi e seus dois filhos, Malom e Quiliom, resolveram mudar de Belém para Moabe, onde havia mais alimento. Mas Noemi não foi feliz ali porque seu marido morreu.
Quando seus filhos estavam com idade suficiente se casaram com duas moabitas - Orfa e Rute. Todos eles moraram juntos por 10 anos. Durante esse tempo, Orfa e Rute aprenderam a amar o Deus verdadeiro. Porém vieram mais problemas. Malom e Quiliom também morreram.

Quando Noemi soube que a fome em Israel havia terminado, ela decidiu voltar para casa. Orfa e Rute decidiram ir com ela. Enquanto caminhavam, Noemi deve ter pensado que seria difícil para Orfa e Rute viverem em uma terra estranha, com costumes estranhos. Se elas ficassem em seu próprio país, poderiam encontrar novos maridos e serem felizes novamente.

Finalmente, ela lhes disse o que estava pensando. No começo nem Orfa nem Rute queriam voltar, mas depois de conversarem sobre isso, Orfa beijou Noemi, despediu-se e partiu para casa. Mas Rute pediu:
- Não peça para eu deixá-la. Onde a senhora for, eu irei. Seu povo será o meu povo e seu Deus, o meu Deus.

Quando chegaram em Belém, era tempo da colheita de cevada. Rute disse a Noemi que ela iria apanhar cereal nos campos. Em Israel era costume dos ceifeiros deixar algum cereal para que as pessoas pobres e viúvas pudessem apanhar. Rute foi pegar cereal num campo que pertencia a Boaz, um parente de Elimeleque.

- Fique em meu campo, perto de meus empregados, e ninguém a aborrecerá - disse ele. - Ouvi do quanto você tem sido bondosa para Noemi. Deus a abençoe.

Boaz fez mais para ajudar Rute. Ele a deixou comer com seus servos e disse para seus empregados deixarem cair cereal a mais para ela.

Quando foi para casa, Rute tinha aproximadamente 25 quilos de cereal.

- Onde você apanhou cereal hoje? - perguntou Noemi, surpresa.
- Na plantação de Boaz - respondeu Rute.
Noemi contou a Rute sobre um costume em Israel. Quando um homem morria sem deixar filhos, o homem mais próximo ligado a ele deveria se casar com a viúva. E quando tivessem filhos, haveria alguém para herdar os bens da família e continuar seus negócios.

Rute disse a Noemi que estava disposta a se casar com Boaz. Boaz se agradou disso.
- Porém - ele disse para ela - há alguém que é um parente mais próximo do que eu. Amanhã conversarei com ele.

Boaz foi ao portão da cidade, ande as pessoas faziam acordos de negócios. Ele se encontrou com o parente mais próximo de Elimeleque. Boaz convidou 10 homens que eram importantes na cidade para presenciar o que aconteceria.

- Rute tem umas terras para vender - disse Boaz. Se você não quiser reaver as terras, eu o farei.
- Eu as comprarei - disse o parente.
- Tem mais coisa - falou Boaz. - O parente que comprar as terras de Elimeleque também deve se casar com Rute.
- Ah, então não vou comprá-las. Eu poderia prejudicar minha própria herança.

Assim Boaz e Rute se casaram. Depois de algum tempo eles tiveram um nenê. Eles o chamaram de Obede. Obede se tornou
o avô do rei Davi.
FONTE 

ESPÍRITO SANTO – AGENTE CAPACITADOR DA OBRA DE DEUS

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 04 - DATA: 24/04/2010
TÍTULO: "ESPÍRITO SANTO – AGENTE CAPACITADOR DA OBRA DE DEUS"
TEXTO ÁUREO – Lc 24:49
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Lc 24:46-49; At 1:4-81
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br




I – INTRODUÇÃO:

• A dispensação em que vivemos atualmente é um tempo oportuno para as atividades especiais do Espírito Santo entre os homens, como Aquele sobre quem pesa a responsabilidade de alcançar todo este vasto Universo, encaminhando os homens para Deus. Entretanto, sabemos que o mesmo Espírito também exerceu as Suas atividades em tempos mais remotos. Muito antes do alvorecer dos tempos, Ele já existia como a Terceira Pessoa da Trindade divina.

II – O ESPÍRITO SANTO NA CRIAÇÃO:

• Gn 1:2 – Muito antes de o homem aparecer na terra e mesmo antes da terra existir, o Espírito Santo já existia. A terra era uma massa informe, vazia e escura. Foi então que um raio de esperança brilhou, iluminando-a, antes mesmo que Deus ordenasse o aparecimento da luz. Assim, o "Espírito de Deus pairava sobre as águas". Foi este aspecto diferente o primeiro prenúncio da perfeição das obras do Criador.

• Jó 26:13 – Com singular inspiração, Jó mostra que através do Espírito Santo, Deus não apenas formou o Universo, mas o embelezou, estabelecendo a ordem de ação de cada astro, do menor ao maior.

III – O ESPÍRITO SANTO ANTES DO DILÚVIO:

• Gn 6:1-5 – Aqui está um quadro calamitoso: A terra estava corrompida; a maldade do homem não tinha limites; todos os pensamentos do coração do homem eram maus continuamente. Era a depravação total da raça humana.

• Diante disto, podemos tecer a seguinte consideração: Os homens resistiam ao Espírito Santo, apesar de Sua persistência em conduzi-los à consciência do erro e uma consequente volta para Deus.

• Face à impenitência do homem e em estado de profunda tristeza, disse Deus a Noé: "O meu Espírito não agirá para sempre no homem".

• Apesar disso, Deus ainda deu ao homem uma oportunidade que durou cerca de cento e vinte anos. Mesmo assim, em atitude de rebeldia contra o Espírito de Deus, o homem continuou na escalada do pecado, culminando a destruição trazida pelo dilúvio.

IV – O ESPÍRITO SANTO NOS LÍDERES DO ANTIGO TESTAMENTO:

• Há grandes vultos do A.T., em cujas vidas o Espírito Santo encontrou lugar para operar. Por exemplo:

• Foi pela operação do Espírito Santo que...:


• (1) – José se evidenciou com capacidade de revelar mistério e sabedoria para administrar – Gn 41:8, 38;

• (2) – Moisés mostrou autoridade divina para liderar e sabedoria para legislar sobre o povo de Deus – Is 63:1;

• (3) – Os setenta anciãos mostraram habilidade como cooperadores na condução dos filhos de Israel durante a peregrinação no deserto – Nm 11:16-17, 25;

• (4) – Bezaleel recebeu capacidade para construir o Tabernáculo e para ensinar a outros o mesmo serviço – Ex 31:1-4; 35:34;

• (5) – Otniel adquiriu sabedoria para julgar Israel – Jz 3:10-11;

• (6) – Gideão encontrou coragem para lutar – Jz 6:34;

• (7) – Jefté lutou e venceu os amonitas – Jz 11:29;

• (8) - Sansão encontrou forças para libertar o seu povo que gemia sob o jugo da escravidão dos filisteus – Jz 14:19; 15:14;

• (9) – Saul foi contado entre os profetas e assim continuou, enquanto temeu ao Senhor – I Sm 10:6, 10;

• (10) – Davi encontrou forças para ser rei, poeta, cantor e profeta – I Sm 16:13;

• (11) – Os profetas trabalharam e agiram no poder do Espírito Santo, ministrando, não para si mesmos, mas para nós, da atual geração – Ez 2:1-2; II Pe 1:21

V – ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO HOMEM:

• Jo 16:7-11 – Aqui Jesus descreve a obra do Consolador em relação ao mundo.

• (1) – CONVICÇÃO – O Espírito Santo agirá como "promotor de justiça", por assim dizer, trabalhando para conseguir uma condenação divina contra os que rejeitam a Cristo.

• Convencer significa levar ao conhecimento verdades que de outra maneira seriam postas em dúvida ou rejeitadas, ou provar acusações feitas contra a conduta. Os homens não sabem o que é o pecado, a justiça e o juízo. Portanto, precisam ser convencidos da verdade espiritual. A mente e a alma obscurecidas nada discernem das verdades espirituais antes de serem convencidas pelo Espírito Santo. Ele convencerá os homens das seguintes verdades:

• (A) – O PECADO DE INCREDULIDADE – Quando Pedro pregou, no dia de Pentecoste, ele nada disse acerca da vida licenciosa do povo, do seu mundanismo, ou de sua cobiça; ele não entrou em detalhes sobre sua depravação para os envergonhar. O pecado do qual os culpou e do qual mandou que se arrependessem, foi a crucificação do Senhor da glória; o perigo do qual os avisou foi o de se recusarem a crer em Jesus.

• (B) – A JUSTIÇA DE CRISTO – Jo 16:10 - Jesus foi crucificado como malfeitor e impostor. Mas depois do dia de Pentecoste, o derramamento do Espírito e a realização do milagre em seu nome convenceram a milhares de judeus de que não somente ele era justo, mas também era a fonte única e o caminho da justiça. Usando Pedro, o Espírito Santo os convenceu de que haviam crucificado o Senhor da Justiça, mas também ele lhes assegurou que havia perdão e salvação em Seu nome (At 2:36-38).

• (C) – O JUÍZO SOBRE SATANÁS – Jo 16:11 – A cruz foi uma demonstração da verdade de que o poder de satanás sobre a vida dos homens foi destruído, e de que sua completa ruína foi decretada – Hb 2:14-15; I Jo 3:8; Cl 2:15; Rm 16:20.

• Pela Sua morte, Cristo resgatou todos os homens do domínio de satanás, devendo aqueles aceitarem sua libertação. Desta forma, os homens são convencidos pelo Espírito Santo de que, na verdade, são livres, já não são súditos do tentador, já não são obrigados mais a obedecer-lhe. Agora são súditos leais de Cristo, servindo-O voluntariamente no dia do seu poder (Jo 8:36; Sl 110:3). Satanás não pode guardar seus bens em paz, visto que Um mais poderoso o venceu – Lc 11:21.

• (2) – REGENERAÇÃO – Gn 2:7; At 17:27 – A obra criadora do Espírito sobre a alma ilustra-se pela obra criadora do Espírito de Deus no princípio sobre o corpo do homem.

• Deus tomou o pó da terra e formou um corpo, que ali jazia inanimado e quieto. Embora já estando no mundo e rodeado por suas belezas, esse corpo não reagia, porque não tinha vida: Não via, não ouvia, não entendia. Então, Deus soprou em seus narizes o fôlego de vida e o homem foi feito alma vivente. Imediatamente tomou conhecimento, vendo as belezas e ouvindo os sons do mundo ao seu redor.

• Como sucedeu com o corpo, assim também sucede com a alma. O homem está rodeado pelo mundo espiritual e rodeado por Deus, que não está longe de nenhum de nós. No entanto, o homem vive e opera como se esse mundo de Deus não existisse, em razão de estar morto espiritualmente, não podendo reagir como devia. Mas, quando o mesmo Senhor que vivificou o corpo vivifica a alma, a pessoa desperta para o mundo espiritual e começa a viver a vida espiritual.

• Qualquer pessoa que tenha presenciado as reações de um verdadeiro convertido (conforme a experiência radical conhecida como novo nascimento), sabe que a regeneração não é meramente uma doutrina, mas uma realidade prática.

• (3) – HABITAÇÃO – Jo 14:17; Rm 8:9; I Cor 6:19; Cl 1:27; II Tm 1:14; I Jo 2:27; 3:24; Apc 3:20 – Deus está sempre e necessariamente presente em toda parte; nEle vivem todos os homens; nEle se movem e têm seu ser. Mas a habitação interior significa que Deus está presente duma maneira nova, mantendo uma relação pessoal com o indivíduo. Esta união com Deus, que é chamada habitação ou morada, é produzida realmente pela presença da Trindade completa.

• Considerando que o ministério especial do Espírito Santo é o de habitar no coração dos homens, a experiência é geralmente conhecida como morada do Espírito Santo. Assim, o homem no qual habita o Espírito Santo, tem denominado o seu corpo como Templo do Espírito Santo. Em virtude dessa experiência, ele é santificado, como o Tabernáculo foi consagrado por nele habitar Jeová. O cristão, então, é chamado "santo" e seu dever é guardar a santidade do Templo, isto é, o seu corpo – Rm 12:1; I Cor 6:19

• (4) – SANTIFICAÇÃO – Na regeneração, o Espírito Santo efetua uma mudança radical na alma, concedendo-lhe um novo princípio de vida. Mas isso não significa que os filhos de Deus sejam imediatamente perfeitos. Permanece a debilidade hereditária adquirida e ainda falta vencer o mundo, a carne e o diabo.

• Uma vez que o Espírito não opera magicamente, mas duma maneira vital e progressiva, a alma é renovada gradualmente. Deve a fé fortalecer-se por meio de muitas provas e o amor deve fortificar-se para sobreviver à dificuldade e à tentação. As seduções do pecado precisam ser vencidas; as tendências e os hábitos devem ser corrigidos.

• A operação do Espírito é progressiva, indo do coração para fora, do interior para o exterior, da sede da vida para as suas manifestações, suas ações e suas palavras. Essa operação tolera no princípio muitas coisas incompatíveis com sua natureza divina, mas logo, pouco a pouco, ataca essas falhas, uma após outra, ora estas, ora aquelas, entrando nos mínimos detalhes de modo tão cabal que, não podendo escapar à influência do Espírito, um dia esse homem será perfeito, glorificado pelo Espírito e resplandecente com a vida de Deus.

• (5) – REVESTIMENTO DE PODER – At 1:8 – A característica principal dessa promessa é poder para servir e não a regeneração para a vida eterna. Sempre que lemos acerca do Espírito vindo sobre, repousando sobre ou enchendo as pessoas, a referência nunca é à obra salvadora do Espírito, mas sempre ao poder para servir e testemunhar.

• (6) – GLORIFICAÇÃO – Jo 4:14 – O Espírito Santo no crente é como uma fonte de água que salta para a vida eterna. A habitação do Espírito representa apenas o princípio da vida eterna, que será consumada na vida vindoura. Essa verdade tomará expressão sob as três seguintes ilustrações:

• (A) – COMERCIAL – II Cor 5:5; Ef 1:14 – O Espírito Santo é a garantia de que a nossa libertação será completa. É mais do que penhor; é a primeira prestação dada com antecedência, como garantia de que se completará o resto.

• (B) – AGRÍCOLA – Rm 8:23 – O Espírito Santo representa as primícias da vida futura. Quando um israelita trazia as primícias dos seus produtos ao Templo de Deus, era esse um modo de reconhecer que tudo pertencia a Deus. A oferta duma parte simbolizava a oferta do todo. O Espírito Santo nos crente representa as primícias da gloriosa colheita vindoura.

• (C) – DOMÉSTICA – Hb 6:5; Apc 7:17 – Na vida vindoura, Cristo será o Doador do Espírito; o mesmo que concedeu uma prova antecipada, conduzirá seus seguidores a novas porções do Espírito e aos meios de graça e enriquecimento espiritual, desconhecidos durante a peregrinação terrena.

VI – A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DE JESUS:

• A obra do Espírito Santo na vida de Jesus é a mais perfeita e completa que jamais pessoa do mundo tenha experimentado, porque nunca houve da parte de Jesus nenhuma resistência ou impedimento para a operação do Espírito Santo nEle. Vejamos o que a Bíblia revela sobre este fato:

• (1) – O Espírito Santo ratificou a promessa da vinda de Cristo – Gn 3:15; I Pe 1:9-11

• (2) – O Espírito Santo operou na encarnação de Jesus – Lc 1:35; M 1:20 – O Espírito Santo transmitiu para o ventre da virgem Maria a divina semente. Foi desta maneira que Jesus tomou forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens – Fp 2:7

• (3) – O Espírito Santo protegeu Jesus na Sua infância – Mt 2:12

• (4) – O Espírito Santo revelou a Simeão a presença de Jesus - Lc 2:25-30

• (5) – O Espírito Santo revestiu a Jesus com poder – Mt 12:28; Lc 3:22; 4:18; 5:17; 6:19; Jo 6:27; At 10:38 – Quando Jesus, no Seu batismo no Jordão, iniciou o Seu ministério, o Espírito Santo o ungiu e o selou. Foi pelo poder desta unção que Jesus recebeu a virtude para andar fazendo o bem, curando os oprimidos do diabo e expulsando os demônios, porque a virtude do Senhor estava sobre Ele para curar. Dele saía virtude e Ele curava a todos.

• (6) - O Espírito Santo veio sobre Jesus "sem medida" – Jo 3:14;

• (7) – O Espírito Santo deu a Jesus poder sobre todo o mal – Hb 4:15 – Voluntariamente ofereceu-se a Si mesmo, imaculado a Deus, como nosso substituto, no alto do Gólgota – Hb 9:14

• (8) – O Espírito Santo ressuscitou Jesus dos mortos – Rm 8:11 – Foi Deus quem ressuscitou a Jesus, mas Ele o fez por meio do Espírito Santo – At 2:32

• (9) – Pelo Espírito Santo, Jesus deu mandamentos aos Seus discípulos – At 1:2

• (10) – O Espírito Santo operou na ascensão de Jesus – Ef 1:20

• (11) – O Espírito Santo guiou Jesus – Mt 4:1

• (12) – Jesus é o doador do Espírito Santo – At 2:33

• Jesus Cristo viveu toda a Sua vida terrena dependendo inteiramente do Espírito Santo e a Ele se sujeitou.

VII – O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DE JOÃO BATISTA:

• A João Batista estava destinada a missão de grande interesse dos céus. Por isso, o Espírito Santo se manifestou nele (desde o ventre de sua mãe), de modo especial – Lc 1:15 – Ele foi cheio do Espírito Santo, pois nenhuma missão divina de grande revelância pode ser realizada, a não ser pela unção do Espírito Santo.

• A presença do Espírito Santo no ministério de João Batista se evidencia:

• (1) – Pelo caminho com que exortava o povo a preparar o caminho do Senhor – Lc 3:2-4

• (2) – Pela firmeza com que anunciava a salvação de Deus, a manifestar-se em Cristo – Lc 3:5-6

• (4) – Pela energia com que denunciava o pecado do seu povo, conclamando-o ao arrependimento, para escapar do juízo iminente, qual machado já posto à raiz da árvore – Lc 3:7-9

• (5) – Pela segurança com que ensinava o caminho de retorno a Deus – Lc 3:10-14

• (6) – Pela convicção com que predizia o caráter sobrenatural do ministério de Jesus, de quem era o precursor – Lc 3:15-18

• (7) – Pela imparcialidade com que protestava contra pecado do rei Herodes – Lc 3:19

VIII – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Vimos que o Espírito Santo transmite aos homens os meios da restauração, capacitando-os para a obra do nosso bom Deus. Vislumbremos isso de forma sintetizada:

• (1) - Ele opera na salvação do homem – Jo 19:30;

• (2) – Opera na chamada do pecador – Apc 22:17;

• (3) – Convence o homem do pecado – Jo 16:7-9;

• (4) – Atrai o pecador para Jesus – Jo 12:32;

• (5) – Vivifica-lhe a Palavra – Jo 6:63;

• (6) – Implanta-lhe a fé – II Cor 4:13; Ef 2:8;

• (7) – Faz o pecador nascer de novo – Jo 3:6;

• (8) – Livra o homem da lei do pecado e da morte – Rm 8:2;

• (9) – Faz com que o convertido viva pelo Espírito – Gl 5:25;

• (10) – Faz o homem receber uma natureza divina – II Pe 1:4;

• (11) – O Espírito Santo passa a habitar no crente – Jo 14:17; faz nele morada – I Cor 6:19; e faz com que ele agora comece a clamar: "Abba Pai!" – Gl 4:6

• (12) – O Espírito Santo opera no crente a regeneração – Jo 3:3-6;

• (13) – O Espírito Santo batiza o crente no corpo de Cristo – Jo 1:32-34;

• (14) – O Espírito Santo habita no crente – I Cor 6:15-19;

• (15) – O Espírito Santo sela o crente – Ef 1:13-14;

• (16) – O Espírito Santo proporciona segurança ao crente – Rm 8:14-16;

• (17) – O Espírito Santo fortalece o crente – Ef 3:16;

• (18) – O Espírito Santo enche o crente de Sua virtude – Ef 5:18-20;

• (19) – O Espírito Santo guia o crente – Rm 8:14;

• (20) – O Espírito Santo chama o crente para serviço especial – At 13:1-4;

• (21) – O Espírito Santo orienta o crente para serviço especial – At 8:27-29;

• (22) – O Espírito Santo ilumina o crente – I Cor 2:12-14;

• (23) – O Espírito Santo instrui o crente – Jo 16:13-14; e

• (24) – O Espírito Santo capacita o crente – I Ts 1:5

• Falemos, pois, como o salmista Davi: Senhor, "NÃO ME LANCES FORA DA TUA PRESENÇA E NÃO RETIRES DE MIM O TEU ESPÍRITO SANTO" – Sl 51:11




FONTES DE CONSULTA:

1. Bergstén, Eurico – A Santa Trindade – CPAD


2. Oliveira, Raimundo de – As Grandes Doutrinas da Bíblia – CPAD


3. Pearlman, Myer – Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Editora Vida.