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O USO DOS DONS ESPIRITUAIS EXIGE ENTENDIMENTO

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 05 - DATA: 01/05/2010
TÍTULO: "A IMPORTÂNCIA DOS DONS ESPIRITUAIS"
TEXTO ÁUREO – I Cor 12:1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cor 12:1-11
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br



I – INTRODUÇÃO:

• Dentre as insondáveis riquezas espirituais que Deus coloca à disposição da Sua Igreja na terra, destacam-se os dons do Espírito Santo, apresentados pelo apóstolo Paulo como agentes de poder e de vitória que habilitam a Igreja para o cumprimento da sua missão no mundo.


II - FALSOS CONCEITOS QUANTO AOS DONS ESPIRITUAIS:

• Desde o início do Movimento Pentecostal, aqueles que procuram combatê-lo têm inventado as mais variadas e absurdas teorias quanto aos dons do Espírito Santo. Dentre essas teorias se destacam as seguintes:

• (1) – OS DONS ERAM RESTRITOS À ERA APOSTÓLICA - Os que defendem esta teoria afirmam que os sinais sobrenaturais e os dons do Espírito Santo foram enviados com o propósito exclusivo de confirmar a divindade de Jesus Cristo e autenticar os primeiros pregadores do Evangelho e sua mensagem. Argumentam também que a necessidade de tais manifestações sobrenaturais cessou depois de completado o Novo Testamento.

• (2) – OS DONS HOJE SÃO HABILIDADES NATURAIS - Isto é, Deus premia algumas pessoas privilegiadas, dando-lhes dotes especiais. Por exemplo: pessoas com a habilidade fora do comum para linguística, como Ruy Barbosa, têm o dom de línguas e de interpretação; quem tem mãos habilidosas e grandes capacidade como cirurgião, tem o dom de curar; quem mostra erudição na pregação, tem o dom da profecia; e assim por diante.

• (3) – OS DONS SÃO INALCANÇÁVEIS - Os que advogam esta interpretação dizem que os dons são tão grandiosos e santos na sua essência, que ninguém está suficientemente preparado para merecê-los; portanto ninguém os possui.


III - A ATUALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS:

• Não há nenhuma evidência no Novo Testamento de que os dons espirituais foram restritos à era apostólica, nem que eles sejam habilidades naturais aos mais inteligentes, ou mesmo que sejam tão santos em si a ponto de ninguém se achar em condição de recebê-los. Noutras palavras: os dons do Espírito Santo são habilidades divinas destinadas a todos os crentes e em todas as épocas, até se consumar o arrebatamento da Igreja.

• A compreensão da atualidade dos dons do Espírito Santo, deverá nos conduzir a uma série de assunto na primeira carta de Paulo aos coríntios, considerando os seguintes pontos:

• (1) – OS CRENTES NÃO DEVEM IGNORAR OS DONS ESPIRITUAIS - (I Cor 12:l) - Se queremos ser sinceros e realistas, temos de admitir a ignorância que a grande maioria dos membros das Igrejas pentecostais tem quanto a este assunto. Na verdade temos visto com tristeza muitos ministros ditos "pentecostais" combatendo, mais do que promovendo, o conhecimento dos dons espirituais.

• É certo que existem exageros. Mas é devido a ausência de ensino sistemático sobre o assunto. Todos os membros de nossas Igrejas merecem e precisam o que de melhor existe em termos de ensinamentos acerca dos dons espirituais.


• (2) – OS DONS SÃO UMA CONCESSÃO DO ESPÍRITO SANTO – I Cor 12:7 - A torneira não pode dizer de si mesma: - "Eu produzo água", pois seria uma inverdade. Quem produz água é a fonte. A torneira é apenas o canal através do qual flui a água.

• Os dons são do Espírito Santo, e, através deles, o Espírito opera em quem quer, como quer, quando quer e onde quer, com a finalidade precípua de edificar a Igreja, o corpo vivo de Cristo.


• (3) – OS DONS ESPIRITUAIS VISAM A UNIDADE DA IGREJA – I Cor 12:25-26 - No corpo de Cristo, nenhum de seus membros tem o seu valor resultante dalgum padrão de comparação. Uma vez que cada membro tem sua função específica, todos têm valor próprio dentro da escala de valores divinos. Deste modo ninguém tem maior valor do que o outro só porque tem um dom a mais ou um dom diferente. Para que haja operação na edificação da Igreja, os dons espirituais comunicam primeiramente a ideia de unidade. Não é assim que funciona um corpo humano saudável?


• (4) – OS DONS ESPIRITUAIS DEVEM SER BUSCADOS COM ZELO – I Cor 12:31 - Parte do valor daquilo que desejamos e buscamos é proporcional a quanto em dinheiro e em esforços estamos prontos a dar para conquistá-lo. De igual modo acontece com respeito à busca dos dons espirituais. Se eles têm algum valor para nós, devemos buscá-los com zelo, com empenho através duma vida de constante comunhão com Deus e de submissão total ao senhorio de Jesus Cristo – I Pe 3:15.


• (5) – OS DONS ESPIRITUAIS DEVEM SER EXERCITADOS COM AMOR – I Cor 13 - O elemento aferidor da espiritualidade do crente é o amor e não quantas vezes ele fala em línguas por dia ou quantas profecias ele tem por semana. Se faltasse o amor tudo isto "seria como o metal que soa ou como o sino que tine... nada seria... nada disso me aproveitaria" – I Cor 13:1-3.

• Para muitos pentecostais os dons espirituais são tudo; o amor não passaria dum adereço, um enfeite na sua roupa de festa. Mas, qual não será a surpresa daqueles que no dia do ajuste de contas final, ao dizerem a Jesus: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?" - Hão de ouvir da parte do Senhor: "Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade" (Mt 7.22,23).


IV – REGULAMENTO DOS DONS:

• A faísca que fende as árvores, queima casas e mata gente, é da mesma natureza da eletricidade gerada na usina que tão eficientemente ilumina as casas e aciona as fábricas. A diferença está apenas em que a da usina é controlada.

• Em I Cor 12, Paulo revelou os grandiosos recursos espirituais de poder disponível para a Igreja.

• No cap. 14, Paulo mostra como esse poder deve ser regulado, de modo que edifique, em lugar de destruir a Igreja.

• A instrução era necessária, pois uma leitura de I Cor 14 demonstrará que a desordem havia reinado em algumas reuniões, devido à falta de conhecimento das manifestações espirituais. Nesse capítulo, Paulo expõe os seguintes princípios para esse regulamento:

• (A) – VALOR PROPORCIONAL – I Cor 14:5-10 - Os coríntios haviam-se inclinado demasiadamente para o dom de línguas, indubitavelmente por causa de sua natureza espetacular. Paulo lembra-lhes que a interpretação e a profecia eram necessárias para que o povo pudesse ter conhecimento inteligente do que se estava dizendo.

• (B) – EDIFICAÇÃO - O propósito dos dons é a edificação da Igreja, para encorajar os crentes e converter os descrentes. Mas, diz Paulo: - "se um de fora entra na Igreja e tudo que ouve é falar em línguas sem interpretação, bem concluirá: esse povo é demente (louco)" - I Cor 14:12, 23.

• (C) – SABEDORIA – I Cor 14:20 - "Irmãos, não sejais meninos no entendimento." Em outras palavras: "Usai o senso comum."

• (D) – AUTODOMÍNIO – I Cor 14:32 - Alguns coríntios poderiam protestar assim: - "Não podemos silenciar! Quando o Espírito Santo vem sobre nós, somos obrigados a falar". Mas Paulo responderia: - "Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas." Isto é, aquele que possui o dom de línguas pode dominar sua expansão e falar unicamente a Deus, quando tal domínio seja necessário.

• (E) - ORDEM – I Cor 14:40 - O Espírito Santo, o grande Arquiteto do universo com toda sua beleza, não inspirará aquilo que seja desordenado e vergonhoso. Quando o Espírito Santo está operando com poder, haverá uma comoção e um movimento, e aqueles que aprenderam a render-se a Ele não criarão cenas que não edifiquem.

• (F) – SUSCETÍVEL DE ENSINO – I Cor 14:36-37 - Infere-se aqui que alguns dos coríntios haviam ficado ofendidos pela crítica construtiva de seus dirigentes.


V – REQUISITOS PARA O RECEBIMENTO DOS DONS:

• Deus é soberano na questão de outorgar os dons; é Ele quem decide quanto à classe de dom a ser outorgado. Ele pode conceder um dom sem nenhuma intervenção humana, e mesmo sem a pessoa o pedir. Mas, geralmente, Deus age em cooperação com o homem, e há alguma coisa que o homem pode fazer nesse caso. Que se requer daqueles que desejam os dons?

• (A) – SUBMISSÃO À VONTADE DIVINA - A atitude deve ser, não o que eu quero, mas o que Ele quer. Às vezes queremos um dom extraordinário e Deus pode decidir por outra coisa.

• (B) – AMBIÇÃO SANTA – I Cor 12:31; 14:1 - Muitas vezes a ambição tem conduzido as pessoas à ruina e ao prejuízo, mas isso não é razão de não a consagrarmos ao serviço de Deus.

• (C) – DESEJO ARDENTE - Naturalmente isso resultará em oração e sempre em submissão a Deus - l Reis 3:5-10; 2 Reis 2:9-10.

• (D) – FÉ - Alguns têm perguntado o seguinte: - "Devemos esperar pelos dons?" Posto que os dons espirituais são instrumentos para a edificação da Igreja, parece mais razoável começar a trabalhar para Deus e confiar nEle, a fim de que conceda o dom necessário para a tarefa particular. Desse modo o professor da Escola Dominical confiará em Deus para a operação dos dons necessários a um mestre; da mesma maneira o pastor, o evangelista e os leigos.

• Uma boa maneira de conseguir um emprego é ir preparado para trabalhar. Uma boa maneira de receber os dons espirituais é estar "na obra" de Deus, em vez de estar sentado, de braços cruzados, esperando que o dom caia do céu.

• (E) – AQUISCÊNCIA - O fogo da insipação pode ser extinguido pela negligência; daí a necessidade de despertar (literalmente "acender") o dom que está em nós (2 Tim. 1:6; l Tim. 4:14).


VI – A PROVA DOS DONS:

• As Escrituras admitem a possibilidade da inspiração demoníaca como também das supostas mensagens proféticas que se originam no próprio espírito da pessoa. Apresentamos as seguintes provas pelas quais podemos distinguir entre a inspiração verdadeira e a falsa.

• (A) – LEALDADE A CRISTO - Quando estava em Éfeso, Paulo recebeu uma carta da Igreja em Corinto contendo certas preguntas, uma das quais era "concernente aos dons espirituais" (I Cor 12:3 - Isso sugere uma provável razão para a pergunta).

• Durante uma reunião, estando o dom de profecia em operação, ouvia-se uma voz que gritava: "Jesus é maldito."

• É possível que algum advinho ou devoto do templo pagão houvesse assistido à reunião, e quando o poder de Deus desceu sobre os cristãos, esses pagãos se entregaram ao poder do demônio e se opuseram à confissão: "Jesus é Senhor", com a negação diabólica: "Jesus é maldito!" A história das missões modernas na China e em outros países oferece casos semelhantes.

• Paulo imediatamente explica aos coríntios, desanimados e perplexos, que há duas classes de inspiração: a divina e a demoníaca, e explica a diferença entre ambas.

• Ele lembrou-lhes os impulsos e êxtases demoníacos que haviam experimentado ou presenciado em algum templo pagão, e assinala que essa inspiração conduz à adoração dos ídolos (l Cor 10:20). De outra parte, o Espírito de Deus inspira as pessoas a confessarem a Jesus como Senhor - l Cor 12:3; Apc 19:10; Mat 16:16-17; l Jo 4:1-2.

• Naturalmente isso não significa que a pessoa não pode dizer, como um papagaio, que Jesus é Senhor. O sentido verdadeiro é que ninguém pode expressar a sincera convicção sobre a divindade de Jesus sem a iluminação do Espírito Santo – Rm 10:9

• (B) - A PROVA PRÁTICA - Os coríntios eram espirituais no sentido de que mostravam um vivo interesse nos dons espirituais (l Cor 12:1; 14:12). Entretanto, embora gloriando-se no poder vivificante do Espírito, parecia haver falta do Seu poder santificador: Estavam divididos em facções; a Igreja tolerava um caso de imoralidade indescritível; os irmãos processavam uns aos outros nos tribunais; alguns estavam retrocedendo para os costumes pagãos; outros participavam da ceia do Senhor em estado de embriaguez.

• Podemos estar seguros de que o apóstolo não julgou asperamente esses convertidos, lembrando-se da vileza pagã da qual recentemente haviam sido resgatados e das tentações de que estavam rodeados. Porém ele sentiu que os coríntios deviam ficar impressionados com a verdade de que por muito importantes que fossem os dons espirituais, o alvo supremo de seus esforços devia ser: o caráter cristão e a vida reta.

• Depois de encorajá-los a que "procurassem os melhores dons" (l Cor 12.31), ele acrescenta o seguinte: "Eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente." A seguir vem seu sublime discurso sobre o amor divino, a coroa do caráter cristão.

• Mas aqui devemos ter cuidado de distinguir as coisas que diferem entre si. Aqueles que se opõem ao falar em línguas (que são antibíblicos em sua atitude, l Cor. 14:39), afirmam que se faria melhor buscar o amor, que é o dom supremo. Eles são culpados de confundir os pensamentos. O amor não é um dom, mas um fruto do Espírito.

• O fruto do Espírito é o desenvolvimento progressivo da vida de Cristo enxertada pela regeneração; ao passo que os dons podem ser outorgados repentinamente a qualquer crente cheio do Espírito, em qualquer ponto de sua experiência. O primeiro representa o poder santificador do Espírito, enquanto o segundo implica seu poder vivificante.

• Não obstante, ninguém erra em insistir pela supremacia do caráter cristão. Por muito estranho que pareça, é um fato comprovado que possoas deficientes na santidade podem exibir manifestações dos dons. Devemos considerar os seguintes fatos:

• (1º) - O batismo no Espírito Santo não faz a pessoa perfeita de uma vez. A dotação de poder é uma coisa; a madureza nas graças critãs é outra. Tanto o novo nascimento como o batismo no Espírito Santo são dons da graça de Deus e revelam Sua graça para conosco. Todavia, pode haver a necessidade duma santificação pessoal que se obtenha por meio da operação do Espírito Santo, revelando pouco a pouco a graça de Deus em nós.

• (2º) - A operação dos dons não tem um poder santificador: Balaão experimentou o dom profético, embora no coração desejasse trair o povo de Deus por dinheiro.

• (3º) - Paulo nos diz claramente da possibilidade de possuir os dons sem possuir o amor.

• Sérias consequências podem sobrevir àquele que exercita os dons à parte do amor. Primeiro, será uma pedra de tropeço constante para aqueles que conhecem seu verdadeiro caráter; segundo, os dons não lhe são de nenhum proveito. Nenhuma quantidade de manifestações espirituais, nenhum zelo no ministério, nenhum resultado alcançado, podem tomar o lugar da santidade pessoal - Hb 12:14.

• (C) – A PROVA DOUTRINÁRIA - O Espírito Santo veio para operar na esfera da verdade com relação à deidade de Cristo e Sua obra expiatória. É inconcebível que Ele contradissesse o que já foi revelado por Cristo e Seus apóstolos. Portanto, qualquer profeta, por exemplo, que negue a encarnação de Cristo, não está falando pelo Espírito de Deus - l Jo 4:2-3.


VII - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Nestas considerações finais, apresentaremos duas "notas" que, entendemos, trará maior equilíbrio concernente ao tema da presente lição:

NOTA 1:

• Inferimos, pela leitura de I Cor 14, que existe poder para ser governado. Portanto, o capítulo seria sem nenhum significado para uma Igreja que não experimenta as manifestações do Espírito.

• É muito certo que os coríntios haviam descarrilado quanto aos dons espirituais. Entretanto, ao menos tinham os trilhos e uma estrada! Se Paulo tivesse agido como alguns críticos modernos, teria removido até a estrada e os trilhos! Em lugar disso, ele sabiamente os colocou de novo sobre os trilhos para prosseguirem viagem!

• Quando a Igreja do segundo e terceiro séculos reagiu contra certas extravagâncias, ela inclinou-se para o outro extremo e deixou muito pouco lugar para as operações do Espírito. Mas essa é apenas uma parte da explicação do arrefecimento do entusiasmo da Igreja e a cessação geral das manifestações espirituais. Cedo na história da Igreja começou um processo centralizador de sua organização e a formação de credos dogmáticos e inflexíves. Ainda que isso fosse necessário como defesa contra as falsas seitas, tinha a tendência de impedir o livre movimento do Espírito e fazer do Cristianismo uma questão de ortodoxia mais do que vitalidade espiritual.

• Assim escreve o Dr. T. Rees: No primeiro século, o Espírito era conhecido por suas manifestações, mas do segundo século em diante era conhecido pela regra da Igreja, e qualquer fenômeno espiritual que não estivesse em conformidade com essa regra era atribuído a espíritos maus.

• As mesmas causas, nos tempos modernos, têm resultado em descuido da doutrina e da obra do Espírito Santo, descuido reconhecido e lamentado por muitos dirigentes religiosos.

• Apesar desses fatos, o poder do Espírito Santo nunca deixou de romper todos os impedimentos do indiferentismo e formalismo, e operar com força vivificadora.


NOTA 2:

• Devemos diferenciar entre manifestações e reações.

• Tomemos a seguinte ilustração: a luz da lâmpada elétrica é uma manifestação da eletricidade; é da natureza da eletricidade manifestar-se na forma de luz. Mas quando alguém toma um choque elétrico e solta um grito ensurdecedor, não podemos dizer que o grito seja manifetação da eletricidade, porque não está na natureza da eletricidade manifestar-se em voz audível. O que aconteceu foi a reação da pessoa à corrente elétrica! Naturalmente a reação dependerá do caráter e temperamento da pessoa. Algumas pessoas calmas e de "sangue frio" apenas suspirariam, ofegantes, sem dizer nada.

• Apliquemos essa regra ao poder espiritual:

• As operações dos dons em l Cor. 12:7-10 são biblicamente descritas como manifestações do Espírito. Muitas ações (em geral chamadas "manifestações"), realmente são reações da pessoa ao movimento do Espírito. Referimo-nos a tais ações como gritar, chorar, levantar as mãos e outras cenas.

• Que valor prático há no conhecimento dessa distinção?

(1º) - Ajudar-nos-á a honrar e reconhecer a obra do Espírito sem atribuir a Ele tudo o que se passa nas reuniões. Os críticos, ignorando a referida distinção, incorretamente concluem que a falta de elegância ou estética na manifestação de certa pessoa prova que ela não está inspirada pelo Espírito Santo. Tais críticos poderiam ser comparados ao inivíduo que, ao ver os movimentos grotescos de quem estivesse tomando forte choque elétrico, exclamasse: "A eletricidade não se manifesta assim"! O impacto direto do Espírito Santo é de tal forma comovente, que bem podemos desculpar a frágil natureza humana por não se comportar como se fosse sob uma influência mais gentil.

• (2º) - O conhecimento dessa distinção, naturalmente, estimulará a reagir ao movimento do Espírito duma maneira que sempre glorifique a Deus. Certamente é tão injusto criticar as extravagâncias dum novo convertido como criticar as quedas e tropeços da criancinha que aprende a andar. Mas ao mesmo tempo, orientado por l Cor 14, é claro que Deus quer que Seu povo reaja ao Espírito, duma maneira inteligente, edificante e disciplinada. "Procurai abundar neles, para edificação da Igreja" (l Cor 14:12).



FONTES DE CONSULTA:

1. Oliveira, Raimundo de – As Grandes Doutrinas da Bíblia – CPAD
2. Pearlman, Myer – Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Editora Vida

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