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A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO: A NATUREZA DA PECAMINOSIDADE HUMANA


 

A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO: A NATUREZA DA PECAMINOSIDADE HUMANA

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"Continuou: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte que me cabe dos bens. E ele lhes repartiu nos haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante, e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente" (Evangelho de Lucas 15 11-13).


INTRODUÇÃO

Contexto: líderes religiosos judaicos não entendem o amor de Cristo pelos pecadores. Precisamos ler essa parábola partindo do seu contexto histórico. A intenção de Cristo não é apenas a de dizer que Deus ama os homens, mas que Deus ama os homens pecadores.

Pecado, perdição e amor. Esses são os três temas principais da parábola mais famosa da Bíblia. Em primeiro lugar, sua intenção é revelar o porque de o ser humano ser considerado pecador. Em seguida, Cristo revela a natureza da conseqüência maior do pecado que é a perdição. Em terceiro lugar, Cristo revela a extensão do amor que Deus tem pelos pecadores perdidos.

Só entenderemos o cristianismo e a própria missão de Cristo se compreendermos essa parábola. Vejamos, portanto, a primeira verdade que ela tenciona ensinar: a natureza do pecado humano.

1. Por que o homem é considerado pecador aos olhos de Deus?

 O cristianismo tem como um dos seus principais fundamentos o conceito de pecado. A idéia de um Salvador que vem para dar sua vida pelos pecadores, depende da realidade da culpa moral perante Deus.

Esta é uma das doutrinas mais difíceis de se defender nos dias de hoje. Alguns dos seus principais adversários são: o relativismo moral (não há uma base intelectual para a construção de valores morais absolutos), o determinismo biológico (nosso comportamento é determinado por causas fisiológicas) e o determinismo social (o homem nasce bom, porém o meio social o corrompe).

 Em que o cristianismo se fundamenta para afirmar que o homem é pecador?

1.1. O homem não deve sua origem a si mesmo.

É inconcebível, se partirmos do pressuposto de que o homem deve sua origem a Deus, que vivamos sem nos reportarmos àquele que nos criou. A criatura não pode se insurgir contra aquele que a criou. É moralmente inaceitável que o homem viva uma espécie de vida que o próprio Deus - o Criador do universo -  não vive.

1.2. O homem não deve o que tem a si mesmo.

O homem não deve apenas a origem da sua vida a Deus. Tudo o que tem e é resulta da ação benevolente do mesmo Deus. Destruir a herança que foi dada, concedida amorosamente para a glória do seu doador, é moralmente feio.

1.3. O homem deve sua origem a um ser amável.

Cristo compara aquele que criou os seres humanos a um pai. Quem criou não foi uma energia impessoal, mas alguém cuja doçura, misericórdia e perdão revelam a existência de um ser amável (digno de ser amado) - alguém que pode ter o seu amor comparado ao de um pai. Só que elevado ao infinito.

1.4. O homem é livre.

O comportamento humano é auto-determinado. Os seres humanos fazem o que querem fazer. Agem de modo livre, racional e responsável. Não são empurrados por Deus para a prática do mal. Não agem mediante coação. Fazem o que fazem em razão da vontade mais forte que encontra-se presente no momento da escolha. Ter como vontade predominante algo que vai de encontro a vontade do Criador amável que Cristo revela é pecado nessa galáxia e em qualquer outra que exista.

1.5. O homem tem usado da sua liberdade para viver autonomamente.

O homem é um ser cuja vida pode ser comparada a de um filho que decidiu viver longe de casa a fim de gastar a herança do pai. Cristo fala da autonomia humana em relação a Deus. Os seres humanos usam os recursos de Deus, no mundo criado por Deus, gozando de uma vida sustentada por Deus (por que você não fez um aneurisma cerebral um minuto atrás?), mas sem visarem a glória de Deus.

1.6. O homem tem desperdiçado o que tem recebido de Deus.

A vida de cada ser humano pode ser comparada à vida de um rei destronado. Gastamos os recursos de Deus. Nos tornamos pobres. Hoje é um verdadeiro desafio divisar a imagem e semelhança de Deus na vida de muitos seres humanos que conhecemos. O homem não é pecador porque é miserável, o homem é miserável porque é pecador. O salário do pecado é o pecado.

 

APLICAÇÃO

1. Pare para considerar hoje a sua origem.

Pense no fato de que você poderia ter sido um aborto literal ou metafísico. Você poderia ter morrido no ventre da sua mãe, ou ter sido apenas uma possibilidade na mente de Deus.

2. Pare para considerar hoje o que você recebeu.

Você não apenas foi criado, mas tem sido mantido pelo poder de Deus. Um Deus que tem enriquecido sua vida das mais diferentes formas. Não menospreze o que lhe foi dado por amor. Doado não para a sua destruição, mas para o enriquecimento da sua vida.

3. Pare para considerar hoje o caráter do autor de tudo o que você tem e é.

Pense na origem de tudo o que foi criado. Cristo não fala de uma coisa, mas de alguém. E ao escolher um ser humano com quem pudesse comparar a Deus, Cristo escolhe a figura do pai. Pois, é isso o que Deus é.

4. Pare para considerar hoje o que você tem feito da sua liberdade.

Como você tem administrado a liberdade recebida?

5. Pare para considerar hoje se você vive para a glória daquele que o criou.

Você tem vivido para fazer Deus sorrir? Sua maior obsessão é levá-lo a se ver em voce?

6. Pare para considerar hoje o quanto você tem desperdiçado da herança que recebeu.

 Recentemente pude ler o livro O Chamado, do escritor americano, Os Guinnes. Gostaria de compartilhar com voce alguns trechos do capítulo tres do referido livro.

Václav Havel (Presidente da República Checa): "Eu diria que a nossa responsabilidade é uma faca de que usamos para esculpir nossas características própria inimitáveis no panorama do ser, é a caneta com a qual escrevemos a história do ser, a história da nova criação do mundo que cada nova existência humana sempre é".

Os Guinnes: "Os marxistas nos interpretam por categorias de classe, os freudianos por categorias de neurose infantil, os feministas pelo gênero... aparam o retrato de nossa personalidade para caber dentro de seus porta-retratos produzidos em massa... todas as tentativas de explicar a individualidade humana em termos gerais podem ser resumidas em variações de 'ser constangido a ser'. A inadequação é  óbvia. Tornamo-nos prisioneiros de nossa categoria, seja ela gênero, classe, raça, geração ou antepassados".

Shakespeare: "Podemos inventar a nós mesmos".

John Keats: "O que é criativo deve criar a si mesmo".

Nietzsche: Obedecer a nós mesmos ou ser comandados por outros.

Os Guinnes indaga: O que queremos ser? "A verdadeira identidade é sempre concedida socialmente mais do que auto-construída".

Guinnes: "Em vez de ser constrangidos a ser somos chamados para ser... a noção da vida como karma, ou a crença de que seu futuro está imutavelmente escrito está tão longe da verdade do chamado quanto se pode chegar... ser humano é responder ao chamado de Deus".

Guinnes: "Quem sou eu? Não é simples questão de ler de volta as lembranças antigas que intimam e anunciam nosso destino mais tarde... seguindo o seu chamado tornamo-nos naquilo que fomos constituídos para ser mediante a criação".

C. S. Lewis: "Quanto mais nós tiramos o que chamamos de nós mesmos do caminho e permitirmos que ele tome conta, mais verdadeiramente nos tornamos nós mesmos... quanto mais o resisto e tento viver por minha própria conta, mais sou dominado pela minha hereditariedade, educação, meio ambiente e desejos naturais. Na verdade aquilo que com tanto orgulho denomino de Eu Mesmo torna-se apenas ponto de encontro para as fileiras de eventos que nunca comecei e jamais consigo fazer parar".

A "forma" dentro da qual querem nos enfiar é apenas uma das formas de encararmos o que a vida quer fazer de nós. Podemos ver as coisas sob a perspectiva proposta por Cristo. O que estamos fazendo com a nossa herança? Quem tem determinado a forma como gastamos nossa vida?

CONCLUSÃO

A nós só nos cabe tomar a decisão de gastar nossa vida naquilo que é belo, santo e glorifica a Deus. E tudo isso na presença daquele que é a causa de tudo o que temos e somos – esse ser absolutamente amável.


POST SCRIPTUM

A mensagem está sucinta porque eu nunca levo para o púlpito tudo o que vou falar. Quer dizer, eu nunca escrevo o meu sermão na íntegra. Há um esboço (que é o que voce tem acima) que procuro seguir, deixando liberdade para aquilo que vem no momento da entrega da mensagem (aquilo que acredito sinceramente que o Espírito Santo dá durante a pregação). Não creio que Deus honre a preguiça. Quem tomou a decisão de alimentar pessoas por meio da pregação, deve também se alimentar. Quem deixa de estudar deixa de pregar. Mas, não é preguiça e irresponsabilidade um pregador se levantar para pregar portando apenas umas poucas idéias num papel. É fé. Ressalva: desde que ele tenha uma vida regular de oração, leitura de obras teológicas, estudo das Sagradas Escrituras, contato com a realidade concreta do seu tempo (a Bíblia em uma das mãos e o jornal na outra) e domínio do conteúdo da passagem sobre a qual tenciona pregar (sem falar numa vida de santidade).

Antonio Carlos Costa



Márcio Melânia

"Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados,
sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco."
(2 Coríntios 13 : 11)

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