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Quando a Igreja de Cristo é perseguida

 
Quando a Igreja de Cristo é perseguida –


Pr. Altair Germano

Lição 8 – 1º Trimestre de 2011
Texto Bíblico: Atos 8.1-8
Texto Áureo: Mt 5.11

A história da Igreja foi marcada por perseguições. O próprio Senhor Jesus, os apóstolos e todos aqueles que fielmente pregaram e viveram segundo os princípios do Evangelho foram vítimas das mais cruéis e sanguinárias ações.

As primeiras perseguições contra a Igreja estão registradas no livro de Atos (At 4.1-22; 5.17-42; 6.8-15; 7.54-60; 8.1-3; 12.1-19; 14.1-7; 19-20; 16.19-26; 35-40; 17.13; 18.5-11; 19.23-41; 20.1-3; 21.27-36, 22-30; 23.12-35; 24.1-27; 25.1-12 ss.).

Os primeiros perseguidores da Igreja foram os líderes judaicos da época:

"Falavam eles ainda ao povo quando sobrevieram os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus, ressentidos por ensinarem eles o povo e anunciarem, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos; e os prenderam, recolhendo-os ao cárcere até ao dia seguinte, pois já era tarde." (At 4.1-3, ARA)

"Levantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele, isto é, a seita dos saduceus, tomaram-se de inveja, prenderam os apóstolos e os recolheram à prisão pública." (At 5.17-18, ARA)

Cairns (1988, p. 46) interpreta as causas desta perseguição ao crescimento rápido da Igreja, que representou para os opositores uma ameaça às suas prerrogativas de intérpretes e e sacerdotes da lei. O Sinédrio, uma organização política e religiosa, sob a permissão romana agiu contra a Igreja. Foi nesta fase da perseguição que Estevão e Tiago foram mortos.

Comentando sobre o relato do martírio de Estevão em Atos 1.8b, Marshall (2008, p. 146) entende que o sucesso deste ataque foi o sinal para um ataque em maior escala contra a igreja em Jerusalém. Pela primeira vez a palavra "perseguição" (gr. diogmos) ocorre em Atos, significando aqui: "oprimir alguém a fim de persuadí-lo a rejeitar a sua religião, ou simplesmente atacar alguém por motivos religiosos." Kistemaker (2006, p. 383), destaca que o final – mos, aplicado ao substantivo grego, indica ação que se encontra em progresso.

Sobre essa perseguição Williams (1996, p. 174) diz que:



 

Assistência social, um importante negócio


 
Assistência social, um importante negócio 


Pb. José Roberto A. Barbosa

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Objetivo: Mostrar aos alunos que o relacionamento no contexto da igreja não deva estar circunscrito à oração, à pregação e ao ensino, mas que é preciso também atentar para as questões sociais.

INTRODUÇÃO
A igreja cristã primitiva, após experimentar crescimento significativo, começou a lidar com problemas sociais. Para tanto, fez-se necessário a instituição do diaconato, como alternativa para atenuar as dificuldades sociais. A respeito desse assunto estudaremos na lição de hoje, atentando, a princípio, para o papel da assistência social na igreja, em seguida, para o significado do diaconato. Ao final, destacaremos a relevância da assistência social na igreja.

1. ASSISTÊNCIA SOCIAL NA IGREJA
A assistência social precisa ser entendida tanto como profissão quanto prática social. O assistente social é um profissional com formação universitária que atua em diversos contextos a fim de favorecer auxílio institucional às pessoas necessitadas, e também, promover mudança social, com vistas à ruptura com estruturas sociais injustas. A assistência social, em sentido amplo, conforme tomado nesta lição, diz respeito à atuação direta da igreja cristã, com o intuito de dirimir as dificuldades sociais existentes na igreja. As principais dificuldades sociais com as quais a igreja lida são de ordem financeira, e mais especificamente, com o provimento necessário dos irmãos para o básico, o alimento diário. A igreja cristã não poderá erradicar a pobreza que campeia na sociedade. Na verdade, na situação social controlada pelo pecado, a pobreza continuará existindo (Mt. 26.11). O problema da pobreza é bastante complexo e deva ser analisado à luz das Escrituras e dos estudos sociológicos. Há pobreza que é decorrente do pecado específico de uma pessoa, mas isso não deva ser adotado como regra geral. Existem pessoas que são pobres porque as condições sociais lhes foram desfavoráveis. O mesmo pode ser dito em relação à riqueza, há pessoas que são ricas porque se esforçaram e conseguiram acumular capital, mas outras enriqueceram por meio da exploração dos mais pobres e necessitados. A igreja, sem desprezar a oração, a evangelização e o ensino, tem o desafio de, ao mesmo tempo em que "dar o peixe", também "ensina a pescar", isto é, promover coletas para ajudar os pobres, orientar a formação profissional e contribuir com práticas que diminuam a desigualdade social.

2. A INSITUIÇÃO DO DIACONATO NA IGREJA
A igreja de Jerusalém passou por uma experiência singular no tratamento das dificuldades sociais dos irmãos. Lucas registra que "repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha" (At. 4.35). Essa experiência precisa ser avaliada com critérios bíblico-contextuais, para evitar posições extremas. Há dois versículos: At. 2.44 e 4.32, nos quais está escrito que os discípulos de Jesus tinham tudo em comum, hapanta koina, em grego. A necessidade era tamanha entre eles que ninguém se considerava dono de coisa alguma, antes colocava tudo à disposição dos apóstolos, para que os bens fossem por eles distribuídos (At. 4.34,35). A entrega dos bens pessoais, conforme depreendemos de At. 2.45; 4.35, era proporcional à necessidade dos irmãos, por isso não havia necessitado entre eles (At. 4.34). Essa prática não deva ser confundida com um comunismo, isto é, o sistema de governo baseado nos pressupostos marxistas, que determina o controle da distribuição de renda pelo Estado. A entrega dos bens na igreja se dava voluntariamente, não era uma imposição apostólica. O princípio permanece para a igreja, no intuito de responder às necessidades dos irmãos. Para isso foram estabelecidos os diáconos, pois, "naqueles dias, multiplicou-se o número dos discípulos". Os gregos começaram a murmurar contra os hebreus, pois "suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano" (At. 6.1). Na igreja de Jerusalém já era possível identificar dos grupos: os gregos (hellenistai) e os hebreus (heraioi). A solução foi a escolha "de sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos à oração e ao ministério palavra" (At. 6.4). Esses homens receberam o nome de diáconos, cujo significado é "ministério" ou "serviço". O diácono não era apenas um título, mas uma função, ou seja, aqueles que assim atuavam na igreja, sabiam que seu propósito era o de servir aos irmãos da igreja.

3. INVESTINDO NA ASSISTÊNCIA SOCIAL
O investimento na assistência social na igreja é um ótimo negócio, pois na medida em que os irmãos cuidavam dos necessitados, "crescia a palavra de Deus" (At. 6.7). Para alguns irmãos, a dedicação à obra social é perda de tempo, e até justificam: que "pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Ef. 2.8,9), esquecendo do versículo 10, seguinte: "Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas". O trabalho social da igreja, nesse contexto, não é para obter a salvação, pois, de fato, somos salvos pela graça, por meio da fé, mas após a salvação, devemos nos devotar também às boas obras, dentre as quais, a ajuda aos necessitados. A generosidade é uma prática precisa ser estimulada nas igrejas cristãs, que, infelizmente, por causa do individualismo, e do culto ao sucesso, começa a ser desprezada. Há pessoas que ao invés de demonstrar cuidado com os carentes da igreja, preferem culpá-los por incompetência, e semelhantemente aos "amigos" de Jó, justificam, como causa de necessidade, a existência de algum tipo de pecado. A igreja de Corinto nos deixa um exemplo de generosidade (II Co. 8.7). E essa deva ser exercida em amor, sem alardes, e não apenas com palavras, mas também em atos (Lc. 19.1-10; I Jo. 3.16-18). A preocupação com a pobreza dos irmãos se fundamenta no fato de que Jesus também foi pobre (Lc. 2.7; Lc. 2.24; Lv. 12.6-8); Lc. 9.58).

CONCLUSÃO
A assistência social é um importante negócio, mais que isso, é um investimento da igreja. A pregação, a oração e o ensino devam ter prioridade, mas não podemos deixar de atentar para os necessitados. Não apenas, como dizem alguns, "orar por eles". É preciso "arregaçar as mangas", fazer algumas coisas em prol daqueles que carecem de ajuda. A orientação profissional deva ser uma preocupação da igreja, principalmente encaminhando os mais jovens para o trabalho. É tarefa da igreja também a conscientização política, a fim de que os cristãos não se engajem em práticas sociais injustas, que sustentem o aumento da pobreza. Não devemos esquecer que a principal preocupação da igreja deva ser feito em pessoas, pois delas prestaremos contas diante de Deus (Hb. 13.7).

BIBLIOGRAFIA
LIMA, P. C. Teologia da ação política e social da igreja. Rio de Janeiro: Renascer, 2005.
STOTT, J. A mensagem de Atos. São Paulo: Abu, 2008.

 
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O autêntico educador cristão

 
O autêntico educador cristão

 



por Manoel Moura Jr

A educação cristã deve ser considerada como a célula mãe da igreja, pois, sem a mesma não temos como desenvolver-mos padrões éticos nem tampouco extrair-mos um sistema de moralidade que glorifique a Deus. O educador cristão precisa de fato saber reconhecer a sua chamada e por em prática tudo quanto tem aprendido sem deixar de lado as novas técnicas de aprendizado. Este artigo trata da importância do Educador Cristão.

JEQUITIBÁS OU EUCALIPTOS?

Certamente você já ouviu esta celebre frase: "Educação não é profissão, é vocação." O que quer dizer isto? Educar não é somente professar, instruir, ensinar? Absolutamente não! A nobre tarefa de educar vai além das raias da informação ou simples instrução. Educar tem a ver com transmissão; assimilação de valores culturais, sociais e espirituais. Quem exerce apenas tecnicamente a função de ensinar não tem consciência de sua missão educativa, formadora de pessoas e de "mundos". Se educar não é sinônimo de ensinar, nos vemos no dever de refletir: Quem ensina? E quem realmente educa? Em que categoria e sentido as funções do professor diferem das do educador?

Professores são como eucaliptos

O educador não deve ser considerado um simples professor, na acepção daquele que apenas ensina uma ciência, técnica ou disciplina. Educadores e professores possuem função e natureza distintas. Eles não são forjados no mesmo forno. E se de fato não são de mesma natureza, de onde vem o educador? Qual a sua procedência? Tem ele o direito de existir? Como pode ser constituído? "Não se trata de formar o educador, como se ele não existisse", diz o professor Rubens Alves. "Como se houvesse escolas capazes de gerá-lo ou programas que pudessem trazê-lo à luz. Eucaliptos não se transformarão em jequitibás, a menos que em cada eucalipto haja um jequitibá adormecido: os eucaliptos são árvores majestosas, bonitas, porém absolutamente idênticas umas às outras, que podem ser substituídas com rapidez sem problemas. Ficam todas enfileiradas em permanente posição de sentido, preparadas para o corte e o lucro".

Educadores são como jequitibás

Prossegue o mestre Alves, "os eucaliptos são símbolos dos professores, que vivem no mundo da organização, das instituições e das finanças. Os eucaliptos crescem depressa para substituírem as velhas árvores seculares que ninguém viu nascer e nem plantou. Aquelas árvores misteriosas que produzem sombras não penetradas, desconhecidas, onde reside o silêncio nos lugares não visitados. Tais árvores possuem até personalidade como dizem os antigos". Os educadores são como árvores velhas, como jequitibás, possuem um nome, uma face, uma história. Educador não pode ser confundido com professor. Da mesma forma que jequitibás e eucaliptos não são as mesmas árvores, não fornecem a mesma madeira.

Como identificar os autênticos educadores cristãos

Há diferença entre professores e educadores no que se refere à práxis do ensino cristão? Como podemos distingui-los, identificá-los? É suficiente dominar métodos, procedimentos e técnicas didáticas ou ser um expert em comunicação? Óbvio que não! Este tema, romanticamente discutido e refletido no âmbito da educação secular, assume maior importância e dimensão no da educação cristã. Nenhum educador cristão deve fracassar diante da tentação de apenas manter seus alunos informados a respeito da Bíblia e da vontade de Deus. Antes deve torná-los, através da influência do próprio exemplo, praticantes da Palavra e perseguidores da vontade divina.

Educadores têm convicção de sua chamada

Com o intuito de edificar e aperfeiçoar sua Igreja, Cristo concedeu vários dons aos homens e, dentre eles, o de mestre: "E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo" (Ef 4.11,12). Segundo o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal, "mestres são aqueles que recebem de Deus um dom especial para esclarecer, expor e proclamar a Palavra de Deus". Isto significa que, além da vocação e das aptidões naturais para o magistério, o ensinador cristão precisa ter convicção plena de sua chamada específica para o ministério de ensino cristão.

Educadores são dedicados ao ministério de ensino

Muitos são freqüentemente colocados à frente de uma classe por seus líderes, mas não receberam de Deus a confirmação de sua chamada. Não sabem realmente porque foram colocados naquela função. Como identificar os professores genuinamente chamados para serem educadores? Os chamados, enquanto ensinam, sentem seus corações inflamarem pela atuação poderosa do Espírito Santo. Eles amam intensamente sua missão. Têm dedicação em sua prática docente: "…se é ensinar, haja esmero ao ensino" (Rm 12.7b). E o que significa esmero? Esmero significa integralidade de tempo no ministério de ensino, ou seja, estar com a mente, o coração e a vida totalmente voltados para esse mister. Ser ensinador cristão é diferente de ocupar o cargo de professor. Envolve chamada específica e capacitação divina.

Educadores mantêm comunhão real com Cristo

Outra característica que diferencia o educador cristão de um simples técnico de ensino, é que o primeiro, mantém um relacionamento real com o Senhor Jesus. Em outras palavras, significa que Cristo é, em primeiro lugar, seu salvador pessoal, salvou-o de todo o pecado e é também Senhor e dono da sua vida. Há professores que não têm certeza da própria salvação, como poderão ensinar Soteriologia? Outros não oram, não lêem a Bíblia e não têm vida devocional. São técnicos! No magistério cristão, de nada adianta ensinar o que não sente e não vive. O educador nunca ensinar aquilo que não está disposto a obedecer.

Educadores seguem o exemplo de Cristo

A melhor maneira de unirmos as funções de professor e educador é seguirmos o exemplo de Jesus. Ele foi, em seu ministério terreno, o maior professor e pedagogo de todos os tempos; usou todos os métodos didáticos disponíveis para ensinar: costumava, por exemplo, fazer perguntas para induzir a audiência a dar a resposta correta que Ele buscava; fazia indagações indiretas exigindo que seus discípulos comparassem, examinassem, relembrassem e avaliassem todos os conteúdos; exemplificava com parábolas, contava histórias e usava vários métodos criativos. Conforme declarou LeBar, citado por Howard Hendricks no Manual de Ensino, CPAD, "Jesus Cristo era o Mestre por excelência, porque ele mesmo encarnava perfeitamente a verdade. [...] Ele entendia perfeitamente seus discípulos, e usava métodos perfeitos para mudar as pessoas individualmente e sabia como era a natureza humana e o que havia genericamente no homem (Jo 2.24,25)." Jesus ensinava complexidades usando a linguagem simples das coisas do dia-a-dia. Sua linguagem sempre era tangível à experiência das pessoas – emprego, problemas pessoais, costumes, vida familiar, natureza, conceitos religiosos etc. Seus instrumentos pedagógicos eram os campos, as montanhas, os pássaros, as tempestades, as ovelhas. Em suma, qualquer coisa que estivesse ao seu alcance Ele usava como ferramenta de ensino.

Educadores nunca cessam de aprender

Um autêntico educador, ao contrário de certos professores que se sentem "donos do saber", são humildes e estão sempre com disposição para aprender. Ele não se esquece que o homem é um ser educável e nunca se cansa de aprender. Aprendemos com os livros, com nossos alunos, com as crianças, com os idosos, com os iletrados, enfim, aprendemos enquanto ensinamos. Não há melhor maneira de aprender do que tentar ensinar outra pessoa. O professor-educador deve estar atento a qualquer oportunidade de aprender. Quando não souber uma resposta, é melhor ser honesto e dizer que não sabe. A ausência do orgulho diante da realidade de "não saber", facilita e promove a aprendizagem.

Educadores exercem liderança positiva

Liderança positiva é outra peça-chave na constituição dos educadores cristãos autênticos. Tendo consciência ou não, quem ensina sempre exerce liderança sobre quem aprende. Essa liderança será positiva ou negativa, em função da postura espiritual assumida pelo educador. Os ensinamentos, conceitos, princípios e conselhos ministrados aos seus alunos, dificilmente deixarão de influenciá-los. De que modo pode o professor evidenciar liderança positiva? Eis algumas dicas:

a) Apoiando o pastor de sua igreja;

b) Dando assistência aos cultos;

c) Participando efetivamente no sustento financeiro da obra de Deus (dízimos e ofertas);

d) Integrando-se à igreja: presença e atividades nos cultos;

e) Mantendo-se distante dos "ventos de doutrinas";

f) Sendo eticamente correto;

g) Vivendo o que ensina (personificar a lição);

h) Tendo um lar cristão exemplar;

i) Apoiando a missão e a visão da igreja local;

j) Não usando a sala de aula para promover revoltas e dissoluções.

l) Colocando como alvo o nascimento de uma nova classe a cada ano.

m) Colocando como alvo a geração de novos professores a cada ano.

Como nos referimos em tópico anterior, o ministério de ensino exige dedicação integral do professor: "E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de pregar Jesus Cristo" (At 5.42). Cabe aos educadores cristãos a responsabilidade de instruir, guiar e orientar o caminho de outros servos de Deus. O professor que não se limita a dar instruções precisa ser cada vez mais consciente de sua tarefa, não no sentido de mera assistência, mas em suas atitudes e atos em relação à obra de Deus e a Cristo. O resultado desta missão será energicamente cobrado. Chegará o dia em que cada obreiro do ensino dará contas de si mesmo a Deus: "… cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus" (Rm 14.12).Fontes Bibliográficas:Manual do Educador Cristão, Editora CPAD. Teologia da Educação Cristã, Editora Vida. Teologia da Educação Cristã, Editora CPAD.

Fonte: Faetel

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A importância da disciplina na igreja

 
A importância da disciplina na igreja –

Texto Áureo: Hb. 12.11 – Leitura Bíblica em Classe: At. 5.1-11
Pb. José Roberto A. Barbosa
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Objetivo: Mostrar aos alunos que a essência da disciplina é o ensino e o seu objetivo é levar-nos a andar de acordo com a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.

INTRODUÇÃO
Há quem defenda que a disciplina não é mais necessária na igreja dos dias atuais. O Deus que disciplina em amor, conforme revelado na Bíblia, não é mais considerado. Em contraponto a essa abordagem, estudaremos, na lição de hoje, a respeito da importância da disciplina na igreja: definição no Antigo e Novo Testamento, o caso Ananias e Safira e as condições para a disciplina na igreja.

1. A DEFINIÇÃO BÍBLICA DE DISCIPLINA
No Antigo Testamento, a palavra hebraica para disciplina é musar e significa, prioritariamente, "instrução". Isso porque na Lei Judaica a disciplina tem a ver com a instrução por meio de recompensas e punições a fim de orientar a conduta do comportamento. É nesse sentido que, em Dt. 11.2, é destacada a disciplina do Senhor. A Lei Mosaica opera por meio de um complexo sistema de punições a fim de reforçar os Mandamentos de Deus (Lv. 25.23; Dt. 4.36; Ex. 20.20). Por esse motivo, o ímpio, ou seja, aquele que não observa a Torah, odeia a disciplina (Sl. 50.17). O genuíno filho de Deus, por sua vez, ama a disciplina (Pv. 3.11), pois nesta repousa a sua vida (Pv. 5.12) e o seu próprio bem (Pv. 19.18). No Novo Testamento, a palavra grega é paidia que tanto se refere à instrução ou orientação quanto ao treinamento. Esse termo, em sentido amplo, diz respeito ao ato de "criar, educar, instruir". O fundamento da disciplina, conforme exposta no Novo Testamento, é o amor (Hb. 12.6-11). A disciplina aplicada com ódio não passa de vingança, nada tem a ver com a disciplina de Jesus (Mt. 11.29).

2. A CONDENAÇÃO DE ANANIAS E SAFIRA
No capítulo 5 de Atos, estudamos a respeito da condenação de Deus sobre Ananias e Safira. Barnabé, um cristão recém-convertido, e de posses, vendeu tudo o que possuía e depositou aos pés dos apóstolos. Sua generosidade chamou a atenção da igreja, levando Ananias e Safira a querem imitar tal ato, a fim de serem honrados pelos irmãos. Para tanto, venderam uma propriedade e combinaram em reter parte do valor recebido. Em seguida, depositaram-no aos pés dos apóstolos, dizendo ser aquela a quantia total da venda. Através daquele ato, Satanás quis instaurar a hipocrisia no seio da igreja primitiva. Eles demonstraram, por meio dessa atitude, ser vangloriosos e cobiçosos em relação ao dinheiro (I Tm. 6.10). Eles poderiam permanecer com o dinheiro que receberam pela venda da herdade, mas não precisariam mentir, em busca de fama. Mas Pedro, pelo Espírito Santo, discerniu que aqueles corações estavam tomados pela hipocrisia: "por que encheu Satanás o teu coração?" (At. 5.3), eis a origem do pecado (Jo. 13.2; Tg. 4.7). Não se tratava de um pecado somente aos homens, pois, conforme argumentou Pedro, "Não mentiste aos homens, mas a Deus" (At. 5.4). Eles foram disciplinados imediatamente, com o objetivo específico, para servir de instrução aos demais "houve um grande temor em toda a igreja e em todos os que ouviram estas coisas" (At. 5.11). Em virtude da igreja está em seus momentos iniciais, Deus antecipou o castigo de Ananias e Safira, e ainda pode fazer o mesmo nos dias atuais, ainda que, em geral, continue dando oportunidade para o arrependimento (Ap. 2.5; 3.19).

3. A DISCIPLINA NA IGREJA
Jesus declarou que a igreja, na terra, tem a responsabilidade árdua, mas necessária de disciplinar (Mt. 18.18-20), mas essa deve fazê-lo de acordo com a Palavra, em oração, na dependência do Espírito Santo, e sobretudo, em amor (I Pe. 4.8). Existem algumas falhas que podem dispensar a disciplina, a esse respeito tratam os seguintes textos: Rm. 15.1; Fp. 4.5; I Pe. 4.8). Nos casos de transgressões que não sejam passíveis de comprovação, o melhor é orar pela pessoa, confiando que Deus trabalhará na sua vida, conduzindo-a ao arrependimento (Mt. 18.16). Nos casos de ofensas pessoais, isto é, que envolvam membros da igreja, é recomendável que a pessoa ofendida busque a pessoa culpada em busca de reconciliação (Mt. 18.15). Caso a pessoa permaneça impenitente em relação ao pecado, deva-se levar à igreja, através da liderança, a fim de que o caso seja avaliado (Mt. 18.17). A pessoa que está sendo objeto da acusação deva ter amplo direito à defesa e somente ser disciplinada após a comprovação dos fatos, o que acarretará, se for o caso, em exclusão (Mt. 18.17). Nos casos de pecados públicos, a disciplina é necessária a fim de: 1) proteger a integridade da igreja (At. 20.28-31; Hb. 12.14-16); e 2) restaurar o transgressor à igreja, conduzindo-o ao arrependimento (Gl. 6.1; Tg. 5.19,20). Não saudável viver a procura de casos de pecados na igreja, mas, por outro lado, não se pode deixar de atentar para os casos dignos de disciplina (Mt. 13.28-30). A disciplina preventiva, por meio do ensino da Palavra, é a melhor maneira de evitar medidas mais amargas posteriormente (II Tm. 2.24-26; Tt. 1.9).

CONCLUSÃO
A disciplina é necessária na igreja, mas essa deva sempre ser conduzida em amor, dando aos ofensores, a ampla oportunidade de defesa, e quando identificada a culpa, este deva, se possível, ser conduzido ao arrependimento (I Co. 1.10,11; Fp. 4.2,3). Ananias e Safira receberam a punição pelos seus pecados porque se negaram a reconhecê-lo, mentiram ao Espírito Santo, e esse, verdadeiramente, é o pecado imperdoável (Mt. 12.32), a hipocrisia do pecador que não dá lugar ao arrependimento, ao convencimento do Espírito (Jo 16.8-10). No caso da igreja, a disciplina deva ser dada, ao pecador arrependido, com amor e humildade, almejando sempre sua restauração (Gl. 6.1-2).

BIBLIOGRAFIA
ELLIFF, J., WINGERD, D. Disciplina na igreja. São José dos Campos: Fiel, 2006.
PEARLMAN, M. Atos: e a igreja se fez missões. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

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