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Quando a Crise Mostra sua Face

Quando a Crise Mostra sua Face


Introdução


Neste trimestre, estudaremos sobre a vida de um grande líder, Neemias, levantado por Deus para restaurar os muros da cidade de Jerusalém. No livro em estudo revela-nos a ação poderosa da palavra do SENHOR, cumprindo em sua totalidade e exatidão. Veremos também a realidade de um povo fustigado por não cumprirem os mandamentos divinos.
 Temos muito que aprender com esse exemplo de fé e persistência, deste grande homem. Pois somente através de experiências como as do servo do SENHOR, Neemias, é que podemos fortalecer a nossa esperança.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011 | http://pregadoruilsoncamilo.blogspot.com/
Que este trimestre possa ser marcado por lindas e profundas bênçãos sobre as nossas vidas.


I - UMA NOVA HISTÓRIA SER CONSTRUIDA.


O livro histórico de Neemias, apresentado neste último trimestre, traz uma carga de grandes verdades que podem tranquilamente se enquadrarem a nossa realidade atual. Para muitos este livro trata de um pequeno espaço histórico do povo de Israel, contudo nos dias em que vivemos, temos muito que aprender com a história de reconstrução dos muros de Jerusalém. 
Ciente do grande desafio que estava por vir, este personagem bíblico, eleva um momento de oração e consagração a Deus. A resposta veio após o período proposto por Deus; "E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus"( Ne 1.4). O caminho da vitória começa pela oração. Neemias quando soube o que havia acontecido em Jerusalém, clamou ao SENHOR esperando uma resposta positiva do rei ao seu favor. Que nestes dias o SENHOR possa levantar em nossa nação muitos homens com a mesma preocupação de Neemias, concernente a sua obra.


Mas para que essa obra fosse realizada foi necessário que Neemias saísse de dentro do palácio em direção a Jerusalém. Existem momentos em nossas vidas que Deus nos tira do lugar de conforto, e nos manda pra lugares que não queremos ir. Nos dias de Neemias existiam muitos outros Judeus dentro do império de Artaxerxes. Muitos com capacitações intelectuais, ricos, pessoas de ascensão social, mas Deus quis que um copeiro fizesse esta obra. Aquilo que nosso SENHOR nos determina vai além da compreensão humana. "Ah! Senhor esteja, pois, atentos os teus ouvidos à oração do teu servo, e à oração dos teus servos que desejam temer o teu nome; e faze prosperar hoje o teu servo, e dá-lhe graça perante este homem. Então era eu copeiro do rei." (Ne 1.11).


Moisés experimentou também um chamado de Deus. Estava dentro do palácio de faraó, teve que fugir para o deserto, e lá o SENHOR concretizou a sua obra. Precisou Moisés passar pelo crivo divino na "universidade do deserto," para só depois servir habilmente a obra proposta. "E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem. Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo (os filhos de Israel) do Egito. Então Moisés disse a Deus: Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel? E disse: Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte" (Ex 3.9-12).


 É somente o poder imensurável de nosso SENHOR que pode fazer isso, tirar alguém de detrás de um pequeno grupo de ovelhas e torná-lo um grande líder espiritual. Para mostras ao grande império de faraó, que Deus pega um homem comum e transforma-o em um líder poderoso. A esse Deus seja dado todo o poder, honra e glória para sempre amém.
Deus tira o homem do lugar de conforto, para mostrar-lhe que esta no controle de tudo. Talvez seja hoje o tempo de você deixar de ser um simples "copeiro" do rei, e passar a ser um grande líder. Lembre-se o SENHOR sempre usa as coisas que não são para aniquilar  as que são (I Co 1.28,29).

II- CONSELHOS DIVINOS


Após o reino do Norte ser destruído pela Assíria no ano 722 a.C, neste caso as dez tribos de Israel, levou-os cativos para Mesopotâmia.  Algum tempo depois, Deus usa o profeta Isaías para repreender o rei Ezequias, no reino do Sul, sobre a visita dos embaixadores babilônicos;

"E disse ele: Que foi que viram em tua casa? E disse Ezequias: Viram tudo quanto há em minha casa; coisa nenhuma há nos meus tesouros que eu deixasse de lhes mostrar. Então disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do SENHOR dos Exércitos: Eis que virão dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado para Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o SENHOR. E até de teus filhos, que procederem de ti, e tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no palácio do rei de Babilônia. Então disse Ezequias a Isaías: Boa é a palavra do SENHOR que disseste. Disse mais: Pois haverá paz e verdade em meus dias." (Is 39 5,8).


As profecias relacionadas ao reino do sul ocorreram rigorosamente, pois dependeram exclusivamente da vontade divina, "E ele confirmou a sua palavra, que falou contra nós, e contra os nossos juízes que nos julgavam, trazendo sobre nós um grande mal; porquanto debaixo de todo o céu nunca se fez como se tem feito em Jerusalém" (Dn 9.12). A priori o aquele povo não aceitava  que a destruição do templo poderia vir a acontecer, ou simplesmente não aceitavam a idéia de serem derrubados os   muros da grande cidade de Jerusalém. Sabemos que a longanimidade e a bondade do SENHOR dura para sempre (Sl 136), e as misericórdias do SENHOR e a causa de não sermos destruído (Lm 3.22).


É possível que em toda história da humanidade nenhum povo possa ter suportado tantos infortúnio como o povo Judeu. Poderíamos esperar de um povo com tantas promessas lindas e maravilhosas, os maiores sucessos, que em parte ocorreram, mas vemos também que o homem quando sai da presença de Deus pode entrar por caminhos difíceis.
Dentre as muitas promessas feitas ao povo de Israel, elas sempre foram condicionais; "Tão somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvie, nem para direita nem para esquerda, para prudentemente te conduzas por onde quer que andares" (Js 1.7).  A ordenação divina consistia em guardar a lei e os estatutos proferidos por Moisés e nunca se desviar para direita ou esquerda. Não era uma decisão que apenas Josué deveria tomar, consistia em mandamento divino a todo o povo. Se o homem margear a vontade divida corre sempre o risco de ficar fora do plano de Deus. "Por isso se acendeu a ira do SENHOR contra o seu povo, e estendeu a sua mão contra ele, e o feriu, de modo que as montanhas tremeram, e os seus cadáveres se fizeram como lixo no meio das ruas; com tudo isto não tornou atrás a sua ira, mas a sua mão ainda esta estendida" (Is 5.25).


A destruição de Jerusalém foi eminente e conforme a tudo quando Deus havia sido falado pela boca dos seus santos profetas (Jr 29.19). Observamos que as promessas sobre este povo foram muitas, contudo a desobediência  e a falta de firmeza nas ordenanças divinas fizeram deste povo escravo de outras nações.


III- UM CHAMADO ESPECIAL


O nome Neemias significa "Deus Consola". Ele era filho de Hacalias e tinta um irmão por nome de Hanani (Ne 1.1; 7.2). O único conhecimento sobre este personagem bíblico se encontra no livro que trás o seu nome. Era copeiro do rei Persa Artaxerxes (465-424 a.C)  possuía uma posição de destaque dentro do reino, pois estava diretamente ligada a assistência ao monarca. Após a expedição de Esdras cerca de quatorze anos, Neemias recebe notícias sobre o estado de sua terra natal. A cidade se encontra abandonada e os seus muros destruídos.
"E disseram-me: Os restantes, que ficaram do cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo; e o muro de Jerusalém fendido e as suas portas queimadas a fogo. E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus.
E disse: Ah! SENHOR Deus dos céus, Deus grande e terrível! Que guarda a aliança e a benignidade para com aqueles que o amam e guardam os seus mandamentos;" 
(Ne 1.3-5). Como foi triste para aquele homem receber palavras desoladoras. O sofrimento de Neemias resultou no mover de Deus a favor de seu povo. Pois um coração quebrantado não rejeita o SENHOR (Sl 51.17).


Enquanto Neemias aguardava uma resposta de Deus ao seu favor, aguardou em oração o momento certo. É um exemplo para nós, por conseguinte a vontade divina estava acima de tudo. Orar e esperar momento de Deus, deve fazer parte do nosso ministério cristão. Diante dos grandes ou pequenos problemas, a nossa fé deve estar abaliza na vontade divina. Somente assim o crente consegue superar as barreiras, e ter vitórias pelo nome santo e poderoso nome de Jesus. 

Angustiado pelo estado de Jerusalém, Neemias intercede pelo povo que restava. A intercessão e uma ferramenta muito importante para os verdadeiros adoradores. Para aqueles que buscam uma resposta divina, o melhor caminho é sem dúvida a intercessão. Neemias sabia que prontamente poderia ser ouvido pelo SENHOR, mas nem sempre é fácil reconhecer os nossos erros, e ainda mais se humilhar pelos erros de outros. A necessidade de um socorro divino levou este homem a orar pelos pecados cometidos por muito tempo; "e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que temos cometido contra ti; também eu e a casa de meu pai temos pecado" (Ne 1.6b). Devemos ter esta certeza, que  pecado não envelhece e não tem prazo de validade.


IV- A VITÓRIA ALCANÇADA


"Sucedeu, no mês de Nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes, que estava posto vinho diante dele, e eu peguei o vinho e o dei ao rei; porém eu nunca estivera triste diante do rei me disse: Por que está triste o teu rosto, pois não estás doente? Não é isto senão tristeza de coração; então temi sobremaneira. E disse ao rei: Viva o rei para sempre! Como não estaria triste o meu rosto, estando a cidade, o lugar dos sepulcros de meus pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas a fogo?
 
E o rei me disse: Que me pedes agora? Então orei ao Deus dos céus,
E disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique.
Então o rei me disse, estando a rainha assentada junto a ele: Quanto durará a tua viagem, e quando voltarás? E aprouve ao rei enviar-me, apontando-lhe eu um certo tempo". 
(Ne 2.1-6).


A aprovação do rei ao pedido do copeiro foi uma resposta a oração do servo do SENHOR (vers.4). Aquele era o momento da vitória, a porta que foi aberta para Neemias. Diante da oportunidade concedida pelo rei, não havia tempo para se preparar ou mudar de roupa ou esperar outro dia, deveria ser ali naquele momento. Quando o homem está na vontade divina às portas abrem-se, nos momento em que nós não imaginamos. Muitos perdem as bênçãos do SENHOR por não estar atento aquilo o que está acontecendo ao seu redor. Ficar atento aos sinais enviados pelo SENHOR, pode fazer com que o homem de Deus possa ter uma vida tranqüila e sossegada evitando assim muitos prejuízos (Nu 22.22-30).


CONCLUSÃO


Podemos aprender muito com o grande chamado de Neemias. Somente o poder renovador do nosso Deus, tem a capacidade de mudar a história para abençoar um povo. Diante de todas as adversidades que surgiram na vida de Neemias, Deus sempre cuidou do seu servo. Que o santo e poderoso Espírito Santo, possa nos ajudar neste trimestre, a aprender ainda mais as santas e sagradas escrituras. Amém


Evang. Juarez Alves
Assembléia de Deus Min. Belém
Dourados MS.

A afirmação ou a negação da total depravação do homem


A afirmação ou a negação da total depravação do homem – A. W. Pink



Qualquer tratado que se proponha a falar sobre a vontade humana, sua natureza e suas funções, tem de abordar a questão de acordo com três homens diferentes: Adão, antes da queda, o pecador e o Senhor Jesus Cristo. A vontade de Adão, antes da queda, era livre, livre em ambas as direções — para fazer o bem e para fazer o mal.


A situação do pecador, porém, é bem diferente disso. O pecador nasce com uma vontade sem condições de equilíbrio moral, porque existe nele um coração enganoso, "mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto" (Jr 17.9); isso lhe empresta a tendência para o mal. Da mesma forma, a situação do Senhor Jesus era completamente outra. Ele era radicalmente diferente do primeiro homem antes da queda.


O Senhor Jesus Cristo não podia pecar porque era o "Santo de Deus". Antes de Cristo ter nascido, foi dito a Maria: "Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus" (Lc 1.35). Falando com toda a reverência, poder-se-ia dizer que a vontade do Filho do homem não estava em equilíbrio moral, isto é, capaz de pender para o bem como para o mal.


A vontade do Senhor Jesus estava predisposta para o que é bom, pois, lado a lado com a sua humanidade impecável, santa e perfeita, havia a sua eterna divindade. Ora, em distinção à vontade do Senhor Jesus, que tendia para o bem, e à vontade de Adão, que, antes de sua queda, estava em condição de equilíbrio moral — capaz de pender tanto para o bem como para o mal — a vontade do pecador é predisposta para o mal, estando, portanto, livre em uma só direção, a saber, na direção do mal. A vontade do pecador está escravizada, porque, conforme já dissemos, está sujeita a um coração depravado.


Em que consiste a liberdade do pecador? Essa pergunta é naturalmente sugerida por aquilo que dissemos acima. O pecador é livre no sentido de não ser forçado de fora. O pecador nunca é forçado a pecar. Porém, não é livre para praticar ou o bem ou o mal, porquanto o coração mau que nele reside sempre o impulsiona para o pecado. Passamos a ilustrar o que temos em mente.


Tenho na mão um livro. Solto-o. O que acontece? Ele cai. Em que direção? Para baixo; sempre para baixo. Por quê? Porque, obedecendo à lei da gravidade, seu próprio peso o leva para baixo. Imaginemos, porém, que eu deseje que o livro fique um metro para cima. Então, o que fazer? Preciso erguê-lo. Uma força externa precisa fazê-lo subir. Essa é a relação entre o homem caído e Deus. Enquanto o poder divino o sustenta, ele é impedido de afundar cada vez mais no pecado; retirado esse poder, o homem cai — seu próprio pecado (qual peso) o afunda.


Deus não o empurra para baixo, como eu também não empurrei o livro para baixo. Removidas todas as restrições divinas, todo homem seria capaz de tornar-se e se tornaria um Caim, um Faraó, um Judas. Como, pois, pode o pecador subir em direção aos céus? Por um ato de sua própria vontade? Não. Um poder externo precisa dominá-lo, para então erguê-lo a cada centímetro em sua subida. O pecador é livre, mas em uma só direção — livre para cair, livre para pecar. É conforme afirma a Palavra de Deus: "Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça" (Rm 6.20). O pecador é livre para praticar o que lhe apraz (exceto quando ele é refreado por Deus), mas o seu prazer é cair no pecado.


Na primeira parte deste capítulo, insistimos em que é de importância prática termos um conceito adequado a respeito da natureza e da função da vontade. E mais, dissemos que isso constitui um teste fundamental da ortodoxia teológica e da firmeza doutrinária. Desejamos desenvolver mais essa afirmativa, procurando demonstrar a sua exatidão. A questão da liberdade ou da servidão da vontade foi a linha divisória entre o agostinianismo e o pelagianismo, e, em tempos mais recentes, entre o calvinismo e o arminianismo. Em resumo, isso quer dizer que a diferença envolvida era a afirmação ou a negação da total depravação do homem.


Márcio Melânia
http://lattes.cnpq.br/5648348525008521

"Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados,
sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco."
 (2 Coríntios 13 : 11)

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A influência cultural da igreja

Texto Áureo: Gn. 1.28 – Leitura Bíblica: Gn. 1.26-30
Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
Objetivo: Refletir com os alunos sobre a influência que a igreja pode ter sobre a sociedade.
 
INTRODUÇÃO
Conforme já estudamos em lição anterior, a Igreja tem dupla responsabilidade, outorgada por Cristo, o Rei, para a sociedade. A primeira delas e a Grande Comissão, isto é, seguir por todo o mundo, para fazer discípulos (Mt. 29.19,20). A segunda, e não menos importante, e, de certo modo, atrelada àquela, a de transformar a cultura. Na lição de hoje, estudaremos a respeito da cultura, definindo-a, a princípio, em seguida, destacaremos exemplos bíblicos de influência cultural. Ao final, passaremos a discorrer sobre alguns cristãos que influenciaram culturalmente na sociedade.
1. CULTURA, DEFINIÇÕES
Existem diversas definições de cultura, destacamos algumas delas a seguir: "um empreendimento coletivo, segundo o qual os homens conseguem estabelecer um estilo de vida distinto, com base em valores comuns" (R. N. Champlin); "Aquele todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, artes, princípios morais, leis, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelos homens, como membros da sociedade" (E. B. Tylor). O cristianismo, por sua vez, reconhece a existência da cultura enquanto produção humana, mas esta precisa ser avaliada a partir dos princípios bíblicos. Por isso, sempre coube a Igreja, ao longo da sua história, a tarefa de apontar para o alto, ressaltando as virtudes de Cristo. Conforme orienta o autor da Epístola aos Hebreus (11.6), os valores terrenos devem ser sombras daquele país celestial. Diante dessa realidade, a Igreja precisa estar ciente do seu papel social, e, principalmente, da necessidade de capacitar-se para responder aos anseios da cultura moderna. O ponto de partida para analise cultural é a realidade da Queda, que, conforme registrada no capítulo 3 do Gênesis, trouxe implicações imediatas para o ser humano. Antes da Queda o ser humano tinha a capacidade para administrar a criação para a glória de Deus (Gn. 1.28-30), mas depois desta, sua tendência passou a ser o egoísmo, a busca pelos interesses, e, como vemos atualmente, a destruição da criação, que geme a espera da redenção (Rm. 8.19-23). A destruição da criação, no entanto, não é o único mal causado pela Queda. Quando avaliamos a sociedade, à luz dos valores cristãos, constatamos a prevalência da cultura da morte e da ganância e da dominação.
 
2. A INFLUÊNCIA CULTURAL, EXEMPLOS BÍBLICOS
A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas que não se deixaram levar pelos valores da cultura mundana. Não podemos esquecer que este mundo jaz no Maligno (I Jo. 5.19), por isso, o Reino de Deus, conforme respondeu Jesus a Pilatos, não é deste mundo (Jo. 18.36). Ao mesmo tempo, também precisamos estar cientes que precisamos agir como sal da terra e luz do mundo (Mt. 5.13,14), ao mesmo tempo em que não nos conformamos com ele (Rm. 12.1,2). No Antigo Testamento encontramos o relato exemplar de Daniel diante da cultura babilônica. Esse jovem hebreu levado para o cativeiro estava imerso em uma cultura distinta dos princípios divinos. Mesmo assim, ele propôs em seu coração não se contaminar com as iguarias do rei, isto é, não fazer concessões quanto a sua fé (Dn. 1.8; 6.6-10). No livro de Daniel também se encontra o registro de fé de Sadraque, Mesaque e Abedenego, corajosos homens de Deus que foram salvos da fornalha por testemunharem da soberania do Senhor, e que não se dobraram diante da estátua erguida pelo Rei (Dn. 3). Mordacai, juntamente com a rainha Ester, servem de exemplo para todos aqueles que não fazem concessões em relação aos valores do Reino de Deus. Os profetas de Deus, tanto aqueles apresentados nos livros históricos, quanto os literários, autores de livro bíblicos, foram contundentes em suas denuncias do status quo, ou seja, da cultura humana distanciada dos padrões eternos de Deus. Por causa disso, os profetas bíblicos eram impopulares, eles se opunham ao que a maioria defendia, se fosse hoje, diríamos que eles não estariam preocupados com o Ibope, ou com o aplauso do público. Como declarou Pedro diante das autoridades romanas e judaicas, o alvo deva ser obedecer a Deus, e não aos homens, quando esses se voltarem contra a Palavra de Deus (At. 5.29).
 
3. CRISTÃOS QUE INFLUENCIARAM A CULTURA
Aqueles que criticam a fé cristã geralmente procuram defeitos na história para denegrir a imagem da Igreja. Não devemos fechar os olhos para atitudes que de fato não orgulham a fé, dentre elas, a Inquisição, tanto a Católica quanto a Protestante. Mas para fazer justiça, é preciso reconhecer o legado cultural da Igreja para a sociedade. Na política, destacamos o exemplo de homens como William Wiberforce, um parlamentar britânico, que lutou intensamente para que a sociedade percebesse a opressão causada pela escravidão. Martin Luther King Jr. tornou-se uma figura respeitável em virtude da sua oposição ao preconceito racial nos Estados Unidos. Na música, Sebastian Bach, impressiona até mesmo os descrentes pela genialidade nas suas composições, as quais assinava com o seguinte acréscimo latino: Soli Deo Gloria(Gloria somente a Deus). Na literatura e apologética, C. S. Lewis, um ex-ateu, contribuiu para difundir e defender os pressupostos da fé cristã. Em seu livro Cristianismo Puro e Simples, resultante de conferências radiofônicas, expôs com maestria os fundamentos doutrinários cristãos. Suas obras literárias, com destaque para As Crônicas de Nárnia, atraem a atenção do público em geral, em seu bojo se encontram verdades eternas, extraídas das páginas do Evangelho. Tostoi e Dostoivski, os dois gigantes da literatura russa, seguidores fervorosos de Cristo, inseriram em suas obras temáticas cristãs, o primeiro, por exemplo, em Guerra e Paz, e o último, em Crime e Castigo e Os Irmãos Karamazov. O cinema também tem servido para influenciar a sociedade a partir dos valores cristãos. As obras de autores cristãos, como as próprio C. S. Lewis, estão sendo adaptadas para a telona. Esses são apenas alguns dos muitos exemplos de pessoas que influenciaram a sociedade a partir dos valores bíblicos que defenderam. Mas existem milhares de outros, heróis anônimos, pessoas simples e descohecidas que se sacrificam e levam, com amor, o evangelho de Cristo, atraindo a comunidade na qual estão inseridas para a Verdade, sendo luzeiros no mundo.
 
CONCLUSÃO
A Igreja de Jesus Cristo foi chamada para influenciar, não para ficar debaixo de um alqueire. Para tanto, deve sair de dentro das quatro paredes e ir para a sociedade, levando o evangelho, as boas novas de salvação. Ela precisa denunciar o pecado, ser uma voz que expõe os princípios bíblicos. Mas precisa investir também na transformação cultural, atuando nas várias frentes. Os políticos precisam ser coerentes com os valores cristãos. Os músicos comporem hinos e canções que glorifiquem a Deus e enobreçam o ser humano. Os escritores devem usar a criatividade para expor valores do Reino. Existem diversas maneiras de a Igreja influenciar a sociedade, não apenas fazendo coisas grandes, mas também com pequenos gestos, que, com zelo doutrinário e amor sacrificial, conduzirão muitos a Cristo.
 
BIBLIOGRAFIA
COLSON, C., PEARCEY, N. E agora como viveremos? Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
COLSON, C., PEARCEY, N. O cristão na cultura de hoje. Rio de Janeiro: CPAD, 2006
 

A ATUAÇÃO SOCIAL DA IGREJA

Lição 10

A ATUAÇÃO SOCIAL DA IGREJA
Texto Áureo: Mt. 25.34-36 – Leitura Bíblica: Is. 58.6,8,10,11; Tg. 2.14-17

Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
Gospel Book: Lições Bíblicas - A Missão Integral da Igreja ... | http://gospel-book.blogspot.com/201...Objetivo: Refletir com os alunos sobre a atuação social da igreja, a fim de que sejamos zelosos no cuidado aos necessitados e na diminuição da desigualdade social.

INTRODUÇÃO
Ao Longo deste trimestre o assunto da atuação social da igreja tem voltado à tona nas lições estudadas. Tal ênfase é justificada em virtude da relevância desse tema para a igreja. Infelizmente, poucas igrejas atentam para a responsabilidade social, não reconhecem que se trata de uma doutrina bíblica. A fim de demonstrar a fundamentação desse ensino na Palavra de Deus, discorremos, na aula de hoje, sobre a atuação social no Antigo e no Novo Testamento.

1. ATUAÇÃO SOCIAL, UMA NECESSIDADE
A atuação social é uma necessidade tanto no contexto da igreja quanto fora dela. No Brasil, o déficit social é histórico, muito ainda precisa ser feito para diminuir a desigualdade social. É bem verdade, conforme destacou o Senhor Jesus, que os pobres sempre teremos conosco (Jo. 12.1), por outro lado, isso não deve eximir a igreja da sua responsabilidade social, considerando suas limitações e possibilidades. A pirâmide social brasileira é composta por uma base de pobres que trabalha intensamente, quando esses conseguem emprego. Ademais, os salários são baixos, enquanto que uma minoria vive regaladamente. Um dos problemas dessa realidade está na constituição cultural da riqueza, que, em sua maioria, é insensível à causa do pobre. Estudos comprovam que a realidade da riqueza e pobreza tem algumas particularidades culturais. Os ricos ostentam seus bens e atribuem aos pobres a incompetência pela miséria. Essa é uma condição da sociedade distanciada dos valores cristãos. Mesmo entre os evangélicos, Max Weber que o diga, existe a crença difundida de que a prosperidade material, para ser usufruída egoisticamente, é benção de Deus, ainda que essa seja angariada desonestamente. A atuação da igreja, diante dessa realidade, deve ser a de criar meios para diminuir a condição extrema de pobreza das pessoas, sejam evangélicas ou não. Além de "dar o peixe", e preciso, às vezes, "ensinar a pescar", investindo na formação educacional e profissional das pessoas. Mas isso apenas não é suficiente, é preciso instruir os membros da igreja para não se envolverem o apoiarem práticas sociais que impliquem retenção dos direitos comuns das pessoas. A estrutura social precisa ser modificada, é preciso que os pobres tenham maiores oportunidades, e para isso, devemos cobrar dos governantes garantias constitucionais, investimento em políticas públicas de saúde, educação e segurança, fiscalizando a fim de que os recursos sejam honestamente aplicados. Isso tem tudo a ver com o Reino de Deus, considerando que os súditos do Reino de Deus têm uma visão diferenciada da política e da economia. A política da Igreja é a de Jesus, que põe o amor, a generosidade e solidariedade em primeiro plano. A economia de Jesus é a dos tesouros celestiais, onde o ladrão não rouba, nem a traça corrói, e que coloca pessoas, não o dinheiro em primeiro lugar. Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, aborda a questão da justiça social, a Bíblia revela o cuidado do Senhor em relação aos necessitados.

2. ATUAÇÃO SOCIAL NO ANTIGO TESTAMENTO
Ao longo do Antigo Testamento, existem várias passagens bíblicas que tratam sobre temas sociais. No Pentateuco - contra o preconceito em relação às necessidades especiais: "Não amaldiçoarás ao surdo, nem porás tropeço diante do cego; mas temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor" (Lv. 19.14); do idoso: "Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do ancião; e temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor" (Lv. 19.19.32); na aplicação da justiça: "Não cometereis injustiça no juízo, nem na vara, nem no peso, nem na medida. Balanças justas, pesos justos, efa justo, e justo him tereis. Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito" (Lv. 19.35,36); contra a opressão ao assalariado: "Não oprimirás o diarista pobre e necessitado de teus irmãos, ou de teus estrangeiros, que está na tua terra e nas tuas portas. No seu dia lhe pagarás a sua diária, e o sol não se porá sobre isso; porquanto pobre é, e sua vida depende disso; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado" (Dt. 24.14,15). Nos Provérbios – sobre o cumprimento das promessas: "Não digas ao teu próximo: Vai, e volta amanhã que to darei, se já o tens contigo" (Pv. 3.28); na utilização de meios escusos contra o povo: "Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer" (Pv. 11.1); contra as pessoas que somente valorizam os ricos: "O pobre é odiado até pelo seu próximo, porém os amigos dos ricos são muitos. O que despreza ao seu próximo peca, mas o que se compadece dos humildes é bem-aventurado" (Pv. 14.20,21); "O que escarnece do pobre insulta ao seu Criador, o que se alegra da calamidade não ficará impune" (Pv. 17.5); "O homem pobre que oprime os pobres é como a chuva impetuosa, que causa a falta de alimento" (Pv. 28.3). Os livros dos profetas estão repletos de denúncias contra as injustiças sociais, em relação aos que acumulam propriedades à custa da opressão dos pobres: "Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra!" (Is. 5.8); "Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça, e os seus aposentos sem direito, que se serve do serviço do seu próximo sem remunerá-lo, e não lhe dá o salário do seu trabalho" (Jr. 22.13). "Porque sei que são muitas as vossas transgressões e graves os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate, e rejeitais os necessitados na porta" (Am. 5.12); "Ai daquele que, para a sua casa, ajunta cobiçosamente bens mal adquiridos, para pôr o seu ninho no alto, a fim de se livrar do poder do mal!" (Hc. 2.9).

3. ATUAÇÃO SOCIAL NO NOVO TESTAMENTO
Ao longo do Novo Testamento nos deparamos com vários textos que se opõem à injustiça social e conclamam a igreja à atuação social. Jesus, em suas palavras, foi bastante contundente a esse respeito: "E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus, e que não há outro além dele; E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios. E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada". (Mc. 12.28-34). No Atos dos Apóstolos, no tocante ao cuidado com os necessitados da igreja: "E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha" (At. 4.32-35); e própria instituição do diaconato tinha como fim diminuir as necessidades sociais na igreja: "Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio" (At. 6.1-7). Na Epístola de Tiago - contra o preconceito em relação ao pobre: "Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com trajes preciosos, e entrar também algum pobre com sórdido traje, E atentardes para o que traz o traje precioso, e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé, ou assenta-te abaixo do meu estrado, Porventura não fizestes distinção entre vós mesmos, e não vos fizestes juízes de maus pensamentos?" (Tg. 2.1-4); do auxílio para o sustento: "E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?" (Tg. 2.15-17); e contra a opressão do pobre pelos ricos: "Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos. Deliciosamente vivestes sobre a terra, e vos deleitastes; cevastes os vossos corações, como num dia de matança. Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu (Tg. 5.1-6). Esses textos são autoexplicativos e suficientes para mostrarem a relevância que a igreja deve dar à atuação social.

CONCLUSÃO
Muitas igrejas ainda desprezam a Palavra de Deus no que tange à atuação social. Há uma ilustração apropriada sobre a passagem de um mendigo, em dias distintos, na casa de um espírita, de um católico e de um evangélico. Conta-se que em cada uma das casas o mendigo recebeu respostas diferentes à sua necessidade, detalhe, tanto o espírita quanto o católico e o evangélico tinham apenas um pão. O espírita, apelando para a filantropia como forma de salvação, deu o pão inteiro ao mendigo e ficou com fome. O católico, na dúvida se a salvação seria somente pela fé, repartiu o pão ao meio e deu a metade ao mendigo. O evangélico, crendo na salvação pela graça, por meio da fé, respondeu que somente tinha um pão, e que, por isso, iria comê-lo e orar pelo mendigo. Essa é uma ilustração que reflete a ausência de atuação social de muitas igrejas evangélicas. O evangélico tem toda razão ao afirmar que a salvação é pela graça, por meio da fé, não vem das obras para que ninguém se glorie (Ef. 2.8.9), mas esquecem do versículo 10, que diz que fomos salvos "para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas".

BIBLIOGRAFIA
CAVALCANTI, R. Cristianismo e política. Viçosa: Ultimato, 2002.
LIMA, P. C. Teologia da ação política e social da igreja. Rio de Janeiro: Renascer, 2005.