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Combatendo a evasão da EBD

 



Entenda os motivos que podem estar influenciando o afastamento dos alunos da Escola Dominical

Recentemente participei do encerramento trimestral da ED na AD em Picos, cidade que fica há aproximadamente 350 quilômetros da capital do Estado do Piauí, Teresina. Tendo sido o comentarista das Lições Bíblicas do quarto trimestre de 2009, cuja temática se deu em torno de Davi, fui convidado para fazer o fechamento da revista naquele evento.

Pois bem, alguém já disse que a "primeira impressão é a que fica". Isto para mim se tornou uma verdade incontestável quando pude ver a estrutura que aquela igreja tem em relação a Escola Dominical.

O evento ocorreu no Centro de Eventos da Assembleia de Deus (Ceade), um espaçoso ginásio coberto, que aquela igreja construiu para grandes eventos. Ali foi feita uma chamada nominal das mais de vinte congregações que formam aquela igreja, e o que se podia constatar facilmente era a presença em massa dos alunos. São mais de 1,2 mil alunos matriculados na ED e, pelo que pude observar, pelo menos, noventa por cento deles estavam ali naquela manhã. Algo que realmente me fez pensar. Por que aquela igreja, que fica em uma cidade de porte médio e no interior do Estado possui uma grande estrutura e outras que são até mesmo maiores não? Não estou aqui superestimando o trabalho daquela igreja, basta vermos que o Departamento de Escola Dominical dali já recebeu reconhecimento nacional em concurso promovido pela Casa Publicadora das Assembléias de Deus.  

Mais uma vez me pergunto: Por que eles possuem uma Escola Dominical que funciona e outras não? Acredito que há uma resposta para isso. Todavia é bom esclarecer que embora eu esteja convencido de saber a resposta para o sucesso daquela igreja, o processo educacional é muito complexo e não admite soluções simplistas. Até mesmo o êxito dos irmãos daquela igreja não foge a essa rega. Quando nos propomos a avaliar qualquer processo educacional, seja ele eficaz ou não, precisamos levar em contra um conjunto de fatores responsáveis pela sua construção. Isso tem a ver com a ideologia ou filosofia da educação do sistema de ensino adotado, bem como a estrutura física, além, é claro, dos atores mais importantes desse processo – o educando e o educador.

A eficácia do ensino da ED que se realiza eficazmente em qualquer igreja, obedece alguns princípios elementares. Aqui quero focalizá-los.  

1.    Filosofia da Educação

Nenhum sistema de ensino sobrevive sem um princípio filosófico que lhe dê sustentação. Por filosofia da educação me refiro ao embasamento teórico que dá sustentação a uma determinada ideologia ou cosmovisão. Isto não quer dizer que para uma igreja ter eficácia em sua missão educacional seu líder ou membros devam necessariamente serem filósofos ou algo parecido. Não! Quando falamos de uma filosofia da educação ou de qualquer outra ciência, seja ela empírica ou não, estamos nos referindo aos princípios que governam determinada disciplina ou ciência. Isto é muito importante porque determinará a forma como enxergamos o mundo a nossa volta. Na verdade, todo sistema possui sua ideologia ou forma de enxergar as coisas. Os comunistas, por exemplo, viam o mundo como matéria e essa forma de ver as coisas levou-os a negar a realidade do espírito e a formar uma sociedade de ateus. Por outro lado, muitas filosofias orientais atualmente fazem exatamente o oposto, negam a existência da matéria e afirmam somente a existência do espírito.

Passos para o sucesso da ED

A educação ocidental, da qual fazemos parte, tem sido dominada por dois paradigmas educacionais – o moderno, que nos modelou nos últimos três séculos, e o pós-moderno, que está procurando se firmar a partir dos anos setenta. O paradigma da modernidade, também conhecido como cientificista ou cartesiano, foi o responsável por uma educação mais técnica, mais racional e menos humanizada. Por outro lado, o modelo pós-moderno ou ainda holista, busca formar uma consciência sistêmica do mundo. A educação pós-moderna não está interessada apenas nas partes como os modernos queriam, mas sobretudo no todo.

É bom lembrar que nenhum modelo ou paradigma científico ou educacional é perfeito. Observo hoje que se tenta jogar pedra no modelo cartesiano, como se nada produzido pela modernidade prestasse mais, que ficou obsoleto e que, por isso, deve ser totalmente abandonado. Se fala hoje que um modelo de educação para ser eficaz precisa ser construtivista, interacionista, sociocultural e transcendente. Eu também acredito, mas como educador não posso aceitar como válidas todas as implicações geradas por essa cosmovisão. Explico. Quando se fala, por exemplo, numa educação construtivista, a ideia é aquela do aluno "fazendo sozinho", isto é, ele mesmo vai construindo seus próprios valores. Isto se explica quando se sabe que nessa forma de enxergar o mundo não existe valores absolutos e que, por isso, ninguém tem o direito de impor sua verdade ou verdades a ninguém. O mesmo pode ser dito quanto se fala em uma educação sistêmica, que é ao mesmo tempo interacionista, sociocultural e transcendente. A ideia aqui é de um universo panteísta onde o homem se funde com a própria natureza e esta com Deus ou deuses. Tudo faz parte de um único todo, desaparecendo quase por completo a ideia de sujeito e objeto construído na modernidade. Isso, supostamente, estaria provado pela física quântica e pelo princípio da incerteza. Nada agora é absoluto e definitivo, tudo é relativo e depende de quem analisa os fenômenos.

Vamos filtrar o que eu disse e trazer isso para uma compreensão mais simples. Quando estive naquela igreja a qual já me referi anteriormente, pude ver que o pastor dela possui a cosmovisão correta da vida. Isso é mais verdade ainda em relação ao ensino cristão. Por acreditar que o crente necessita formar valores cristãos que são fundamentais na sua vida social e espiritual, ele investiu pesado no ensino teológico sistematizado através da ED. Se o pastor não gosta do ensino sistemático da Bíblia e não se envolve com ele, fatalmente a sua ED será um colapso. É necessário o engajamento do pastor na ED. É por isso que falei que necessitamos ter uma correta filosofia ou cosmovisão da educação. Um pastor que não se envolve com a ED, às vezes, nem mesmo assiste à Escola Dominical da sua igreja, revela não ter uma correta compreensão da importância do ensino cristão. O que é pior: isso se refletirá em toda a igreja que produzirá crentes com problema de crescimento espiritual ou com caráter deformado. Uma tragédia.

2.    O educando

Uma ED para ser eficaz evidentemente necessita possuir uma correta compreensão da importância do educando. Os modelos convencionais de educação colocavam como ator principal no processo educacional a figura do educador. O educando ou aluno era apenas o receptor do conhecimento ou conteúdo que eram despejados nele. Com o passar dos anos se verificou a anomalia desse processo. O educando passa agora a ser o ator principal da educação. Mas há uma coisa que devemos prestar bem atenção nesse pensamento. As teorias em voga hoje em dia que exaltam a figura do educando mais do que a do educador estão impregnadas de conceitos anticristãos. A ideia é que o homem é um ser produto da evolução das espécies, destituídos de valores espirituais e até mesmo morais. A sua vida será construída por ele mesmo e, por isso, o educador precisa ter muito cuidado para não interferir ou interferir o mínimo possível nesse processo. É aí que os princípios religiosos se tornam uma ameaça para esse modelo educacional. O homem deve ser educado tomando por base apenas fundamentos humanistas e quando quiser, se quiser, adotará valores espirituais que julgar necessário. É por isso que o ensino e símbolos religiosos estão sendo suprimidos do processo educacional.

Feita essa observação devemos, a bem da verdade, dizer que o aluno merece atenção especial. Quando observo que uma ED está agonizando, logo verifico que ali não se possui uma compreensão correta do papel do educando. O aluno é negligenciado ou esquecido. Isto pode ser visto na estrutura arquitetônica de nossas igrejas, que muitas vezes não possuem salas de aulas adequadas para os alunos. Em muitos casos porque não se acha isso importante. No outro lado, está a falta preparo adequado por parte dos professores.

3.    O educador
Antonio Vieira, famoso escritor do século 17, fez uma pergunta para em seguida responder. Após analisar a parábola do Semeador, Vieira conclui que a razão da semente não frutificar em determinados tipos de solos não foi culpa de Deus. De quem seria então a culpa? "Sendo pois certo de que a Palavra divina não deixa de frutificar por parte de Deus; segue-se que ou é por falta do pregador, ou por falta dos ouvintes. Por qual será? Os pregadores deitam a culpa aos ouvintes, mas não é assim. Se fora por parte dos ouvintes, não fizera a Palavra de Deus muito grande fruto, mas não fazer nenhum fruto, e nenhum efeito, não é por parte dos ouvintes. Provo. Os ouvintes ou são maus ou são bons: se são bons, faz neles grande fruto a Palavra de Deus; se são maus, ainda que não faça neles fruto, faz efeito (…) Supostas estas duas demonstrações; suposto que o fruto e efeitos da Palavra de Deus, não fica, nem por parte de Deus, nem por parte dos ouvintes, segue-se por conseqüência clara que fica por parte do pregador. E assim é. Sabeis, cristãos, porque não faz fruto a Palavra de Deus? Por culpa dos pregadores. Sabeis, pregadores, porque não faz fruto a Palavra de Deus? Por culpa nossa" (Antonio Vieira, Sermão da Sexagésima, Ed. Lelo & Irmãos, Porto, Portugal).

Se trocássemos a palavra "pregador" por "educador" ou ainda "pastor" dava no mesmo. Muitas escolas dominicais não funcionam por culpa dos pastores. Lógico que isso é uma exceção, mas é uma verdade. Se o pastor não acompanha a ED, como ele irá fazer uma correta avaliação das classes? Como ele saberá que professor necessita ser reciclado ou até mesmo substituído? Se o pastor acompanha de perto o desenvolvimento de sua ED, ele terá condições de por à frente do trabalho um superintendente de ED à altura. Já substitui colegas em igrejas, que mesmo sendo homens sem muita cultura, demonstravam um grande cuidado com a ED. O resultado era uma Escola Dominical bem assistida. Se o obreiro não demonstra essa interação com a igreja e a ED, então ele terá como freqüência na Escola Dominical apenas Pedro, Tiago e João.

José Gonçalves é pastor em Teresina (PI), escritor e comentaristas das Lições Bíblicas de jovens e alunos.

Recebemos na Redação o e-mail abaixo e resolvemos encomendar este artigo-resposta para ajudar nosso leitor

A Paz do Senhor!  

Olha, a freqüência dos irmãos e irmãs na Escola Dominical da minha cidade é do tipo "Pedro, Tiago e João". Como é que poderemos fazer para mudar este quadro? Já fiz muitas coisas: usei novos métodos, didática, material visual, sonoros, dinâmicas… Visitei já os alunos (as), oro, é claro, fazemos sorteio de brindes, colocamos cartazes pela igreja e só dá "Pedro, Tiago e João". E, de vez em quando, "Maria". Convidamos os membros nos cultos do domingo à noite, que reúne aproximadamente 150 pessoas, a frequentar a Escola Dominical, entregamos os "10 motivos para freqüentar a ED", enviamos cartas, convidamos uma vez por mês um professor do campo para variar um pouco… Mesmo assim, é "Pedro, Tiago e João" que freqüentam a ED. Por que? Por favor, me ajudem! 

Fonte: Revista Ensinador Cristão

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O poder da verdadeira profecia – 3

 



por Luciano de Paula Lourenço

Leitura Bíblica: Jeremias 28.5-12,16,17

"Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam; ensinam-vos vaidades e falam da visão do seu coração, não da boca do Senhor" (Jr 23:16)
INTRODUÇÃO
Jeremias enfrentou grandes dificuldades na sua época por causa dos falsos profetas. Eles pervertiam os caminhos do Senhor e desviavam o povo de Israel da verdade. Possuíam uma boa posição financeira, política e social e entregavam mensagens falsas, levando o povo de Deus a tropeçar. Eles eram bem populares, pois proclamavam somente o que o rei, o sacerdote e as demais pessoas queriam ouvir. Eles haviam se tornado um obstáculo para que o povo abandonasse o erro. Os falsos líderes religiosos constantemente anunciam que as bênçãos de Deus são incondicionais e que não dependem de arrependimento, nem de um santo viver. Uma mensagem desse tipo sempre goza de popularidade.

Nesta aula, estudaremos um desses falsos profetas: o arrogante e insolente Hananias. Ele se opunha à mensagem de julgamento pregada por Jeremias. Ele predizia a queda de Babilônia e a volta dos exilados e dos tesouros do Templo, dentro de dois anos. Ele enganava o povo, fazendo-o crer em mentiras. Por causa disso recebeu uma palavra do Senhor com predição de sua morte, que ocorreu dentro de dois meses. Isto mostra que o castigo da apostasia e da falsa profecia é pesado.

I. O QUE É O PROFETA

Deus levantou profetas durante toda a história de Israel. O primeiro profeta mencionado na Bíblia foi Abraão, de onde seria formada a nação israelita (Gn.20:7). No entanto, o primeiro profeta bíblico não foi Abraão, mas, sim, Enoque, que, ainda antes do dilúvio, teria profetizado a respeito do estabelecimento do reino milenial de Cristo (Jd.14). Em seguida, as Escrituras mostram que Deus levantou como profeta a Moisés (Ex.4:15,16). A partir de Moisés, Deus sempre levantou profetas no meio do povo, revelando, sempre, qual era a Sua vontade para o povo. Como o próprio Jesus afirmou, o ofício profético somente se encerrou com João Batista (cf.Mt.11:13), quando, então, veio o próprio Senhor, que não era apenas o porta-voz de Deus, mas o próprio Deus conosco (Mt.1:23).

1. Definição. De acordo com Êx 4:15,16 , profeta é "aquele que fala no lugar de outrem"; "porta-voz de Deus", ou seja, aquele que traz mensagens da parte do Senhor, aquele que revelava Deus ao povo; podendo, ou não, predizer o futuro.
No Antigo Testamento, o profeta era aquele que revelava o desconhecido à humanidade, o propósito divino para a restauração do homem. Neste sentido, o ofício profético durou até João (Mt 11:13), pois, com a vinda de Cristo, o próprio Deus se revelou ao homem, de forma plena e integral (Hb 1:1). São, pois, totalmente espúrias e sem qualquer respaldo bíblico a aparição de novos "profetas", que nada mais são que falsos profetas, como é o caso de Maomé, Joseph Smith, Reverendo Moon, Benny Hinn, Morris Serullo, Mike Murdock, e tantos quantos se disserem complementadores da revelação de Cristo ao mundo.

2. A função do profeta. Os Profetas revelavam a vontade de Deus e exortavam o povo ao arrependimento e à obediência da Lei divina(Ez 33:7). Pregavam também a justiça e anunciavam as coisas futuras. Isso demonstra que eles não apenas prediziam o futuro, mas que eram usados por Deus para falar acerca das questões do presente.
Os profetas se tornaram tão importantes entre os judeus que eram consultados pelo povo e pela classe dominante. Deus os considerava tanto que disse que não faria coisa alguma sem antes revelar aos seus servos, os profetas – " Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas"(Am 3:7).

Profetizar era algo tão sério que a pena para o profeta que se usava em nome de Deus era clara: a morte-" Mas o profeta que tiver a presunção de falar em meu nome alguma palavra que eu não tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá"(Dt 18:20). Infelizmente, mesmo com a possibilidade de uma pena tão dura, falsos profetas se levantavam entre o povo de Deus e o conduziam à idolatria. E outros profetizavam coisas que não vinham de Deus, como é o caso dos profetas que enganavam o rei Acabe(2 Cr 18), e o falso profeta Hananias, que enganava o rei Zedequias(Jr 28).

3. A prova de autenticidade do profeta. Para o profeta ser considerado autêntico não basta apenas a profecia se cumprir (ler Dt 13.1-5). É necessário, também, que a profecia não contrarie de forma alguma a Bíblia Sagrada. Isaías chama a atenção para o fato de que os profetas verdadeiros serão provados por sua fidelidade às revelações anteriormente escritas: "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a luz"(Isaías 8:20). O profeta é o porta-voz fidedigno da Palavra de Deus. Se ele falar 99,99% ele não é considerado um profeta autêntico. Cada profecia deve ser considerada de acordo com as demandas e reivindicações da Bíblia. Nada, absolutamente nada, pode estar acima da Bíblia Sagrada – nossa única regra de fé e conduta.

No Antigo Testamento, somente era reconhecido como "homem de Deus", como profeta, aquele que dissesse algo que se cumprisse, visto que esta era a prova indelével de que tinha sido ele porta-voz de Deus, que é a verdade. Eram estas, aliás, as instruções dadas pelo próprio Moisés ao povo: "E, se disseres no teu coração: Como conheceremos qual seja a palavra que o Senhor falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção a falou o profeta; não o temerás"(Dt.18:21,22). Este conceito israelita era conhecido até mesmo pelos povos vizinhos, como se verifica no caso da viúva de Zarefate – "E Elias tomou o menino, trouxe-o do quarto à casa, e o entregou a sua mãe; e disse Elias: Vês aí, teu filho vive. Então a mulher disse a Elias: Agora sei que tu és profeta de Deus, e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade" (I Rs.17:23,24).

Como reconhecer um falso profeta? Qualquer uma das seis marcas a seguir identifica substancialmente um falso profeta: (1) por meio de sinais e maravilhas eles desviam pessoas para servirem a deuses falsos (Dt 13:1-4); (2) suas profecias não se realizam (Dt 18:20-22); (3) eles contradizem a Palavra de Deus (Is 8:20); (4) eles produzem maus frutos (Mt 7:18-20); (5) todos falam bem deles (Lc 6:26); (6) eles negam a encarnação de Jesus Cristo (1Jo 4:3).
Como reconhecer o legítimo mensageiro de Deus, no contexto atual em que a Igreja vive? Jesus Cristo nos adverte a respeito de falsos profetas que se infiltram no meio do povo de Deus. Apesar da aparência de piedade, não passam de agentes de Satanás; sua missão: corromper a fé dos salvos e destruir a unidade da Igreja (Mt 7:15-23). Muitos deles operam sinais e prodígios (Mt 24:24), mas tudo isto fazem sob a eficácia de Satanás (2Ts 2:9,10). Como identificá-los? Como saber se estão em nosso meio?
a) Discernindo o caráter da pessoa. Ela tem uma vida de oração perseverante e manifesta uma devoção sincera e pura a Deus? Manifesta o fruto do Espírito(Gl5:22), ama os pecadores(João 3:16), detesta o mal e ama a justiça(Hb1:9) e fala contra o pecado(Lc 3:18-20)?
b) Observando os frutos da vida e da mensagem da pessoa. Os frutos dos falsos pregadores comumente consistem em seguidores que não obedecem a toda a Palavra de Deus(ver Mt 7:16). A árvore má não pode dar frutos bons (Mt 7:16-20).
c) Discernindo até que ponto a pessoa se baseia nas Escrituras. Este é um ponto fundamental. Essa pessoa crê e ensina que as Escrituras Sagradas são plenamente inspirados por Deus e que devemos observar todos os seus ensinos(ver 2João 9-11)?.
d) Em fim, observando a integridade da pessoa quanto à administração do dinheiro arrecadado dos fiéis da igreja. Ela recusa grandes somas para si mesma, administra todos os assuntos financeiros com integridade e responsabilidade, e procura realizar a obra de Deus conforme os padrões do Novo Testamento para obreiros cristãos?(1Tm 3:3; 6:9,10).
Portanto, sejamos cuidadosos porque mesmo sendo acurados nos critérios de avaliação de um pregador, mesmo assim, muitas vezes, eles aparecem vestidos de cordeiros, mas são terríveis lobos devoradores.

II. O FALSO PROFETA HANANIAS ENTRA EM CENA

1. Quem era Hananias. "… Hananias, filho de Azur, o profeta de Gibeão…"(28:1). Não se sabe quase nada sobre este profeta. No capítulo 28:1 só diz que ele era filho de Azur. Ele representa todo o grupo de profetas profissionais. Na época de Jeremias havia profetas pouco sóbrios, irrealistas e falsos, que desencaminhavam o povo com profecias enganosas. Mesmo quando as nuvens da tempestade do juízo se ajuntavam mais densas do que nunca sobre Jerusalém, eles acalmavam o povo. Suas declarações eram muito positivas e soavam edificantes, até mesmo encorajadoras aos ouvidos das pessoas. Eles prometiam muito, inclusive a vitória. É o caso de Hananias, falso profeta, que apresentava uma "mensagem maravilhosa" e tinha a ousadia, e até mesmo a insolência, de proclamá-la abertamente, como se vê no capítulo 28:2-4. Como bem diz o pr. Claudionor de Andrade, ele era do tipo que impressionava. Falava como profeta, tinha discurso de profeta e vestia-se como profeta. Aliás, era mais dramático que os profetas de Deus. Além disso, só falava o que o povo queria ouvir. Pregava a paz e determinava a prosperidade. Com um coração despreocupado fez, em nome de Jeová, promessas inconsistentes, apesar da má condição moral do povo, que não podiam ser cumpridas. Ele esperava resultados sem colocar os devidos alicerces para alcançá-los. Com grande segurança ele estabelece um limite de dois anos na sua profecia. Hananias era um fanático. Fanáticos sempre estão com pressa.

2. As palavras de Hananias. "Assim fala o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Quebrei o jugo do rei da Babilônia. Dentro de dois anos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os utensílios da Casa do Senhor, que daqui tomou Nabucodonosor, rei da Babilônia, levando-os para a Babilônia. Também a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e a todos os exilados de Judá, que entraram na Babilônia, eu tornarei a trazer a este lugar, diz o Senhor; porque quebrei o jugo do rei da Babilônia" (Jr 28:2-4).

O falso profeta Hananias falou estas palavras, para perturbar o povo e afrontar o profeta Jeremias. Ele mentiu ao povo. Ele atribuiu suas palavras ao Senhor – "Assim fala o Senhor dos Exércitos" – quando eram suas próprias palavras, não as do Senhor.
Por que ele mentiria ao povo? "Politicamente correto", tais profecias eram o que o rei e o povo queriam ouvir e vaticinou o que todos almejavam que acontecesse naquele momento. Tais ensinamentos o deixariam popular. O que Hananias disse sobre a duração do cativeiro babilônico? Chegaria ao fim em dois anos. O que o Senhor disse sobre a duração do cativeiro babilônico? Continuaria "… até que os setenta anos se cumpriram" (2Cr 36:21). Hananias disse que o rei Jeconias (Joaquim) voltaria do cativeiro babilônico dentro de dois anos. Na verdade ele ficou preso na Babilônia por trinta e sete anos (Jr 52:31). No teste do verdadeiro profeta, estava reprovado (Dt 18.22).

Você, homem de Deus, não foi chamado para brincar de pregador; convocou-o o Senhor para atuar como pregoeiro da verdade, que é a Palavra de Deus. Devemos pregar a Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios. Para o mundo tal pregação é uma demonstração de fraqueza. Para o mundo tal pregação não vai mudar nada na sociedade. Todos querem pregação de riquezas, pregação de milagres, pregação de curas. Mas, a nossa pregação deve ser diferente.
Nós não devemos pregar prosperidade e riquezas. A nossa pregação deve ser a mesma do profeta Jeremias, de arrependimento. A nossa pregação deve ser a mesma do apóstolo Paulo, que pregou com fraqueza, temor e muito tremor (1Co 2:3). Pregamos a Cristo. Pregamos aquele que morreu por todos nós. É a mensagem mais difícil de entender. É a mensagem mais difícil de aceitar. Mas esta mensagem é verdadeira. Ela nos traz Cristo, o poder de Deus. Ela nos leva ao arrependimento para o perdão dos nossos muitos pecados. Esta mensagem é desprezada por muitos. Esta mensagem é um osso duro de roer. Pois quem quer ouvir alguém anunciando os seus pecados numa época em que muitos vivem estressados por causa de milhares e milhares de dificuldades e incertezas? Mas esta é a mensagem que pregamos. É a mensagem da Palavra de Deus. É a mensagem da salvação, pois ela nos leva à cruz de Cristo, escândalo para os que estão conformados com o mundo, mas poder de Deus para todos que foram chamados para a eterna glória. Se não quiserem nos ouvir, que não nos ouçam. No entanto, todos haverão de saber que, em seu meio, esteve um autêntico pastor de almas e um legítimo proclamador da verdade divina (Ez 2:4,5).

3. O castigo de Hananias. O Senhor mandou Jeremias a Hananias com a seguinte mensagem: "… Ouve agora, Hananias: O Senhor não te enviou, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras. Pelo que assim diz o Senhor: Eis que te lançarei de sobre a face da terra; morrerás este ano, porque pregaste rebeldia contra o Senhor. Morreu, pois, o profeta Hananias, no mesmo ano, no sétimo mês" (Jr 28:15-17).
Esse é o destino daquele que, sem temor nem tremor, brinca com o nome de Deus, zombando-lhe da santidade. Certamente, Deus não tolerará um líder do seu povo colocar palavras mentirosas em sua boca. Veja, também, o destino dos falsos profetas do capítulo 29: 21-23; 31,32.
Assim como havia falsos profetas na época de Jeremias que diziam às pessoas coisas que Deus não havia falado, há o mesmo tipo hoje em dia. Na sua falsidade eles ensinam rebelião contra a palavra verdadeira de Deus. Na sua interpretação errada da palavra de Deus eles caminham para a condenação, levando juntos aqueles que acreditam nos seus falsos ensinamentos.

Precisamos distinguir duas coisas: o pregador e a Palavra que ele prega. O pregador é uma coisa; a palavra pregada por ele é outra. O pregador pode ser muito poderoso e impressionante. Ele pode ser igual a Hananias, que bateu forte e deu um show de autoconfiança e determinação. Parece que a personalidade de Hananias era muito mais forte que a personalidade de Jeremias, que era uma pessoa sensível e até tímida (Jr 1:6). Porém, ter uma personalidade forte, não significa ser o dono da verdade! Reparem que Hananias falou, "em nome do Senhor, com toda convicção, que dentro de dois anos, o jugo do rei da Babilônia seria quebrado. Porém isso não aconteceu. O jugo do rei da Babilônia somente foi quebrado depois de setenta anos (Jr 29:10). Então, é possível alguém ser um pregador muito empolgado, um pregador que fala poderosamente, fazendo promessas lindas, um pregador que arranca aplausos, "politicamente correto". Mas isto não quer dizer que ele é um pregador que fala a Palavra do Senhor. Devemos, portanto, respeitar a Palavra de Deus, não ultrapassá-la nem fazer menos do que aquilo que Deus falou – "Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina de Cristo, esse tem tanto o Pai como o Filho" (2João 9).

III. CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS

As Escrituras falam de profetas verdadeiros e de profetas falsos. Os primeiros constituem enorme bênção para o povo de Deus; os últimos representam ameaça permanente. O povo de Deus não pode renunciar à responsabilidade de prová-los, com os melhores elementos extraídos das Escrituras Sagradas. Se um profeta é verdadeiro, sua mensagem é de Deus, cheia de verdade e de autenticidade; seu testemunho representa adequadamente a natureza, o caráter e a missão de Cristo; sua mensagem está em harmonia e em correspondência com todas as revelações de Deus. Repetidas vezes, a Palavra de Deus adverte contra falsos profetas. Precisamos dar ouvidos a essas advertências.

Jesus disse: "Acautelai-vos dos falsos profetas" (Mt 7:15). "Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos… operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos" (Mt 24:11,24).
Paulo compara os falsos profetas a Janes e Jambres, que se opuseram a Moisés e Arão com sinais e maravilhas operados pelo poder de Satanás – "E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé"(2 Tm 3:8).

Pedro advertiu que assim como houve falsos profetas no tempo do Antigo Testamento, assim também haverá entre nós falsos mestres, os quais introduzirão dissimuladamente heresias destruidoras – "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição"(2 Pe 2:1).

O apóstolo João declarou que já em seus dias muitos falsos profetas atuavam entusiasticamente no meio da igreja – "Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo" (1Jo 4:1).

Quanto mias hoje, portanto, devemos estar alertas quanto aos falsos profetas à medida que a apostasia profetizada para os últimos dias atinge o seu clímax, preparando o mundo e uma falsa religião para a chegada do Anticristo!
Conhecer, amar e obedecer à Palavra de Deus é o único meio seguro de não sermos enganados. Como é trágico que a Regre de fé e prática concedida por Deus à Igreja, a Bíblia Sagrada, seja tão negligenciada hoje por aqueles que se chamam cristãos! Muitos que professam conhecer a Deus e servi-lo têm pouca ou nenhuma sede por Sua Palavra. Em vez disso, buscam sinais e maravilhas, experiências emocionais, novas revelações, o último "mover" do Espírito, ou os dons em lugar do Doador. Como resultado, são suscetíveis a todo "vento de doutrina" (Ef 4:14) e caem vítimas de falsos mestres que "… movidos por avareza, farão comércio de vós com palavras fictícias…" (2Pe 2:3), "supondo que a piedade é fonte de lucro" (1Tm 6:5). A mentira popular da "$emente de fé" – a idéia de que uma contribuição para um ministério abre a porta para milagres e prosperidade – engana e promove cobiça entre os milhões que ignoram a Palavra de Deus. Precisamos julgar as profecias e discernir os espíritos, a fim de não sermos enganados pelos falsos profetas.

CONCLUSÃO

Tenhamos cautela, e não sejamos ignorantes! Os nossos olhos podem ver o pregador mais poderoso do mundo, mas isto não significa nada! Ninguém deve ficar impressionado com qualquer show, seja um show de gritaria, ou um show de milagres ou um show de lágrimas ou um show de mentiras. Também não devemos ficar impressionados quando o pregador só fala o que o povo quer ouvir: promessas de paz, promessas de prosperidade, promessas de milagres e curas. Numa época de crise e desemprego, muitos se aproveitam, pregando prosperidade e bênçãos, enganando até multidões. A nossa época é também uma época muito propícia a isso. Os problemas financeiros, de saúde, de educação são extremamente graves para grande parte da população. Existe um clima de insegurança muito forte. Que o povo de Deus não se engane! Que o povo de Deus não seja ignorante, mas conheça a santa Bíblia! Importa ouvirmos a pura e verdadeira Palavra de Deus, a qual nos orienta sobre os nossos pecados e sobre as nossas transgressões. Sejamos como os crentes de Beréia: "Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim" (Atos 17:11).
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. E-Mail: luloure@yahoo.com.br. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
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Fonte de Pesquisa: Bíblia de Estudo-Aplicação Pessoal. Bíblia de Estudo Pentecostal. O novo dicionário da Bíblia. Revista Ensinador Cristão. Guia do leitor da Bíblia – Jeremias. A Teologia do Antigo Testamento – Roy B.Zuck. Comentário Bíblico Beacon – CPAD – volume 4. Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento – William Macdonald.

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O poder da verdadeira profecia – 2


por Altair Germano
A 8ª lição da CPAD deste trimestre aborda o tema "profeta e profecia". A lógica da lição é a seguinte: falsos profetas transmitem profecias falsas, enquanto verdadeiros profetas transmitem profecias verdadeiras.
 PLANO DE AULA
1. OBJETIVOS DA LIÇÃO (Extraídos da Lição Bíblica-CPAD)
-Compreender qual é a função e a relevância do profeta de acordo com as Escrituras.
-Saber que os falsos profetas sempre vão se opor aos profetas do Senhor.
-Conscientizar-se de que, nos últimos dias, aparecerão muitos falsos profetas que, se possível, enganarão até os escolhidos.
2. CONTEÚDO
O primeiro ponto da lição trata de definir o que é um profeta. Traremos aqui algumas informações extras como subsídio.
 O QUE É UM PROFETA
O termo "profeta" deriva-se do hebraico nabhi (aquele que foi chamado, aquele que foi nomeado) e ocorre cerca de 309 vezes na Bíblia. O termo é usado tanto para se referir aos verdadeiros e aos falso profetas. A primeira ocorrência de nabhi está em Gênesis 20.7, onde Abraão é chamado de profeta. A segunda ocorrência acontece em Êxodo 7.1, que diz: "Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis que te tenho posto por Deus sobre faraó; e Arão, teu irmão, será o teu profeta". É exatamente neste sentido (porta-voz) que o termo é utilizado para aqueles que falam em nome de Deus.
O termo grego para "profeta" é prophetes. Trata-se de um substantivo composto da raiz phe (dizer, proclamar), do prefixo pro (antes, de antemão). Embora possa ter o sentido de "aquele que prediz", na literatura antiga a combinação do prefixo pro com os verbos para "falar" não possui a idéia de indicar o futuro. Dessa forma, profeta pode significar "o que proclama abertamente", "o que proclama em alta voz", "o que declara abertamente", "o que denuncia abertamente" etc.
Unindo os termos do Antigo e do Novo Testamento, pode-se entender "profeta" como alguém nomeado por Deus para proclamar abertamente a sua palavra. Dessa forma, a autoridade do profeta reside naquele que o nomeou e na fidelidade para com a mensagem recebida.
OS FALSOS PROFETAS
Como já citados na lição passada, os falsos "profetas", ou seja, aqueles que dizem falar em nome de Deus, são reconhecidos pela ausência de frutos (caráter cristão e compromisso com Deus) em suas vidas, ou pela má qualidade dos mesmos (Mt 7.15-20). Eles geralmente;
- Falam para agradar seus ouvintes ou "patrões" ( I Rs 22.1-6 );
- Falam sem serem autorizados por Deus ( Ez 13.1-9 );
- Suas profecias tendem a afastar o povo da Palavra de Deus ( Dt 13.1-4 );
- Sempre estão procurando tirar vantagens dos seus "dons" ( Nm 22.7; Jd 11 );
O FALSO PROFETA HANANIAS (PROFETA X PROFETA)
Hananias é o modelo do tipo de falso profeta que vemos nos dias atuais. Suas atitudes se enquadram claramente no perfil descrito acima. Os falsos profetas possuem o mesmo destino de Hananias, ou seja, mas cedo ou mais tarde morrerão, pois cavam a cova do seu ministério e destroem com as próprias atitudes a sua dignidade e credibilidade.
Os profetas falsos geralmente se irritam com os profetas verdadeiros. Hananias, numa atitude grosseira e violenta "tomou o jugo do pescoço do profeta Jeremias e o quebrou" (Jr 28.10). Penso que uma das coisas que o deixou furioso foi a ironia de Jeremias diante da falsa profecia (Jr 28.1-4). Após ouvir a falsa profecia de Hananias, as palavras iniciais de Jeremias foram:
"Amém! Assim faça o Senhor; confirme o SENHOR as tuas palavras, com que profetizaste, e torne ele a trazer da Babilônia a este lugar os utensílios da Casa do SENHOR e todos os exilados" (Jr 28.5-6)
CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS (QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS)
Os falsos profetas com as falsas profecias continuam agindo nos dias atuais. Eles estão por toda parte, proclamam absurdos e as mais diversas heresias. Nos últimos dias, um claro exemplo da gravidade deste problema acontece em plena tv aberta. Estou falando das profecias e ensinos acerca da Teologia da Prosperidade e da Vitória Financeira.
Campanhas ridículas e argumentos heréticos estão conduzindo muita gente boa e simples para o engano. Em nome da salvação de almas se levanta recursos para a manutenção de programas que não pregam mais o Evangelho de Jesus, mas que se tornaram meros disseminadores da chamada "Teologia da auto-ajuda."
Sobre isto já escrevi em:
- TEOLOGIA DA PROSPERIDADE E DA VITÓRIA FINANCEIRA: HERESIAS E HEREGES
- VACINA CONTRA A PESTE DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
Observe um trecho no mínimo interessante, e sua relação com o que temos visto e ouvido:
"A Teologia ou Evangelho da Prosperidade (ou ainda da Vitória Financeira) tem suas origens nos Estados Unidos, onde por volta dos anos 30 e 40, através dos ensinos de Essek William Kenyon (1867-1948), pastor de várias igrejas na América e fundador de uma denominação própria, ele foi também escritor e radialista (MARIANO, 1999, p. 151). Seus ensinos eram focados na cura, saúde, abundância, prosperidade, riqueza e felicidade pelo poder da mente.
 Mariano (idem, p. 152) afirma que Kenyon nunca pregou nem escreveu sobre prosperidade (talvez numa perspectiva doutrinária). Segundo ele, foi o evangelista Oral Roberts quem criou a noção de "Vida Abundante" e deu início à pregação da doutrina e evangelho da prosperidade, prometendo retorno financeiro sete vezes maior que o valor ofertado. Muito interessante, é o fato de que Oral Roberts passou a dar maior ênfase a tal mensagem a partir de 1954, quando ingressar na TV, suas despesas aumentaram consideravelmente. Nos anos 70, nos narra ainda Mariano que Kennet e Gloria Copeland radicalizaram, dando maior projeção ao evangelho da prosperidade, quando prometeram retorno centuplicado dos dízimos e ofertas (BARRON, 1987 apud MARIANO, ibidem)."
Assisti hoje, 08/05/2010, mas uma lastimável manifestação do desespero para o pagamento de programa de televisão. Veja os vídeos:
- PARTE 1
- PARTE 2
- PARTE 3
- PARTE 4
- PARTE 5
Este último episódio, já foi muito bem tratado no Blog do pastor Ciro Zibordi em POR QUE A TEOLOGIA DAS SEMENTES É INCONGRUENTE?, e no portal "O GALILEO" através de um belo debate sobre o assunto, inclusive contando com a participação do pastor Carlos Roberto, Secretário do Conselho de Doutrina da CGADB. Assista o debate AQUI.
Observe algo interessante nos textos bíblicos abaixo:
"Sabe que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra de se não cumpri, nem suceder, como profetizou, esta é a palavra que o SENHOR não disse; com soberba, a falou o tal profeta; não tenha temor dele." (Dt 18.22)
"Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o SENHOR, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma. Andareis após o SENHOR, vosso Deus, e a ele temereis; guardareis os seus mandamentos, ouvireis a sua voz, a ele servireis e a ele vos achegareis". (Dt 13.1-4)
Perceba que um falso profeta não é apenas alguém que fala (ou prediz) algo em nome de Deus e que este algo não acontece. O segundo texto deixa claro que um profeta ou sonhador pode anunciar um sinal ou prodígio, e que isto pode vir a acontecer, mas que tal fato não autentica a integridade e a autoridade do profeta, nem a legitimidade da profecia.
Para discernir o falso do verdadeiro a pergunta chave é: Juntamente com a profecia, há um cuidado do profeta em se manter fiel ao Deus da Palavra e à Palavra de Deus?
Ir após outros deuses é o mesmo que ir após aquilo que o SENHOR não prescreveu, que não se sustenta à luz das Santas Escrituras.
A prosperidade dos filhos de Deus é uma verdade bíblica? Sim (Js 1.8; Sl 1.1-3; 2 Co 9.10-11). Já a Teologia da Prosperidade, com sua ênfase demasiada nas riquezas, suas exegese deturpada, seus métodos grosseiros e seus falsos profetas, não passa de uma corrupção doutrinária clara e absurda, que deve ser veementemente combatida e repudiada em nosso meio.
3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO 
Pergunte aos alunos sobre experiências e conhecimento de fatos que eles sabem acerca da ação de falsos profetas nos dias atuais. Se for possível, indique ou apresente para eles os vídeos aqui citados das falsas profecias dos profetas da Teologia da Prosperidade.
4. RECURSOS DIDÁTICOS
Tv, vídeo, computar, quadro, mapa, cartolina, pincel ou giz, etc.
5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.
- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.
- Dicionário VINE, CPAD.
- Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD.
- Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, VIDA NOVA.
- Conheça Melhor o Antigo Testamento, VIDA.
- Jeremias e Lamentações: introdução e comentário, MUNDO CRISTÃO.
Desejo a todos uma excelente aula para a glória de Deus!
A 8ª lição da CPAD deste trimestre aborda o tema "profeta e profecia". A lógica da lição é a seguinte: falsos profetas transmitem profecias falsas, enquanto verdadeiros profetas transmitem profecias verdadeiras.

 


PLANO DE AULA


 

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO (Extraídos da Lição Bíblica-CPAD)
-Compreender qual é a função e a relevância do profeta de acordo com as Escrituras.
-Saber que os falsos profetas sempre vão se opor aos profetas do Senhor.
-Conscientizar-se de que, nos últimos dias, aparecerão muitos falsos profetas que, se possível, enganarão até os escolhidos.
2. CONTEÚDO
O primeiro ponto da lição trata de definir o que é um profeta. Traremos aqui algumas informações extras como subsídio.
 O QUE É UM PROFETA

O termo "profeta" deriva-se do hebraico nabhi (aquele que foi chamado, aquele que foi nomeado) e ocorre cerca de 309 vezes na Bíblia. O termo é usado tanto para se referir aos verdadeiros e aos falso profetas. A primeira ocorrência de nabhi está em Gênesis 20.7, onde Abraão é chamado de profeta. A segunda ocorrência acontece em Êxodo 7.1, que diz: "Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis que te tenho posto por Deus sobre faraó; e Arão, teu irmão, será o teu profeta". É exatamente neste sentido (porta-voz) que o termo é utilizado para aqueles que falam em nome de Deus.
O termo grego para "profeta" é prophetes. Trata-se de um substantivo composto da raiz phe (dizer, proclamar), do prefixo pro (antes, de antemão). Embora possa ter o sentido de "aquele que prediz", na literatura antiga a combinação do prefixo pro  com os verbos para "falar" não possui a idéia de indicar o futuro. Dessa forma, profeta pode significar "o que proclama abertamente", "o que proclama em alta voz", "o que declara abertamente", "o que denuncia abertamente" etc.
Unindo os termos do Antigo e do Novo Testamento, pode-se entender "profeta" como alguém nomeado por Deus para proclamar abertamente a sua palavra. Dessa forma, a autoridade do profeta reside naquele que o nomeou e na fidelidade para com a mensagem recebida.
  OS FALSOS PROFETAS
 
Como já citados na lição passada, os falsos "profetas", ou seja, aqueles que dizem falar em nome de Deus, são reconhecidos pela ausência de frutos (caráter cristão e compromisso com Deus) em suas vidas, ou pela má qualidade dos mesmos (Mt 7.15-20). Eles geralmente;
- Falam para agradar seus ouvintes ou "patrões" ( I Rs 22.1-6 );
- Falam sem serem autorizados por Deus ( Ez 13.1-9 );
- Suas profecias tendem a afastar o povo da Palavra de Deus ( Dt 13.1-4 );
- Sempre estão procurando tirar vantagens dos seus "dons" ( Nm 22.7; Jd 11 );
O FALSO PROFETA HANANIAS (PROFETA X PROFETA)
Hananias é o modelo do tipo de falso profeta que vemos nos dias atuais. Suas atitudes se enquadram claramente no perfil descrito acima. Os falsos profetas possuem o mesmo destino de Hananias, ou seja, mas cedo ou mais tarde morrerão, pois cavam a cova do seu ministério e destroem com as próprias atitudes a sua dignidade e credibilidade.
Os profetas falsos geralmente se irritam com os profetas verdadeiros. Hananias, numa atitude grosseira e violenta "tomou o jugo do pescoço do profeta Jeremias e o quebrou" (Jr 28.10). Penso que uma das coisas que o deixou furioso foi a ironia de Jeremias diante da falsa profecia (Jr 28.1-4). Após ouvir a falsa profecia de Hananias, as palavras iniciais de Jeremias foram:
"Amém! Assim faça o Senhor; confirme o SENHOR as tuas palavras, com que profetizaste, e torne ele a trazer da Babilônia a este lugar os utensílios da Casa do SENHOR e todos os exilados" (Jr 28.5-6)
CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS (QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS)
Os falsos profetas com as falsas profecias continuam agindo nos dias atuais. Eles estão por toda parte, proclamam absurdos e as mais diversas heresias. Nos últimos dias, um claro exemplo da gravidade deste problema acontece em plena tv aberta. Estou falando das profecias e ensinos acerca da Teologia da Prosperidade e da Vitória Financeira.
Campanhas ridículas e argumentos heréticos estão conduzindo muita gente boa e simples para o engano. Em nome da salvação de almas se levanta recursos para a manutenção de programas que não pregam mais o Evangelho de Jesus, mas que se tornaram meros disseminadores da chamada "Teologia da auto-ajuda."
Sobre isto já escrevi em:
- TEOLOGIA DA PROSPERIDADE E DA VITÓRIA FINANCEIRA: HERESIAS E HEREGES
- VACINA CONTRA A PESTE DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
Observe um trecho no mínimo interessante, e sua relação com o que temos visto e ouvido:
"A Teologia ou Evangelho da Prosperidade (ou ainda da Vitória Financeira) tem suas origens nos Estados Unidos, onde por volta dos anos 30 e 40, através dos ensinos de Essek William Kenyon (1867-1948), pastor de várias igrejas na América e fundador de uma denominação própria, ele foi também escritor e radialista (MARIANO, 1999, p. 151). Seus ensinos eram focados na cura, saúde, abundância, prosperidade, riqueza e felicidade pelo poder da mente.

Mariano (idem, p. 152) afirma que Kenyon nunca pregou nem escreveu sobre prosperidade (talvez numa perspectiva doutrinária). Segundo ele, foi o evangelista Oral Roberts quem criou a noção de "Vida Abundante" e deu início à pregação da doutrina e evangelho da prosperidade, prometendo retorno financeiro sete vezes maior que o valor ofertado. Muito interessante, é o fato de que Oral Roberts passou a dar maior ênfase a tal mensagem a partir de 1954, quando ingressar na TV, suas despesas aumentaram consideravelmente. Nos anos 70, nos narra ainda Mariano que Kennet e Gloria Copeland radicalizaram, dando maior projeção ao evangelho da prosperidade, quando prometeram retorno centuplicado dos dízimos e ofertas (BARRON, 1987 apud MARIANO, ibidem)."

Assisti hoje, 08/05/2010, mas uma lastimável manifestação do desespero para o pagamento de programa de televisão. Veja os vídeos:
- PARTE 1
- PARTE 2
- PARTE 3
- PARTE 4
- PARTE 5
Este último episódio, já foi muito bem tratado no Blog do pastor Ciro Zibordi em POR QUE A TEOLOGIA DAS SEMENTES É INCONGRUENTE?, e no portal "O GALILEO" através de um belo debate sobre o assunto, inclusive contando com a participação do pastor Carlos Roberto, Secretário do Conselho de Doutrina da CGADB. Assista o debate AQUI.
Observe algo interessante nos textos bíblicos abaixo:
"Sabe que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra de se não cumpri, nem suceder, como profetizou, esta é a palavra que o SENHOR não disse; com soberba, a falou o tal profeta; não tenha temor dele." (Dt 18.22)
"Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o SENHOR, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma. Andareis após o SENHOR, vosso Deus, e a ele temereis; guardareis os seus mandamentos, ouvireis a sua voz, a ele servireis e a ele vos achegareis". (Dt 13.1-4)
Perceba que um falso profeta não é apenas alguém que fala (ou prediz) algo em nome de Deus e que este algo não acontece. O segundo texto deixa claro que um profeta ou sonhador pode anunciar um sinal ou prodígio, e que isto pode vir a acontecer, mas que tal fato não autentica a integridade e a autoridade do profeta, nem a legitimidade da profecia.
Para discernir o falso do verdadeiro a pergunta chave é: Juntamente com a profecia, há um cuidado do profeta em se manter fiel ao Deus da Palavra e à Palavra de Deus?
Ir após outros deuses é o mesmo que ir após aquilo que o SENHOR não prescreveu, que não se sustenta à luz das Santas Escrituras.
A prosperidade dos filhos de Deus é uma verdade bíblica? Sim (Js 1.8; Sl 1.1-3; 2 Co 9.10-11). Já a Teologia da Prosperidade, com sua ênfase demasiada nas riquezas, suas exegese deturpada, seus métodos grosseiros e seus falsos profetas, não passa de uma corrupção doutrinária clara e absurda, que deve ser veementemente combatida e repudiada em nosso meio.
3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
 

 

Pergunte aos alunos sobre experiências e conhecimento de fatos que eles sabem acerca da ação de falsos profetas nos dias atuais. Se for possível, indique ou apresente para eles os vídeos aqui citados das falsas profecias dos profetas da Teologia da Prosperidade.

4. RECURSOS DIDÁTICOS

Tv, vídeo, computar, quadro, mapa, cartolina, pincel ou giz, etc.

5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.

- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.

- Dicionário VINE, CPAD.

- Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD.

- Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, VIDA NOVA.

- Conheça Melhor o Antigo Testamento, VIDA.

- Jeremias e Lamentações: introdução e comentário, MUNDO CRISTÃO.


Desejo a todos uma excelente aula para a glória de Deus!

Fonte: http://www.altairgermano.net

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Formação dos Formadores

 



por Esdras Bentho

De acordo com Libâneo "estamos diante de uma sociedade genuinamente pedagógica" e, por conseguinte, com grande diversidade das atividades pedagógicas e desafios ao pedagogo contemporâneo. Essa diversidade de atuações e desafios pedagógicos na pós-modernidade derivam-se principalmente das transformações econômicas e sociais no mundo do trabalho.

Essas mudanças que decorrem da globalização, da revolução tecnológica, e da redução do ritmo de crescimento da produtividade como resultado do desgaste do capitalismo implicam na reestruturação produtiva e na formação do trabalho.

Libâneo atesta que o mundo assiste hoje à 3ª Revolução Industrial, "caracterizada pela internalização da economia, por inovações tecnológicas em vários campos, como a informática, a microeletrônica, a bionergética". Essas transformações sociais e científicas levam à introdução, no processo produtivo, de novos sistemas de organização do trabalho, e, portanto, mudança no perfil profissional. As transformações sociais da força produtiva dos últimos anos têm mudado também o perfil do pedagogo.

Libâneo atesta que no campo da ação pedagógica escolar, há três tipos de atividades contemporâneas que se distinguem:
a) a de professor do ensino-público e privado, de todos os níveis de ensino;
b) a de especialistas da ação educativa escolar operando nos níveis centrais, intermediários e locais do sistema de ensino (supervisores pedagógicos, gestores, administradores escolares, planejadores, coordenadores, orientadores, etc.);

c) especialistas em atividades pedagógicas paraescolares atuando em órgãos públicos, privados e públicos não estatais, envolvendo associações populares, educação de adultos, animadores, etc.

Ainda segundo o autor, as atividades pedagógicas extra-escolar na contemporaneidade podem ser classificadas em:
(1) formadores, animadores, instrutores, organizadores, técnicos, consultores, orientadores, que desenvolvem atividades pedagógicas (não escolares) em órgãos públicos, privados e públicos não-estatais, ligadas às empresas, à cultura, aos serviços de saúde, alimentação, promoção social, etc.
(2) formadores ocasionais que ocupam parte de seu tempo em atividades pedagógicas em órgãos públicos estatais e não-estatais, etc.

 De acordo com a jornalista Andrea Cecilia Ramal, as grandes mudanças na era do conhecimento afeta positivamente a tarefa do pedagogo. Segundo a autora, nesse cenário a tarefa do pedagogo também se modifica e sua profissão se torna estratégica. Ao contrário de outras áreas que perdem seu espaço ou são limitadas pela especialização, para o pedagogo abre-se um raio de atuação cada vez maior.
Como percebemos, o pedagogo atual pode inserir-se em muitas áreas e ocupações que envolvam a educação do ser humano. Todavia a multiplicidade de atuações do pedagogo não descreve apenas os variegados níveis de atuação do profissional (museus, sindicatos, escolas, empresas, associações, etc.), mas acredito que isso também possa representar uma profunda crise: a crise da "desprofissionalização" do pedagogo e a perda da identidade deste profissional, uma vez que até "recreadores" inserem-se no contexto da educação.

 Lembremos que, desde as reformas pombalinas, os professores ascenderam à categoria de profissionais da educação. Com o aumento da população, da inserção das mulheres no mercado de trabalho, e da incompetência dos estados e municípios em atender a demanda educacional, em muitas cidades floresceram as creches e as chamadas "mães crecheiras" – mulheres que destituídas de formação "tomavam conta das crianças". Essas mulheres não eram pedagogas, entretanto, assumiam a responsabilidade de educar e cuidar das crianças. Parece que o fato de simplesmente serem mulheres, as habilitavam ao papel de educadoras, como defendia Rousseau no Emílio. Todavia os inúmeros problemas sociais, educacionais e legais surgidos dessa realidade forçaram à profissionalização dessas tutoras, por meio da intervenção dos estados e municípios. Este fato é apenas um recorte de uma possível crise se todos que lidam com as atividades pedagógicas extra-escolar forem elevados à categoria de pedagogos, ou se o pedagogo for considerado um mero "animador" de atividades pedagógicas.

Obviamente, a discussão teórico-metodológica para abordar tamanha complexidade extrapola os limites deste relatório. O estudo deveria incluir o debate a respeito da formação do formador em dois eixos principais: (1) o da Universidade e (2) das Escolas Normais que atuam na formação de professores para a educação infantil e séries iniciais.

Em muitas escolas observamos a presença de professores oriundos desses dois centros de formação. Os educadores procedentes dos centros de formação superiores mostravam-se mais críticos e teoricamente mais fundamentados do que as professoras das Escolas Normais. Contudo, estes últimos mostravam-se mais práticos do que os primeiros. Temos, portanto, duas propostas distintas: a da Universidade – formar professores pesquisadores e profissionais críticos –, e das Escolas Normais, cujos objetivos distinguem-se da anterior.

O binômio escolas normais e universidades merecem um estudo histórico-crítico à parte. Sabe-se que a formação de professores para o ensino primário antecede à instalação das universidades no Brasil, em 1931, embora os primeiros cursos superiores tenham surgido a partir de 1812. Em 1835, em Niterói, surge a primeira escola normal, seguida pela Bahia (1936), Ceará (1845) e São Paulo (1845). O principal objetivo era aprimorar, capacitar e preparar os professores para as séries primárias. Somente em cerca de 1932, no Rio de Janeiro, capital, é que Anísio Teixeira e Lourenço Filho instituem pela primeira vez a formação dos professores em nível superior na Escola de Educação – unidade da Universidade do Distrito Federal.

Desde então, os cursos de formação de professores tem seguido ampla tradição, seja nas escolas normais seja no ensino superior. Contudo, o caráter dos cursos de formação dos formadores está intrinsecamente relacionado às transformações políticas, econômicas e sociais de nossa sociedade do conhecimento.

Portanto, como deve ser o olhar do professor diante dos desafios de nossa contemporaneidade? Podemos falar de um novo olhar para uma [nova] época pós-educacional, assim como alguns teóricos intitulam o tempo presente como pós-moderno, pós-industrial, pós-capitalista, pós-metafísica? Portanto, não seria necessário revisar as teorias que têm orientado a prática docente nesses últimos anos?
O olhar do professor em relação ao aluno não se insere dentro da ótica teórica em que foi formado? Behaviorismo, interacionista, sociointeracionista com qual desses "olhares" deve o professor "ver" o alunato"?

Cláudia Davis, doutora em Psicologia Escolar, e Marta Wolak Crosbaum, consultora em educação, descrevem o que o professor precisa olhar/aprender para que o aluno aprenda, independente da linha teórica seguida pelo mestre, a saber:

 

  1. A história pessoal do aluno deve ser considerada no processo de ensino [...]
  2. O autoconceito do aluno influi em sua capacidade de aprender [...]
  3. A aprendizagem deve ser significativa [...]
  4. Aprender é mais motivador quando o aluno já tem alguma idéia do que está sendo ensinado e foi informado de como os novos conhecimentos podem fazer sentido em sua vida.
  5. Elogios são uma arma poderosa para promover a aprendizagem dos alunos.
  6. A aprendizagem vivenciada é duradoura. Se os alunos têm oportunidade de exercitar seus conhecimentos, aplicando-os em atividades práticas, a aprendizagem é sólida.
  7. As aprendizagens precisam ser repetidas para serem dominadas [...]
  8. A aprendizagem é mais sólida quando se conhece os erros cometidos [...]
  9. Quando o estilo cognitivo do aluno é entendido, ele pode aprender melhor [...]
  10. "Aprender a aprender" é fundamental para que o aluno conquiste autonomia [...]
  11. O olhar do formador está, portanto, condicionado à sua formação. Logo, esse "olhar" apresenta-se na relação dialético-dialógica entre professor e aluno na praticado cotidiano escolar.

Sugestão de Leitura para compreender a crise do paradigma fordista
GRAMSCI, A. Americanismo e fordismo. São Paulo: Hedra, 2008.
Referências Bibliográficas

BENTHO, Esdras Costa. A organização dos espaços-ambientes de aprendizagem. In: Revista de Educação Infantil CRIAR, Ano 2, número 10, jul/ago/06, São Paulo: Editora Criarp Ldta.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5.ed.,rev.amp. Goiânia: Livros MF, 2008.
____ Pedagogia e pedagogos, para quê? 10. ed., São Paulo: Cortez Editora, 2008.
____ Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas. In: Educar. Curitiba, n. 17, p.153-176. Editora da UFPR, 2001.
PENIN, Sonia Teresinha de Sousa. A formação de professores e a responsabilidade das universidades. Estudos Avançados, 2001, vol.15, n.42, pp. 317-332. ISSN 0103-4010. Disponível em: <www.scielo.br>. Acesso em: 07jun2009.RIBEIRO, Maria Luisa Santos. História da educação brasileira: a organização escolar. São Paulo: Cortez, 1987.RAPOSO, Mirian; MACIEL, D. Albuquerque. As Interações Professor-Professor na Co-Construção dos Projetos Pedagógicos na Escola. In: Psicologia: Teoria e Pesquisa Set-Dez 2005, Vol. 21 n. 3, pp. 309-317. Disponível em: <www.scielo.br>. Acesso em: 07jun2009.

Fonte: http://educarvivereaprender.blogspot.com

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O poder da verdadeira profecia – 1

 



Pb. José Roberto A. Barbosa
Objetivo: Alertar aos cristãos quanto ao uso apropriado do dom de profecias, bem como a utilizar os critérios bíblicos para julgar as falsas profecias.
INTRODUÇÃO
 
Na aula de hoje, estudaremos a respeito do valor da verdadeira profecia. Para tanto, definiremos, no início do estudo, a profecia bíblica. Em seguida, contextualizaremos o texto bíblico em foco, que aponta Hananias como um falso profeta. Essa análise servirá na análise das falsas profecias. Ao final da lição, abordaremos o uso do dom espiritual da profecia na igreja.
1. DEFININDO A PROFECIA BÍBLICA
 
No Antigo Testamento, a palavra profecia é naba, cujo sentido primário é "anunciar" ou o de "ser chamado". O fenômeno da profecia não se limitava a Israel, já que os profetas de Baal, no Carmelo, também profetizaram (I Rs. 19.29). Mas tais profecias não tinham o aval divino. O Deus de Israel chama seus profetas para denunciar os erros dos governantes, ainda que esses tenham o apoio de falsos profetas ( I Rs. 22.1-28). Os profetas Jeremias e Ezequiel também se posicionaram contra aqueles que profetizavam de acordo com os intentos pessoais (Jr. 14.14-16. Ez. 11.4; 13.2). Diferentemente dos falsos profetas, o verdadeiro profeta não fala de si mesmo, mas em nome do Senhor. Para evitar que o povo fosse conduzido pelo engano, fazia-se necessário testar as profecias, avaliar se as palavras provinham do Senhor (Dt. 18.21,22; 13.1-3) e se a vida do profeta condizia com o que proclamavam (Jr; 23.9-13). No Novo Testamento, a profecia, propheteia em grego, é uma predição a respeito do futuro, ainda que, em sentido amplo, se refira a todo e qualquer anúncio feito a partir de Deus (Ap. 19.10; 11.6). Há citações constantes, ao longo do Novo Testamento, às profecias do Antigo Testamento (Mt. 13.14; II Pe. 1.10,20; Jd. 14). João Batista (Lc. 1.76) e Jesus (Mt. 21.11; Jo. 4.44) são reconhecidos como profetas. Mas existem outras menções a profetas no Novo Testamento, tais como Judas e Silas, que encorajavam os irmãos (At. 15.32) e Ágabo que predizia o futuro (At. 21.10,11).
2. HANANIAS, UM FALSO PROFETA
Jeremias, por volta do ano 594 a C., teve um encontro com um falso profeta que estava animando e consolando o povo, com palavras de paz. Seu nome era Hananias e se destacava por não levar a sério a proclamação de juízo de Jeremias. O Profeta estava ciente da verdade em suas palavras, pois havia sido o próprio Senhor que havia falado. O cumprimento cabal da mensagem profética iria demonstrar, àquele falso profeta e a todo o povo descrente, que Deus velava pelas suas palavras para cumpri-las. A resposta de Jeremias, à incredulidade do falso profeta, foi sarcástica, disse ele: "Amém! Assim faça o Senhor; confirme o Senhor as tuas palavras, que profetizaste, e torne ele a trazer os utensílios da casa do Senhor, e todos os do cativeiro de Babilônia a este lugar" (v. 6). Dentro de poucos dias o povo de Judá estaria debaixo do jugo de Nabucodonozor, o rei da Babilônia. Aqueles que falam em nome do Senhor, em conformidade com a Sua Palavra, não precisam se exasperar, basta apenas esperar, pois passará os céus e a terra, mas não a Palavra que o Senhor falou (Mc. 13.31). No caso específico de Hananias, sua incredulidade resultou em ruína e sua morte foi iminente. O julgamento imediato de uma pessoa, com a morte imediata, como aconteceu com os seguidores de Coré (Nm. 16), Uzá (II Sm. 6), Hananias (Jr. 28.17), Pelatias (Ez. 11.13) e Ananias e Safira (At. 5.1-11) não pode ser generalizada, mas também não pode ser descartada, pois o Senhor, em Sua soberania, age como quer. Essa verdade deve motivar à obediência, afinal, "horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hb. 10.31).
3. O DOM ESPIRITUAL DE PROFECIA
Em I Co. 14 Paulo elenca os dons espirituais que atuam na igreja, com vistas à edificação do Corpo de Cristo. Dentre eles o da profecia, o qual recebe certa singularidade, haja vista sua função espiritual, comparada a de falar línguas, uma vez que quem fala línguas edifica apenas a si mesmo, e quem profetiza edifica toda a igreja (I Co. 14.1-4). Ainda assim é necessário que o dom profético seja manifestado com decência e ordem. Entre os que profetizam apenas dois ou três podem falar, e devem saber que a profecia está sujeita a julgamento. Como os bereanos, os crentes, na igreja, devam julgar a profecia à luz da palavra de Deus (At. 17.11). Isso porque existem profecias que partem dos próprios sentimentos humanos (At. 21.4,12). Alguns princípios devam ser observados em relação ao dom de profecia: 1) qualquer crente que tenha experimentado o enchimento do Espírito pode profetizar (At. 2.16-18); 2) a igreja não deve ter o dom profético como infalível (I Jô. 4.1; I Ts. 5.20,21); 3) toda profecia precisa ser avaliada pela Palavra de Deus e contribuir para a santificação da igreja; e 4) a direção do Espírito, através da profecia, é dada à igreja (I Co. 12.11). Portanto, urge que a igreja valorize os dons espirituais, principalmente o da profecia. Nesses tempos materialistas, há igrejas que não mais se importam com os dons espirituais. A esse respeito é válida a recomendação de Paulo: "Não extingais o Espírito" (I Ts. 5.19). Mas é preciso também atentar para o fruto do Espírito, pois o amor é o caminho sobremodo excelente (I Co. 13) e o andar no Espírito uma instrução para todo crente (Gl. 5.22).
CONCLUSÃO
Existem profecias que são falsas e verdadeiras. O Espírito Santo, porém, não é Deus de confusão. Por essa razão, não precisamos fugir das profecias dadas pelo Senhor. Antes devemos buscar com zelo os dons espirituais, dentre eles o de profetizar. Em relação às falsas profecias, como Jeremias, precisamos estar atentos à voz de Deus. Quando conhecemos a revelação de Deus, as profecias falsas são facilmente identificadas. As profecias verdadeiras, por sua vez, atuam poderosamente sobre a igreja, exortando, consolando e edificando os crentes (I Co. 14.3).
BIBLIOGRAFIA
HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações. São Paulo: Vida Nova, 1980.
LONGMAN III, T. Jeremiah & Lamentations. Peabody, Mass: Hendrickson, 2008.
 
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