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Depravação Total e Soberania de Deus

Depravação Total e Soberania de Deus

do Teologia e Vida de André Aloísio
Este texto é um e-mail enviado por mim, dia 09/01/2010, a um irmão com dúvidas sobre a depravação total e a soberania de Deus.

Estou bem, graças a Deus. E você, como está? Lembro-me de você sim.

Respondendo suas perguntas:

1) "Segundo a depravação total ninguém por si próprio consegue deixar a condição de pecador. Então, como Adão deixou a condição de salvo para ser um pecador? Ou ele não era um escolhido?"

A doutrina da Depravação Total ensina que, depois do pecado de Adão, todos os seus descendentes foram corrompidos de tal modo que não podem, por si mesmos, abandonar o pecado e escolher a Deus. Logo, não havia depravação total antes do pecado de Adão, e ele não foi criado depravado.

Por outro lado, a doutrina da Perseverança dos Santos ensina que aqueles que foram escolhidos por Deus na eternidade, por quem Cristo morreu na cruz e que foram regenerados pelo Espírito quando ouviram o Evangelho, nunca perderão sua salvação, mas serão preservados por Deus até a segunda vinda de Cristo, quando seus corpos serão glorificados para serem semelhantes ao de Jesus.

Agora, é importante notar que essas duas doutrinas se aplicam a pecadores, já que onde não há pecado não há depravação total, e sem pecado não há necessidade de salvação. Isso significa que elas não se aplicavam a Adão antes de sua queda. A situação de Adão antes da queda não era a mesma do salvo por Cristo. Deus criou Adão com a capacidade de escolher entre o bem e o mal (Gn.2.16-17) e, ainda que ele tenha sido criado santo (Gn.1.27), ele poderia cair desse estado de santidade, o que de fato aconteceu (Gn.3.6).

Mas isso não significa que Adão não era um escolhido. Após sua queda, o texto bíblico deixa implícito que Deus mesmo fez o primeiro sacrifício animal pelo pecado do homem (Gn.3.21), simbolizando o sacrifício perfeito que seria oferecido por Seu Filho Jesus Cristo de uma vez por todas (Hb.10.12), e que Deus prometeu no chamado proto-evangelho: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gn.3.15). Se Adão recebeu essa promessa pela fé, o que é muito provável, ele foi salvo e, obviamente, era um escolhido.

2) "Se era, por que Deus deu ínicio a isso tudo, se poderia ter resolvido tudo ali mesmo? E mais, como Deus predestinaria um homem a ser um estuprador, sendo sua vítima um escolhido?"

Nós sabemos que Deus criou o mundo e determinou toda a história com um propósito bem definido: Sua própria glória (Rm.11.36) e o bem dos Seus escolhidos (Rm.8.28). Sendo assim, podemos dizer que a forma como as coisas aconteceram, acontecem e acontecerão é a melhor possível para que esse propósito de Deus seja cumprido.

Se Adão não tivesse caído, Jesus não teria se encarnado, morrido e ressuscitado para a salvação dos Seus escolhidos, e Deus não seria glorificado por Seu amor e graça ao salvá-los. Por outro lado, Deus não seria glorificado como justo ao condenar o pecado e aqueles que o praticam.

Vemos como a queda de Adão já estava nos planos de Deus na eternidade quando descobrimos que a vinda de Jesus ao mundo já havia sido determinada de antemão. Ele é o Cordeiro morto desde a fundação do mundo (Ap.13.8) e foi entregue pelo determinado desígno e presciência de Deus (At.2.23).

Quanto ao caso hipotético do estuprador, Deus determina as coisas de tal modo que o estruprador é inteiramente responsável pelo seu próprio pecado, e o eleito, que é a sua vítima, é beneficiado por esse mal, que Deus tornará em bem (Gn.45.7-8; 50.20).

Hoje nós podemos não entender perfeitamente como todas as coisas, mesmo as más, cumprirão o supremo propósito de Deus de glorificar a Si mesmo e dar alegria ao Seus eleitos, porque ainda vemos em parte. Mas quando todo o quebra-cabeça da história estiver montado, veremos a sabedoria de Deus impressa em cada uma das peças.

Essa é a resposta bíblica para essa questão e é o máximo que podemos dizer. Não devemos querer saber mais do que devemos, ultrapassando o que está escrito (I Co.4.6), pois "as coisas encobertas pertencem ao SENHOR" (Dt.29.29). Nem devemos questionar a Deus sobre a forma como Ele lida com o mundo: "Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça" (Is.45.9); "Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?" (Rm.9.20). Devemos, pelo contrário, nos curvarmos em adoração juntamente com Paulo: "Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!" (Rm.11.36).

Espero ter ajudado. Qualquer dúvida, fique à vontade para perguntar.

Que Deus te abençoe!


Márcio Melânia

"Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados,
sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco."
(2 Coríntios 13 : 11)

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